Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2 Tm 3.14-17
Para Refletir
Há momentos na vida difíceis de serem suportados, em que a única vontade que sentimos é de chorar, pois parecem arruinar para sempre nossa vida. Quando um destes momentos chegar, lembre-se que ainda não chegou o fim, que a sua história ainda não acabou e que ainda há esperança. Corrie Ten Boom disse: "não há abismo tão profundo que o amor de Deus não seja ainda mais profundo". Este amor você encontra aqui, um lugar de esperança, consolo e paz, e aqui encontrará a oportunidade de conhecer a verdadeira vida, uma vida abundante com Cristo.
domingo, 26 de junho de 2011
BARTIMEU: O HOMEM QUE NÃO PERDEU A OPORTUNIDADE
sábado, 25 de junho de 2011
OS DOIS CESTOS DE FIGOS
Introdução
Na Escritura Sagrada encontramos muitos fatos e histórias marcantes. Um dos mais importantes é o que chamamos de Exílio Babilônico, acontecido no ano 587 a.C.. Este evento importante na história bíblica foi a deportação em massa dos judeus, do reino de Judá, para a Babilônia, por Nabucodonosor, seu rei. O reino do Norte de Israel já havia desaparecido em 722 a.C. com a destruição da capital, Samaria, em que a maior parte da população dispersou-se entre outros povos dominados pela Assíria. O reino do Sul também termina tragicamente com a destruição da capital Jerusalém e parte da população é deportada para Babilônia. Jerusalém é sitiada e Jeoaquim, Rei de Judá, rende-se voluntariamente. O Templo de Jerusalém é saqueado e destruído e parte da nobreza, inclusive o rei, são levados para o Exílio em Babilônia.
1 Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião.
A experiência vivida, tanto pelos que ficaram como pelos que saíram, era de provação, castigo e reconhecimento da infidelidade à aliança com Deus. Pouco a pouco foram retomando a confiança em Deus que poderia salvar o seu povo e os conduzir em um novo êxodo de volta a Sião. Quando Jeremias escreve texto básico acima, o cativeiro já havia acontecido, conforme descreve o verso primeiro. Deus, então, manda uma mensagem tanto para os que ficaram como para os que foram levados. Podemos tirar algumas lições desta mensagem:
1 – UMA PALAVRA QUE SE CUMPRIU
1 Fez-me ver o SENHOR, e vi dois cestos de figos postos diante do templo do SENHOR, depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os artífices, e os ferreiros de Jerusalém e os trouxe à Babilônia.
O principal motivo para o exílio de Judá, que constituiu a perda da liberdade dos judeus, foi a quebra da aliança estabelecida entre Deus e o seu povo.
A – A aliança entre Deus e o povo
Quando Israel foi libertado da escravidão do Egito, Deus estabeleceu uma aliança entre Ele e o povo de Israel:
5 Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha;
Deus lembrava, através de seus profetas, o teor desta aliança ao povo:
1 Palavra que veio a Jeremias, da parte do SENHOR, dizendo:
A aliança consistia em o povo obedecer a Deus, dar ouvidos a voz de Deus.
B – A quebra da aliança por parte do povo
Mas o povo não deu ouvidos à Lei de Deus, aos Seus mandamentos, aos Seus conselhos, antes viraram as costas ao Seu Deus.
8 Mas não atenderam, nem inclinaram o seu ouvido; antes, andaram, cada um, segundo a dureza do seu coração maligno; pelo que fiz cair sobre eles todas as ameaças desta aliança, a qual lhes ordenei que cumprissem, mas não cumpriram (Je 11.8).
13 Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas (Je 2.13).
O que significava esta quebra de aliança? Significava o abandono ao verdadeiro Deus e a autoconfiança do povo. Significava que o povo não queria ter O SENHOR como seu Deus. Significava que o povo não queria fazer as coisas que O SENHOR ordenava. Significava que o povo não queria ter os mandamentos de Deus como normas para regerem suas vidas.
11 Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto que não eram deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito (Je 2.11).
Eles quebraram a aliança com o seu Deus.
