12 Ora, todos quantos
querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.
13 Mas os homens
perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.
14 Tu, porém,
permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o
aprendeste
15 e que, desde a
infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação
pela fé em Cristo Jesus.
16 Toda a Escritura é
inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça,
17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra (2 Tm 3.12-17).
Introdução
Há uma corrente preterista da
interpretação de Apocalipse a qual diz que este livro foi escrito para a Igreja
primitiva em um tempo de perseguição e que o livro se refere àquele tempo de
perseguição durante o Império Romano. Portanto, este livro consumou seu
propósito a medida que encerrou sua mensagem para aquela Igreja mártir, não
tendo nenhuma pertinência ou mensagem para os dias de hoje. Não podemos
concordar com esta afirmação! Embora Apocalipse tenha sido escrito,
primariamente, à Igreja primitiva para atender a uma necessidade do momento,
jamais poderíamos dizer que a finalidade deste livro se restringiu a ela.
Já a corrente futurista
afirma que os três primeiros capítulos de Apocalipse foram escritos para a
Igreja da época, mas a partir do capítulo quatro este livro tem a ver somente
com eventos do fim, portanto, este livro teria pertinência apenas para a Igreja
do futuro.
Afirmar que Apocalipse teve
uma mensagem significativa apenas para a Igreja primitiva, e não tem para nós
hoje, mas somente para o tempo do fim, seria delimitar por demais a mensagem
deste glorioso livro da revelação divina.
O livro de Apocalipse foi um
livro real e pertinente para a Igreja primitiva, para os pais da Igreja, para
os reformadores e continua sendo um livro atual para a Igreja de hoje. Ele não
se limita apenas a uma pequena parcela da Igreja, mas ele cobre toda a história
da Igreja e aponta para o tempo do fim e a consumação de todas as coisas. Vamos
ver três razões que nos falam da atualidade deste livro:
1
– A atualidade de sua mensagem: Deus é Soberano e está no controle da História
da Humanidade
A mensagem de Apocalipse tem
tudo a ver com a atualidade. Qual é a sua mensagem? A Igreja estava sendo duramente
perseguida pelo Estado; muitos cristãos estavam sendo martirizados por causa de
sua fé; a intimidação do inimigo aos seguidores de Cristo era muito forte e
tentava, com ameaças, acovardar a Igreja para que se trancassem por dentro de
si mesma e assim parasse de se expandir. Neste ponto era importante Deus se
manifestar e mostrar que, apesar das perseguições, Ele estava no controle da
situação e mantinha todos os inimigos da Igreja sob seu controle, nas palmas de
suas poderosas mãos. Veja a mensagem que o Senhor Jesus passa às Igrejas:
5 e da parte de Jesus
Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito
dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu
sangue, nos libertou dos nossos pecados,
6 e nos constituiu
reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos
dos séculos. Amém!
7 Eis que vem com as
nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente.
Amém!
8 Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus,
aquele que é, que era e que há de vir, o
Todo-Poderoso (Ap 1.5-8).
Jesus se apresenta como
aquele que permaneceu fiel mesmo ante ao tribunal dos homens e não se acovardou
diante da cruz e, apesar de ter morrido, ressuscitou, estando não somente vivo,
mas sendo o Soberano dos reis da terra, ou seja, sobre todos aqueles que
governam sobre a terra, inclusive sobre aqueles que perseguiam e matavam os
cristãos. Jesus se apresenta como aquele que é poderoso desde o início e o será
até ao fim e um dia voltará, e quando este dia chegar todos se lamentarão,
desde aqueles que o crucificaram até àqueles que hoje ainda perseguem e matam
os cristãos. Jesus se apresenta como o Pastor que ama as suas ovelhas e não as
abandona a mercê dos lobos.
Esta não é uma mensagem
relevante também para nossos dias? Ainda hoje a Igreja continua sendo
perseguida e a intimidação do inimigo continua assombrando a vida daquele que
abraça a fé em Cristo em grande parte do globo terrestre. Mais do que nunca a
Igreja precisa estar ciente da Soberania de Deus, do controle de Deus sobre
seus inimigos, da necessidade de vencer estes inimigos pela fidelidade e ser
encorajada a permanecer fiel. Nunca devemos nos esquecer das palavras de Cristo
quando disse:
18 Se o
mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim
(Jo 15.18).
