ESTUDO DO LIVRO DE DANIEL: A SOBERANIA
DE DEUS NA HISTÓRIA
PARTE I: AS INTERVENÇÕES DIVINAS
LIÇÃO VII: DANIEL NA COVA DOS LEÕES: INTEGRIDADE
A QUALQUER CUSTO
Dn 6.1-28
INTRODUÇÃO
Agora, em nosso estudo, a
Babilônia caiu! Ruiu o megalomaníaco império cujo poder era absolutista em que
o rei era a própria lei. Um novo governo, agora o Império Medo-Persa assume o
poder. Agora, a lei é maior do que o governo de forma que o governo é refém da
própria lei. Portanto, se ele assinar um decreto ele está obrigado,
imperativamente, a cumpri-lo. Por isso que você observa que Dario reluta em
mandar a Daniel para a cova dos leões e tenta salvá-lo, mas não encontra
argumentos de forma que os acusadores exigem o cumprimento do decreto. Esse
extremismo virou contra os acusadores quando Daniel saiu ileso da cova dos
leões, oferecendo ao rei argumentação suficiente para aplicar neles a pena
imposta a Daniel, pois caso fossem inocentes sairiam ilesos como saiu Daniel,
fato que não ocorreu, pois diz a Bíblia que eles nem chegaram a descer até ao
fundo da cova e já foram estraçalhados pelas feras.
Outro ponto forte desta
história é a integridade de Daniel que nos leva a vários questionamentos. Será que
o homem é apenas produto do meio em que vive? Será que o homem é aquilo que é o
seu meio? Ou será que o homem pode ser íntegro, fiel, santo, piedoso e justo em
um ambiente encharcado de corrupção, de violência, de traição e de maldade?
Pode um político ser íntegro? Pode alguém entrar na política e manter-se
incorrupto? Pode alguém participar de um governo em que há esquemas de
corrupção, acordos realizados na surdina, e ainda assim manter-se íntegro e
fiel? Pode alguém viver no meio sujo e ainda permanecer na luz? A história de
Daniel dá respostas a todas estas perguntas. Vamos ver nesta história que é
possível ser íntegro mesmo cercado por corrupção, pois Daniel foi íntegro em
todos os momentos de sua vida. O estudo da vida de Daniel nos fornece muitas
diretrizes sobre este assunto. Vamos ver o que a vida deste homem pode nos
ensinar.
01
– UM NOVO REGIME, MAS COM OS VELHOS COSTUMES MORAIS
A Babilônia tinha caído,
um novo império tinha se levantado, mas os homens que subiram ao poder
continuavam corruptos do mesmo jeito, porque mudou o governo, mudou o regime,
mas não mudou o coração do homem.
A)
A Herança Maldita da Corrupção
Veja que quando Dario
assume o governo ele está preocupado com a corrupção. E ele, então, toma uma
medida preventiva contra ela:
1
Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte sátrapas,
que estivessem por todo o reino;
2 e
sobre eles, três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes sátrapas
dessem conta, para que o rei não
sofresse dano.
Quando Dario assume o
governo ele faz nomeações e forma a sua equipe de governo. Eles eram pessoas em
quem ele confiava para que não houvesse alguém para puxar o seu tapete, para traí-lo,
para mancomunar com esquemas de corrupção e assim viriam a minar seu governo. Mas
Dario não podia conhecer o coração daqueles homens a quem ele estava nomeando. Veja
que a preocupação do rei era com a corrupção e por isso eles seriam verdadeiros
fiscais do erário público. Ele fez isso porque estava com medo de que houvesse
corrupção instalada no seu reino e por causa dela o erário real sofreria perdas.
O rei conhecia muito bem os homens do palácio real, talvez ele não tinha provas
contra ninguém, mas sabia que o mal estava instalado e que coisas perniciosas
aconteciam na surdina.
Este cenário não é nada
diferente do vimos hoje na política. A operação lava jato escancarou para o
Brasil um pouco da sujeira que acontece nos bastidores da política brasileira;
é repugnante ver o Brasil nas mãos de sanguessugas insaciáveis. É revoltante
ver a riqueza do Brasil ir parar nos bolsos (talvez seria melhor dizer nas
cuecas, nas meias, nas malas) de pilantras, de malandros, daqueles que deveriam
gerir esta riqueza não em benefício próprio, mas sim em prol da comunidade.
