1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
4 A vida estava nele e a vida era a luz dos
homens.
5 A luz resplandece nas trevas, e as trevas não
prevaleceram contra ela.
6 Houve um homem enviado por Deus cujo nome era
João.
7 Este veio como testemunha para que
testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio
dele.
8 Ele não era a luz, mas veio para que
testificasse da luz,
9 a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao
mundo, ilumina a todo homem.
10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito
por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.
11 Veio para o que era seu, e os seus não o
receberam.
12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;
13 os quais não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
14 E o Verbo se fez carne e
habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai (Jo 1.1-14).
Introdução
Talvez, não haja uma
doutrina que tenha sido mais atacada ao longo dos séculos do que a doutrina de
Cristo. Quando Jesus nasceu e foi apresentado como O Cristo, poucos deram
crédito a esta verdade. E quando Ele se manifestou como o Messias, Filho de
Deus, coigual com o Pai, foi duramente perseguido, criticado e rejeitado, como
nos informa o apóstolo João em seu evangelho quando disse: veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
As pessoas não conseguiam
entender como que um homem poderia ser Deus e homem ao mesmo tempo. Esta forma
de manifestação do Messias prometido tornou-se uma grande barreira para a
aceitação da nação de Israel que esperava um Messias totalmente diferente
daquele que estava a sua frente dizendo-se o Filho de Deus. Além de todas as
divergências, este Messias, ao invés de libertar Israel de seus inimigos vinha
pregando que eles deveriam amar seus inimigos e, por fim, fora morto
crucificado pelas mãos destes inimigos.
É preciso entender aqui que,
quando Jesus aparece a João na ilha de Patmos, várias décadas já haviam se
passado desde seu ministério aqui na terra em que Ele se manifestou aos homens
com seus ensinamentos. A Igreja atual era de uma geração em que grande parte
não tinha presenciado o ministério de Jesus. Também havia a confusão da
promessa de sua volta, porque muitos cristãos não entenderam a promessa de
Jesus de voltar para buscar Sua Igreja, pois achavam que esta volta aconteceria
ainda naquela geração. Entretanto, isso não aconteceu e a doutrina de Cristo,
que já era rebatida, fora ainda mais questionada, colocando em xeque a
esperança cristã.
Ainda ressoava muito forte
as consequências da oposição dos lideres religiosos da época à pessoa de
Cristo. A mentira do roubo do corpo de Cristo era uma aversão muito forte entre
os judeus quanto a sua ressurreição e a demora de sua volta era munição para os
opositores de Cristo. Era necessário fortalecer a Igreja e reacender as
esperanças cristãs. Justamente por isso que a visão de João sobre Cristo era de
suma importância. O entendimento da glória que representava esta visão rebatia
as criticas dos opositores de Cristo.
17 Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém
ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o
último
18 e
aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos
e tenho as chaves da morte e do inferno.
19 Escreve, pois, as coisas que viste, e as que
são, e as que hão de acontecer depois destas.
20 Quanto ao mistério das sete
estrelas que viste na minha mão direita
e aos sete candeeiros de ouro, as sete
estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete
igrejas (Ap 1.17-20).
Quando João recebe de Jesus
a mensagem que ele deveria levar às igrejas, ela é precedida de uma descrição
do autor destas mensagens, descrição esta que exalta seu poder e a sua glória. Jesus
se apresenta como Rei que Ele é, dizendo que está vivo e tem tanto as Igrejas
como seus pastores seguras em suas mãos. Por isso, antes de recebermos a
mensagem é importante compreendermos quem é aquele que as enviou. Os nossos
próximos três estudos será sobre o autor das cartas de Apocalipse. Vamos
estudar sobre a sua natureza, a grandeza de sua pessoa e a magnitude de sua
obra.
1
– As duas naturezas de Jesus Cristo
Os dias de hoje não são
diferentes dos dias da Igreja primitiva, pois a doutrina de Cristo ainda hoje é
questionada, rejeitada e, quando não, desvirtuada de seu verdadeiro sentido. A
dualidade da natureza de Jesus Cristo continua (como foi no princípio)
incompreendida por muitos. A natureza humana de Jesus tem seu elevado grau de
aceitação, mas a sua natureza divina não contempla o mesmo consentimento.
