Para Refletir

Há momentos na vida difíceis de serem suportados, em que a única vontade que sentimos é de chorar, pois parecem arruinar para sempre nossa vida. Quando um destes momentos chegar, lembre-se que ainda não chegou o fim, que a sua história ainda não acabou e que ainda há esperança. Corrie Ten Boom disse: "não há abismo tão profundo que o amor de Deus não seja ainda mais profundo". Este amor você encontra aqui, um lugar de esperança, consolo e paz, e aqui encontrará a oportunidade de conhecer a verdadeira vida, uma vida abundante com Cristo.

domingo, 26 de junho de 2011

BARTIMEU: O HOMEM QUE NÃO PERDEU A OPORTUNIDADE

46  E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho
47  e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
48  E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
49  Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.
50  Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.
51  Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.
52  Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora (Mc 10.46-52).
Introdução
Oportunidade é coisa que não se perde, que não se desperdiça, porque perder uma oportunidade pode significar perder até mesmo a alma. Não sei quantas oportunidades você já teve e não sabemos quantas oportunidades ainda teremos pela frente. Não sabemos qual é o tempo de Deus. Não sabemos quando o relógio de Deus vai parar de bater para nossa vida. Não sabemos se a oportunidade que estamos tendo hoje não seja a última oportunidade de nossa vida.
O texto que lemos nos fala de um homem que não desperdiçou a última oportunidade de sua vida. Jesus está indo para Jerusalém onde seria crucificado e morto e está passando por Jericó. Aquela era a última vez que Jesus passaria por Jericó. Nunca mais Jesus passaria por aquela cidade. Aquela era a última oportunidade de Bartimeu.
Jericó era o último posto de parada antes de chegar a Jerusalém. Era a cidade onde as caravanas se abasteciam e compravam provisões. Era onde as pessoas se reuniam em grupos para organizarem suas viagens em caravanas para subirem a Jerusalém.
Estava indo esta caravana, subindo para a cidade de Jerusalém e aqueles que não podiam ir, prostravam-se ao lado da estrada e saudavam aqueles que caminhavam para a festa. No meio da multidão, um homem que não pode ir à festa, percebendo o alvoroço, procura saber o que está acontecendo. Alguém então lhe diz: Jesus de Nazaré está passando por Jericó. Aquele homem começa a gritar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim. A multidão tentava calar a sua boca, mas ele clamava ainda mais forte: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim. E naquele momento Jesus parou para ouvi-lo. Jesus o curou, o salvou e ele tornou-se um seguidor de Jesus, porque ele não desperdiçou a sua última oportunidade.
1 – A SITUAÇÃO DE BARTIMEU ANTES DE SEU ENCONTRO COM JESUS
A – Era um cego mendigo
46 E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho
 Bartimeu estava assentado à beira do caminho. Quem era este homem? Diz a Bíblia que ele era cego e mendigo. Faltava-lhe luz nos olhos e faltava-lhe dinheiro no bolso. Estava entregue as trevas e a miséria. Ele vivia a esmolar na beira da estrada, dependendo totalmente da benevolência dos outros. Um cego que não sabe para onde vai e um mendigo que não tem para onde ir. Esta era a situação deste homem antes de se encontrar com Cristo.
B – Estava assentado à beira do caminho
46 ... Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho
Este homem não era apenas um cego e um mendigo, este homem estava com a sua imagem desvalorizada. Além de cego, além de mendigo, ele não tem valor, ele não tem dignidade, ele não é valorizado por ninguém. Ele é alguém desprezado, esquecido, ninguém lhe dirige a atenção a não ser para por a mão no bolso e jogar algumas moedas em sua capa.
Este homem não estava apenas sem saúde, sem dinheiro, ele estava também sem valor próprio. Ele não carregava apenas a sua capa, carregava também seus complexos, seus traumas, suas feridas, suas angústias.
Bartimeu estava assentado à beira do caminho. Ele não estava no caminho. Não estava entre a multidão que seguia para Jerusalém. Ele estava desprezado à margem do caminho e ninguém se importava com ele. O que um homem deste podia fazer? Mesmo estando desprezado na beira do caminho, Bartimeu tomou uma atitude que salvou sua vida:
2 – AS ATITUDES DE BARTIMEU DIANTE DA OPORTUNIDADE
A – Ele buscou a Jesus
47  e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno...
Ninguém é salvo apenas pelo desejo de ser salvo. Não basta apenas honestidade e sinceridade, é necessário buscar e buscar a pessoa certa. Os homens procuram muito mais outros deuses para buscarem a sua salvação, mas há somente um Deus que pode salvar. Os homens procuram muitos atalhos para o céu, mas há somente um caminho para o céu. Existem alguns ditados por aí que as pessoas usam, mas não param para refletir: “o que importa é ter uma religião”; “toda religião é boa, se você for sincero é o que importa”. Mas isso é uma mentira. Existe apenas uma verdade e tudo aquilo que não está em consonância com essa verdade, não é verdade. A Bíblia diz:
12  E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12).
Isso quer dizer que não existe salvação fora de Jesus. Qualquer outro que se apresente como salvador não vai poder salvar porque é impotente e incapaz de salvar. A Bíblia ainda diz:
5  Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem (1 Tm 2.5).
Portanto, se você buscar qualquer outro personagem, a não ser o Senhor Jesus, você não chega a Deus, por mais honesto que seja, por mais sincero que seja, por mais profunda que seja a sua busca.
Bartimeu não clama por Pedro, não clama por João, não clama por Tomé. Ele clama pelo Senhor Jesus. E olha como ele chama Jesus:
47  e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
Esta palavra: filho de Davi é o termo messiânico de Jesus. Com a sua cegueira, Bartimeu enxergou mais do que os sacerdotes, os escribas e os fariseus que não reconheciam a Jesus como o Messias.
Encontramos no V. T. muitos milagres, mas não temos o relato de nenhuma cura de cego. Os judeus acreditavam que o milagre da cura de um cego, era um milagre só possível na era messiânica. Somente o Messias, quando viesse ao mundo, poderia realizar o milagre da cura de um cego.
18  Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro, e os cegos, livres já da escuridão e das trevas, as verão (Is 29.18).
Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos;
6  os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; pois águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo (Is 35.5,6).
Por isso que os fariseus não podiam admitir que Jesus curou aquele cego de nascença no tanque de Siloé. Se admitissem a cura, admitiam que Jesus era o messias.