C – As conseqüências da quebra da aliança
Conforme as regras da aliança, assim como havia bênçãos sem medidas para a obediência, havia também duras penas para a desobediência:
3 Assim diz o SENHOR: Executai o direito e a justiça e livrai o oprimido das mãos do opressor; não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar.
4 Dize-lhes, pois: Assim diz o SENHOR: Se não me derdes ouvidos para andardes na minha lei, que pus diante de vós,
2 Assim diz o SENHOR: Põe-te no átrio da Casa do SENHOR e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar à Casa do SENHOR, todas as palavras que eu te mando lhes digas; não omitas nem uma palavra sequer.
Mas o povo não ouviu a Jeremias, antes o prendeu e quase o matou. Deus, então, envia o castigo e, no Seu furor, destrói o templo, a cidade de Jerusalém e leva cativo para Babilônia o Seu povo. Deus disciplina o Seu povo, mas não o abandona e esta é a mensagem que Jeremias leva agora para o povo:
2 – A VISÃO DOS DOIS CESTOS DE FIGOS
2 Tinha um cesto figos muito bons, como os figos temporãos; mas o outro, ruins, que, de ruins que eram, não se podiam comer.
Jeremias viu dois cestos de figos. Um dos cestos tinha figos muito bons, enquanto o outro tinha figos tão ruins que não podiam ser comidos. Deus vai lhe explicar a visão. Ela significava uma mensagem que Jeremias deveria levar tanto para os que ficaram como para os que foram cativos, mas o teor da mensagem era muito diferente para ambos, para uns o favorecimento de Deus e para outros o desprezo pela sua desobediência:
A – O cesto de figos bons
Um dos cestos continha figos bons, figos temporãos, que são figos que amadurecem antes do verão, são figos tratados como a mais fina iguaria. O que eles representavam?
5 Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons figos, assim favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus.
4 Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados que eu deportei de Jerusalém para a Babilônia:
A bênção estava sobre aqueles que foram levados ao cativeiro, àqueles que se entregaram aos opressores. O povo queria fugir para o Egito a fim de preservar a vida ou, então, queria resistir aos invasores, mas Deus lhes diz que a única chance de sobrevivência é se entregar ao inimigo:
6 Agora, eu entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo; e também lhe dei os animais do campo para que o sirvam.
O que Deus nos diz, nesse texto, sobre uma situação ameaçadora, é justamente o contrário do que nossa natureza fala. Naturalmente, como seres humanos, queremos fugir da dor, da ameaça e do perigo, mas Deus diz que para mantermos a vida, em alguns momentos, é preciso passar pelo deserto!
15 Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal (Jo 17.15).
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.
Para nós, que somos filhos da luz, quando as lutas e o mundo fazem de nosso coração um inverno, Jesus sempre renasce a primavera em nossa vida, a esperança das Suas promessas revigora nossas forças e nos dá ânimo para prosseguir até o fim. Para nós, que somos filhos da luz, quando uma de suas ovelhinhas é ferida, Ele a socorre com todo Seu amor, Ele a cerca de cuidados e não a desampara pelo vale. Para nós, que somos filhos da luz, mesmo com nossos erros o Senhor sempre reserva para nós os melhores cuidados. Se você é um filho da luz, lembra que o inimigo, o mundo, as tuas lutas não são e nunca serão maiores que o nosso Deus.
Enxugar teu pranto te fazer só meu.
Filho eu quero ser teu Deus
Eu te amo tanto, tanto, tanto, tanto
Filho vem ser meu, filho eu quero ser teu Deus. (Eu te amo tanto)
Se você ainda não é um filho da luz, ainda há tempo de se tornar um, basta aceitar aquele que hoje te oferece a oportunidade, basta abrir seu coração e entregar sua vida a Jesus. Se você é um filho da luz, mas está perdido nas trevas, ainda há tempo de voltar aos braços do Pai, que é o teu lugar. Cristo te chama! Ele nunca se esqueceu de ti, Ele te ama mesmo com tuas falhas e transgressões, mesmo quando dás as costas para Ele. Ele te espera de braços abertos com todo o Seu amor infinito. Ele conhece os anseios do teu coração. Ele só espera teu passo, a tua decisão.
