1
Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo:
2
Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.
3
Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre
as rodas.
4 Como
o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele
outro vaso, segundo bem lhe pareceu.
5
Então, veio a mim a palavra do SENHOR:
6 Não
poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR;
eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de
Israel.
7 No
momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar,
derribar e destruir,
8 se a
tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me
arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.
9 E,
no momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino, para o edificar
e plantar,
10 se
ele fizer o que é mal perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, me
arrependerei do bem que houvera dito lhe faria.
11
Ora, pois, fala agora aos homens de Judá e aos moradores de Jerusalém,
dizendo: Assim diz o SENHOR: Eis que estou forjando mal e formo um plano contra
vós outros; convertei-vos, pois, agora, cada um do seu mau proceder e emendai
os vossos caminhos e as vossas ações.
12 Mas
eles dizem: Não há esperança, porque andaremos consoante os nossos projetos, e
cada um fará segundo a dureza do seu coração maligno (Je
18.1-12).
INTRODUÇÃO
Há
uma frase que diz: "Calma: Deus
ainda está trabalhando comigo!" E é verdade! Deus termina a sua obra
em nós somente quando damos o último suspiro. Portanto, se você está vivo, Ele
ainda está trabalhando em sua vida, forjando o seu caráter, e apesar das suas
falhas e imperfeições Deus ainda não completou a sua obra em você, por isso o
Senhor ainda está transformando a sua vida de acordo com o seu querer. Esse
tecer de Deus em nossa vida é comparado a um vaso nas mãos do oleiro, que
apanha um bocado de barro e transforma aquela matéria sem forma em um lindo
vaso. Da mesma maneira, Deus nos pega ainda bruto, cheio de imperfeições, e vai
trabalhando em nós conforme o seu querer, conforme o seu agir, e vai moldando
nosso caráter. Por isso que a cada experiência de vida você se transforma em
outra pessoa, uma pessoa mais forte, mais preparada, menos dependente, que
deixa de se importar com as opiniões alheias para ter a sua própria tomada de
decisão, que deixa de ser aquela pessoa que necessita de amparo para se
transformar em força e abrigar em seu ombro, agora amigo, experiente, àqueles
que ainda estão vivendo este processo. Nisso cada um de nós tem uma história
para contar, pois Deus é um ser vivo e pessoal, não agindo de forma
generalizada com todos, mas agindo de forma individual, de maneira que cada um
de nós tem uma história de vida diferenciada e pessoal com Deus, o que torna o
Senhor um Deus único, criativo, vivo, real e presente na vida de suas
criaturas.
Há
um episódio bíblico em que vemos o Senhor dizendo isso para o rebelde povo de
Israel, que foi quando Deus enviou o profeta Jeremias na casa de um oleiro. Ele
obedece a Deus e vai até a casa de um oleiro. Ao observar o trabalho do oleiro,
Jeremias descobre que há duas fases na existência de um vaso. Primeiro existe o
tempo em que ainda há esperanças para o vaso. Depois, o tempo em que não há mais
esperanças para o vaso. Este episódio nos ensina lições muito preciosas.
01 – A NECESSIDADE DE
OBEDIÊNCIA PARA OUVIR A VOZ DE DEUS.
Palavra do SENHOR que veio a
Jeremias, dizendo: Dispõe-te, e desce à
casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras (Je
18.1-2). A primeira coisa que podemos observar aqui é que havia uma ordem a ser
cumprida. Deus ordena que seu profeta descesse até a casa de um oleiro e
ficasse observando o seu trabalho que depois lhe falaria algo. O oleiro é o
artesão que produz peças torneadas sobre a roda, espécie de torno movido pelos
pés. O trabalho do oleiro consistia em dar forma a uma porção de barro com as
mãos, que precisava estar limpo e moldável. O profeta obedece à ordem de Deus: Desci
à casa do oleiro, e eis que ele
estava entregue à sua obra sobre as rodas (Je 18.3). Ele vai até a casa de
um oleiro e ao chegar naquele local de trabalho o profeta passa a observar o
oleiro trabalhando com a roda. No processo de acabamento de um vaso acontece
algo que despertou o interesse do profeta: Como o vaso que o oleiro fazia de barro se
lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu
(Je 18.4). No processo de formação do vaso este se quebrou nas mãos do oleiro,
mas este não desiste dele, de forma que pega novamente aquele mesmo barro e
começa a manuseá-lo novamente e o transforma em um vaso, este tomando a forma
conforme o seu querer. Neste momento o profeta recebe a palavra do Senhor
conforme este havia lhe prometido: Então,
veio a mim a palavra do SENHOR: Não
poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o
SENHOR; eis que, como o barro na mão do
oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel (Je 18.5-6). Deus
vai falar ao profeta sobre o relacionamento entre Deus, aqui representado pelo
oleiro, e o povo de Israel, representado pelo vaso, palavra esta que trás para
nós uma lição que pode ser aplicada nos nossos dias, em que Deus continua sendo
o oleiro e cada um de nós o vaso.