Bartimeu tem uma consciência profunda na frente de quem se encontra, de alguém que é mais do que um homem e que opera mais do que milagres. Ele entende que está diante do próprio Filho de Deus, diante do Messias tão esperado por Israel, o Salvador do mundo, a ponte que liga o homem a Deus, o único que poderia lhe trazer salvação. E ele repete este gesto quando diz:
51  ... Mestre, que eu torne a ver.
Essa palavra mestre não é a palavra comum que se usa para mestre no grego do N. T. A palavra que ele usa aqui só aparece mais outra vez no N. T.:
16  Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre)! (Jo 20.16)
Bartimeu usou a mesma palavra que Maria Madalena usou lá no túmulo do Cristo ressurreto. Isso porque ele compreendeu que Jesus tinha poder e autoridade para lhe dar visão. Ele entende que Jesus era a resposta para sua busca, o pão para sua fome, a água para sua sede, o caminho para seus pés, o único que poderia levá-lo até Deus.
Bartimeu aproveitou a oportunidade que teve e buscou aquele que podia curá-lo. Se você quer ser salvo, você tem que procurar a pessoa certa, tem que ir a Jesus.
B – Ele busca com humildade
47  ... pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
Bartimeu não chega apelando para direitos, mas ele chega clamando por misericórdia. Nenhuma pessoa pode ser salva a não ser que reconheça o seu pecado e clame por misericórdia.
Você pode ser uma boa pessoa, um bom pai, uma boa mãe, um bom filho, um bom empregado, um bom patrão, um homem honrado, uma mulher honrada, um filho honrado. Você pode ter alcançado vitórias maravilhosas na sua vida e ter conseguido sucesso na sua carreira profissional. Você pode ser uma pessoa admirada na sociedade pelo seu caráter, pela sua bravura, pelos seus méritos, mas você é um pecador. A Bíblia diz que as nossas justiças aos olhos de Deus não passam de trapos de imundícia e que não há nem um justo sequer:
Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam (Is 64.6).
10  como está escrito: Não há justo, nem um sequer,
11  não há quem entenda, não há quem busque a Deus;
12  todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.
23  pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3.10-12,23).
Nenhum homem e nenhuma mulher podem chegar para Deus e lhe dizer: Senhor, quero entrar no céu porque mereço, porque fiz por onde, porque tenho méritos acumulados, porque tenho obras suficientes para entrar ai. A Bíblia diz que ninguém pode alcançar esta posição. Somente aquele que reconhece que é pecador pode entrar no céu.
Talvez você esteja pensando: mas não me lembro de nenhuma coisa errada que tenha feito. Você não é pecador porque peca, você peca porque é pecador. Dentro de você há uma natureza inclinada para o pecado. A Bíblia diz que o homem é concebido em pecado, nasce em pecado e que o homem peca porque a sua essência, a sua natureza, a sua inclinação é para o pecado. Por isso que por você mesmo nunca pode chegar até Deus, nunca pode entrar no céu, nunca pode ser salvo, a não ser que reconheça que depende da misericórdia de Deus.
Bartimeu entendeu o quanto necessitava da clemência de Deus e clamou pela Sua compaixão, clamou pela misericórdia de Deus na sua vida. Ele se humilhou na presença de Jesus.
C – Ele busca com insistência
48  E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
Ele não queria deixar a oportunidade passar mesmo enfrentando as dificuldades.
Quando você anseia por Deus e quer ir a Jesus, sempre haverá dificuldades tentando impedir sua ida até Ele. Para Bartimeu a dificuldade foi a multidão. Quando Jesus entrava em Jericó, Bartimeu quis encontrar-se com Jesus e a multidão o impedia. Bartimeu grita por Jesus e a multidão tenta calar a sua voz.
Isso acontecerá com você também, pois a multidão vai se opor a sua ida até Jesus. As pessoas vão lhe dizer: não faça isso. Amigos vão lhe dizer: você não pode buscar Jesus, tornar-se crente. Você não pode converter-se, ir para uma igreja evangélica.
E tem mais, você encontrará oposições até mesmo dentro de sua casa, de sua família. O maior obstáculo que uma pessoa tem para ir a Cristo é a tradição familiar. Meu avô foi desta religião, meu pai foi desta religião e eu quero pertencer também a está religião. Prefiro me perder a mudar de religião. Fica a idéia de que você está sendo infiel a Deus se mudar de religião. Digo a você que nenhuma religião pode levar uma pessoa para o céu, nem Presbiteriana, nem Batista, nem Assembléia, nem Católica e nem Espiritismo. Nenhuma denominação pode levar você para o céu, porque existe somente uma porta para o céu, que é Jesus. Existe somente um caminho para o céu, que é Jesus. A não ser que você recorra a Ele e não permita que nenhuma voz afaste você desta busca não há esperança para sua alma.
A busca por Jesus exige perseverança, insistência e Bartimeu assim agiu, venceu os obstáculos.
D – Ele busca com abnegação
49  Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.
50  Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.
O fato dele ter deixado a sua capa tem um grande significado. Sabe o que este homem possuía na vida? A capa. Ela era seu único pertence. Quando as pessoas lhe chamaram e lhe disseram que Jesus o estava chamando, este homem lançou de si sua capa, como que dizendo: vou me desvencilhar de qualquer coisa para ir até Jesus. Ele estava no meio de uma multidão, não queria se embaraçar, se enroscar em ninguém. Não queria que aquela capa fosse um estorvo, um impedimento para ir até Jesus. Ele se desprendeu da única coisa preciosa que possuía, estava pronto para abrir mão de qualquer coisa para encontrar-se com Jesus.
Algumas pessoas dizem: eu vou até Jesus. Eu quero a Jesus. Mas, primeiro preciso resolver algumas pendências em minha vida. Primeiro preciso deixar meu vício. Primeiro preciso acertar minha vida nisso ou naquilo. Primeiro preciso mudar nisso ou naquilo. Não! É agora! Lança a sua capa. Pare de arrumar desculpas. Pare de adiar. Pare de transferir responsabilidades. Deus quer que você tenha um encontro com Seu Filho hoje, agora, sem qualquer embaraço. Não de desculpas. Atenda agora mesmo.
E tem mais, lançando de si a capa, Bartimeu levantou-se de um salto e for ter com Jesus. Cego tem dificuldade de dar um passo, imagine dar um pulo. A atitude de fé de Bartimeu foi dar um salto para os braços de Jesus, e ele fez a escolha correta. Há muitas escolhas que se você fizer pode dar certo ou errado, mas jamais alguém se frustrou, fracassou, equivocou-se por tomar uma decisão de entregar sua vida a Jesus. Jesus disse:
Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem (Jo 10.9).
Vá até Jesus e Ele nunca te lançará fora. Ele te chama com uma voz tão doce:

28  Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
29  Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
30  Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve (Mt 11.28-30).
38  Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva (Jo 7.38).
Jesus tem para você uma vida plena, uma vida abundante, uma vida bendita, uma vida eterna.
E – Ele busca com objetividade
51  Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.
Ele não pediu riquezas, ele pediu luz. Ele fez a coisa mais importante, mais sensata, mais urgente que um homem podia fazer na vida. Quantas vezes não gastamos todo o tempo de nossas orações com pedidos fúteis e egoístas e deixamos no esquecimento aquilo que realmente tem valor.
Jesus estava passando pela cidade de Jericó, cidade de Bartimeu, e ele clama por Jesus em sua última oportunidade. Se ele tivesse calado a sua voz, ele teria permanecido um cego, permanecido um mendigo na beira do caminho e permanecido em trevas espirituais. Faça como Bartimeu, busque a Jesus com humildade, com insistência, com abnegação e com objetividade.
Qual a sua necessidade? Qual o seu desejo? Bartimeu teve clareza: Mestre, que eu torne a ver. Ele podia pedir uma esmola. Ele podia pedir ajuda. Mas, foi no foco de seu problema: Mestre, eu vivo nas trevas, eu quero ver. Qual é a sua maior necessidade? O que você quer que Jesus faça na sua vida?
3 – OS RESULTADOS POR NÃO DEIXAR PASSAR A OPORTUNIDADE
Bartimeu não desperdiçou a oportunidade que teve e por isso obteve grandes resultados.
A – Ele encontrou a sua salvação
52  Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora.
Bartimeu chega a Jesus com fé em seu coração. Bartimeu chega a Jesus reconhecendo que Ele é o Messias, que Ele é o Mestre, que Ele é o Salvador, que Ele é a sua única esperança e por causa disso encontra a salvação.
E quando ele chega diante de Jesus as primeiras palavras que ouve é: a tua fé te salvou. Jesus viu naquele homem mais do que uma doença física, mais do que falta de luz nos olhos. Jesus viu nele uma cegueira maior, mais profunda, mais densa, mais pavorosa. Uma cegueira eterna, uma escuridão eterna. Jesus viu que este homem não estava salvo.
Deus pode nos abençoar. Deus pode nos dar vida, saúde, família, trabalho, inteligência, prosperidade. Tudo que temos é bênção de Deus, dádiva de Deus. Mas, a maior necessidade é uma dádiva espiritual: a salvação. Se você tiver todas as dádivas de Deus e não for salvo, tudo que você tem perece, fica aqui.
Jesus contou a parábola de um homem que viveu regaladamente em seus banquetes, com seus amigos, sem nunca parar para pensar no destino de sua alma, sem nunca se preparar para um encontro com Deus. Este homem viveu embalado pelo seu conforto, com suas festas, com seus requintes até ao dia em que ele morreu sem estar preparado para encontrar-se com Deus. Na eternidade, já no inferno, estando em tormentos, ele caiu em si, mas era tarde demais, não havia mais chance de reverter a situação. Desesperado, ele pede uma gota de água para aliviar seu tormento e nem isso lhe é dado, porque não aproveitou as oportunidades de sua vida.
Hoje você tem tempo. Hoje Deus quer salvar a sua alma. Hoje Deus quer perdoar seus pecados. Hoje Deus quer entrar em seu coração. Hoje Deus quer selar você com o Espírito Santo da promessa. Hoje Deus quer regenerar seu coração. Hoje Deus quer fazer de você um filho dele, um herdeiro dele. Hoje Deus quer tirar você das trevas para a luz. Jesus está te perguntando: Que queres que Eu te faça? Escolha a salvação de tua alma.
B – Ele também foi curado por Cristo
52  ... E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora.
Você que entrou aqui hoje, talvez tenha uma doença que esteja tirando seu sono. Talvez esteja muito aflito, porque está lidando a muito tempo com sua saúde e o diagnóstico dos médicos não é favorável, não é otimista. Talvez você esteja angustiado e até deprimido por uma causa que oprime, que machuca, que dói, que suga suas energias, que rouba seu sono, que tira seu apetite, que tira sua paz. Quero dizer para você que Jesus está aqui hoje, passando por nós. Ele perdoa, Ele salva e Ele também tem poder para curar. Que queres que Eu te faça? Talvez você saia daqui hoje com seu corpo curado, com sua alma perdoada, com sua salvação garantida.
C – Ele tornou-se um seguidor de Jesus
52  ... e seguia a Jesus estrada fora.
Para onde? Para Jerusalém. A Jerusalém do Getsêmani, das gotas de sangue, das cusparadas humilhantes, da multidão inflamada gritando: crucifica-o. Crucifica-o. Diz o texto que este homem põe o pé na estrada e assume que é um discípulo de Jesus. Ele não se acovarda a partir do momento em que é salvo. Ele não se esconde. Ele tem a coragem de seguir. Como? Louvando a Deus.
As oportunidades vêm e as oportunidades vão e é muito perigoso desperdiça-las. Se você não agarrá-la quando chega, você poderá perdê-la para sempre.
Conclusão
Você tem tido tantas oportunidades. Deus tem lhe preservado a vida, a saúde. Deus tem lhe dado o pão de cada dia. Deus tem lhe dado abrigo, as vestes, trabalho, a família e amigos. Deus tem lhe dado a sua palavra. Deus tem colocado diante de ti pregadores. Deus tem lhe dado a chance de ouvir sua palavra. Deus tem revelado para você seu amor. Deus tem lhe dado tantas chances e tantas oportunidades. Não brinque com essas oportunidades, porque não sei quantas mais você terá. Talvez, a oportunidade de hoje, seja à semelhante de Bartimeu, pois esta pode ser a tua última oportunidade. Jesus nunca mais iria passar em Jericó e Bartimeu agarra esta oportunidade. Ele entende que não pode deixar ir embora esta oportunidade de sua vida.
Jesus está passando por aqui nesta hora e esta é a sua Jericó, qual decisão você vai tomar? Esta decisão é sua. Não posso decidir por você, seu pai não pode decidir por você, sua mãe não pode decidir por você, seu marido não pode decidir por você, sua mulher não pode decidir por você, seu noivo não pode, sua noiva não pode, seu namorado não pode e sua namorada não pode. Esta decisão é intransferível, somente você pode tomar esta decisão. O que você vai fazer? Que decisão vai tomar? Que escolha vai fazer? Vai escolher a vida ou vai escolher a morte? Você pode escolher. Você hoje ainda tem tempo para escolher, amanhã pode ser tarde demais. Se hoje você ouvir a voz de Deus, não endureça seu coração.
Bartimeu aproveitou a última oportunidade de sua vida. Se Bartimeu tivesse calado a sua voz, se Bartimeu tivesse silenciado o clamor de seu coração, se Bartimeu não tivesse recorrido com urgência ao Senhor Jesus, possivelmente ele teria permanecido cego e em trevas pelo resto de sua vida. Mas ele clamou, mas ele gritou, mas ele buscou, mas ele insistiu e foi salvo e foi curado porque ele aproveitou a última oportunidade da sua vida.
Talvez você esteja tendo a última oportunidade da sua vida nesta hora. Este momento é a sua Jericó. Talvez Jesus esteja passando pela última vez pela Jericó da sua vida. Eu não sei o que você vai fazer, não sei qual vai ser a sua atitude, qual vai ser a sua reação, qual vai ser a sua resposta. Mas, você pode fazer o que Bartimeu fez. Hoje a porta está aberta, hoje o convite é feito e Jesus está passando por aqui. Depois que a oportunidade passa, não tem mais jeito, você não tem mais como pegá-la. Nesta hora Deus está te dando uma oportunidade. Aproveite-a!

Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia:
Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.
Rev. Hernandes Dias Lopes: Mensagem A Última Oportunidade.

sábado, 25 de junho de 2011

OS DOIS CESTOS DE FIGOS

1 Fez-me ver o SENHOR, e vi dois cestos de figos postos diante do templo do SENHOR, depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os artífices, e os ferreiros de Jerusalém e os trouxe à Babilônia.
2  Tinha um cesto figos muito bons, como os figos temporãos; mas o outro, ruins, que, de ruins que eram, não se podiam comer.
3  Então, me perguntou o SENHOR: Que vês tu, Jeremias? Respondi: Figos; os figos muito bons e os muito ruins, que, de ruins que são, não se podem comer.
4  A mim me veio a palavra do SENHOR, dizendo:
5  Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons figos, assim favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus.
6  Porei sobre eles favoravelmente os olhos e os farei voltar para esta terra; edificá-los-ei e não os destruirei, plantá-los-ei e não os arrancarei.
7  Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o SENHOR; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração.
8  Como se rejeitam os figos ruins, que, de ruins que são, não se podem comer, assim tratarei a Zedequias, rei de Judá, diz o SENHOR, e a seus príncipes, e ao restante de Jerusalém, tanto aos que ficaram nesta terra como aos que habitam na terra do Egito.
9  Eu os farei objeto de espanto, calamidade para todos os reinos da terra; opróbrio e provérbio, escárnio e maldição em todos os lugares para onde os arrojarei.
10  Enviarei contra eles a espada, a fome e a peste, até que se consumam de sobre a terra que lhes dei, a eles e a seus pais (Je 24.1-10).

Introdução

Na Escritura Sagrada encontramos muitos fatos e histórias marcantes. Um dos mais importantes é o que chamamos de Exílio Babilônico, acontecido no ano 587 a.C.. Este evento importante na história bíblica foi a deportação em massa dos judeus, do reino de Judá, para a Babilônia, por Nabucodonosor, seu rei. O reino do Norte de Israel já havia desaparecido em 722 a.C. com a destruição da capital, Samaria, em que a maior parte da população dispersou-se entre outros povos dominados pela Assíria. O reino do Sul também termina tragicamente com a destruição da capital Jerusalém e parte da população é deportada para Babilônia. Jerusalém é sitiada e Jeoaquim, Rei de Judá, rende-se voluntariamente. O Templo de Jerusalém é saqueado e destruído e parte da nobreza, inclusive o rei, são levados para o Exílio em Babilônia.
Os que permaneceram em Judá viviam em uma tremenda miséria, em que a fome e a insegurança eram constantes. E os que partiram para o exílio levavam a imagem de uma cidade destruída. As instituições foram desfeitas: o Templo, o culto, a monarquia e a classe sacerdotal. Todos viveram a experiência da dor, da saudade, da indignação e a consciência de culpa pela catástrofe que se abateu sobre o reino de Judá. Os exilados na Babilônia reportaram em um salmo a dor que viveram:

1 Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião.
2  Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas,
pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião.
Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?
5  Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita.
6  Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria (Sl 137.1-6).

A experiência vivida, tanto pelos que ficaram como pelos que saíram, era de provação, castigo e reconhecimento da infidelidade à aliança com Deus. Pouco a pouco foram retomando a confiança em Deus que poderia salvar o seu povo e os conduzir em um novo êxodo de volta a Sião. Quando Jeremias escreve texto básico acima, o cativeiro já havia acontecido, conforme descreve o verso primeiro. Deus, então, manda uma mensagem tanto para os que ficaram como para os que foram levados. Podemos tirar algumas lições desta mensagem:

1 – UMA PALAVRA QUE SE CUMPRIU

1 Fez-me ver o SENHOR, e vi dois cestos de figos postos diante do templo do SENHOR, depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os artífices, e os ferreiros de Jerusalém e os trouxe à Babilônia.

O principal motivo para o exílio de Judá, que constituiu a perda da liberdade dos judeus, foi a quebra da aliança estabelecida entre Deus e o seu povo.

A – A aliança entre Deus e o povo

Quando Israel foi libertado da escravidão do Egito, Deus estabeleceu uma aliança entre Ele e o povo de Israel:

5  Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha;
6  vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa (Ex 19.5,6).

Deus lembrava, através de seus profetas, o teor desta aliança ao povo:

1  Palavra que veio a Jeremias, da parte do SENHOR, dizendo:
2  Ouve as palavras desta aliança e fala aos homens de Judá e aos habitantes de Jerusalém;
3  dize-lhes: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Maldito o homem que não atentar para as palavras desta aliança,
4  que ordenei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, da fornalha de ferro, dizendo: dai ouvidos à minha voz e fazei tudo segundo o que vos mando; assim, vós me sereis a mim por povo, e eu vos serei a vós outros por Deus;
5  para que confirme o juramento que fiz a vossos pais de lhes dar uma terra que manasse leite e mel, como se vê neste dia. Então, eu respondi e disse: amém, ó SENHOR!
6  Tornou-me o SENHOR: Apregoa todas estas palavras nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, dizendo: Ouvi as palavras desta aliança e cumpri-as.
7  Porque, deveras, adverti a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, até ao dia de hoje, testemunhando desde cedo cada dia, dizendo: dai ouvidos à minha voz (Je 11.1-7).

A aliança consistia em o povo obedecer a Deus, dar ouvidos a voz de Deus.

B – A quebra da aliança por parte do povo

Mas o povo não deu ouvidos à Lei de Deus, aos Seus mandamentos, aos Seus conselhos, antes viraram as costas ao Seu Deus.

Mas não atenderam, nem inclinaram o seu ouvido; antes, andaram, cada um, segundo a dureza do seu coração maligno; pelo que fiz cair sobre eles todas as ameaças desta aliança, a qual lhes ordenei que cumprissem, mas não cumpriram (Je 11.8).

13  Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas (Je 2.13).

O que significava esta quebra de aliança? Significava o abandono ao verdadeiro Deus e a autoconfiança do povo. Significava que o povo não queria ter O SENHOR como seu Deus. Significava que o povo não queria fazer as coisas que O SENHOR ordenava. Significava que o povo não queria ter os mandamentos de Deus como normas para regerem suas vidas.
Quais as evidências dessa quebra do pacto entre Deus e o seu povo? A idolatria do povo, o egoísmo crescente na nação, as injustiças sociais e governos opressores, os falsos profetas e sacerdotes corruptos e a crença na inviolabilidade do templo e da cidade de Jerusalém. Não queriam O SENHOR como Deus, mas o queriam como um talismã, estavam interessados somente na proteção e na segurança que O SENHOR lhes ofereciam. Deus chegou a indagar com o povo:

11  Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto que não eram deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito (Je 2.11).