Enquanto o braço da justiça parece ser curto demais para alcançar as ratazanas
socadas nos buracos da política, só nos resta, como Igreja e como cidadão
cristão, falar aos ouvidos destes corruptos que as falcatruas deles são pecado
e se a justiça deste mundo é insuficiente para alcança-los, não faltará
suficiência para a justiça divina impetrar contra eles um julgamento justo,
quando enfim serão penalizados por todas as suas trapaças, por todas as suas
fraudes, por todos os seus desfalques e por todas as suas negociatas.
Que coisa triste quando
você elege alguém para governar em benefício da comunidade e este eleito nada
faz a não ser legislar em causa própria para se proteger da justiça e encobrir
as suas tramoias, que decepção quando você elege alguém para fiscalizar, para
não haver corrupção e os próprios fiscais se corrompem. É desanimador quando
você estabelece pessoas para regerem as leis e estas mesmas pessoas se
corrompem em nome da lei. E não é isso que está acontecendo no Brasil? A
política está completamente corrompida! Talvez este seja o maior drama do
brasileiro, pois estamos vivendo uma crise de integridade sem precedentes no
Brasil. E estamos vivendo, principalmente, o grande drama da falta de
integridade na política, de forma que não conseguimos mais confiar nas
autoridades, naqueles que assumem o poder.
É um grande engano pensar
que as coisas vão mudar para melhor em virtude das mirabolantes promessas dos
políticos, porque o que podemos notar é que mudam os governos, mudam os
partidos, mas a cultura da corrupção continua instalada em todos os segmentos
da política. Toda época de campanha parece que acende em nós um otimismo, uma
esperança, mas tudo que colhemos depois das eleições é o fruto amargo da
decepção e da desilusão. Isso porque se muda as estruturas do governo, mas não
se muda o coração das pessoas. A prova disso são as CPIs que destampam os
esgotos imundos da mais repugnante corrupção e mostram as ratazanas que mordem
sem piedade o erário público. E tudo o que nos resta é ver escândalos se
multiplicarem e os políticos sem escrúpulos se abastecerem das riquezas da
nação deixando o país na mais absoluta miséria, e o mais triste é que quase
sempre ficam praticamente impunes.
B)
A Herança Bendita da Fidelidade
3
Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas,
porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre
todo o reino.
4
Então, os presidentes e os sátrapas procuravam
ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não
se achava nele nenhum erro nem culpa.
5
Disseram, pois, estes homens: Nunca acharemos ocasião alguma para acusar
a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.
Dario nomeou três
presidentes, que seriam como governadores e 120 sátrapas, como sendo prefeitos
regionais de seu reino. Diz a Bíblia que dos 123 homens do 1º escalão de seu
governo, 122 se corrompem. De repente a corrupção estava instalada dentro do
palácio, nas rodas mais altas do governo de Dario. Apenas Daniel se mantém
íntegro, apenas Daniel não vende a sua consciência, não negocia os seus
absolutos, não se vende a interesses pessoais e por causa disso ele é
perseguido. Louvado seja Deus porque no meio do joio vive o trigo.
Há um ditado popular que
diz que dependendo do preço a se pagar todo homem se corrompe. Portanto, a
questão não é se o homem é corrupto ou não, a questão é o preço que vai se
pagar. Mas isso não é verdade! Há algumas pessoas que amam mais a Deus do que o
poder do dinheiro, do que o sucesso, do que a fama, do que a glória humana, do
que os prestígios humanos, do que a bajulação humana, do que as vantagens
pessoais, mas, infelizmente, parece que nenhumas dessas pessoas estão na
política. E caso entre algum sobra para ele poucas alternativas, ou ele entra
na dança, entra no bojo, ou ele sofre alguma conspiração e é jogado para fora,
como fizeram com Daniel.
Daniel nos mostra que é
possível ser íntegro mesmo cercado por um mar de lama de corrupção, que é
possível alguém não se dobrar ante a corrupção, que é possível alguém não se
vender. Isso nos prova que o homem não é produto do meio, ele tem escolhas, ele
tem a opção de não se contaminar, se ele quiser isso, é claro. Daniel escolheu
não se corromper. E a base da integridade de Daniel é a sua relação com Deus. A
base da sua integridade é sua fidelidade a Deus. É a sua fé que o torna um
homem íntegro, de forma que a espiritualidade de Daniel é o alicerce da sua
fidelidade diante dos homens. Os amigos de Daniel venceram o poder do fogo pela
fé e Daniel vence a ferocidade dos leões também pela fé.