Deus
é extremamente sábio! Ele queria que Jeremias levasse um recado ao povo de
Israel e dizer-lhes que o Senhor ainda queria transformar o povo em bênção.
Então, Deus manda que Jeremias vá até onde o oleiro está fabricando vasos e fique
observando o seu trabalho para dizer ao povo de que eles eram vasos nas mãos de
Deus. Mas este texto nos ensina ainda outra lição. Deus tinha uma mensagem para
ao povo de Israel e queria transmitir ao povo através do profeta, mas antes
este profeta deveria se dispor a sair de onde está para ir até onde o SENHOR o
está enviando, deixar de fazer o que estava fazendo para fazer o que o SENHOR
lhe ordenara para, então, poder ouvir o que Deus tinha para lhe falar. Em
obediência ao SENHOR, fator decisivo para ouvir a voz de Deus, o profeta se
dirige à casa do oleiro e lá fica observando o seu trabalho. Foi neste cenário
que o profeta ouviu a voz de Deus. Portanto, Deus fala onde e quando Ele quer!
Não somos nós quem determinamos onde e quando Deus vai falar. Aqui Ele mandou
Jeremias descer à casa do oleiro, mas para Ezequiel Ele disse: Levanta-te e sai ao vale e ali falarei contigo (Ez 3.22). Os lugares eram
diferentes, mas ambos exigiam primeiro a obediência. Aprendemos com isso que
para ouvir a voz de Deus precisamos, primeiramente, obedecê-lo. Sem obediência
não conseguiremos ouvir a voz de Deus, que não nos diz tudo de uma vez, mas nos
revela sua vontade aos passos da obediência. E nesse obedecer crescemos em
nosso relacionamento com Deus, de forma que a cada dia Ele se torna mais real
em nossa vida, a cada dia confiamos mais a nossa vida em suas mãos, até o dia
em que descansamos e largamos cegamente, sem receios, a nossa vida nas mãos de
Deus, de forma a não nos importarmos mais com os resultados desta entrega. Isso
é submissão total, resultado de um agir sábio de Deus em nossa vida que forjou
em nós um caráter renovado pelo sangue de Cristo, edificado sobre experiências
da vida. Que Deus te abençoe e que este agir de Deus seja real na sua vida. Não
tenha medo disso, pois Ele é o seu Criador, conhece tudo em você e ninguém
melhor do que Ele para saber o que realmente é melhor para ti. Descanse neste
Deus gracioso!
02 – ESTAMOS EM CONSTRUÇÃO,
O QUE NOS FAZ UMA OBRA INACABADA NAS MÃOS DE DEUS.
Assim
como um bocado de barro nas mãos do oleiro vai tomando a forma de um vaso, da
mesma forma nós somos moldados nas mãos de Deus em nosso viver, que conforme o
seu querer e o seu agir em nossas vidas vai aperfeiçoando nosso caráter, o que
nos leva a dizer que ainda somos uma obra inacabada nas mãos de Deus. E a frase
que citamos: "Calma: Deus ainda está
trabalhando comigo!" exemplifica muito bem essa verdade. Observando o
oleiro trabalhar, Jeremias viu que o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo
bem lhe pareceu (Je 18.4). Ele viu que o vaso estava quase pronto, mas este
se deformou nas mãos do oleiro e ele teve que recomeçar seu trabalho tudo
novamente. Isso nos transmite a ideia de que, apesar da nossa maturidade, ainda
estamos em construção, que Deus ainda não completou o seu trabalho em nós, que
mesmo sendo um vaso formado, às vezes, é necessário desfazer a forma e começar
tudo novamente para que este novo vaso seja muito melhor, muito mais forte,
muito mais resistente e muito mais belo que o anterior. Em tudo isso o que prevalece
não é a vontade do barro e nem do vaso, mas tão somente o querer do oleiro.
Você não é obra do acaso, mas fruto da produção criadora de Deus.
