6 Porque para todo propósito há tempo e modo;
porquanto é grande o mal que pesa sobre o homem.
7 Porque este não sabe o que há de suceder; e,
como há de ser, ninguém há que lho declare.
8 Não há nenhum homem que tenha
domínio sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da
morte; nem há tréguas nesta peleja; nem tampouco a perversidade livrará aquele
que a ela se entrega (Ec 8.6-8).
Introdução
A morte não fazia parte do
plano de Deus para a vida do homem quando o criou e o colocou no Jardim do
Éden. Era para o homem cuidar do Jardim, multiplicar-se e expandir-se por toda
a Terra onde viveria eternamente, sem passar pela morte. Mas havia uma regra,
uma árvore, e apenas uma árvore entre todas as demais que havia naquele Jardim,
cujo fruto o homem recebeu a ordem de não comer, porque, no dia em que ele
comesse tal fruto, certamente ele morreria .
16 E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda
árvore do jardim comerás livremente,
17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque,
no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2.16,17).
O homem não atendeu a ordem
de Deus por muito tempo, pois um dia ele comeu do fruto e, conforme lhe fora
anunciado, a morte passou a fazer parte de sua existência, mas enquanto ele
permaneceu obediente e não comeu do fruto não conheceu a morte.
Há pelo menos três coisas
que torna a morte sombria: a separação que ela provoca, o desconhecimento do momento de sua chegada e a falta de domínio do homem sobre ela. Estas três coisas assombram o homem e o deixa completamente impotente
diante da morte.
A separação da morte é
cruel! Depois dela não há mais noticias, não há telefone, não há email, não há
cartas, nenhuma correspondência entre aquele que se foi com aqueles que ficaram. É uma separação completa e permanente, pelo menos enquanto ainda
estivermos por aqui, porque qualquer possibilidade de reencontro somente do
outro lado da vida.
Há um total desconhecimento
sobre o dia da morte, ninguém pode conseguir uma previsão de quando chegará
este dia em sua vida, nem mesmo o doente terminal, que fica sabendo que ela
está próxima, mas não sabe o seu dia exato. Somente a sabedoria de Deus para deixar algo tão benéfico ao homem: a
ocultação de seu conhecimento do dia de sua morte. A morte está totalmente fora
do controle do homem. Nosso texto acima diz que não há nenhum homem que tenha o
poder sobre o dia de sua morte:
8 Não há nenhum homem que tenha
domínio sobre o vento para o reter; nem
tampouco tem ele poder sobre o dia da morte...
O Senhor Jesus, falando sobre a vida, indagou
àqueles que lhe escutava:
27 Qual de vós, por ansioso que
esteja, pode acrescentar um côvado ao
curso da sua vida (MT 6.27)?
Não se sabe a hora da morte!
E neste mistério, diz nosso texto acima, não há trégua! Não há brecha! Não há
concessões! Não há exceção, pois todos nós estamos em pé de igualdade neste
mistério! Então, se esta hora está oculta ao homem, não há tempo de dizer adeus! Não há tempo para se despedir! Os filhos não se despedem dos pais, os pais não se despedem dos filhos,
maridos não se despedem das esposas, esposas não se despedem dos maridos,
irmãos não se despedem, amigos não se despedem. Porque não
há tempo para despedidas! Não há tempo para se por as coisas em ordem! A morte está oculta ao nosso conhecimento. Se não
há tempo de dizer adeus, descrevo três lições para nós sobre isso:
1
– SE NÃO HÁ TEMPO DE DIZER ADEUS, VIVA SEMPRE COMO SE FOSSE O ÚLTIMO DIA, A
ÚLTIMA VEZ
Quantos que se foram e não
houve tempo nem mesmo de dizer um tchau. Davi e Jônatas eram amigos de peito.
Um dia o Rei Saul saiu com seu filho Jônatas e seu exército para uma batalha.
Era apenas mais uma batalha como tantas outras que já haviam ocorrido, mas nem
Saul e nem Jônatas voltaram daquela batalha e os dois amigos não puderam se despedir,
porque nenhum deles poderiam saber que aquela seria a última batalha de Jônatas.
Ainda esta semana vendo as
notícias, um homem que morava em Vilhena e que estava viajando, ao chegar em
Pimenta Bueno, cidade a 180 km de Vilhena, liga para a esposa e diz: prepara a janta que estou chegando, chego
ainda para o jantar. Pouco depois um acidente de trânsito e ele não chega e
nem ao menos naquele telefonema ele pode dizer adeus a sua esposa, porque não sabia
que aquela era a última vez que falava com ela.
