7 Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve:
Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que
abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá:
8 Conheço as tuas obras—eis que tenho posto
diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar—que tens pouca força,
entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
9 Eis farei que alguns dos que são da sinagoga
de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem,
eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei.
10 Porque guardaste a palavra da minha
perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o
mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.
11 Venho sem demora. Conserva o que tens, para
que ninguém tome a tua coroa.
12 Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do
meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte
do meu Deus, e o meu novo nome.
13 Quem tem ouvidos, ouça o que
o Espírito diz às igrejas ( Ap 3.7-13).
A
cidade de Filadélfia: As únicas referências bíblicas a Filadélfia
se encontram em Apocalipse. A cidade de Filadélfia gozava de uma localização
estratégica de acesso entre os países antigos de Frígia, Lídia e Mísia. Foi
fundada pelo rei de Pérgamo, Atalo, cerca de 140 a.C. Ele foi conhecido
por sua lealdade ao seu irmão, assim dando origem ao nome da cidade (Filadélfia
significa amor fraternal). A região produzia uvas e o povo honrava Dionísio, o
deus grego do vinho. A cidade servia como base para a divulgação do helenismo
às regiões de Lídia e Frígia. Filadélfia foi destruída por um terremoto em 17
d.C. e reconstruída pelo imperador Tibério. Em alguns momentos de sua história,
a cidade recebeu nomes mostrando uma relação especial ao governo romano. Depois
de ser reconstruída, foi chamada brevemente de Neocesaréia. Durante o reinado
de Vespasiano, foi também chamada de Flávia (nome da mulher dele). Atualmente,
a cidade de Alasehir fica no mesmo lugar, construída sobre as ruínas de
Filadélfia.
Introdução
Entre as sete cartas às Igrejas
no Apocalipse, encontramos duas que não contêm nenhuma crítica à Igreja: A
carta à Igreja em Esmirna, uma congregação pobre que enfrentava perseguição, e
a carta à Igreja em Filadélfia, uma congregação fraca e limitada que dependia
de Deus. O que podemos aprender com isso é que os homens tendem a medir força e
qualidade em termos de tamanho, poder e riqueza, mas Jesus vê as Igrejas de
forma diferente, Ele olha para o caráter e o coração de cada discípulo em cada Igreja.
Vamos ao estudo da carta.
1
– A Apresentação de Jesus à Igreja de Filadélfia
7 Ao anjo da igreja em
Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a
chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá
A Igreja de Filadélfia era
uma igreja considerada fraca, sem forças e enfrentava muitas perseguições. Como
é que Jesus se apresenta para uma igreja que era fraca do ponto de vista humano
e perseguida por Roma e pelos judeus?
A
– Jesus se apresenta como Santo
7 Ao anjo da igreja em
Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo ...
Cada apresentação de Jesus
tem a ver com as dificuldades enfrentada pela Igreja. O que estava acontecendo
em Filadélfia? Os judeus eram um dos perseguidores da Igreja. Eles diziam aos
crentes que eles não eram salvos porque não estavam debaixo da Lei. Jesus,
então, não se apresenta somente como Deus, mas destaca uma de suas
características divina, dizendo que Ele é absolutamente separado, que possui
santidade absoluta em contraste àqueles que mentiam em nome de Deus.
A santidade é uma das
qualidades principais de Deus. Ninguém é igual ao Santo Deus. Ele não pode ser
comparado a ninguém. Jesus não pode ser comparado aos judeus que perseguiam a Igreja
e foram por Ele chamados de sinagoga de satanás. Com isso Jesus se apresenta
como a única resposta para a Igreja. A resposta para a Igreja não é a Lei, não
é Roma, mas a resposta para a Igreja é unicamente Jesus Cristo, o Santo.
B
– Jesus se apresenta como Verdadeiro
7 Ao anjo da igreja em Filadélfia
escreve: Estas coisas diz ... o verdadeiro
...
Ser verdadeiro é outra característica
divina. A palavra verdadeiro é usada frequentemente no Novo Testamento. Paulo,
em sua carta a Tito, fala do “Deus que não pode mentir” (Tt 1.2). Nos livros de
João este termo é usado em referência a Deus Pai e Deus Filho.
Esta característica de Deus
enfatiza a sinceridade dele, em contraste com a falsidade dos judeus. Isso
porque os judeus achavam que somente eles eram salvos, que aqueles que não
seguiam os preceitos e o cerimonialismo da Lei, estavam fora do alcance de
Deus. Mas, destes que se consideravam justos, Jesus diz que são sinagoga de
satanás. Sempre que você encontrar um grupo religioso que pensa ser o dono da
verdade, fique atento porque este é um sinal de que aí está uma seita.