Deus não ignorou a sua formação quando foste gerado, pois a Bíblia diz: Pois tu formaste o meu interior tu
me teceste no seio de minha mãe (Sl 139.13). Foi Deus quem o criou de forma que o seu nascimento não
foi uma eventualidade, uma casualidade do destino, um acidente, um imprevisto
da vida. Não! O seu nascimento, a sua existência foi planejada! Deus foi quem
arquitetou você, pois a Bíblia diz: Os
meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra (Sl
139.15). E este Deus Soberano que te criou não arquitetou e se preocupou
somente com o seu físico, mas Ele também estipulou o seu viver, pois a Bíblia
diz: Os teus olhos me viram a substância
ainda informe, e no teu livro foram
escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um
deles havia ainda (Sl 139.16). Portanto, a criação de Deus em tua vida
começou lá no ventre de sua mãe e ela perdura por toda a sua existência, porque
Deus não quer que você seja uma obra inacabada, mas Ele
quer completar em você a obra que começou. Por isso, Deus ainda está
fazendo a sua obra em sua vida, em seus relacionamentos, em seus sentimentos,
em suas maneiras, em seus modos, em suas atitudes e em seus costumes, de forma
que o principal da sua vida não é metas, conquistas e sonhos, mas é quem você se torna nesta caminhada. Em
sua gestação Deus idealizou o seu físico, mas o seu interior, o seu caráter Ele
constrói durante o seu viver, de forma que você ainda está em construção e Deus
está realizando em você um projeto elaborado por Ele mesmo. Por isso, a
construção de seu ser é o resultado da ação de Deus em sua vida e a meta final
de Deus para você.
No
texto de Jeremias o barro é Israel, tirado do Egito. Mas hoje o barro somos
nós, tirados do mundo para sermos moldados conforme o querer de Deus. O
importante neste processo não é permanecer inteiro, sem se quebrar, porque
neste processo é inevitável a nossa quebra, pois somos imperfeitos e nos
metemos em situações embaraçosas durante o nosso viver, devido ao nosso orgulho
e dureza de coração, mas o essencial neste processo é ser maleável, sujeito aos
manuseios do oleiro que vai torneando o barro e formando o vaso conforme o seu
querer. Neste procedimento sofremos menos quando nos submetemos à ação do
oleiro que utiliza os acontecimentos da vida para nos dar maturidade, para
fazer de nós vasos fortes e resistentes. Neste processo o que importa é deixar
que o oleiro realize o seu trabalho para que Ele faça de nós um lindo vaso,
conforme arquitetado em seu coração, porque Ele olha para aquele bocado de
barro, imperfeito e sujo, e enxerga nele um vaso formoso. Portanto, o que importa
é sempre continuarmos, como barro, maleável nas mãos de Deus para que Ele
continue e complete a sua obra em nós, pois tenho a mesma certeza de Paulo
quando disse: Estou plenamente certo de
que aquele que começou boa obra em vós
há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus (Fp 1.6). Portanto, meu
amigo, não se entristeça com o agir e Deus em sua vida. Nem sempre este agir
provocará sorrisos, pois muitas vezes decorrerá dele as lágrimas, porque Deus
sabe que as lágrimas lavam as imperfeições do barro e o torna mais limpo, mais
maleável, preparado para se transformar em um vaso cada dia mais forte, mais
resistente e mais belo diante do oleiro. Por isso que Deus está sempre
trabalhando conosco as nossas imperfeições e qualificações, transformando-as em
possibilidades futuras. Somos um projeto inacabado de Deus! Ele ainda está
trabalhando em nossa vida! Permita que Deus faça de você aquilo que Ele mesmo arquitetou!
03 – A FRAGILIDADE DO VASO
O
texto de Jeremias diz: Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão... (Je 18.4). O texto não informa o que causou a
quebra do vaso, simplesmente diz que ele se quebrou nas mãos do oleiro. Não se
sabe como, mas o vaso em construção quebrou-se! Felizmente, o vaso quebrou-se
nas mãos daquele que sabe refazer o que está quebrado, porque o oleiro toma
aquele mesmo barro e torna a fazer outro vaso, agora perfeito! Isso nos ensina
uma lição muito preciosa: A vida pode nos quebrar, mas quando nos quebramos nas
mãos de Deus, Ele pode refazer tudo novamente.
Apesar
do ser humano se sentir forte e poderoso pelo fato de ter sido criado de forma
privilegiada ante aos demais seres vivos, por ser ele um animal racional, a sua
fragilidade é notória diante das dificuldades da vida. Nos momentos de
tribulações a sua fortaleza cai por terra e tudo aquilo que parecia tão sólido
resume-se a cinzas. Nestes momentos ele percebe a sua pequenez, a sua
incapacidade, a sua incompetência diante das mazelas da vida. Na verdade o homem
é um ser completamente insignificante comparado à grandeza de Deus. O salmista
confirma isso quando diz: Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor
do que Deus e de glória e de
honra o coroaste. Deste-lhe domínio
sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois,
todos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo
o que percorre as sendas dos mares (Sl 8.5-8). E por causa de sua insignificância a
soberba humana é descrita na Bíblia como algo meramente vã, em que as atitudes
orgulhosas do ser humano são comparadas a correr atrás do vento. Portanto, para
a sua realização, é extremamente necessário que o homem esteja consciente de
que não consegue ultrapassar os seus limites, não consegue ir além daquilo que
Deus lhe estabeleceu.