A Bíblia ensina que Jesus Cristo
possui duas naturezas, que Ele é tanto divino quanto humano. Isso significa que
Jesus existe como Deus, desde a eternidade, como a segunda pessoa da Santíssima
Trindade e como humano desde sua encarnação. O Evangelho de João nos revela
isso quando diz:
1 No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas
por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
Esta fala evidencia a
natureza divina de Jesus. Quanto a natureza humana João diz:
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
O resultado dessa afirmação
não compromete ou confunde a natureza divina com a natureza humana, de modo que
Cristo é totalmente Deus e totalmente homem, e permanecerá nessa condição
eternamente.
A doutrina da humanidade de
Cristo e de sua divindade gera muitas contradições. Para entender melhor esta
doutrina, vamos primeiro entender sua consistência lógica.
A doutrina da Santíssima Trindade
diz que: “Deus é um em essência e três em pessoa”. Ela não ensina que Deus é um e três ao mesmo
tempo e num mesmo sentido, mas diz que Deus é um, em um sentido, e três em um
sentido diferente. Embora cada uma das três pessoas componha de forma completa
um único Deus, a doutrina da Trindade não se torna um triteísmo, pois embora as
três pessoas sejam distintas há um único Deus e não três.
De modo similar, a
formulação doutrinária da pessoalidade e encarnação de Cristo diz que Ele é um
em um sentido e dois em um sentido diferente. Que Ele é um em pessoa, mas dois
em natureza. O mesmo não ocorre com Deus Pai e Deus Espírito. Apesar de eles
serem uma pessoa em personalidade não possuem duas naturezas, divina e humana,
porque não se encarnaram como o Deus Filho. Na encarnação, Deus Filho tomou
para Si a natureza humana; isto é, Ele adicionou à Sua Pessoa atributos humanos.
Isso que João quer dizer quando escreveu:
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
E Paulo, quando disse:
9 porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a
plenitude da Divindade (Cl 2.9).
Ele fez isso sem sobrepor
uma natureza a outra, de maneira que ambos os atributos permanecem
independentes. Assim, sua natureza divina não se misturou a sua natureza
humana, e sua natureza humana não foi divinizada por sua natureza divina (Ele
tinha sede, chorava e morreu). Essa formulação também protege a imutabilidade
de Deus Filho, uma vez que a natureza humana não modifica em nada sua natureza
divina.
Os atributos divinos e
humanos são independentes em Cristo. Por exemplo, Cristo não era onisciente em
relação a seus atributos humanos, mas era onisciente em relação a seus
atributos divinos, e isso é verdade ainda hoje. Seus atributos divinos não
divinizaram seus atributos humanos.
Com essa formulação
doutrinária da encarnação não afirmamos que Cristo é um e dois ao mesmo tempo e
num mesmo sentido. O que afirmamos é que Cristo é uma pessoa com dois tipos de
atributos, possuindo, independentemente, duas naturezas distintas, que Cristo é
tanto Deus quanto homem. Algumas passagens na Bíblia afirmam ou implicam tanto
a divindade quanto a humanidade de Cristo.
18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque
não somente violava o sábado, mas também dizia
que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se
igual a Deus (Jo 5.18).
Os Judeus procuravam matar a
Jesus porque Ele “estava dizendo que Deus era Seu próprio Pai, igualando-se a
Deus.” Isso significa que eles viram e ouviram a Jesus como um homem, mas Ele
reivindicava ser Deus. Em outro texto João descreve outro conflito semelhante a
este:
56 Abraão, vosso pai,
alegrou-se por ver o meu dia, viu-o
e regozijou-se.
57 Perguntaram-lhe,
pois, os judeus: Ainda não tens
cinqüenta anos e viste Abraão?
58 Respondeu-lhes
Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes
que Abraão existisse, EU SOU.
59 Então, pegaram
em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo (Jo
8.56-59).