Eles quebraram a aliança com o seu Deus.

C – As conseqüências da quebra da aliança

Conforme as regras da aliança, assim como havia bênçãos sem medidas para a obediência, havia também duras penas para a desobediência:

3  Assim diz o SENHOR: Executai o direito e a justiça e livrai o oprimido das mãos do opressor; não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar.
4  Porque, se, deveras, cumprirdes esta palavra, entrarão pelas portas desta casa os reis que se assentarão no trono de Davi, em carros e montados em cavalos, eles, os seus servos e o seu povo.
Mas, se não derdes ouvidos a estas palavras, juro por mim mesmo, diz o SENHOR, que esta casa se tornará em desolação (Je 22.3-5).

4  Dize-lhes, pois: Assim diz o SENHOR: Se não me derdes ouvidos para andardes na minha lei, que pus diante de vós,
5  para que ouvísseis as palavras dos meus servos, os profetas, que, começando de madrugada, vos envio, posto que até aqui não me ouvistes,
então, farei que esta casa seja como Siló e farei desta cidade maldição para todas as nações da terra (Je 26.4-6).

Por isso que o motivo principal para o exílio babilônico foi a quebra da aliança por parte do povo. O exílio resultou na morte de muitas vidas e trouxe uma grande humilhação sobre toda a nação de Judá e tanto o templo como a cidade de Jerusalém se tornou em desolação. Tudo ficou em ruínas!
Antes de enviar o exílio, Deus advertiu inúmeras vezes o povo a se arrependerem de seus pecados e se voltarem para Ele. Até as portas do exílio, em uma última oportunidade, Deus envia seu profeta Jeremias em uma última tentativa de evitar o peso de Sua mão contra Judá:

2  Assim diz o SENHOR: Põe-te no átrio da Casa do SENHOR e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar à Casa do SENHOR, todas as palavras que eu te mando lhes digas; não omitas nem uma palavra sequer.
Bem pode ser que ouçam e se convertam, cada um do seu mau caminho; então, me arrependerei do mal que intento fazer-lhes por causa da maldade das suas ações (Je 26.2,3).

Mas o povo não ouviu a Jeremias, antes o prendeu e quase o matou. Deus, então, envia o castigo e, no Seu furor, destrói o templo, a cidade de Jerusalém e leva cativo para Babilônia o Seu povo. Deus disciplina o Seu povo, mas não o abandona e esta é a mensagem que Jeremias leva agora para o povo:

2 – A VISÃO DOS DOIS CESTOS DE FIGOS

2  Tinha um cesto figos muito bons, como os figos temporãos; mas o outro, ruins, que, de ruins que eram, não se podiam comer.
3  Então, me perguntou o SENHOR: Que vês tu, Jeremias? Respondi: Figos; os figos muito bons e os muito ruins, que, de ruins que são, não se podem comer.

Jeremias viu dois cestos de figos. Um dos cestos tinha figos muito bons, enquanto o outro tinha figos tão ruins que não podiam ser comidos. Deus vai lhe explicar a visão. Ela significava uma mensagem que Jeremias deveria levar tanto para os que ficaram como para os que foram cativos, mas o teor da mensagem era muito diferente para ambos, para uns o favorecimento de Deus e para outros o desprezo pela sua desobediência:

A – O cesto de figos bons

Um dos cestos continha figos bons, figos temporãos, que são figos que amadure­cem antes do verão, são figos tratados como a mais fina iguaria. O que eles representavam?

5  Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons figos, assim favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus.
6  Porei sobre eles favoravelmente os olhos e os farei voltar para esta terra; edificá-los-ei e não os destruirei, plantá-los-ei e não os arrancarei.
7  Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o SENHOR; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração.

Estes fi­gos muito bons representavam os cativos levados para a Babilônia. Por meio deles, no futuro, Deus restau­raria a nação de Judá. Daniel, Ezequiel, os três jovens hebreus lançados na fornalha e Jeconias (Joa­quim) estavam entre os bons figos.
Como essa profecia deve ter encorajado os desesperançosos exilados em Babilônia! Também serviu para repre­ender os que escaparam do cativei­ro, os quais deveriam estar julgando-se superiores aos exilados na Babilônia, mas segundo a mensagem de Deus, o cesto dos figos bons é que alcançaria o favor do Senhor, e ele representa aqueles que, mesmo exilados, viveriam debaixo de Sua proteção e guarda, sob os cuidados do Altíssimo. Deus ordena que Jeremias escreva e mande uma carta para os exilados em Babilônia e o teor desta carta dizia:

4  Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados que eu deportei de Jerusalém para a Babilônia:
Edificai casas e habitai nelas; plantai pomares e comei o seu fruto.
Tomai esposas e gerai filhos e filhas, tomai esposas para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos aí e não vos diminuais.
7  Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz (Je 29.4-7).

A bênção estava sobre aqueles que foram levados ao cativeiro, àqueles que se entregaram aos opressores. O povo queria fugir para o Egito a fim de preservar a vida ou, então, queria resistir aos invasores, mas Deus lhes diz que a única chance de sobrevivência é se entregar ao inimigo:

6  Agora, eu entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo; e também lhe dei os animais do campo para que o sirvam.
7  Todas as nações servirão a ele, a seu filho e ao filho de seu filho, até que também chegue a vez da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis o fizerem seu escravo.
Se alguma nação e reino não servirem o mesmo Nabucodonosor, rei da Babilônia, e não puserem o pescoço debaixo do jugo do rei da Babilônia, a essa nação castigarei com espada, e com fome, e com peste, diz o SENHOR, até que eu a consuma pela sua mão.
12  Falei a Zedequias, rei de Judá, segundo todas estas palavras, dizendo: Metei o pescoço no jugo do rei da Babilônia, servi-o, a ele e ao seu povo, e vivereis.
13  Por que morrerias tu e o teu povo, à espada, à fome e de peste, como o SENHOR disse com respeito à nação que não servir ao rei da Babilônia? (Je 27.6-8, 12,13).