No decorrer da vida passamos por muitos momentos difíceis, em que
nos sentimos quebrados, estraçalhados, acabados. Momentos em que as nuvens, que
antes nos faziam sombras e nos protegiam do calor do deserto, agora se
transformam em densas tempestades. Momentos que, de tão repentino que chegam,
nos faz pensar que passamos do epílogo ao capítulo final de nossa vida. Pode
ser o desemprego que afetou a instabilidade da família, uma crise financeira
que se estabelece e coloca a todos em pé de guerra, a separação conjugal que sempre
causa grandes transtornos, o rompimento de um relacionamento que parecia
instável, uma depressão profunda que se abate de repente, a perda de um ente
querido que causa tanta tristeza e pesar, uma enfermidade que surge e muda a
rotina, uma tragédia repentina, um mergulho no deserto emocional por razão
conhecida ou desconhecida. E quando isso acontece nos sentimos como o próprio
vaso quebrado nas mãos do oleiro. Então, tentamos consertar a nós mesmos, até
descobrirmos que não podemos fazer nada, que somos incompetentes para esta
reconstrução. E esta percepção de incapacidade é o começo da mudança, da volta
por cima, do revés da vida, da reconstrução do vaso pelo oleiro.
Somos um vaso muito frágil! Podemos nos quebrar sim e isso é
inevitável! Mas a consequência da quebra, de permanecer quebrado ou ser reconstruído
depende da atitude que tomamos diante da tragédia e do oleiro. O
ser humano, diante da fragilidade humana, precisa saber que se faz necessário a
intensificação de sua fé. É claro que diante de prazeres e orgulhos da vida
muita gente ignora a Deus, se acha autossuficiente, mas nos momentos de queda
procuram-no querendo verdadeiros milagres, acreditando que Deus é somente um resolvedor
de problemas; resolvido a questão volta a sua vida mesquinha e se esquece de
Deus, até que seja quebrado novamente. Então, o que somos nós neste mundo?
Seres frágeis! Seres frágeis em busca de algo que nem sempre sabemos o que é.
Procuramos a felicidade, procuramos a prosperidade, procuramos o sucesso,
procuramos a fama, nos cercamos de cuidados e, às vezes, nos esquecemos de
cuidar daquilo de mais precioso que trazemos conosco que é a nossa alma. Por
isso devemos nos questionar sempre: Será que o que estou fazendo hoje vai me
deixar plenamente livre e limpo para gozar da presença de Deus quando o meu dia
chegar? O que responderei a Deus ao ser indagado sobre o que fiz dos meus dias
aqui nesta terra? Afinal, o maior motivo de sermos quebrados á a reflexão que tal
tragédia provoca, porque é nas mazelas da vida que conseguimos refletir na vida
e em Deus. Que Ele nos abençoe para que nestes momentos venhamos a identificar
os erros e corrigi-los, de forma que, ao sermos reconstruídos, o novo vaso seja
melhor do que aquele que se quebrou. Se isso não ocorrer a quebra do vaso e o
trabalho do oleiro de reconstruí-lo terá sido em vão! E isso pode levar ao
oleiro a começar o processo tudo novamente! Pense nisso!
04 – A RECONSTRUÇÃO DO VASO
QUEBRADO
O
texto de Jeremias diz: Como o vaso que o
oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu (Je
18.4). Ao acompanhar o trabalho do oleiro Jeremias observa que ele coloca o
barro sobre a roda e começa a construir um vaso. Mas em um determinado momento
o vaso em forma se quebra nas mãos. Então, ele desfaz o vaso e começa tudo de
novo. Neste momento Deus aplica a lição e diz para Jeremias usar essa
comparação com o povo de Israel: Não
poderei eu fazer de vós como fez este
oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa
de Israel (Je 18.6). A mensagem era clara! Deus estava dizendo ao povo que “enquanto vocês ainda estiverem se deixando
moldar por mim, ainda há esperanças para vocês”!