E tem mais, Daniel nos
prova que um homem pode permanecer íntegro mesmo quando é vítima de uma
conspiração. As circunstâncias adversas não alteram as convicções de Daniel. Muitas
pessoas condicionam a sua integridade. Dizem que permanecem íntegras desde que
não atinjam elas, desde que não ataquem elas, desde que não prejudiquem a elas,
desde que não pisem em seus pés, porque aí as coisas mudam, porque aí tudo vai
ser diferente, porque aí se acham no direito de dar o troco. De certa maneira
esta é uma posição de integridade condicionada. Mas Daniel, mesmo sendo vítima
de uma conspiração, ele ainda permanece íntegro.
4
Então, os presidentes e os sátrapas procuravam
ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la,
nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem
culpa.
Veja que eles procuravam
ocasião para acusar a Daniel diante do rei, ou seja, um pretexto, um motivo,
uma brecha, um escorregão, uma falha na vida de Daniel. Mas por não conseguirem
no caráter dele procuram uma brecha na administração dele, mas também não
encontram. Então eles chegam à seguinte conclusão:
5
Disseram, pois, estes homens: Nunca
acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos
contra ele na lei do seu Deus.
Eles se voltaram para o
cerne da questão: A fé de Daniel. Porque Daniel era diferente, porque tinha
caráter e era íntegro, é que ele foi perseguido e conspiraram contra ele. E
sabe por que fizeram isso? Porque um homem, uma mulher, um jovem ou qualquer
ser humano íntegro é uma ameaça para todo esquema de corrupção. Por isso que
integridade, muitas vezes, não torna ninguém popular, não promove ninguém e
também não ajuda a granjear amigos, assim como não facilita o caminho, pelo
contrário, muitas vezes, o fato de você ser íntegro, incorruptível, vai lhe
custar oposição, perseguição e até conspiração contra você. Isso porque a
integridade incomoda, uma pessoa íntegra perturba o corrupto e desarticula
esquemas. Mas meu amigo prefira ir ao encontro de Deus debaixo de conspiração e
injustiças do que ir ao seu encontro cheio de mentira e engano, carregado
dessas imundícias que vemos todos os dias no noticiário, porque horrível coisa
é cair nas mãos do Deus vivo.
Integridade é ser e fazer
o que você disse que seria e faria. Você, marido e esposa, prometeram que seriam
fieis um ao outro até que a morte os separe. Você, pai e mãe, prometeram orarem
com os seus filhos e por eles na hora do batismo. Você, confesso, prometeu ser
fiel a Deus até à morte e a buscar em primeiro lugar o Reino de Deus. Você tem
se mantido fiel a todas estas promessas?
C)
Uma Artimanha Elaborada às Escuras Para Tirar Daniel do Caminho
6
Então, estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei e lhe disseram:
Ó rei Dario, vive eternamente!
7
Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e
governadores concordaram em que o rei estabeleça um decreto e faça firme o interdito
que todo homem que, por espaço de trinta dias, fizer petição a qualquer deus ou
a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.
8
Agora, pois, ó rei, sanciona o interdito e assina a escritura, para que
não seja mudada, segundo a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar.
9 Por
esta causa, o rei Dario assinou a escritura e o interdito.
A corrupção estava
instalada dentro do palácio, nas rodas mais altas do governo de Dario e Daniel
estava sendo uma pedra no sapato deles por causa de sua integridade. Então, eles
elaboram uma artimanha às ocultas, escondido de Daniel, uma artimanha
envolvendo o próprio rei e utilizando-se das normas do regime político para
tirar Daniel do poder, do caminho deles, ou seja, iriam matar a Daniel
legalmente, sem transigir nenhuma lei. E Daniel vai ser vítima de uma
conspiração. Eles procuravam uma brecha na vida de Daniel para acusá-lo. Eles
não encontram e, então, tentam pegá-lo no seu ponto forte: a sua fé e a sua
fidelidade. Olha a atitude daqueles homens. Eles chegaram para o rei Dario e
começaram a bajular o rei:
6
Então, estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei e lhe disseram:
Ó rei Dario, vive eternamente!
7
Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e
governadores concordaram em que o rei
estabeleça um decreto e faça firme o interdito que todo homem que, por espaço
de trinta dias, fizer petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó
rei, seja lançado na cova dos leões.
E quem está no poder,
muitas vezes, gosta de ser bajulado e não faltam os bajuladores. Sabendo que
Daniel era um homem de oração, aqueles homens bajulam o rei Dario, elevando-o
ao posto de divindade por um mês e ludibria o rei a exigir oração somente a ele.
O projeto trazia como isca a exaltação e a lealdade ao rei. Mas a intenção era
outra, era tornar o rei refém de seu próprio decreto porque tinham certeza de
que Daniel não cessaria as suas orações a Deus. E assim, sentenciaram de morte
o homem de confiança do rei. Além da bajulação, usaram a mentira:
7 Todos os presidentes do reino, os
prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores concordaram em que o rei
estabeleça um decreto ...