O que Deus nos diz, nesse texto, sobre uma situação ameaçadora, é justamente o contrário do que nossa natureza fala. Naturalmente, como seres humanos, queremos fugir da dor, da ameaça e do perigo, mas Deus diz que para mantermos a vida, em alguns momentos, é preciso passar pelo deserto!
Às vezes, o instinto de sobrevivência nos trai e nos faz fugir do lugar e da situação em que Deus quer que estejamos. Às vezes, pode parecer loucura para nós, mas o melhor lugar para estar, o único lugar em que estaremos com o Senhor, é no deserto! É onde, aparentemente, só nos espera dor e sofrimento, mas é somente lá que conseguiremos estar com o Senhor. Somente lá usufruiremos a Sua Presença. Somente ali, por mais difícil que seja, por mais que doa o coração, por mais amargura que se passe, por mais lágrimas que se verta, somente ali é o centro da vontade de Deus para nossa vida.
Por isso, não tenha medo de experimentar a realidade de estar no deserto. Não tenha medo de pertencer ao cesto de figos bons, onde podemos experimentar os cuidados, a bênção e a proteção do Senhor.
Hoje, o cesto de figos bons representa os chamados, os escolhidos do Senhor, os Seus filhos amados, arrependidos do pecado, que temem ao Altíssimo e por Ele são protegidos. Todos os filhos do cesto bom são luz na escuridão, onde as trevas não os alcançam. Não importa se estão no vale ou na montanha, em um deserto ou no jardim, os filhos da Luz sempre serão abençoados pelo Criador, pois Deus os escolheu para amar e proteger e nunca os desampara, conforme as palavras de Jesus:

15  Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal (Jo 17.15).

27  As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.
28  Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão (Jo 10.27,28).

Para nós, que somos filhos da luz, quando as lutas e o mundo fazem de nosso coração um inverno, Jesus sempre renasce a primavera em nossa vida, a esperança das Suas promessas revigora nossas forças e nos dá ânimo para prosseguir até o fim. Para nós, que somos filhos da luz, quando uma de suas ovelhinhas é ferida, Ele a socorre com todo Seu amor, Ele a cerca de cuidados e não a desampara pelo vale. Para nós, que somos filhos da luz, mesmo com nossos erros o Senhor sempre reserva para nós os melhores cuidados. Se você é um filho da luz, lembra que o inimigo, o mundo, as tuas lutas não são e nunca serão maiores que o nosso Deus.
Perceba o valor que os filhos da luz têm para o Senhor quando Ele diz que há mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento (Lc 15.7). O céu se alegra quando um filho da luz deixa as trevas e vem para a luz. Não há amor maior, não há cuidado maior que o do Senhor nosso Deus. Lázaro canta um hino que diz:

Filho eu quero tanto
Enxugar teu pranto te fazer só meu.
Filho eu quero ser teu Deus
Eu te amo tanto, tanto, tanto, tanto
Filho vem ser meu, filho eu quero ser teu Deus. (Eu te amo tanto)

Se você ainda não é um filho da luz, ainda há tempo de se tornar um, basta aceitar aquele que hoje te oferece a oportunidade, basta abrir seu coração e entregar sua vida a Jesus. Se você é um filho da luz, mas está perdido nas trevas, ainda há tempo de voltar aos braços do Pai, que é o teu lugar. Cristo te chama! Ele nunca se esqueceu de ti, Ele te ama mesmo com tuas falhas e transgressões, mesmo quando dás as costas para Ele. Ele te espera de braços abertos com todo o Seu amor infinito. Ele conhece os anseios do teu coração. Ele só espera teu passo, a tua decisão.

B – O cesto de figos ruins

Ruim é uma palavra que abrange uma infinidade de sentidos de cunho negativo: inútil, sem mérito, estragado e deteriorado. Quando dizemos que uma fru­ta está ruim, em geral nos re­ferimos à qualidade do seu sabor e do seu estado, ao fato de não ser ou estar agradável ao paladar.
No cesto de figos ruins temos um símbolo dos cativos de Zedequias e daqueles judeus rebel­des que perma­neceram com ele em Judá. Sobre esses cairia o juízo divino.

8  Como se rejeitam os figos ruins, que, de ruins que são, não se podem comer, assim tratarei a Zedequias, rei de Judá, diz o SENHOR, e a seus príncipes, e ao restante de Jerusalém, tanto aos que ficaram nesta terra como aos que habitam na terra do Egito.
Eu os farei objeto de espanto, calamidade para todos os reinos da terra; opróbrio e provérbio, escárnio e maldição em todos os lugares para onde os arrojarei.
10  Enviarei contra eles a espada, a fome e a peste, até que se consumam de sobre a terra que lhes dei, a eles e a seus pais.

A situação daqueles que ficaram, que escaparam do cativeiro, ficaria cada vez mais caótica.
Que tragédia é pertencer ao cesto de figos ruins! Neste cesto estão aqueles que não foram cativos para Babilônia, aqueles que fugiram do deserto e não quiseram enfrentar as lutas do vale! Para eles sobraram a completa rejeição de Deus! Tire o nome de Zedequias neste texto e coloque o seu e pense na tragédia que seria?

8  Como se rejeitam os figos ruins, que, de ruins que são, não se podem comer, assim tratarei (ao Luiz), diz o SENHOR.
9  Eu farei (do Luiz) objeto de espanto, calamidade para todos os reinos da terra; opróbrio e provérbio, escárnio e maldição em todos os lugares para onde os arrojarei.
10  Enviarei contra (o Luiz) a espada, a fome e a peste, até que se consuma de sobre a terra, a ele e a seus pais.

Hoje, os que pertencem ao cesto dos figos maus são os ímpios, aqueles que praticam iniqüidades e adoram a falsos deuses. São os que não reconhecem que só o SENHOR é Deus! As suas maldades, as suas transgressões cairão em suas cabeças. Para todo o sempre estarão na angústia e na dor. Este é o destino dos filhos da escuridão. E seus nomes não estão escritos no livro da vida.
Os termos bons e maus são usados como comparação para mostrar a beneficência de Deus aos bons e o Seu castigo aos maus. Os bons eram olhados por Deus com favor e Deus os estimava e os viam como quem vê bons figos com bons olhos. Deus os salvaria da calamidade e os condu­ziriam em segurança. O mesmo não aconteceria aos figos maus.
A qual cesto você se enquadra? A qual cesto você quer pertencer? Qual o futuro da sua alma? Será que hoje você foge do deserto, afastando-se daquele que te oferece a vida? Será que hoje você rejeita as oportunidades que são oferecidas por aquele que tanto te ama? Se você se enquadra nos figos de cesto ruim, clame a Deus por misericórdia, faça alguma coisa, mude sua situação e volte para os braços do Pai porque hoje Ele te chama, porque hoje Ele te oferece a Sua salvação, hoje Ele te oferece os Seus cuidados, a Sua proteção, o Seu eterno amor.

3 – APLICAÇÕES PRÁTICAS

A – Deus nunca volta atrás com Sua palavra

Deus prometeu abençoar a nação de Israel. Deus prometeu que todas as nações da terra seriam abençoadas através de Israel. Deus prometeu jamais desamparar o Seu povo. O exílio não significou a quebra dessas promessas, mas a confirmação da presença real de Deus no meio de Seu povo. A nação não se perdeu, o povo não se misturou, voltaram e reconstruíram o templo, os muros e a cidade de Jerusalém e mais do que isso, trouxeram os utensílios de ouro e de prata do templo. Isso nunca aconteceu na história de um povo a não ser na história do povo de Deus. Deus prometeu que da descendência de Davi sairia o Messias. A família real foi levada cativa para Babilônia, perderam o trono, mas não perderam a promessa, pois Deus garantiu, lá no exílio, a subsistência da família real de Judá.