Outro dia, vendo o
noticiário, outro acidente de trânsito. Vi um pai que chega para reconhecer seu
filho morto, e ele diz uma frase que nunca vou esquecer: os filhos são como água, a gente aperta com as mãos, mas eles escapam
pelos vãos dos dedos. Aquele filho saiu de casa para voltar logo depois e
nem ao menos houve tempo para se despedir de seus pais, porque ele não sabia
que aquela seria a sua última volta de moto.
O dia 11 de setembro de 2001
parecia ser um dia como qualquer outro e as pessoas que trabalhavam nas torres
do World Trade Center em Nova York saíram de suas casas com a intenção de logo
voltarem para suas famílias, mas esta volta não ocorreu para muitos deles e não houve nem sequer um aviso, um recado para poderem se despedir de seus familiares,
isso porque não sabiam que aquele dia seria o último dia de trabalho em suas
vidas. Não houve tempo de dizer adeus! Não houve tempo para despedidas!
A lição que devemos tirar
desta situação é que, se não há tempo de dizer adeus devemos viver com nossos
queridos como se fosse a última vez que estivéssemos com eles, para que depois
não fique a triste sensação da falta de despedida. Isso implica em viver em paz
todo o tempo, em amar todo o tempo, em perdoar todo o tempo, em ser gentil,
amável, cortês em todo o tempo porque não se sabe quando haverá a interrupção
deste tempo.
Viver como se fosse a última
vez implica também em, ao se separar, indo cada um para suas atividades
diárias, fazer isso ao menos com um tchau, um até logo, um sorriso, um abraço,
um beijinho, e não com palavras rudes, e nem com pensamentos maus como por exemplo: até que enfim este traste foi trabalhar! Até
que enfim ele ou ela saiu de minha presença! É viver cada dia como se
fosse o último dia em que estivessem juntos, para que depois sobre apenas as
doces recordações dos momentos felizes que se passaram juntos. Sem remorso, sem
arrependimento, sem lamentação, apenas lembranças e doces lembranças! Agindo assim, podem não
ter a oportunidade de se despedirem, mas aproveitaram ao máximo cada dia que
estiveram juntos. Menestrel, de Willian Shakespeare, diz:
Descobre que as pessoas com quem você mais
se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos
deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que
as vejamos.
2
– SE NÃO HÁ TEMPO DE DIZER ADEUS, NUNCA DEIXE PARA TRÁS NENHUMA PENDÊNCIA
Há algum tempo atrás faleceu
em um acidente de trânsito um irmão muito querido na Igreja. Logo que soube de
sua morte, ao chegar perto da esposa para prestar as condolências, pude ouvi-la
dizer: temos tantas oportunidades para
fazer as coisas de uma forma melhor e de repente elas se acabam. Parece que
aquela mulher havia deixado para trás alguma pendência. Talvez, agora, ela
quisesse ser uma esposa mais presente, mais compreensiva, expressar aquele
carinho que, talvez, a muito não demonstrava, mas não havia mais tempo, a
oportunidade tinha passado. Não houve tempo para despedidas!
O rei Saul e Davi estavam
separados pela inimizade. Saul saiu para uma batalha em que achou que logo
voltaria vitorioso como tantas outras anteriores, mas não fora assim, porque
naquela batalha ele foi morto e não teve a oportunidade de se reconciliar com
Davi. Ficou para trás pendências que agora não tinham como serem sanadas.
Assim como o homem não fora
criado para morrer, da mesma forma ele não fora criado para a inimizade. Ele
fora criado para cuidar da criação de Deus e relacionar-se com ela em harmonia.
A inimizade é obra da carne causada pela ira, pelo ódio, pela inveja, pelo
ciúmes e suas consequências são choro, sofrimento, angústias. A inimizade é a principal causadora de contendas e aqueles que dão lugar
a ela certamente deixará para trás rixas não resolvidas.
Ninguém se casa para se
viver na inimizade, na intriga, mas casa-se para se relacionarem em amor e
harmonia, ambos se dando à felicidade. Também não se cria filhos para
entrega-los à rebeldia e viver-se em pé de guerra, mas cria-se filhos para dar
a eles atenção, amor e cuidados especiais. É viver em um lar com harmonia, com felicidade, com satisfação, para
que, ao chegar sem nenhum aviso a triste separação pela morte, não fique para
trás nenhuma pendência.