Incluíram Daniel nessa
jogada, quando na verdade ele era o alvo dessa trama. Aí entra a conspiração,
porque Daniel não estava nesse jogo, incluíram Daniel e Daniel não sabia nada
disso. Na verdade, o que eles pretendiam era destruir Daniel pelas próprias
mãos do rei, que amava Daniel, que pretendia colocar Daniel em uma posição de
ainda maior destaque, porque ele conhecia o coração de Daniel, o caráter de
Daniel. Eles querem matar a Daniel e ficarem em uma posição cômoda de
inocentes, enquanto todo o ônus da morte de Daniel recairia sobre o rei a quem
estavam bajulando. Olha a Trama! Olha a arapuca em que colocaram o rei Dario.
Não é a toa que no final todos eles são lançados na cova dos leões, porque
Dario percebeu a intenção daqueles homens em tudo isso.
Portanto, Daniel é
perseguido não pelos seus defeitos, não pelos seus erros, não pelas suas
falhas, ele é perseguido e odiado exatamente por causa da sua integridade. Eles
odeiam a Daniel não porque ele pratica o mal, mas porque ele pratica o bem.
Eles bajulam e se tornam hipócritas para alcançarem o fim que desejavam: a
morte de Daniel. A Bíblia diz que:
10 Bem-aventurados os perseguidos por
causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
11 Bem-aventurados sois quando, por minha
causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal
contra vós (Mt 5.10-11).
Quando você se torna mais
fiel, você pode ser ainda mais perseguido. As trevas aborrecem a luz. Os que
andam na verdade perturbam os que vivem no engano. O íntegro é uma ameaça aos
corruptos. E mesmo que você morra por causa da sua integridade, você ainda é
bem-aventurado, porque são felizes aqueles que sofrem por causa da justiça! Foi
assim com Daniel que se mantém íntegro apesar de haver uma debandada geral no
governo de Dario para o lado da corrupção. Daniel sabia que sua integridade o
tornava impopular diante dos outros governantes, mas sua consciência está
cativa pelo Senhor.
02
– DANIEL PERMANECE INTEGRO MESMO ANTE A AMEAÇA DE MORTE
Quando Daniel soube que a
sentença de morte já tinha sido lavrada sobre ele, ele não mudou a sua postura
e a sua linha de caminhada. Diz a Bíblia que Daniel permaneceu absolutamente firme
em sua posição. Ele orava e continuava orando. Ele abre a janela para todo
mundo ver que ele servia ao Deus Vivo e Todo Poderoso de Israel. Ele orava três
vezes por dia e assim continuou orando.
A
– Daniel Não Enfrenta a Conspiração Contra Ele Com Armas Carnais
10
Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em
sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de
Jerusalém, três vezes por dia, se punha
de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava
fazer.
E como Daniel enfrenta uma
situação humanamente irreversível? Ele ora! E como ele ora? Do mesmo jeito que ele
sempre orava. Não muda a postura, nem o lugar de sua oração. A sua vida de
oração era constante, pois Daniel tinha o hábito de orar e não suspende a sua
prática de oração, mesmo quando lhe foi informado de que as circunstâncias mudaram
e eram desfavoráveis agora. A sua oração também era regular, pois Daniel ora
três vezes ao dia. Ele não se esconde e nem diminui seu ritmo de oração. E a sua
oração é confiante e corajosa, pois ele orava com a janela aberta para as
bandas de Jerusalém. Ele acreditava na promessa feita quando o templo foi
consagrado:
46 Quando pecarem contra ti (pois não há homem
que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares às mãos do
inimigo, a fim de que os leve cativos à terra inimiga, longe ou perto esteja;
47 e, na
terra aonde forem levados cativos, caírem em si, e se converterem, e, na
terra do seu cativeiro, te suplicarem, dizendo: Pecamos, e perversamente
procedemos, e cometemos iniqüidade;
48 e se converterem a ti de todo o seu coração e
de toda a sua alma, na terra de seus
inimigos que os levarem cativos, e orarem a ti, voltados para a sua terra, que
deste a seus pais, para esta cidade que escolheste e para a casa que edifiquei
ao teu nome;
49 ouve
tu nos céus, lugar da tua habitação, a
sua prece e a sua súplica e faze-lhes justiça,
50 perdoa o teu povo, que houver pecado contra
ti, todas as suas transgressões que houverem cometido contra ti; e move tu à
compaixão os que os levaram cativos para que se compadeçam deles ( 1 Rs
8.46-50).