B – Leva a sério a tua aliança com o SENHOR

Deus advertiu a nação de Israel para se voltarem para Ele, mas Israel não deu ouviu a voz de Deus e foram levados cativos pela Assíria e nunca mais retornaram. Deus advertiu a nação de Judá para deixarem seus deuses e suas abominações, senão eles também seriam levados cativos, mas Judá também rejeitou a aliança com seu Deus e Deus mandou o exílio. Toda a nação sofreu. Toda a nação chorou. Toda a nação foi envergonhada pelos seus inimigos.
Um dia, quando você fez sua profissão de fé e se batizou, você fez também votos a Deus diante de toda a Igreja. Como estão os seus votos? Como está a tua aliança com o teu Deus? Ela está firme? Tuas palavras estão de pé? Está cumprindo tudo aquilo que prometeu? Leva a sério os teus votos!

C – Deus está presente nos desertos de nossa jornada

Os judeus foram arrebatados pelas feras, foram levados para o covil das feras, conviveram no meio das feras, mas as feras não lhes tocaram e lá não sofreram nem um arranhão, porque Deus os abençoava, os guardava e estava ali presente com eles, tornando os seus jugos mais suaves e os seus fardos mais leves. Não importa a secura de seu deserto, para Deus não faz diferença porque Ele é ilimitado em seu poder, não há nada que Ele não possa fazer por você.

Conclusão

Quando você não puder explicar o que Deus está fazendo na sua vida você precisa entender que Deus é Soberano e que Ele está com as rédeas de sua vida em Suas mãos. Pense que Ele pode estar te levando para algo maior e melhor, pois Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Os filhos de Deus não sofrem sem causa, sem propósito, afinal, “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” Rm 8.28. Lembre-se de que o sofrimento é a escola superior do Espírito Santo em que Deus ensina aos seus filhos as mais profundas lições da vida. Quando Deus nos permite sofrer, quando Ele nos leva para o deserto, é porque está nos dando um curso avançado. Depois da tempestade, passamos a conhecer melhor ao Deus que servimos.
Deus, em silêncio, está lutando por você. Tenha a certeza de que não há crise que Deus não possa reverter. Os desígnios de Deus não podem ser frustrados. Se você não encontra explicações entenda que o seu Deus é Onipotente. No tempo dele, Ele poder reverter o quadro que te assola. Não perca a esperança. Não desanime. Não fique prostrado no meio do caminho. Não entregue os pontos. Levante a cabeça, pois Jesus te ama e Ele quer estar do seu lado na hora mais difícil de sua vida, quer ser seu amparo, quer ser seu sustentador. Quer ser seu salvador. Quer ser seu libertador. Entregue-se nas mãos daquele que pode enxugar as sua lágrimas! Que Deus te abençoe! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

sexta-feira, 24 de junho de 2011

EM BUSCA DO QUE SE PERDEU

8  Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
9  E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.
10  Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende (Lc 15.8-10).
Introdução
A leitura desta parábola nos coloca diante de um simples acontecimento doméstico, mas nos leva a refletir sobre alguns aspectos importantes. Ela conta a história de uma mulher que possuía dez moedas. Um dia deu falta de uma delas. Determinada, iniciou imediatamente a busca por todos os cantos da casa. Acendeu a luz, afastou os móveis, varreu toda a casa, empreendeu uma cuidadosa procura. Só sossegou depois de encontrar o que havia perdido. Feliz, por ter encontrado o que procurava, reuniu as amigas e vizinhas dividindo com elas a sua alegria.
O que é uma dracma? Por que tanto empenho na busca? Dracma era uma antiga moeda de prata. Embora pequenina, tinha um grande valor para uma família de poucos recursos, porque representava o suficiente para alimentar uma família por um ou dois dias.
O que se deve fazer diante da perda de algo precioso na vida? É sobre isso que vamos estudar hoje e as providências tomadas pela mulher da parábola são exemplos muito úteis para nós na busca de algo que se perdeu.
1 – BUSCAR O QUE FORA PERDIDO
8  Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
Temos uma capacidade surpreendente de nos acomodarmos diante das perdas na vida. Tal acomodação, às vezes, acontece gradativamente, sem que a percebamos, o que pode nos trazer prejuízos inimagináveis ao longo do tempo.
Também gostamos muito de minimizar nossas perdas. Ditados como: “é assim mesmo”, “isto acontece com qualquer um”, muitas vezes são suficientes para nos acomodar e nos tornar conformados com a perda. Com tal atitude sufocamos qualquer expectativa e não nos dispomos a lutar para mudar essa condição.
Mas o que podemos ter perdido? O que pode ter ficado esquecido ao longo de nossa vida?
A – O ânimo
Há coisas em nossas vidas que, quando desaparecem, provocam carências profundas. Algumas perdas podem afetar substancialmente nossa qualidade de vida. O ânimo é uma delas.
Quem que nunca se desanimou algum dia? Será que alguém poderia dizer que nunca se desanimou com nada?
Quando falta o dinamismo na vida do cristão, o desânimo vai aparecendo e se instalando na nossa vida. Por isso não devemos deixar de ouvir o conselho do salmista que nos exorta a mantermos o bom ânimo e fortalecer o coração com uma receita simples: esperar no SENHOR.
14  Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR (Sl 27.14).
E Isaias diz que aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças:
31  mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam (Is 40.31).
Esperar no Senhor é esperar naquele que pode todas as coisas e faz todas as coisas acontecerem conforme o conselho de Sua vontade.
São muitas as causas do desânimo. Vai desde a uma acomodação que vai acontecendo gradualmente em nossa vida, até a uma frustração com algo ou alguém. Mas a maioria das vezes, o desânimo nos abate por causa do pecado.
Quando isso acontece, o primeiro passo para a cura do desânimo espiritual é a confissão de pecados. Ninguém consegue correr, chegar até o seu destino final com um grande peso sobre os ombros.
1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta (Hb 12.14).
Podemos até nos desanimar um dia, mas não podemos ficar prostrados, precisamos recuperar o ânimo e o vigor da vida cristã.
B – O primeiro amor
O esfriamento do amor, também representa uma perda lamentável na vida do cristão. Em Apocalipse, vemos que a igreja em Éfeso havia perdido o seu primeiro amor.
4  Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor (Ap 2.4).
Paulo, quando escreveu sua epístola aos Efésios, mencionou várias vezes o amor, advertindo aquela igreja a permanecer neste amor:
17  e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor (Ef 3.17).
15  Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo (Ef 4.15).
2  e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave (Ef 5.2).
Vinte anos depois, quando Jesus escreve para aquela igreja através de seu servo João, percebe-se que o amor ficou para trás, esquecido em alguma parte do caminho. Aquela Igreja é advertida a repensar sua vida:

5  Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas (Ap 2.5).
O amor é um dos combustíveis mais importantes da fé. Ele não pode ser desprezado e nem esquecido, porque certamente as conseqüências serão trágicas. Se isso aconteceu, ouça o que Jesus diz: Arrepende-te e volta.
C – A fidelidade
Aquele que teve uma experiência pessoal com Cristo, que experimentou uma profunda transformação de vida no seu caráter, no seu modo de viver, tem agora um compromisso  com Deus e com a Sua Palavra: o de permanecer fiel. É muito pertinente a advertência de Paulo aos coríntios:
12  Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia (1 Co 10.12).
Mas, infelizmente, muitos ficam prostrados no meio do caminho, como a semente semeada na beira do caminho que não germina e nem produz frutos. As promessas da vitória devem nos incentivar a permanecermos fiéis.
5  O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos (Ap 3.5).
O vencedor é aquele que permanece fiel. Se perdemos o caminho, precisamos voltar ao Senhor e rasgarmos o nosso coração diante dEle.
A mulher da parábola não se conformou com a perda de sua moeda. Embora possuísse as outras nove, queria preservar tudo o que tinha. É necessário que nós também não nos acomodemos diante de nossas perdas.
2 – BUSCAR COM A AJUDA DA LUZ
8  Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
A mulher da parábola cuidou de acender uma candeia para aprimorar sua busca. Sem luz ficaria difícil localizar a pequena moeda. De modo semelhante, a localização das coisas perdidas requer a iluminação da luz. Mas o que é a luz? A luz é a ausência de trevas. Jesus é a nossa luz porque não há nele treva alguma:
5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma (1 Jo 1.5).
Por não haver nele treva alguma, Ele pode iluminar a vida de todos:
9  a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem (Jo 1.9).
Que maravilha! Com Jesus não há tropeço. Com Jesus não há erro. Com Jesus não há decepção. Com Jesus não há injustiça. Ele ilumina nossa vida, nosso caminho e nos mantém revigorados a cada dia.
Quando Jesus, o Verbo de Deus, veio ao mundo e habitou entre nós, Ele ofereceu a sua luz a todos quando disse:
12 De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida (Jo 8.12).
Aquele que segue a Cristo não anda mais nas trevas. Recebeu da parte de Cristo a luz que ilumina a vida e com a qual tem que iluminar àqueles que se encontram nas trevas.
Com a luz presente em nossa vida não perderemos o ânimo, nem o amor e nem a nossa fidelidade a Deus. Com Jesus, podemos dizer como Paulo:
13  tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4.13).
Mas nós podemos rejeitar a luz em nossa vida. Infelizmente, hoje, milhões de pessoas vivem nas trevas. Quando João diz:
11  Veio para o que era seu, e os seus não o receberam (Jo 1.11).
Significa que os homens rejeitaram a luz e preferiram as trevas. A condenação deles é certa:
19  O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más (Jo 3.19).
Uma vida dominada pelo pecado é uma vida dominada pelas trevas. Infelizmente, há muitos que preferem continuar nas trevas porque não querem abandonar o pecado! Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. Se não temos a luz, precisamos buscá-la, porque sem ela, certamente pereceremos. Atenda ao convite da graça que diz:
13  Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração (Je 29.13).
E tem mais, quem vive em trevas está inserido no Reino das Trevas! Tal reino consiste numa região de morte e de dor. E os que vivem em trevas, a Bíblia diz que vivem na “região da sombra da morte”. O apóstolo Paulo diz em Colossenses que:
13  Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13).
Jesus nos resgatou do império das trevas! Aleluia! E em Mateus lemos:
16  O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz (Mt 4.16).
Jesus, a Luz do Mundo, transforma nossas vidas.  Tal transformação começa com a entrega de nossas vidas ao Seu domínio e prossegue até ao dia de nossa morte.
Jesus é a Luz que veio nos livrar do poder das trevas! Aquele que foi libertado por Ele não vive mais sobre o domínio das trevas.
Quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus.
Perdeu algo em sua vida? Achegue-se para a Luz e procure e busque o que você perdeu. Não perca tempo! Não deixe para amanhã porque amanhã pode ser tarde demais!
3 – EMPREENDER UM GRANDE ESFORÇO NA BUSCA
8  Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
Para encontrar o que se perdeu, não basta uma procura por cima e apressada. É necessário um grande empenho para localizar o que ficou na beira do caminho porque pode estar escondido onde menos se espera.
A mulher da parábola revirou a casa, varreu todos os seus cantos, ciente de que ali era o lugar onde deveria empreender sua busca.
Para preservarmos o vigor, é necessário uma vida ativa e para renovarmos o vigor perdido, precisamos ter muita força de vontade.
Para conservarmos o primeiro amor, é necessário rega-lo todo dia com comunhão fraterna com Jesus em oração e para voltarmos ao primeiro amor só empreendendo uma grande luta contra mal costumes e acomodações que adotados ao longo da vida.
Para permanecer fiel é necessário perseverança e, se perdermos a fidelidade, para voltarmos a ela a própria Palavra nos diz o tanto que será difícil consegui-lo.
4  É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo,
5  e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro,
6  e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia (Hb 6.4-6).
20  Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro.
21  Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado.
22  Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal (2 Pd 2.20-22).
Seremos tentados a pegar um atalho, por onde pensamos poder levar com mais facilidade o nosso fardo. Seremos tentados a pegar um atalho, por onde achamos que podemos seguir levando nosso antigo fardo, por não querermos nos dispor dele. Não faça isso, porque nenhum atalho te conduzirá ao verdadeiro caminho. Jesus é o caminho, e o único caminho. Se você perdeu este caminho empenha-se para voltar a ele antes que seja tarde demais.
4 – AGRADECER PELO ACHADO
9  E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.
A busca da mulher termina em festa ao encontrar a moeda perdida. Assim também a gratidão, as ações de graças, devem estar presentes em nossa vida nos momentos de vitória, porque se somos vitoriosos, o somos não pelos nossos méritos, mas pelos daquele que ilumina nossa vida com Sua maravilhosa luz.
Na parábola do filho pródigo lemos que estávamos perdidos, mas fomos achados:
24  porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se (Lc 15.24).
Deus se alegra quando somos achados:
32  Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado (Lc 15.32).
E tem mais, Ele convoca todo o céu para se alegrar com Ele:
10  Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende (Lc 15.10).
Conclusão
É tempo de reavaliar nossa vida e buscar o que se perdeu, o que ficou para trás. Analise sua vida e veja se você perdeu alguma coisa no decorrer do tempo. Veja se alguma coisa não ficou perdida lá atrás. Será que em algum momento de sua vida você orava mais do que ora hoje? Será que em algum momento de sua vida você lia mais a Bíblia do que lê hoje? Será que em algum momento de sua vida você vinha mais à igreja do que hoje? Pense nisso e tome a atitude correta.
Luiz Lobianco