Enquanto estiver neste mundo
a Igreja do Senhor Jesus será odiada e o ensino de Jesus a respeito de
perseguição não deve ser esquecido. Ele nos advertiu quando disse:
10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da
justiça, porque deles é o reino dos céus.
11 Bem-aventurados
sois quando, por minha causa, vos
injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o
vosso galardão nos céus; pois assim
perseguiram aos profetas que viveram antes de vós (Mt 5.10-12).
A perseguição seria certa
para aquele que entrava no caminho de Deus, mas não deveria ser um mal que venha
a trazer medo e vergonha, mas sim regozijo pelo privilégio de sofrer por Cristo.
E Jesus continua sua apresentação à Igreja:
11 dizendo: O que vês
escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira,
Sardes, Filadélfia e Laodicéia.
12 Voltei-me para ver
quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro
13 e, no meio dos
candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro.
14 A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva
lã, como neve; os olhos, como chama de fogo;
15 os pés, semelhantes ao bronze polido, como
que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas.
16 Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca
saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na
sua força.
17 Quando o vi, caí a
seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas;
eu sou o primeiro e o último
18 e aquele que vive; estive morto, mas eis que
estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno
(Ap 1.11-18).
A forma como Jesus se
apresenta à Igreja nos traz segurança diante de Sua Soberania. Jesus não se
apresenta como aquele carpinteiro que tinha uma vida modesta na cidade de
Nazaré. Não se apresenta como aquele que chora diante da dor da morte. Não se
apresenta como aquele que teve sede e pediu água. Não se apresenta como aquele
que suava gotas de sangue no Monte das Oliveiras. Ele se apresenta como Rei
Soberano que reina e reinará para sempre.
Quando olhamos para o mundo
hoje o que vemos é que ele parece que está fora do controle de Deus. Qualquer
um que leia os jornais pode chegar a esta conclusão. Parece que o ônibus da
história mundial está descendo uma enorme ladeira sinuosa sem ninguém ao
volante. Quando lemos o livro de Apocalipse e entendemos a sua mensagem
percebemos que não é assim. Percebemos que há alguém no controle, que há um
plano vitorioso e as coisas estão caminhando para a consumação final deste
plano.
2
– A atualidade de seu propósito: Confortar a Igreja
O grande propósito de
Apocalipse é confortar a Igreja militante em seu conflito contra o mal para ela
entender que Seu Senhor reina sobre todos, que Ele está com o controle de todas
as coisas e que sua vida está segura nas poderosas mãos de Cristo.
Apocalipse nos diz que o
Senhor Jesus vê as lágrimas de sua Igreja e enxuga estas lágrimas. Diz também
que Deus ouve as orações da Igreja. Este consolo nos é oferecido em meio as
perseguições. Este consolo pode ser visto no exemplo de Paulo que, mesmo
enfrentando tremendas perseguições, encontrou forças para dizer:
8 por honra e por
desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros;
9 como desconhecidos
e, entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis
que vivemos; como castigados, porém não mortos;
10 entristecidos,
mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas
possuindo tudo (2 Co 6.8-10).
Apocalipse diz que aquele
que está em Cristo é vencedor mesmo quando este sofre um martírio. Diversas
vezes Jesus repetiu:
7 ... Ao
vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no
paraíso de Deus (Ap 2.7).
17 ... Ao
vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha
branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece,
exceto aquele que o recebe (Ap 2.17).
26 Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas
obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações,
27 e com cetro de
ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro;
28 assim como também eu recebi de meu Pai,
dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã (Ap 2.26-28).
12 Ao
vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá;
gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a
nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome
(Ap 3.12).
21 Ao
vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu
venci e me sentei com meu Pai no seu trono (Ap 3.21).
E quem é o vencedor? Aquele
que consegue enganar seus perseguidores, fugir de seus inimigos e permanecer
vivo até sua velhice seguindo a Cristo? Não. O vencedor é aquele que é fiel até
ao fim, mesmo diante da morte:
10 Não
temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em
prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de
dez dias. Sê fiel até à morte, e
dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10).
Porque nem a morte pode nos
separar de Deus.
38 Porque eu estou bem certo de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do
presente, nem do porvir, nem os poderes,
39 nem a altura, nem a profundidade, nem
qualquer outra criatura poderá
separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm
8.38-39).