As inimizades são resultados
das obras da carne e estas obras fazem parte da natureza humana decaída e elas
são as responsáveis pelas discórdias entre marido e mulher, filhos e pais de
tal forma que alcançam todos os nossos círculos de amizade. Tão logo Adão e Eva
pecaram um acusava o outro. Isso não acontecia antes! Tão logo nasceram os
primeiros filhos um matou o outro e tão logo os homens se multiplicaram surgiram as
guerras e as discórdias e Deus destruiu tudo com o dilúvio, mas não resolveu o
problema porque não tirou o pecado do homem, não houve remissão de pecado. No
céu não haverá possibilidade do homem pecar porque o pecado será retirado dele,
porque houve remissão pelo sangue de Jesus.
As intrigas acontecem quando
damos lugar às obras da carne e não permitimos que o Espírito Santo domine
nossos sentimentos através de seus preciosos frutos que são: amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Já imaginou marido e esposa,
se em um daqueles dias em que estão brigados e vão para suas atividades sem se
despedirem, a morte alcança um de vocês e de repente são separados para sempre
nesta situação? Ter que conviver, talvez, não com um sentimento de culpa, mas
com a sensação de que faltou algo, de que alguma coisa ficou para trás e não
pode mais ser recuperada!?
Já imaginou pai e filho, se
em um daqueles dias em que estão vivendo em pé de guerra um contra o outro, de
repente Deus chama um de vocês, sem haver tempo para despedidas e sem haver
oportunidade para qualquer reconciliação, para um pedido de perdão? Com certeza
não será fácil de conviver com o sentimento de que algo mais poderia ter sido
feito para que tudo pudesse ter sido diferente.
Uma estrela pode estar morta,
mas ela ainda pode brilhar no fundo de nossa noite. Assim são as doces
recordações de alguém que se foi quando se viveu uma vida que vale a pena
viver, uma vida de amor e de ternura, em que houve momentos perfeitos que
passaram, mas não se perderam. Melhor viver com saudades do que viver com remorsos! Escolha com qual você viverá!
3
– PARA AQUELES QUE CREEM EM CRISTO NUNCA HAVERÁ ADEUS
Para aqueles que creem em Cristo não importa se não houve tempo para
despedidas, porque para o cristão não existe o adeus, mas apenas o até logo,
porque para o cristão a morte não é
o fim da linha, mas o raiar de uma grandiosa eternidade. A morte não tem a
última palavra porque esperamos o glorioso corpo da ressurreição. Apenas
mudamos de endereço!
Phillip Keller, no livro
“Nada me faltará” descreve a luta durante a enfermidade de sua esposa. Apesar
do tanto que ele queria ver sua esposa curada, ela não o foi. Um dia, ele
percebeu que aquele era o último dia e puderam dizer até logo um para o outro. Não
era um adeus! Logo se encontrariam de novo em uma nova realidade! Ela apenas
estava indo primeiro! Ele conta do sofrimento de perder sua amada esposa, mas
no final do livro ele comenta:
E agora, ao fazer um retrospecto, entendo
tudo isso e percebo que para aquele que verdadeiramente se acha aos cuidados de
Cristo não surgirão dificuldades, nem problemas, nem desastre aparente sem que
eventualmente um benefício lhe venha desse caos. Isto é ver a bondade e a
misericórdia do Senhor em minha vida. Isso se tornou o grande fundamento da
minha fé e confiança nEle.
Quem não crê em Cristo tem
muito medo de morrer. Voltaire, filósofo francês, ateu, zombador do
cristianismo, dizia que iria destruir o cristianismo na Europa. Este homem
morre desesperado como um louco e a enfermeira que cuidou dele na morte disse
que, ainda que dessem para ela todo o ouro da Europa para ficar com um homem em
tal sofrimento na hora da morte ela não aceitaria. Quem não tem esperança em Cristo se
desespera!
Um dia um pastor visita um
crente piedoso que estava em seu leito de morte e pergunta para ele: Como o
irmão vai?
Ele responde: Vai muito bem! A casa que eu moro é que está entrando
em colapso, mas estou de malas prontas para mudar para uma mansão.
Ele sabia
que seu corpo era apenas uma casa provisória, um casebre, pois sua verdadeira
mansão será o corpo celestial que haverá de receber na ressurreição.
O céu não é aqui. O Paraíso
não é aqui. O lugar de descanso não é aqui. O lugar de glória não é aqui. Aqui
nós choramos, aqui nós sangramos os pés pelos desertos causticantes da vida,
aqui nós somos surrados pela fraqueza, aqui sentimos angústias por causa das
inimizades, das intrigas, das brigas, aqui sentimos dor, aqui sentimos
saudades, aqui temos despedidas, aqui vemos filhos matando pais, maridos
matando esposas, aqui temos sofrimentos dos mais variados e dos mais profundos.