O
mais interessante neste episódio é que o oleiro não joga fora o barro que
estava em suas mãos e que não estava saindo um vaso direito. Ele pega aquele
mesmo barro e faz outro vaso. Isso é muito importante porque nos diz o quanto
somos valorosos para Deus e por causa disso Ele não desiste de nós. Há momentos
na vida em que achamos que Deus se esqueceu de nós, que Deus não se importa com
a nossa dor, com nosso sofrimento, com nossas lágrimas. Achamos que Deus está
sendo duro demais conosco, que parece que Ele aprecia mais a vara da disciplina
do que o amor, que parece que Ele usa mais a admoestação do que o diálogo. Mas,
na verdade, tudo faz parte do processo de reconstrução do vaso. E enquanto
nossos olhos imediatistas estão fixos no procedimento da reconstrução, o sábio
oleiro fixa seus olhos no resultado final do vaso. E sabe por que o oleiro não
dispensa o barro? Porque o processo de se fazer um vaso é longo, trabalhoso,
cuidadoso, meticuloso. O oleiro tem que ir longe pra escolher a argila,
peneirá-la, depois colocá-la de molho, peneirá-la de novo, batê-la para que
saiam as bolhas de ar que podem enfraquecer o vaso na hora de passar pelo
forno. Então, o oleiro não quer jogar fora todo o trabalho que já teve. Da
mesma forma Deus também não nos joga fora. Ele não nos descarta. Ele não desperdiça
as lágrimas, os sofrimentos a as experiências passadas até aqui. Ele tem planos
para a sua vida e por causa disso Ele não desistirá de você! Há esperança para
o vaso enquanto ele estiver sendo moldável!
Só
precisa de restauração aquilo que o tempo deteriorou. E porque deterioramos
existe a necessidade de sermos restaurados. Deus é poderoso para nos restaurar!
Ele tem profundo interesse em nos reaproveitar e refazer-nos novamente! Deus é
quem restaura nossa relação com Ele. Deus é quem restaura nossa relação com o próximo.
Deus é quem restaura a nossa sorte, os nossos sonhos, os nossos bens, a nossa
saúde, as nossas amizades. Deus é quem restaura o nosso viver, a nossa
dignidade, a nossa alegria, a nossa razão de viver e, acima de tudo, Deus é
quem restaura a nossa alma. Ele é o oleiro! Ele é o restaurador! Ele reconstrói
tudo conforme o seu querer, conforme a sua vontade! E Deus não faz emendas e
tudo que Ele faz, Ele faz com perfeição. Deus é um
oleiro paciente, de forma que quando nos colocamos em suas mãos, Ele não nos
joga fora, mas nos aperfeiçoa a cada dia; e Deus trabalha conosco todos os
dias. Ele nos dá novas oportunidades como deu a Pedro, que foi restaurado
porque se deixou tocar pelo oleiro. Aquele jeito covarde de Pedro foi
transformado num jeito corajoso através do trabalho do oleiro em sua vida
porque barro nas mãos do oleiro pode se tornar em um objeto de grande beleza e
utilidade.
Da mesma forma Deus quer realizar mudanças na sua vida! Se você é
um vaso em que as circunstâncias da vida te quebrou deixe-se alcançar por Deus,
porque Ele quer moldar você e refazer a sua vida. E grandes
são os benefícios de ser um vaso moldável, tremendas são as modificações de
quem é maleável, mas terríveis são os resultados de quem se endurece diante de
Deus. Loucura é deixar para depois as implicações do agir de Deus em nossa vida
e muitas pessoas não se apercebem do risco que correm. Estão à beira da morte,
nas barras do juízo de Deus e continuam anestesiadas pelos seus pecados. A
Bíblia diz que quando Jesus voltar os homens estarão vivendo completamente
despercebidos do perigo, vivendo completamente desligados da possibilidade do
juízo, vivendo para o agora, vivendo por prazer, vivendo para os deleites da
carne como se Deus não existisse, como se a eternidade não existisse, como se
não houvesse um juízo iminente (Mt 24.38,39). E quantas vezes o homem está
vivendo regaladamente no pecado, na maior festança, exatamente no próprio dia
em que Deus irá chamá-lo e neste dia só resta para ele uma expectativa horrível
de juízo e de condenação eterna. Não seja um barro endurecido, seco, mas
deixe-se moldar pela sabedoria do oleiro, pois o sucesso
da obra depende de como o barro se deixa moldar pelo oleiro! Caso tenha
sido quebrado deixe o oleiro reconstruir e restaurar a sua vida! Ele sabe como
fazê-lo com perfeição!
05 – QUANDO A ATITUDE DO
VASO INTERFERE NA OBRA DO OLEIRO
As
atitudes do vaso que podem interferir na obra do oleiro? O oleiro não tem
vontade absoluta? Então, como pode ocorrer esta interferência? Apesar do oleiro
construir ou reconstruir o vaso segundo o seu querer, a reação do vaso ao
manuseio do oleiro pode interferir no resultado final do vaso. Até aqui temos
falado da maleabilidade do barro, de forma que até que o barro esteja maleável
há esperança para o vaso, mas quando o barro perde a sua flexibilidade e se
endurece algo terrível acontece: Acaba-se a esperança para o vaso. E é sobre
isso que falaremos daqui pra frente.
