Para Refletir

Há momentos na vida difíceis de serem suportados, em que a única vontade que sentimos é de chorar, pois parecem arruinar para sempre nossa vida. Quando um destes momentos chegar, lembre-se que ainda não chegou o fim, que a sua história ainda não acabou e que ainda há esperança. Corrie Ten Boom disse: "não há abismo tão profundo que o amor de Deus não seja ainda mais profundo". Este amor você encontra aqui, um lugar de esperança, consolo e paz, e aqui encontrará a oportunidade de conhecer a verdadeira vida, uma vida abundante com Cristo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O ANUNCIADO NO MONTE MORIÁ

1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.
4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.
5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos.
7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.
9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha;
10 e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho.
11 Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui!
12 Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.
13 Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.
14 E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá (Gn 22.1-14).


Introdução

A história de Abraão e de seu filho Isaque é uma história impressionante, pois ela é extremamente rica em detalhes. Quando a lemos, é como se fôssemos puxados para dentro da história, envolvendo-nos com cada detalhe e sentindo o drama aumentar a cada frase. Abraão tinha de Deus a promessa de que viria a ser o pai de muitas nações. Nessa época, Abraão e Sara não tinham filhos. Os anos se passaram, a promessa era sempre lembrada, pois Deus falava sempre a Abraão que dele e de Sara, nasceria um filho. Mas os anos foram passando e ambos, já em idade avançada, não tinham mais condições de gerar um filho, contudo Abraão não duvidava da promessa de Deus. Certo dia Sara, quando já havia cessado os costumes das mulheres, deu a Abraão uma notícia bem alegre: estava grávida! Deus cumprira sua promessa! Sara deu a luz a um filho que por determinação de Deus chamou-se Isaque, que quer dizer “sorriso”.

Quando Isaque era jovem, Deus disse a Abraão para oferecê-lo em sacrifício. Abraão sabia que Deus não aceitava sacrifícios humanos, mas obedeceu-O, indo ao lugar determinado por Deus levando consigo seu filho para ser sacrificado. Chegaram ao local determinado e prepararam o altar, então Abraão contou a Isaque todas as coisas e o amarrou para ser sacrificado. Ao levantar o cutelo para imolá-lo, Deus impediu Abraão de sacrificar Isaque e providenciou um cordeiro para subistituir Isaque. Apesar de Isaque ter sido salvo da morte, o local adquiriu uma grande reverência. Este lugar santo no Monte Moriá seria, mais tarde, o local do Templo. Destaca-se no texto:

- A figura de Abraão e seu amor sacrifical que nos aponta para uma entrega ainda maior: a que Deus fez de Seu Filho.
- Destaca-se também Isaque, a vítima calada que participa passivamente e simboliza a gigantesca submissão do Filho de Deus.
- Desta-se, acima de tudo, o carneiro preso entre os chifres, o cordeiro substituto, que é o fruto máximo da provisão de Deus.

Como deu para perceber, tudo nessa narrativa apontam-nos para os eventos da obra de Cristo. Isso demonstra claramente os planos divinos com respeito à morte de Jesus, “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Podemos tirar três lições importantes para nós deste episódio:

1 – A ABNEGAÇÃO DE ABRAÃO

1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.
4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.


O que se nota neste texto com a pronta obediência de Abraão é sua abnegação. Ele amava seu filho Isaque com certeza, tanto que Deus confirma isso quando diz “a quem amas”, mas não hesita em oferecê-lo ao Senhor. Quero destacar aqui três coisas:

A – O teste final para a confirmação da promessa

1 Depois dessas coisas ...


Depois do que? Do nascimento do filho da promessa. A promessa era um descendente e dele sairia uma grande nação através da qual seriam benditas todas as nações da terra. Agora, antes de confirmar a promessa, Deus coloca Abraão a prova. A prova era demasiadamente difícil, mas igual em proporção à bênção com a qual Abraão seria abençoado. Deus estaria para confirmar Sua promessa e fazer a descendência de Abraão numerosa como as estrelas do céu.

Deus sempre age assim. Antes de conceder uma grande bênção a alguém, aquele que conhece e prova os corações, coloca em teste para ver o preparo da pessoa e confirmar a bênção. Foi assim com a nação de Israel. A terra era prometida, mas antes foram provados se realmente seriam fiéis. Somente com a fidelidade Deus confirmaria a promessa. Israel foi reprovado e colheram grandes conseqüências de sua desobediência.