Dwight Lyman Moody na hora
de sua partida pode dizer: afasta-se a terra, aproxima-se o céu eu estou
entrando na glória, lugar em que não mais conheceria a dor, a doença ou
qualquer outra maldição. Há um hino maravilhoso que
diz:
No céu há muita, muita coisa que eu anseio
ver,
Suas mil belezas, glórias e esplendor;
Mas antes de fruir de tais delícias o
prazer,
Primeiro quero ver meu Salvador.
Primeiro
quero ver meu Salvador, Sim, antes dos queridos ao redor;
E
então por longos dias, Que doces alegrias! Mas quero ver primeiro o Salvador.
As ruas de ouro eu quero ver, e o brilho dos
portais,
Eu quero ver os paços celestiais;
A árvore da vida e o lindo rio do Senhor,
Mas quero ver primeiro o Salvador.
Eu quero ver mamãe e estar com ela no
jardim,
Lembrar dos dias idos, com amor;
Queridos quero ver, os quais partiram antes,
sim,
Mas quero ver primeiro
o Salvador.
O céu será um lugar de
surpresas! Vamos ver lá a muitos que nunca imaginávamos ver ali e não vamos encontrar
lá a muitos que tínhamos certeza de que ali estariam. A Bíblia apresenta o céu como um
lugar em que Deus enxugará dos nossos olhos toda lágrima, um lugar em que não
existirá a morte, em que não haverá luto, nem pranto e nem dor:
4 E lhes enxugará dos olhos toda
lágrima, e a morte já não existirá,
já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram (Ap
21.4).
Pensando assim, não consigo imaginar alguém se lamentando lá no céu por não
encontrar ali o pai, a mãe, a esposa, o marido, um filho, um tio, uma prima e
etc. Isso está fora do nosso entendimento, mas não haverá lá no céu tal
lamentação porque lá no céu estaremos na presença do Senhor nosso Deus, que nos
criou, e de seu Filho Jesus Cristo e em Sua presença nos completamos de tal
forma que nada nos faltará, nem pai, nem mãe, nem marido, nem esposa, nem
filhos. A mesma coisa não se pode
dizer do inferno, porque na parábola do rico e Lázaro, quando morre o rico e vai
para o inferno (não porque simplesmente ele era rico), a Bíblia descreve o seu
tormento:
24 Então, clamando, disse: Pai
Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo
e me refresque a língua, porque estou
atormentado nesta chama (Lc 16.24).
E lá no inferno vemos a preocupação do homem rico para com seus familiares:
27 Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
28 porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento.
29 Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.
30 Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.
31 Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos (Lc 16.27-31).
Enquanto o céu é apresentado
como um lugar maravilhoso:
1 Então, me mostrou o rio da água da vida,
brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro.
2 No meio da sua praça, de uma e outra margem
do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês
em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos.
3 Nunca
mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro.
Os seus servos o servirão,
4 contemplarão a sua face, e na sua fronte está
o nome dele.
5 Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do
sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos
séculos (Ap 22.1-5).
Que diferença! Fato é que a Bíblia diz que,
lá no céu, vamos nos esquecer das coisas tristes que vivemos aqui:
17 Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas,
jamais haverá memória delas.
18 Mas vós folgareis e
exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém
alegria e para o seu povo, regozijo (Is 65.17,18).
As vezes apresentamos o
Evangelho para alguém, um evangelho sem idolatria, o verdadeiro Evangelho que salva e vemos as
pessoas dizerem não ao Evangelho e permanecerem nos seus erros e em suas idolatrias, e ainda
recebemos a resposta de que desde seus tataravôs
pertencem a determinada religião e por isso morrerão nela. Se determinada religião não professa uma fé
genuína em Jesus Cristo, fundamentada unicamente nas Escrituras Sagradas, os que afirmam isso é o mesmo que
dizer: Meus familiares estão todos no inferno e é para lá que eu também vou.
Não estou colocando ninguém no
inferno porque não podemos afirmar quem foi ou quem não foi para lá, porque alguém pode professar uma religião sem Cristo a vida toda, mas
pode ter tido a oportunidade de se converter a Cristo nos momentos finais de
sua vida e ser salvo, e ir para o céu, não porque pertencia a determinada
religião, mas porque se converteu a Cristo antes de partir. É o caso do ladrão na cruz.