Porque aquele que crê no
Senhor Jesus não morre, mas passa da morte para a vida:
24 Em verdade, em verdade vos
digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo,
mas passou da morte para a vida (Jo
5.24).
E para uma Igreja que estava
vendo seus fieis serem mortos, Deus diz:
13 Então, ouvi uma voz do céu,
dizendo: Escreve: Bem-aventurados os
mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que
descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham (Ap 14.13).
Diz a Bíblia que quando o
anticristo surgir ele vai prevalecer contra os santos. Como ele vai prevalecer?
Matando-os. O anticristo vai matar muitos cristãos. Mas os cristãos vão
vencê-lo pelo poder de Cristo. Sabe como? Sendo fiel até à morte, preferindo
morrer a negar seu Senhor. Pela palavra do testemunho eles serão vencedores. Assim
a Bíblia descreve os vencedores:
13 Um dos anciãos
tomou a palavra, dizendo: Estes, que se
vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?
14 Respondi-lhe: meu
Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São
estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as
alvejaram no sangue do Cordeiro,
15 razão por que se
acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e
aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo.
16 Jamais terão fome,
nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum,
17 pois o Cordeiro que se encontra no meio do
trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes
enxugará dos olhos toda lágrima (Ap 7.13-17).
É na grande tribulação que
surgirá o anticristo. Apocalipse ainda diz que o sangue dos mártires será
vingado:
9 Quando ele abriu o
quinto selo, vi, debaixo do altar, as
almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa
do testemunho que sustentavam.
10 Clamaram em grande
voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos
que habitam sobre a terra?
11 Então, a cada um deles foi dada uma vestidura
branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos
seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram
(Ap 6.9-11).
Quando olhamos para o futuro
que Apocalipse nos revela o que sentimos é o conforto de vermos a aplicação
justa do juízo de Deus aos inimigos da Igreja. O profeta Isaias já falava deste
juízo de Deus:
17 Terror, cova e laço vêm sobre ti, ó morador
da terra.
20 A terra cambaleará como um bêbado e
balanceará como rede de dormir; a sua
transgressão pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará.
21 Naquele dia, o SENHOR castigará, no céu, as
hostes celestes, e os reis da terra, na terra.
22 Serão ajuntados como presos
em masmorra, e encerrados num cárcere, e castigados depois de muitos dias (Is
24.17, 20-22).
Quando Deus derrama as sete
taças sobre a terra o que podemos ver é que nelas a ira de Deus é final. As
taças são a consumação da ira de Deus sobre os inimigos, os perseguidores e os
algozes da Igreja. A besta, o falso profeta, a grande meretriz e todos aqueles
que possuem a marca da besta serão sentenciados ao fogo eterno. Este é o
consolo que o livro de Apocalipse transmite para a Igreja.
3
– A atualidade de seu tema: A vitória de Jesus e de sua Igreja
Jesus está reinando hoje e
convém que Ele reine até que coloque todos os inimigos debaixo dos estrados de
seus pés. Que inimigos são estes? O diabo, o anticristo, o falso profeta, a
grande meretriz, aqueles que receberam a marca da besta, o inferno e a morte
que será o último inimigo a ser vencido. Quando todos estes inimigos estiverem
liquidados o Senhor Jesus entregará o reino ao Seu Deus e Pai para que Deus
seja tudo e em todos.
23 Cada um, porém, por sua própria ordem:
Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.
24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado,
bem como toda potestade e poder (1 Co 15.23,24).
O livro de Apocalipse foi
escrito no tempo em que a Igreja de Jesus Cristo era perseguida implacavelmente
pelo Império Romano e era alvo da tirania de seus imperadores. O grande tema deste
livro é a vitória de Jesus Cristo e de Sua Igreja contra todos os seus
inimigos. A mensagem deste tema é muito significante em Apocalipse. Nos
capítulos 12, 13 e 14 são introduzidos os grandes inimigos de Deus e da Igreja.
Quais são eles: o dragão (capítulo 12):
3 Viu-se, também, outro sinal no
céu, e eis um dragão, grande,
vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas (Ap
12.3).
A besta que surge do mar que
é o anticristo (capítulo 13):
1 Vi
emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os
chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia (Ap 13.1).
E a besta que surge da terra
que é o falso profeta (capítulo 13):
11 Vi
ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo
cordeiro, mas falava como dragão (Ap 13.11).