Diz
o texto de Jeremias que o vaso se quebrou nas mãos do oleiro, o que significa
que ele não resistiu ao processo de moldagem. Para que o vaso seja moldado o
barro precisa ser amassado, o que quer dizer que nas lutas e provações que
passamos Deus está amassando o barro para fazer um vaso segundo a sua vontade, e
se nesse processo o barro não oferece qualidade, não resiste ao processo
necessário para sua formação e o vaso se quebra. E por que o vaso se quebrou?
Foi imperícia do oleiro? Foi falta de cuidado do oleiro? Faltou habilidade do
oleiro ao manusear o barro? Não! O oleiro não falha porque Ele é perfeito!
Então, por que o vaso se quebrou? Por causa das impurezas e da má qualidade do
barro! A qualidade final do vaso depende da qualidade do barro que se usa na
sua fabricação. Portanto, a propriedade do nosso caráter vai depender do tipo
de barro que somos. E o barro pode representar as nossas atitudes, as nossas
expressões, a nossa reação quanto à ação do oleiro em nossa vida. E quais são
as atitudes que caracterizam um barro ruim? Dureza de coração, incredulidade,
insensibilidade, soberba, impurezas, desobediência, indisposição, pessimismo,
covardia e etc. Que tipo de vaso o oleiro pode fazer com tantas impurezas? Não
dá para fazer um bom vaso com esse tipo de barro! E quais as atitudes que
caracterizam um barro bom? Coração quebrantado, fé, sensibilidade, humildade,
pureza, obediência, coragem, disposição, otimismo e etc. Coloque tudo isso nas
mãos do oleiro e verá que tipo de vaso Ele fará de você.
O
primórdio dessa mensagem era para Israel e parece que esta nação era um barro
de péssima qualidade. São inúmeras as referências bíblicas onde Deus questiona
a situação de Israel. Ele era chamado de a vinha que deu uvas bravas (Is 5.1,2;
Sl 80. 8-18), casa rebelde (Is 1.2,3) e povo sem conhecimento (Os 4.6). Todas
as atitudes rebeldes de Israel com certeza limitou a ação de Deus nesta nação.
O salmista confirma isso quando diz: Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel
andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria
mão contra os seus adversários. Os que aborrecem ao SENHOR se lhe submeteriam,
e isto duraria para sempre. Eu o
sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha
(Sl 81.13-16). E Deus vai usar o seu profeta e a profissão do oleiro para
enviar ao povo a seguinte mensagem: No
momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar,
derribar e destruir, se a tal nação se
converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal
que pensava fazer-lhe (Je 18.7,8). Isso é muito sério! Isso aconteceu
com a cidade de Nínive, quando o profeta Jonas percorreu aquela cidade e pregou
a sua destruição os ninivitas se arrependeram e foram poupados, pois Deus mudou
a sentença proferida. Mas a mensagem de Deus ainda dizia: E, no momento em que
eu falar acerca de uma nação ou de um reino, para o edificar e plantar, se ele fizer o que é mal perante mim e não
der ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que houvera dito lhe
faria (Je 18.9,10). Isso também é muito sério e aconteceu com o sul de
Israel, que deixou ao Senhor, foi levado para exílio e nunca mais voltaram. O
norte, que é Judá, também deixara ao Senhor e foram para o exílio, mas retornaram
pela fidelidade de Deus à promessa feita a Abraão.
Tudo
isso nos mostra que as nossas atitudes e comportamentos interferem na obra de
Deus em nossa vida. Isso não interfere na onipotência de Deus, pois Ele tem
poder absoluto sobre o barro, mas isso tem a ver com o livre arbítrio que Ele
deu ao homem, de forma que as nossas atitudes, vontades e comportamentos afetam
o resultado final do trabalho de Deus na formação do vaso. Portanto, se você é um vaso que o pecado destruiu, deixe-se alcançar
por Deus e seja maleável ao trabalho do oleiro. Arrependa-se do seu pecado ou
você prefere desprezar a riqueza da sua bondade, tolerância e longanimidade,
ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Deus está
chamando você ao arrependimento! Pare de brigar com Deus, porque a Bíblia diz: Ai
daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o
barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça (Is
45.9). Todos querem ser um vaso de bênção, mas poucos estão dispostos a serem
amassados pelo oleiro. Deus deseja fazer de cada um de nós um vaso perfeito
para que através de nós o seu nome seja glorificado. Permita esse resultado em
sua vida! Pense nisso com muita seriedade!