As pessoas reconheceram que
em sua vida humana, Jesus não tinha ainda cinquenta anos de idade e afirmava
conhecer pessoalmente a Abraão. Não entenderam o verdadeiro significado das
palavras de Jesus, pois Ele conhecia Abraão em sua natureza divina. Por outro
lado, isso significa que aqueles que estavam ouvindo a Cristo não contestaram
sua humanidade, mas entenderam muito bem que suas palavras continham uma
reivindicação de divindade. Agora, veja esta outra passagem das escrituras:
41 Reunidos os
fariseus, interrogou-os Jesus:
42 Que pensais vós do Cristo? De quem é filho?
Responderam-lhe eles: De Davi.
43 Replicou-lhes
Jesus: Como, pois, Davi, pelo Espírito, chama-lhe Senhor, dizendo:
44 Disse o Senhor ao
meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos
debaixo dos teus pés?
45 Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele
seu filho?
46 E ninguém lhe podia responder palavra, nem
ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas (Mt 22.41-46).
No Salmo em questão, Davi
chamou o Cristo de “Senhor”, como uma designação de divindade. Portanto, o
Cristo deveria ser o descendente humano da linhagem de Davi e ao mesmo tempo
seria o seu Senhor, referência a natureza divina do Cristo. Segundo o salmista,
o Cristo deveria ser homem e Deus ao mesmo tempo.
Os fariseus questionavam a
divindade de Jesus e não sua humanidade. Jesus os coloca em cheque mate neste
texto. Os fariseus reconheceram que o Cristo deveria ser o filho de Davi, e
como filho de Davi, o Cristo deveria ser humano. Contudo, Jesus deixa os
fariseus sem resposta quando lhes disse como pode o Cristo ser filho de Davi se
este lhe chama de Senhor? Jesus estava levando os fariseus a reconhecerem que o
Cristo seria tanto Deus como humano; exatamente da forma como Ele estava se
apresentando. Eles ficaram sem resposta porque não poderiam reconhecer isso,
senão, teriam que reconhecer a Jesus como o Cristo.
2
– A natureza divina de Jesus Cristo
Vamos analisar agora sobre a
divindade de Jesus Cristo. Das passagens que falam sobre a divindade de Cristo,
nenhuma é tão clara como nosso texto básico. No Evangelho de João, o apóstolo
refere-se a Jesus Cristo como o logos, ou a Palavra:
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com
Deus.
João começa seu Evangelho
afirmando a pré-existência de Jesus Cristo, dizendo que Ele existia antes do
evento da criação. Mais tarde, o próprio Senhor Jesus confessou sua
pré-existência:
58 Respondeu-lhes Jesus: Em
verdade, em verdade eu vos digo: antes
que Abraão existisse, EU SOU (Jo 8.58).
E o Apóstolo Paulo também:
17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste (Cl 1.17).
No termo “o Verbo estava com
Deus” indica que Jesus Cristo não é idêntico ao Pai em termos de pessoalidade,
sendo a mesma pessoa, pois o termo individualiza duas pessoas distintas.
Contudo, Ele não é menos que Deus em termos de seus atributos, pois o verso
continua a dizer, “e o Verbo era Deus.” Essa é uma indicação explícita da
atribuição de divindade a Jesus Cristo. As palavras, “Ele estava no princípio
com Deus”, novamente afirmam sua pré-existência e o fato de que Ele é
distinguível do Pai. O verso três fala de Cristo como o agente da criação:
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada
do que foi feito se fez.
Essa afirmação de João está
acordada com outra afirmação de Paulo:
16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados,
quer potestades. Tudo foi criado por meio
dele e para ele (Cl 1.16).
E continua afirmando que Cristo
não somente é o criador do Universo, mas Ele também é o sustentador de toda
existência:
17 Ele é antes de todas as
coisas. Nele, tudo subsiste (Cl
1.17).
Foi através de Jesus Cristo
que Deus criou o universo e é também através de Jesus Cristo que Deus sustenta
todas as coisas. O autor de Hebreus também começa sua carta mencionando a
divindade de Cristo:
1 Havendo Deus,
outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
2 nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu
herdeiro de todas as coisas, pelo qual
também fez o universo.