Daniel ora com fé porque
sabe que Deus pode intervir, afinal, ele tinha experiências de livramento com
Deus quando viu seus amigos serem libertos de uma fornalha de fogo. Daniel abre
a janela como costumava fazer, ele não se preocupa em fechar a janela porque
não tem medo da ameaça, mesmo que seja de morte. Ele sabe que é Deus quem livra
e que dele vem o socorro.
Daniel poderia ter tomado
uma atitude bem diferente, uma atitude vingativa. Com certeza ele sabia dos
podres daqueles homens e poderia ter pensado: Eu vou morrer, mas eu vou abrir o
bico e eles vão junto comigo. Vou provar ao rei que esses homens não valem
nada, que eles são corruptos, que eles tramam contra o governo. Mas Daniel não
enfrenta o mal com o mal, ele enfrenta os seus adversários com armas
espirituais. Diz a Bíblia que ele ora, e porque ele ora Deus defende a sua
reputação, e porque ele ora Deus sai em sua defesa, e porque ele ora Deus o
honra. Não é fácil enfrentar a conspiração com armas espirituais.
Daniel nos prova que
integridade implica em se fazer o que é certo mesmo quando todos estão
transigindo. A integridade não depende de nada, pois é uma questão de caráter,
de postura e sempre se deve ser íntegro. Uma pessoa íntegra procura agradar a
Deus mais do que aos homens. Ela não depende de elogios nem muda a sua rota por
causa das críticas e nem por causa de conspiração. Uma pessoa íntegra cumpre
com a palavra empenhada mesmo sem um contrato.
B
– Daniel Não Muda a Sua Integridade Mesmo Diante de Ameaças
10 Daniel,
pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em
cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três
vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus,
como costumava fazer.
A verdadeira cova dos
leões que Daniel enfrentou com certeza foi lá no seu quarto. Pense nas pressões
internas deste homem dentro de seu quarto. Ali, certamente, ele foi tentado a
não orar, pois ele sabia que poderia ser destroçado pelos leões caso fizesse
isso. Ele podia ter pensado em orar a Deus em voz silenciosa. Deus não ouve a
oração em voz silenciosa? Por que colocar a vida em risco quando se pode falar
com Deus sem se levantar a voz? E por que abrir as janelas se pode orar com elas
trancadas? Dessa forma pode-se orar e ninguém ver, somente Deus, e a oração não
deve ser conduzida somente para Ele mesmo? Outra tentação é que ele poderia
pensar que agindo assim ele frustraria os propósitos dos seus inimigos que
tramaram contra ele. E outra opção que ele tinha era ficar trinta dias sem
orar. Trinta dias passa tão rápido mesmo. Deus até vai compreender. Mas diz a Bíblia que ele não mudou a sua
postura. Quando soube foi para o seu quarto e lá abriu a janela e orou ao seu
Deus durante três vezes ao dia. Certamente o que estava no coração dele era a
mesma coisa que se passava com seus amigos:
17 Se o
nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha
de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei.
18 Se
não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos
a imagem de ouro que levantaste (Dn 3.17,18).
E se estão lembrados são os
mesmos amigos que resolveram, juntamente com Daniel a não se contaminarem na
Babilônia. Mas Daniel não servia a Deus por aquilo que Deus lhe dava, Daniel
servia a Deus por aquilo a quem Deus é. E Daniel não recebeu nenhum anjo no
quarto dele para lhe dizer que Deus mandaria um anjo e fecharia a boca de todos
aqueles leões. Deus não falou nada com ele lá no seu quarto, ele apenas orava.
Ele Creu em Deus antes da provação. Às vezes, nós somos como Tomé, queremos
primeiro a prova para depois crer. Mas Jesus disse para Tomé:
29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram
(Jo 20.29).
Porque crer depois de ver
é muito simples. Assim qualquer um consegue! As circunstâncias mudaram para
Daniel, mas ele aprendeu a ser íntegro desde a sua mocidade e jamais mudou a
sua rota. Mesmo quando velho, prefere a morte a transigir com a sua fé e com a
sua consciência.
C)
A Acusação Diante do Rei
11
Então, aqueles homens foram juntos, e, tendo achado a Daniel a orar e a
suplicar, diante do seu Deus,
12 se
apresentaram ao rei, e, a respeito do interdito real, lhe disseram: Não assinaste um interdito que, por
espaço de trinta dias, todo homem que fizesse petição a qualquer deus ou a
qualquer homem e não a ti, ó rei, fosse lançado na cova dos leões? Respondeu o rei e disse: Esta palavra é
certa, segundo a lei dos medos e dos persas, que se não pode revogar.