B – O cesto de figos ruins
Ruim é uma palavra que abrange uma infinidade de sentidos de cunho negativo: inútil, sem mérito, estragado e deteriorado. Quando dizemos que uma fruta está ruim, em geral nos referimos à qualidade do seu sabor e do seu estado, ao fato de não ser ou estar agradável ao paladar.
8 Como se rejeitam os figos ruins, que, de ruins que são, não se podem comer, assim tratarei a Zedequias, rei de Judá, diz o SENHOR, e a seus príncipes, e ao restante de Jerusalém, tanto aos que ficaram nesta terra como aos que habitam na terra do Egito.
A situação daqueles que ficaram, que escaparam do cativeiro, ficaria cada vez mais caótica.
8 Como se rejeitam os figos ruins, que, de ruins que são, não se podem comer, assim tratarei (ao Luiz), diz o SENHOR.
Hoje, os que pertencem ao cesto dos figos maus são os ímpios, aqueles que praticam iniqüidades e adoram a falsos deuses. São os que não reconhecem que só o SENHOR é Deus! As suas maldades, as suas transgressões cairão em suas cabeças. Para todo o sempre estarão na angústia e na dor. Este é o destino dos filhos da escuridão. E seus nomes não estão escritos no livro da vida.
3 – APLICAÇÕES PRÁTICAS
A – Deus nunca volta atrás com Sua palavra
Deus prometeu abençoar a nação de Israel. Deus prometeu que todas as nações da terra seriam abençoadas através de Israel. Deus prometeu jamais desamparar o Seu povo. O exílio não significou a quebra dessas promessas, mas a confirmação da presença real de Deus no meio de Seu povo. A nação não se perdeu, o povo não se misturou, voltaram e reconstruíram o templo, os muros e a cidade de Jerusalém e mais do que isso, trouxeram os utensílios de ouro e de prata do templo. Isso nunca aconteceu na história de um povo a não ser na história do povo de Deus. Deus prometeu que da descendência de Davi sairia o Messias. A família real foi levada cativa para Babilônia, perderam o trono, mas não perderam a promessa, pois Deus garantiu, lá no exílio, a subsistência da família real de Judá.
B – Leva a sério a tua aliança com o SENHOR
Deus advertiu a nação de Israel para se voltarem para Ele, mas Israel não deu ouviu a voz de Deus e foram levados cativos pela Assíria e nunca mais retornaram. Deus advertiu a nação de Judá para deixarem seus deuses e suas abominações, senão eles também seriam levados cativos, mas Judá também rejeitou a aliança com seu Deus e Deus mandou o exílio. Toda a nação sofreu. Toda a nação chorou. Toda a nação foi envergonhada pelos seus inimigos.
C – Deus está presente nos desertos de nossa jornada
Os judeus foram arrebatados pelas feras, foram levados para o covil das feras, conviveram no meio das feras, mas as feras não lhes tocaram e lá não sofreram nem um arranhão, porque Deus os abençoava, os guardava e estava ali presente com eles, tornando os seus jugos mais suaves e os seus fardos mais leves. Não importa a secura de seu deserto, para Deus não faz diferença porque Ele é ilimitado em seu poder, não há nada que Ele não possa fazer por você.
Conclusão
Quando você não puder explicar o que Deus está fazendo na sua vida você precisa entender que Deus é Soberano e que Ele está com as rédeas de sua vida em Suas mãos. Pense que Ele pode estar te levando para algo maior e melhor, pois Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Os filhos de Deus não sofrem sem causa, sem propósito, afinal, “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” Rm 8.28. Lembre-se de que o sofrimento é a escola superior do Espírito Santo em que Deus ensina aos seus filhos as mais profundas lições da vida. Quando Deus nos permite sofrer, quando Ele nos leva para o deserto, é porque está nos dando um curso avançado. Depois da tempestade, passamos a conhecer melhor ao Deus que servimos.
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com