Isso nos mostra que a vitória não significa o fim da guerra, nos mostra que quando recebermos de Deus a sua bênção, não podemos relaxar e abaixar as defesas e nos mostra também que depois de sermos aprovados, devemos nos preparar para novamente sermos postos a prova, pois a provação é uma escada cujos degraus nos conduz para o alto, para a perfeição e o completo conhecimento daquele que nos molda segundo seu querer, que forja em nós seu caráter conforme a Sua vontade.

B – A prontidão e o desprendimento de Abraão

É impressionante a prontidão de Abraão em obedecer a Deus:

1  ... pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!
2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.
3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.


Ele não questiona. Aquilo vinha em desencontro com a promessa que lhe fora feita pelo mesmo Deus que agora pede o sacrifício e a morte de seu filho. Não havia sentido naquele pedido de Deus. Como Ele pediria a morte daquele sem o qual significava o fim de sua descendência? E a promessa? E a grande nação numerosa como as estrelas do céu? Ele não questionou, mas prontamente obedeceu.

Outra coisa que se destaca é o desprendimento de Abraão. Isaque era o único filho legítimo de Abraão. Ele era toda a sua esperança, toda a sua alegria. Abraão não poderia mais ter filhos devido a idade avançada. Além do mais, se Isaque morresse, ele ficaria sem descendência. Abraão tinha todos os motivos para se negar a obedecer a Deus e não oferecer o próprio filho em sacrifício. Aquela exigência parecia ser tão desumana e cruel, mas ele não hesita em se desprender de seu filho:

3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado.


Outra coisa que se destaca no texto é o amor de Abraão pelo seu filho:

2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas ...

Abraão esperou muitos anos até que Isaque, o filho da promessa, finalmente nascesse. Abraão amava o filho de forma indescritível. Era o filho de sua velhice, fruto de um verdadeiro milagre de Deus, pois Sara era estéril. Entregar o próprio filho, amado e inocente, para ser morto era a maior prova de desprendimento e abnegação que se poderia exigir de um homem como Abraão. Isso nos mostra que quando Deus nos pede algo, Ele pede o que temos de mais precioso. Ele é glorificado quando oferecemos a Ele o melhor que temos, quando dedicamos a Ele o nosso maior tesouro. Por isso que Deus quer toda a tua vida, por isso que Deus quer todo o teu coração. Ele é Deus, o Todo-Poderoso, o Soberano Absoluto do Universo e devemos oferecer a Ele a nossa jóia mais preciosa.

C – O lugar e o tempo como teste final

4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe.


Deus não indicou um lugar qualquer para que o sacrifício fosse realizado. Precisava ser na terra de Moriá, sobre um dos montes que ficava a três dias de viagem. Por qual razão Deus mandou Abraão sacrificar Isaque a três dias de distância do lugar onde ele estava? Por que será que o Senhor não indicou um local mais próximo? Ele não poderia ter apontado outra montanha naquela redondeza? Não havia naquelas proximidades um local propício para um ato deste tipo? É claro que sim. Mas, então, por que a três dias de distância? Por que não, por exemplo, à uma hora de distância? Se Deus estava provando Abraão, então a prova deveria ser completa. Abraão teria três dias para mudar de idéia. Deus concedeu-lhe tempo suficiente para que ele dissesse um não a sua ordem. No entanto, ainda assim, Abraão foi fiel a vontade de Deus.

Abraão agiu calmamente. Levantou de madrugada, preparou o jumento, chamou os servos, rachou a lenha, chamou Isaque e foi ao lugar determinado. Dá para imaginar o que se passava pela cabeça dele ao fazer todos aqueles preparativos? Além de ir sacrificar seu filho, ele teria ainda que andar três dias com tão grande remorso no coração! Dá para imaginar o que se passou em sua mente durante este percurso? Embora tivesse três dias para mudar de decisão, ainda assim ele permaneceu firme na dura missão de sacrificar o seu precioso filho. Que fé! Que obediência! Não é à toa que Abraão é considerado o "pai da fé", e os que, hoje pertencem à fé são seus filhos: "Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão" (Gl 3.7).

Podemos identificar nessas atitudes de Abraão muitas coisas semelhantes à atitude do próprio Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que também entregou seu único Filho para ser sacrificado pelos nossos pecados.

- Deus não se recusou a entregar seu Filho, mesmo sendo o único e amado (Pv 8):

16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).