13
Então, responderam e disseram ao rei: Esse Daniel, que é dos exilados de
Judá, não faz caso de ti, ó rei, nem do interdito que assinaste; antes, três
vezes por dia, faz a sua oração.
Os orquestradores encontram
Daniel orando. Os presidentes e os satrapas não precisaram esperar muito para
pegarem a Daniel em flagrante. Era tudo que precisavam para levar adiante o
plano deles. E tão logo isso aconteceu foram correndo ao rei. Lembraram ao rei
da assinatura do decreto, pois sabiam que o rei agora era refém deste decreto, eles
esperam o rei confirmar isso com as suas próprias palavras, e, então, eles soltam
o veneno: Daniel estava orando. E eles acentuam o preconceito falando de Daniel
como um exilado, mesmo depois de anos de integridade e de Daniel ser o homem
mais importante do governo. E eles ainda acrescentam um fato falso, que Daniel
não fazia caso do rei, o que não era verdade. Todos eles eram verdadeiras
víboras! Quando Daniel sai ileso da cova dos leões ele deixa bem claro ao rei
de que não havia cometido delito algum contra ele.
D)
A Reação do Rei Diante da Acusação
14
Tendo o rei ouvido estas coisas, ficou
muito penalizado e determinou consigo mesmo livrar a Daniel; e, até ao
pôr-do-sol, se empenhou por salvá-lo.
O arrependimento sempre
vem tarde demais! Quando enfim eles acusam a Daniel diante do rei ele cai na
real. Ele se perturba, ele se inquieta, ele se aflige. Finalmente o rei tomou
consciência das reais intenções daqueles homens, de que Daniel fora vítima de
um golpe e ele foi logrado a fazer parte desta conspiração. O rei se delonga
tentando encontrar uma solução para o emaranhado em que ele se meteu por causa
de sua insensatez.
Quando não agimos com
sabedoria colhemos o fruto amargo do arrependimento. Quando permitimos que o
nosso ego prevaleça somos humilhados pelas burradas que cometemos, quando não
estamos cercados de pessoas sábias, íntegras, somos conduzidos por caminhos
escorregadios, quando não ouvimos bons conselhos, quando damos ouvidos a
pessoas difamadoras, caímos nos laços provocados pelas más línguas.
E)
A Fundamentação da Conspiração: A Lei
15
Então, aqueles homens foram juntos ao rei e lhe disseram: Sabe, ó rei,
que é lei dos medos e dos persas que
nenhum interdito ou decreto que o rei sancione se pode mudar.
Dario caiu na arapuca da
lei e da ordem. Aqueles homens armaram para ele e ele caiu direitinho. Dario
caiu na armadilha da bajulação e agora, seu homem de maior confiança está sendo
sentenciado à cova dos leões e tudo por causa de sua irretocável integridade. E
o rei sabia disso! Não havia motivo para acusarem a Daniel, então aqueles
homens conspiraram e arranjaram um. Eles queriam matar a Daniel e acharam uma
maneira legal de fazê-lo, e ainda à custa do rei. Ao fim, os culpados seriam
inocentes e Daniel, o inocente, seria morto pelas mãos do próprio rei, o qual
foi tapeado pelos seus próprios homens. Não foi a toa que, depois, o rei mandou
lançar todos aqueles homens na cova dos leões juntamente com todas as suas
famílias.
F)
A Execução da Sentença
16
Então, o rei ordenou que trouxessem
a Daniel e o lançassem na cova dos leões. Disse o rei a Daniel: O teu Deus,
a quem tu continuamente serves, que ele te livre.
17 Foi
trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova; selou-a o rei com o seu próprio
anel e com o dos seus grandes, para que nada se mudasse a respeito de Daniel.
18
Então, o rei se dirigiu para o seu palácio, passou a noite em jejum e
não deixou trazer à sua presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono.
O rei não teve escolha.
Ele teve que executar a sentença, mesmo percebendo que tudo não se passava de
uma conspiração contra o único homem a quem ele confiava, o único homem íntegro
de seu primeiro escalão de governo. Ele não dorme, ele não come, ele não quer
escutar música. Ele tentou livrar Daniel, mas não consegue, porque ele já
escreveu e assinou o interdito; a lei é maior do que ele e ele é refém de seu
próprio decreto.