3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do
seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à
direita da Majestade, nas alturas,
4 tendo-se tornado tão superior aos anjos
quanto herdou mais excelente nome do que eles (Hb 1.1-3).
Mais uma vez concordando com
as palavras de Paulo:
9 porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a
plenitude da Divindade (Cl 2.9).
O que é importante em
Hebreus é que o autor faz questão de deixar bem claro que Jesus não é um anjo.
Ele não é um ser excelente criado por Deus:
4 tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente
nome do que eles (Hb 1.4).
O autor diferencia as
palavras de Deus a respeito dos anjos e a respeito de Jesus Cristo:
5 Pois a
qual dos anjos disse jamais: Tu és
meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho?
6 E, novamente, ao introduzir o
Primogênito no mundo, diz: E todos os
anjos de Deus o adorem.
13 Ora, a qual dos anjos jamais
disse: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por
estrado dos teus pés? (Hb 1.5,6,13)
E distingue os anjos do
Filho de Deus:
7 Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que a
seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo;
8 mas
acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de
eqüidade é o cetro do seu reino.
9 Amaste a justiça e odiaste a
iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a
nenhum dos teus companheiros.
14 Não são todos eles espíritos
ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação? (Hb
1.7-9, 14)
Jesus não é um anjo, um ser
maravilhoso, esplêndido, sublime, mas é o próprio Filho de Deus, igual em poder
e glória. Assim é a natureza divina de Cristo.
3
– A natureza humana de Jesus Cristo
Após afirmar fortemente a
divindade de Jesus Cristo, o apóstolo João escreve em seu Evangelho a respeito
da humanidade de Jesus também quando diz:
14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
O autor de Hebreus também diz:
14 Visto, pois, que os filhos
têm participação comum de carne e sangue, destes
também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele
que tem o poder da morte, a saber, o diabo (Hb 2.14).
O homem Jesus podia morrer. Paulo
é muito explícito a respeito da humanidade de Cristo quando escreve:
5 Porquanto há um só Deus e um
só Mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, homem (1 Tm 2.5).
E Paulo ainda escreve:
6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual
a Deus;
7 antes, a
si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de
homens; e, reconhecido em figura humana,
8 a si mesmo se humilhou,
tornando-se obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.5-8).
Paulo está dizendo que, embora
Jesus existindo na forma de Deus, Ele tomou sobre Si atributos humanos,
passando, assim, passível de limitações. Várias passagens na Bíblia indicam
que, em sua natureza humana, Jesus tinha verdadeiras limitações. Ele esteve
cansado:
6 Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto
à fonte, por volta da hora sexta (Jo 4.6).
Faminto:
18 Cedo de manhã, ao voltar para
a cidade, teve fome (Mt 21.18).
Sedento:
28 Depois, vendo Jesus que tudo
já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! (Jo 19.28).
E o mais significante, ele
sofreu em sua morte:
9 vemos, todavia, aquele que,
por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra,
para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem (Hb 2.9).
Conclusão
Apesar da natureza de
Cristo ser alvo de questionamento desde o início, a Bíblia não deixa dúvidas e
nem paira nenhuma sombra sobre a divindade e a humanidade de Jesus Cristo. Aqueles
que fazem objeção a esta doutrina são os que sentem coceiras em seus ouvidos e
não suportam a sã doutrina de Deus, por isso são entregues a crerem em fábulas,
como o gnosticismo, que nega a personificação de Cristo, afirmando ser ele um
fantasma, apesar de todos o terem visto. Por isso que em todas as cartas Jesus
dizia: quem tem ouvidos ouça o que o
Espírito diz às igrejas.Termino deixando as palavras de João:
7 Porque muitos enganadores têm saído pelo
mundo fora, os quais não confessam Jesus
Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo.
8 Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que
temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão.
9 Todo
aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus;
o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho.
10 Se
alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem
lhe deis as boas-vindas.
11 Porquanto aquele que lhe dá
boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más (2 Jo 7-11).
Nunca consintas e nunca
toleres qualquer doutrina que ultrapasse a doutrina de Cristo.
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com