06 – QUANDO O PECADO
ENDURECE O BARRO
Deus
aparece segunda vez para Jeremias e lhe diz: Assim diz o SENHOR: Vai, compra
uma botija de oleiro e leva contigo alguns dos anciãos do povo e dos
anciãos dos sacerdotes (Je 19.1). E em determinado momento lhe diz: Então, quebrarás
a botija à vista dos homens que foram contigo e lhes dirás: Assim diz o
SENHOR dos Exércitos: Deste modo
quebrarei eu este povo e esta cidade, como
se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se... (Je
19.10,11). Desta vez as coisas mudaram para o vaso! No primeiro momento pode-se
observar que ainda havia esperanças para o vaso, que o oleiro ainda estava
trabalhando na construção do vaso, que mesmo quebrando o oleiro poderia
reconstruir novamente o vaso. Mas neste segundo momento não há mais esperanças
para o vaso! O oleiro terminou a sua obra, o vaso não saiu perfeito, o barro se
endureceu e não tem como reconstruí-lo, de maneira que a única alternativa que
resta é quebrá-lo e jogá-lo fora.
Logo
depois da promessa de renovação para o povo de Israel acontece algo terrível! O
povo que deveria ser chamado pelo nome de Deus não ouviu o recado do Senhor,
não se deixou ser moldado por Ele, não se submeteu à vontade do oleiro, antes
se rebelou contra Ele. Então, novamente o Senhor manda que seja usado o produto
do oleiro que é um vaso. Manda que Jeremias compre um vaso pronto, que pegue os
líderes do povo e os levem para um lugar determinado e quebre o vaso diante
deles. O que Deus queria dizer ao povo? A mensagem agora dizia: Vocês não se deixaram moldar, saíram das
minhas mãos, endureceram e agora são como um vaso que se quebra e não pode mais
ser restaurado. O vaso quebrado representa o
pecado humano. O pecado nos derruba das mãos de Deus e nos separa dele.
Isaias diz: As vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os
vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is
59.2). O pecado é um gesto consciente do ser humano
para caminhar em outra direção que não seja no caminho de Deus e não mais nas
mãos do seu Criador. Se as dificuldades são um desafio, o pecado é uma tragédia
e um desafio ainda maior. E as coisas se complicam de tal forma a ponto de se
tornar irremediável, porque demoramos em tomar consciência do pecado e podemos
até mesmo nunca fazê-lo em tempo, pois gostamos do pecado e nos sentimos bem
pecando.
Você é um vaso quebrado quando crê em Jesus, mas segue uma fé fora
dos padrões da Bíblia que chama isso de idolatria. Quando você frequenta a
igreja, mas durante a semana procura soluções rápidas e fáceis em outras fontes
que não seja a Bíblia que chama isso de feitiçaria. Você é um vaso quebrado
quando o que prevalece em sua vida é a inimizade, a porfia, o ciúme, a ira, a
discórdia, as dissensões e as facções. As pessoas incluídas nestes pecados são
as que gostam de brigar, pois a violência tem feito morada em seus corações e
ela passa a ser o seu método de vida. São pessoas geniosas que jamais se
controlam e jamais suportam qualquer desafeto, vindo depois a culpar o seu
temperamento. Entretanto, a ira acalenta o ódio no coração, escondido atrás do
fato de que sua raiva é justa, porque o outro mereceu, mas acessos de raiva,
mesmo que por motivos justos são manifestações do pecado. Você é um vaso
quebrado quando é dominado pelo ciúme e pela inveja, quando não aguenta o
sucesso do outro e faz de tudo para se destacar ou prejudicar ao próximo. A
inveja é pecado porque é um julgamento contra Deus, pois o invejoso parece
dizer: Deus foi injusto comigo, porque
deu mais dons e recursos ao outro do que a mim. Você é um vaso quebrado
quando vive na discórdia por causa da ambição egoísta de seu coração, quando
seu problema é querer todos os holofotes para você, quando seu prazer é semear
a dissensão que separa e machuca as pessoas, quando sua preferência é pertencer
a um grupo que exclui aos outros ou se exclui dos outros, pensando ser mais
puro e mais legítimo.
Todas estas manifestações representam um vaso quebrado. E se você
está nestes desvios, você é um vaso quebrado! E enquanto viver assim, diz a
Bíblia que não haverá esperança para você e quem vive sem esperança não herdará
o Reino de Deus. Você precisa se consertar com Deus e deixar que Ele refaça
você. Não
seja um vaso sem esperanças! Se você anda
emocionalmente quebrado, saiba que Deus quer reconstruir a sua vida. Se o
pecado te quebrou saiba que Deus quer consertar a sua vida. Não importa em quantos
pedaços você foi despedaçado porque Deus pode fazer de você um vaso novo. Você
não pode fazer isso, mas Deus pode fazer por você, porque foi Ele quem te criou
e se você deixar que Ele o tome em suas mãos Ele refará a sua vida. Faça isso
enquanto há tempo! Faça isso enquanto há esperanças! Pense nisso seriamente!