Daniel foi denunciado, foi
preso e jogado na cova dos leões. Sua integridade não o livra da inveja, da
fúria, da astúcia e da perseguição dos corruptos. A integridade de Daniel não o
livra de ser injustiçado. A sua integridade e a sua fé não o livra de passar
pela cova dos leões, mas dentro daquela cova algo inesperado acontece e nos
ensina algo muito importante:
03
– DEUS HONRA ÀQUELES QUE MANTÊM A SUA INTEGRIDADE
Deus sempre honra àqueles
que o honra. Deus sempre honra àqueles que o obedece. Deus sempre honra o fiel.
Deus disse: ...porque aos que me honram,
honrarei, porém os que me desprezam serão desmerecidos (1 Sm 2.30). Ser
honrado por Deus todos nós queremos, mas nem sempre estamos dispostos a fazer o
mesmo com Deus. Só que esse momento de
honra só acontece quando nós propomos a honrar a Deus. Daniel foi honrado, mas
antes ele honrou ao Senhor diante de todos.
A
– Quando Permanecemos na Integridade Deus Defende as Nossas Causas
19
Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa à cova
dos leões.
20
Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel com voz triste; disse o rei a
Daniel: Daniel, servo do Deus vivo!
Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido
livrar-te dos leões?
21
Então, Daniel falou ao rei: Ó rei, vive eternamente!
22 O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a
boca aos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim
inocência diante dele; também contra ti, ó rei, não cometi delito algum.
23
Então, o rei se alegrou sobremaneira e mandou tirar a Daniel da cova;
assim, foi tirado Daniel da cova, e
nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.
Dario não perdeu tempo,
foi cedo averiguar a cova. Ele estava extremamente ansioso. Mas havia nele
certa confiança, pois depois de Daniel passar a noite inteira na cova dos leões
ele não somente abre a cova para verificar, ele chama por Daniel. E tem mais,
caso Daniel estivesse vivo, o rei não estava atribuindo isso a Daniel:
20
Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel com voz triste; disse o rei a
Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia
o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te
dos leões?
O Deus de Daniel não era
um Deus que não podia ver, que não podia ouvir, que não podia falar e que nem
podia agir. O Deus de Daniel era o Deus Vivo! E porque o seu Deus era vivo,
Daniel sobreviveu à cova dos leões. O que aqueles homens perversos não contavam
era com a intervenção de Deus, com o livramento do Senhor. E Daniel faz questão
de ressaltar que era inocente diante de Deus e do rei:
22 O
meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem
dano, porque foi achada em mim inocência
diante dele; também contra ti, ó rei, não cometi delito algum.
Daniel não podia
administrar a orquestração dos seus inimigos. Daniel não podia fazer o rei
retroceder. Daniel não podia recusar ir para a cova dos leões. Daniel não podia
tapar a boca dos leões. Mas Daniel podia fazer uma coisa: Ele podia manter-se
íntegro e foi isso que ele fez. Daniel creu em Deus e Deus mandou um anjo e
fechou a boca dos leões. Daniel honrou a Deus e o Senhor defendeu a sua
reputação.
Você não pode evitar que
os homens tramem contra você, mas você pode orar, você pode crer em Deus, você
pode permanecer íntegro e Deus pode frustrar os propósitos dos ímpios. Cabe a
nós manter-nos fiéis. Cabe a nós velarmos pelo nosso testemunho. Cabe a nós
honrar a Deus com a nossa vida. E cabe somente ao Senhor nos livrar das garras
do inimigo. E quando cuidamos da nossa integridade Deus nos exalta. Daniel
prosperou não somente no reinado de Nabucodonosor, porque Babilônia caiu, mas
Daniel continuou prosperando no reinado de Dario e ainda prosperou no reinado
de Ciro.
B)
O Mal que os Inimigos Intentaram Contra Daniel Caiu Sobre Eles Mesmos
24
Ordenou o rei, e foram trazidos
aqueles homens que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na cova dos leões,
eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da
cova, e já os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.
Aqueles homens estavam
seguros da vitória. Nem ficaram ansiosos como Dario e nem foram cedo para
conferirem se Daniel estava realmente morto, mas imagino o calafrio que
sentiram ao saberem que Daniel saiu daquela cova ileso, pois eles sabiam que
haviam traído a confiança do rei, sabiam que tinham brincado com fogo e quem
brinca com fogo se queima. O mal que os inimigos intentaram contra Daniel caiu
sobre a cabeça deles e de toda a sua família, tamanha que era a indignação do
rei.
A Bíblia diz que nada
permanece oculto, que aquilo que é feito às ocultas será proclamado nos
eirados. Tramaram contra Daniel na surdina, na calada da noite, e de repente, o
mal que intentaram contra Daniel vem à tona, vem à luz e o desespero toma conta.