- Jesus era absolutamente inocente, nada tendo feito para merecer a morte:

26 Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus (Hb 7.26).

21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos,
22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca (1 Pd 2.21,22).

- Deus começou de madrugada a preparar o mundo para a vinda de Jesus, que culminaria com o seu sacrifício na cruz do Calvário, pois desde Gênesis temos a promessa da vinda do Cordeiro:

15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3.15).

8 e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8).


A pessoa do Pai, sua abnegação e seu desprendimento estão muito bem tipificados na figura de Abraão. Deus enviou Jesus, seu único Filho como Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo e para o Filho de Deus não houve substituto. Jesus subiu ao Calvário, sofreu pagando os nossos pecados e por fim morreu na cruz em nosso lugar. Jesus nos livra da condenação eterna e para isso é necessário crer nele e aceitá-lo como único e suficiente Salvador. Ele e somente Ele, pode dar ao pecador o perdão e a certeza de vida eterna e resolver todos os problemas como enfermidades, angústias, desesperos e incertezas. Jesus é o refrigério da alma cansada, é o pão que alimenta, é a vitória total e final.

2 – A SUBMISSÃO DE ISAQUE NO SACRIFÍCIO


5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós.
6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos.


Chegaram ao local do sacrifício. A atenção agora se volta para Isaque, filho de Abraão, que se sujeita ao sacrifício. Duas coisas chamam a atenção:

A – A subordinação de Isaque

O que nos chama a atenção no texto é a docilidade de Isaque. Ele não reage, não corre, não foge, não questiona. E o que mais tipifica Jesus como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado mundo”, é que Ele foi dócil e submisso a tudo o que tinha de passar:

7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca (Is 53.7).


Mesmo quando seus inimigos o agrediam, ele não revidava.

23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente,
24 carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados (1 Pd 2.23,24).


Mesmo naquela hora mais difícil, ali no Getsêmani, sabendo do imenso desafio que tinha pela frente, onde havia tempo ainda de desistir, Ele estava pronto e submisso ao Pai:

41 Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava,
42 dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua.
43 Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava.
44 E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra (Lc 22.41-44).


Jesus foi submisso até o fim. Ele foi obediente até a morte, e morte de cruz. A maior dor de Jesus não era a física, mas a espiritual. Ele era inocente das acusações. A dor moral é muito difícil de suportar, essa é a situação mais difícil de se ficar calado, não é fácil se calar quando se é inocente, não é fácil de suportar a dor quando se é injustiçado, mas Jesus nada falou e nada retrucou, mesmo sendo totalmente inocente.

B – A lenha carregada por Isaque

A cena mais impressionante no episódio do monte Moriá certamente é descrita no verso 6:

6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos.


Abraão coloca a lenha do holocausto sobre Isaque. Essa cena de Isaque caminhando até ao alto do monte carregando a madeira sobre a qual deveria ser sacrificado tipifica a obra do Senhor Jesus, que carregou a cruz até o alto do Gólgota, pois centenas de anos depois, Jesus sobe aquele monte carregando sua própria cruz para ser sacrificado. Abraão, o pai, seria o executor, que levava o cutelo para imolar e o fogo para incendiar. Com Jesus não fora diferente, embora Ele tenha sido entregue por Judas e crucificado pelos romanos, mas isso pelo desígnio de Deus:

22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis;
23 sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;
24 ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela (At 2.22-24).


26 Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido;
27 porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel,
28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram (At 4.26-28).


O Pai entregou o próprio Filho para morrer na cruz e conceder a única salvação possível para este mundo perdido e tipificou na pessoa de Abraão e Isaque o que aconteceria entre Ele e Jesus. Isto não maravilhoso? Você vai dizer não a uma salvação tão maravilhosa como esta? Que custou para Deus o que Ele tinha de mais precioso: Jesus, Seu Filho Unigênito?

3 – O CORDEIRO SUBSTITUTO


7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?
8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.
9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha;
10 e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho.
11 Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui!
12 Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.
13 Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.
14 E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.


A caminho do altar, Isaque pergunta ao seu pai sobre o cordeiro para o sacrifício. Ele começou a estranhar porque estava faltando alguma coisa. Que pergunta mais desconcertante não fora aquela para Abraão. O que ele poderia dizer? Quanta tristeza não deveria estar em seu coração? Mais do que tristeza havia fé. O escritor da carta aos Hebreus, falando deste episódio, diz:

17 Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas,
18 a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência;
19 porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou (Hb 11.17-19).