Veja como aconteceu:
40 Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o,
dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?
41 Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos
o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.
42 E
acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.
43 Jesus lhe respondeu: Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.40-43).
Qual religião este ladrão
professava? Não importa! Ele não foi salvo por causa de sua religião, ele foi
salvo porque nos instantes finais de sua vida teve a oportunidade de se
converter a Cristo. A mesma oportunidade teve o ladrão que estava do outro lado
de Cristo, mas a sua atitude era outra:
39 Um dos malfeitores
crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti
mesmo e a nós também (Lc 23.39).
O seu destino foi
completamente diferente do outro ladrão porque não aproveitou a última
oportunidade da sua vida. Veja como a sua atitude pode ser determinante no seu
destino. Dois ladrões, mesmo lugar, mesma situação, mesma oportunidade para
ambos, entretanto, cada um tomou uma atitude diferente do outro e,
consequentemente, tiveram destinos opostos também. Da mesma forma, quantas
pessoas teve a oportunidade de se encontrar com Cristo nos instantes finais de
sua vida, se arrepender de seus pecados e ser salvo. Basta alguns momentos,
basta aproveitar a oportunidade.
Por isso que não
podemos por ninguém no céu ou no inferno, porque não sabemos o que aconteceu,
mesmo que alguém esteja em coma ou inconsciente, não sabemos o que aconteceu
nos instantes finais de sua vida; e enquanto há vida há esperança. Porém, uma
coisa posso lhe garantir, se caso algum parente seu foi para o inferno, nesta hora ele
está como aquele homem rico, implorando para que alguém lhe avise para que não vá para lá também. Entretanto, isso não será possível, porque a morte significa para nós
uma separação total, sem possibilidade de qualquer retorno, e cada um de nós
terá que seguir o seu próprio caminho, encontrar o caminho ao céu através da
experiência pessoal com Cristo. Nesta hora somos individuais, não há pai, não há mãe, não há filho, não há
filha, não há irmão, não há irmã, não há marido, não há esposa, apenas você e Deus,
apenas você e Jesus Cristo. E isso tem que acontecer enquanto há folego de vida, enquanto ainda estamos vivos, porque depois que este momento passa não tem mais jeito, não há mais esperança!
Não sei quantos verões você
passou com seus queridos, e nem sei quantos ainda passará, não fique a pensar
se haverá outros verões, apenas recebe-os quando chegarem como as cigarras, com
flores e cantos, e aproveita a cada verão, porque quando o inverno chegar não
haverá flores e nem haverá cantos. Viva hoje como se fosse o último verão! Não deixe
para trás nenhuma pendência! Nada para ser resolvido!
CONCLUSÃO
Não há tempo de dizer adeus!
Não há tempo para despedidas! Não há tempo para por as coisas em ordem! No
decurso da vida, em algum ponto obscuro, a morte nos separa de pessoas queridas
sem qualquer aviso. Isso vem de Deus, e como Ele é um ser perfeito suas
decisões e ações também são perfeitas. Já imaginou se você nascesse já sabendo
o dia em que iria morrer? Já imaginou casar-se com alguém já sabendo o dia em
que seriam separados? Já imaginou ter um filho e já saber o dia em que iria
perdê-lo? Com certeza não viveríamos felizes e a cada dia iríamos nos
entristecer mais ao ver a proximidade daquele dia. Também, como somos acostumados a deixar as coisas para a última hora,
com certeza deixaríamos para nos resolver com Deus nos instantes finais da
vida, e perderíamos a bênção de viver grande parte da vida em uma feliz comunhão
com Deus, a bênção de viver uma vida com Cristo.
A melhor opção é
viver a cada dia como se fosse o último sem deixar para trás nenhuma pendência
a ser resolvida, e melhor ainda é crer em Jesus Cristo e andar em seus caminhos, tendo uma carreira cristã vislumbrante, porque sendo assim não precisamos de adeus, não teremos adeus,
mas somente um até logo, pois logo nos encontraremos ao adentrarmos nos portais
da eternidade. Que Deus te abençoe e console o seu coração na esperança bendita da
eternidade com Jesus Cristo. Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia:
Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e
Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.
Mto boa a página Luizinho ! Não deixe de postar os sermões na íntegra por aqui ! Aproveito o ensejo para passar o endereço da minha página:
ResponderExcluirwww.criminalistanato.blogspot.com.br
Lá eu faço algumas reflexões diárias, mas nada além disso, haja vista que o foco é outro (direito criminal)
Abraço !
Valeu Júlio! Boa sorte na prova do concurso!
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