07 – AS CONSEQUÊNCIAS DO
DESPREZO DO VASO PELO TRABALHO DO OLEIRO
É
fato que uma oportunidade perdida pode jamais bater em sua porta novamente.
Isso acontece muito na área profissional. Às vezes, você perde um excelente
emprego por não aproveitar a oportunidade. Na área espiritual as oportunidades
são constantes, pois a Bíblia diz: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a
porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo (Ap 3.20). E
Deus está todos os dias batendo à porta de nosso coração nos concedendo
oportunidade de salvação. Mas cuidado! Porque estas oportunidades um dia
cessarão e podem se transformar em desprezo.
Você
já provou o desprezo de alguém? Como é triste ser desprezado! Já parou para
pensar em quanto tempo você tem desprezado a Deus? Cuidado com isso! Porque depois
de dar inúmeras oportunidades para
alguém, Deus pode silenciar-se e fechar a porta da oportunidade
para sempre. Depois de suportar inúmeras desobediências, depois de você rejeitar inúmeras
oportunidades dadas por Deus, depois de você disser não a todos os chamados de
Deus em sua vida, depois de você esconder-se e fugir de Deus que procura
incansavelmente ao pecador, Deus pode silenciar-se e afastar-se de você por um
tempo ou para sempre e te deixar sozinho neste mundo cruel,
largado a viver à mercê de suas próprias paixões e pecados. O autor de
Provérbios nos fala sobre isso quando diz: Mas,
porque clamei, e vós recusastes; porque
estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu
conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa
desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei, em vindo o vosso
terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando
vos chegar o aperto e a angústia. Então,
me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar.
Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; não
quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos
seus próprios conselhos se fartarão. Os néscios são mortos por seu desvio,
e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição (Pv 1.24-30).
Quais
casos se quebraram em sua vida? O que necessita ser restaurado em sua vida? O
caso do primeiro amor? Você perdeu o gosto pela Bíblia, pela oração e comunhão
com Deus, com a igreja e com os irmãos? O caso da pureza? Você se soltou? Fez
concessões? O caso da dependência? Você se envaideceu? Tornou-se autônomo,
independente, autossuficiente? Perdeu a força da esperança cristã, a capacidade
de crer? O caso do compromisso? Você quebrou os votos, as alianças e os pactos
que fez com Deus, com o seu cônjuge, com seus pais, com seus irmãos, com seus
filhos, ou com seus sócios? Você rompeu com todos os seus compromissos? Não é
hora de culpar ninguém, pois somos responsáveis pelas mazelas em nossa vida,
não é hora de choramingar lamentando tudo o que aconteceu na vida, não é hora
de ficar prostrado no meio do caminho com as decepções e erros da vida, mas sim
é hora de buscar solução, porque ainda pode não ser o fim para você. Para que
isso aconteça seja um bom barro nas mãos do oleiro! Seja barro maleável nas
mãos de Deus! Seja moldável e permita que o Senhor te restaure! Que a sua
oração hoje ao Senhor seja assim: Eu
quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do oleiro. Quebra a minha vida e
faze-a de novo conforme o teu querer, pois Tu és o oleiro e eu sou o vaso!
CONCLUSÃO
Não
perca mais esta oportunidade que a vida lhe oferece porque pode lhe ser a
última delas, não adie para amanhã o essencial, aquela decisão que não pode
ficar para depois, pois o amanhã pode não vir para você. Caso você sinta que
está vivendo longe de Deus, não viva mais as margens da perdição, não continue
com uma vida mesquinha, medíocre que não lhe leva a outro lugar a não ser para
a perdição. Salve sua vida, salve sua alma, adquira em Jesus o direito de viver
a eternidade feliz, desfrutando de todo gozo que Deus tem preparado para aqueles
que o amam e em suas mãos depositam suas vidas. Não permita que as indagações
da vida o confunda e te faça perder as oportunidades que Deus lhe oferece. Abra
seu coração para Jesus. Considere que quando o vaso despreza o oleiro que o
fez, pode não haver mais esperanças para ele. Não seja um vaso sem esperanças!
Não viva mais infeliz, sem uma razão de viver! Ouça a voz de Deus porque a
Bíblia diz: O que me der ouvidos
habitará seguro, tranquilo e sem temor do mal (Pv 1.31). Torna-se um barro
maleável, porque para aqueles que querem ainda ser moldado pelo oleiro, Ele
diz: Então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás por
socorro, e ele dirá: Eis-me aqui
(Is 58.9). Vale a pena ser um vaso nas mãos do Oleiro! Seja um deles! Que Deus
te abençoe e que esta mensagem possa te servir e lhe mostrar o caminho da vida!
Amém!
Luiz
Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia:
Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e
Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.