Chegando ao lugar determinado, Abraão mostrou que não estava blefando, não estava fingindo obedecer.

9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha;
10 e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho.


Ele estava disposto a obedecer a ordem de Deus, porém, intimamente, esperava uma providência divina. Ele tinha fé. Aquele tipo de fé que agrada a Deus. Uma fé presente em quem confia e depende de Deus: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto”. Abraão entendia que a única forma de seu filho não morrer seria se Deus providenciasse um cordeiro para morrer no lugar dele. E a solução veio no momento exato.

11 Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui!
12 Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.
13 Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.


Antes de deixarem o topo da montanha onde Abraão ia oferecer o seu filho Isaque, Abraão profetiza sobre a vinda do Cordeiro de Deus:

14 E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.


Cerca de 2.000 anos mais tarde, naquela mesma montanha perto de Jerusalém, Deus ofereceu o seu único filho, o Cordeiro de Deus, como uma oferta pelo pecado para reconciliar o homem caído ao Santo Deus Vivo e Poderoso.

Aquele carneiro foi sacrificado no monte Moriá como o substituto de Isaque. Isaque não precisava mais ser sacrificado; o carneiro morreu no lugar dele. Um cordeiro foi providenciado para substituir todos os homens, todos os que esperam e crêem que o Senhor provê salvação. Jesus é o Cordeiro que foi morto sobre o monte Gólgota. João Batista, que veio para preparar o caminho do Senhor, no momento oportuno ele apontou para Jesus de Nazaré e disse:

29 ¶ No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (Jo 1.29).


Esta é uma referência ao fato de que Jesus é o sacrifício perfeito e definitivo pelo pecado. A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23) e que nossos pecados nos separam de Deus. Ela também ensina que somos todos pecadores e que nenhum de nós é justo diante de Deus (Rm 3.23). Por causa dos nossos pecados, somos separados de Deus, e permanecemos culpados diante dEle; portanto, a única esperança que podemos ter é a reconciliação com Deus através do Cordeiro substituto: Jesus Cristo, Seu único Filho e foi para nos reconciliar com Ele que Deus mandou Seu Filho Jesus Cristo para morrer na cruz. Cristo morreu para fazer expiação pelo pecado e para pagar pela penalidade dos pecados daqueles que agora crêem nele. É através de Sua morte na cruz como o sacrifício perfeito de Deus pelo pecado e pela Sua ressurreição, três dias depois, que agora podemos ter vida eterna.

Conclusão

É interessante como Deus deixou marcas na história que evidenciaram seu propósito. Encontramos em Gênesis 22 uma das mais conhecidas profecias sobre a vinda do Cordeiro de Deus que estava por vir. Portanto, Deus não está aprovando o sacrifício de crianças entre os homens – Essa passagem é apenas uma profecia do sacrifício de Seu Filho para os homens. Toda cena descrita nessa passagem nos fala claramente sobre Deus, Jesus e o seu sacrifício no Calvário. Fala-nos do plano de Deus ao providenciar um Cordeiro para substituir os homens pecadores. Deus, por meio de Abraão e Isaque, mostrou-nos o quanto foi doloroso entregar o próprio Filho para providenciar a nossa salvação. Às vezes nos esquecemos do quanto a nossa salvação custou para Deus e para Seu Filho.

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

2 comentários:

  1. Meu Deus, diante de uma mensagem tão poderosa desta, só tenho a ti agradecer pelo amor sem fronteiras sem limites sem palavras para descrever o quanto foi difícil e doloroso à Deus propiciar a minha salvação em Cristo Jesus meu Senhor
    Só posso dizer Ó Deus diante de tão grande obra, não permita que nenhum humano já que nasceu e recebeu um espírito, que este espírito seja alcançado por Jesus e seja salvo que o inferno de fogo sem dúvida existe, seja somente para anjos caídos. O teu amor Ó Deus é grande, maravilhoso e eterno tem compaixão de todos nós, perdoa-nos, toma nas tuas mãos nosso destino em nome de Jesus amem

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    1. Todo aquele que crê em Jesus Cristo, o Filho de Deus, tem a sua alma redimida pelo Seu sangue vertido lá na cruz do Calvário. Este, quando morrer, não entra em juízo, mas passa da morte para a vida e gozará das bênçãos do Reino de Deus e desfrutará de um lar celestial preparado para ele pelo próprio Senhor Jesus.

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