E também a grande meretriz
ou a grande babilônia (capítulo 17):
3 Transportou-me o
anjo, em espírito, a um deserto e vi uma
mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia,
com sete cabeças e dez chifres.
4 Achava-se a mulher
vestida de púrpura e de escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de
pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e com as
imundícias da sua prostituição.
5 Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um
mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA
(Ap 17.3-5).
A grande babilônia é a
religião apóstata, mas é também, segundo o capítulo 18, o sistema político e
econômico, corrompido, maligno, opressor, que se mancomunou com as forças do
mal para oprimir a Igreja:
3 pois todas as nações têm
bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da
terra se enriqueceram à custa da sua luxúria (Ap 18.3).
Estes quatro inimigos são
apresentados nestes três capítulos. Já nos capítulos 17, 18, 19 e 20, vamos ver
a queda destes inimigos, mas em ordem inversa aos de seu surgimento. Nos
capítulos 17 e 18 encontramos a queda da grande babilônia. A grande babilônia
tem uma importância escatológica tal que dois longos capítulos de Apocalipse
são dedicados a sua queda. No capítulo 17 é a queda da babilônia religiosa, a
grande meretriz, ataviada com suas roupas claras, com as suas joias requintadas
que embriagou os homens com a sua prostituição e com a sua sedução e que se
embebedou com o sangue dos cristãos, provocando grande morticínio na história:
1 Veio um dos sete anjos que têm
as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem,
mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre
muitas águas (Ap 17.1).
No capítulo 18 a queda já
não é da babilônia religiosa, mas é a babilônia política e econômica, sistema
de governo opressor, maligno que se mancomuna com todas as forças do mal para
oprimir a Igreja:
2 Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se
tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e
esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável (Ap 18.2)
Já no capítulo 19 podemos
ver que o Senhor Jesus vai lançar no lago de fogo a besta e o falso profeta:
20 Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os
sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta e
eram os adoradores da sua imagem. Os
dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre (Ap
19.20).
E no capítulo 20 vamos encontrar a prisão do
grande dragão que será lançado também no lago de fogo:
10 O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e
enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e
serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos (Ap 20.10).
Quem mais é lançado lá além
da meretriz, do falso profeta, do anticristo e do dragão? Aqueles cujos nomes
não foram encontrados no livro da vida.
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi
lançado para dentro do lago de fogo (Ap 20.15).
Primeiro Coríntios diz que o
último inimigo a ser vencido é a morte.
26 O último inimigo a ser destruído
é a morte (1 Co 15.26).
E no capítulo 20 o Senhor
lançou também a morte no lago de fogo:
14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo.
Esta é a segunda morte, o lago de fogo (Ap 20.14).
A morte e o inferno foram
igualmente lançados no lago de fogo, inimigos estes que estavam sob o domínio
de Cristo:
18 e aquele que vive; estive
morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno (Ap 1.18).
Desta forma Deus fecha a
cortina, não tem mais inimigo nenhum porque todos estão derrotados.
Estes são os mesmos inimigos
que ainda hoje assola a Igreja. Eles ainda não foram derrotados pelo Cordeiro
de Deus que se encontra assentado no Trono. As forças do mal através da força
política tem martirizado a Igreja, mas a Igreja de Cristo, ainda que
martirizada, será vencedora, porque todos os inimigos que se aliam contra a
Igreja do Senhor Jesus vão cair um por um. O dragão vai cair. A besta vai cair.
O anticristo vai cair. O falso profeta vai cair. A grande meretriz vai cair.
Aqueles que possuem a marca da besta vão cair. A morte vai cair. Todos serão
derrotados pelo Cordeiro que se assenta no Trono.
Conclusão
Apocalipse fala da Soberania
de Cristo, de como a Igreja está em suas mãos, como Ele tem todas as coisas sob
seu controle e como a Igreja caminha para sua vitória final. Apocalipse
encoraja a Igreja a prosseguir fiel em tempos difíceis.
A mensagem de Apocalipse é
atual, o estudo deste livro nos encoraja a continuar lutando porque a vitória
final é da Igreja do Senhor Jesus. O reino será do Senhor Jesus quando Ele
voltar. De que lado você está nesta peleja, do lado de Cristo e da sua Igreja
ou do lado do dragão e de seus agentes. Não tem meio termo. Não tem como ficar
em cima do muro. Ou você está de um lado ou de outro.
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia principal: Rev. Hernandes Dias Lopes
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