Eles não conseguiram destruir Daniel, mas eles foram destruídos pela própria
maquinação que intentaram contra o servo de Deus. Deus é justo! Ele sabe
vingar. Às vezes, nós entramos em guerra, em batalha, achando que nos cabe a
defesa da nossa própria honra e deixamos de confiar no reto Juiz. Mas assim nos
diz o Senhor:
30 Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei
(Hb 10.30) ...
Deus sabe retribuir
direito, nós não sabemos e nem podemos realizar a vingança. Daniel saiu da cova
dos leões ileso. O mal que os seus inimigos intentaram contra ele caiu sobre a
cabeça deles mesmos. Daniel foi exaltado e honrado, enquanto seus inimigos
foram desmascarados e destruídos.
C
– Quando Permanecemos na Integridade o Nome de Deus é Exaltado
25
Então, o rei Dario escreveu aos povos, nações e homens de todas as
línguas que habitam em toda a terra: Paz vos seja multiplicada!
26
Faço um decreto pelo qual, em
todo o domínio do meu reino, os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel,
porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre; o seu reino não será
destruído, e o seu domínio não terá fim.
27 Ele livra, e salva, e faz sinais e
maravilhas no céu e na terra; foi ele quem livrou a Daniel do poder dos
leões.
28
Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o
persa.
O nome de Deus é que foi
exaltado. Não é o nome de Daniel que é exaltado, mas o nome do Deus de Daniel
que é exaltado. Veja que no decreto de Dario ele não coloca os verbos no
passado, mas no presente do indicativo: Ele livra, Ele salva e Ele faz. O nome
de Deus foi honrado por que Deus encontrou na terra um homem integro que
honrava a Ele.
Nunca nos esqueçamos de
que o fim último da nossa vida é glorificarmos a Deus. Devemos viver de tal
maneira que os homens vejam as nossas boas obras e glorifiquem ao nosso Pai que
está nos céus, porque a missão sua e minha aqui é glorificarmos a Deus. O
projeto de Deus na sua vida e na minha vida é glorificar a Deus. E nós não
podemos glorificar a Deus de maneira prática a não ser que sejamos homens e
mulheres íntegros. Você tem sido uma pessoa íntegra? Você é uma pessoa
confiável? Quando você empenha a sua palavra você a cumpre? Você é íntegro
quando ninguém está olhando para você? Quando ninguém está vigiando,
policiando, cobrando você? Você é íntegro quando as pessoas perseguem você?
Acusam você falsamente? Você é íntegro em todas as áreas da sua vida?
Conclusão
O moço Daniel foi íntegro
na adversidade, quando foi levado escravo e firmemente resolve no seu coração
não se contaminar, Daniel vai adiante e nos prova que um homem pode ser íntegro
quando também está no topo da pirâmide, no mais alto grau da popularidade, da
fama, do sucesso e da riqueza, pois ele foi íntegro quando estava no governo.
Daniel foi assistente
direto de Nabucodonosor. Daniel continuou no cargo no governo de Belsazar. A
Babilônia caiu e Daniel continuou exercendo posição de destaque no governo de
Dario. E diz a Bíblia que Daniel continua exercendo grande influência no
governo de Ciro, o persa. Ele não se corrompeu quando jovem, ele não se
corrompeu quando velho, ele não se corrompeu quando era pobre, ele não se
corrompeu quando era rico.
Não é o lugar onde ele
está que corrompe o homem. Ele pode ser íntegro mesmo cercado por corrupção.
Ele não depende das circunstâncias que o rodeia. Um aluno pode ser íntegro na
sua sala de aula mesmo que todos os colegas estejam colando. Um funcionário, em
uma repartição pública, pode ser íntegro ainda que ele veja que todo mundo está
fazendo corpo mole. O que a Palavra de Deus nos ensina é que a questão da
integridade não depende de situação ambiental ou circunstancial, mas sim da
disposição do coração.
Muitos fraquejam quando
passam pelo teste da adversidade. Daniel foi íntegro quando chegou à Babilônia
como escravo. Agora ele passa pelo teste da prosperidade e sua integridade é a
mesma. Ele não se deixa seduzir pela fama nem pela riqueza e nem pela adversidade.
Ele é um homem absolutamente confiável. Deus nos desafia a sermos íntegros como
Daniel. Que Deus assim nos abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia:
Bíblia
Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e
Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.
Rev. Hernandes Dias Lopes: Estudos sobre o livro de Daniel.
Wiersbe,
Warren W. A Crise de Integridade.
Editora Vida, 1989.