C
– Jesus se apresenta como aquele que tem a chave de Davi
7 Ao anjo da igreja em
Filadélfia escreve: Estas coisas diz ... aquele que tem a chave de Davi, que abre, e
ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá
Esta é uma palavra de
garantia. Esta linguagem vem do livro de Isaías, em que a autoridade sobre
Jerusalém e sobre Judá é transferida a Eliaquim.
20 Naquele dia, chamarei a meu servo Eliaquim,
filho de Hilquias,
22 Porei sobre o seu ombro a chave da casa de
Davi; ele abrirá, e ninguém fechará, fechará, e ninguém abrirá (Is 22:20 e 22).
A chave representa
autoridade e poder. Jesus, como descendente real de Davi, controla o acesso ao
Reino de Deus. Ele abre, e ninguém é capaz de fechar. Ele fecha, e ninguém
consegue abrir.
Um dia Jesus disse a Pedro: Dar-te-ei as chaves do reino dos céus (Mt
16.19). O que significa isso? Não significa que Pedro está lá no céu com as
chaves e que ele é quem controla a entrada no céu. Isso é uma lenda e não é
bíblico. Então, que chave é essa que Jesus deu para Pedro? É a chave da
pregação do Evangelho. E foi exatamente Pedro que abriu a porta da pregação do
Evangelho, lá em Jerusalém, logo após o Pentecostes em que se converteram quase
três mil pessoas (At 2.41). É através de Pedro e João que impõem as mãos sobre
os samaritanos e eles recebem o Espírito Santo, e o Evangelho, então, se
espalha entre os samaritanos (At 8.17). É exatamente Pedro que tem a
oportunidade de pregar aos primeiros gentios na casa de Cornélio e o Evangelho
chega aos gentios (At 10.44). É Pedro abrindo as portas do Evangelho.
As chaves do Evangelho
estavam nas mãos de Pedro quando ele evangeliza os primeiros judeus, os
primeiros samaritanos e os primeiros gentios, mas as chaves da evangelização
estão nas mãos de Jesus. É maravilhoso perceber a Soberania de Cristo na obra
da evangelização. Quando Ele abre uma porta para evangelização ninguém pode fechá-la
porque Ele tem as chaves. Herodes perseguiu a Igreja, mandou matar a Thiago,
prendeu a Pedro e parecia que a Igreja estava completamente encurralada pelo
poder de Roma. Mas Jesus tem as chaves. Ele foi lá e abriu as algemas de Pedro,
abriu as portas da cadeia e a Igreja avançou.
Não estamos seguindo um
projeto hipotético que pode ou não dar certo, estamos seguindo um projeto
absolutamente vitorioso. O Senhor da Igreja não tem apenas as chaves da morte e
do inferno, Ele tem também a chave da evangelização do mundo. Quando Ele abre a
porta ninguém pode fechar. Ninguém pode entrar enquanto Ele não abre a porta e
ninguém pode entrar quando Ele fecha a porta. Enquanto a porta é símbolo de
oportunidade para a Igreja, a chave é símbolo da autoridade de Cristo.
A mensagem que Jesus estava
passando para aquela Igreja era: Você é fraca na opinião do mundo, mas Eu Sou
aquele que tem a chave de Davi, Eu abro e ninguém fecha e coloquei diante de ti
uma porta aberta e ninguém pode fechá-la. Uma Igreja nunca é fraca se ela põe
os seus olhos no Senhor Jesus Cristo, aquele que tem a chave de Davi.
2
– A apreciação de Jesus à Igreja de Filadélfia
8 Conheço as tuas obras—eis que
tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar—que tens
pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
O que Jesus aprecia naquela
Igreja?
A
– Jesus aprecia as obras da Igreja de Filadélfia
8 Conheço as tuas obras ...
Como afirma em todas as
cartas, Jesus conhece de primeira mão as obras dos cristãos em Filadélfia, mas
aqui este conhecer é um elogio e não uma censura, porque os crentes em
Filadélfia eram fieis.
B
– Jesus aprecia a fraqueza da Igreja de Filadélfia
8 --- que tens pouca força ...
Jesus diz para aquela igreja
que ela tinha pouca força, mas que ela era fiel. Fraqueza nem sempre sugere
pecado. Jesus não condena esta igreja por nenhum erro, mas diz apenas que ela
tinha pouca força. Pode ser que fossem poucos em número, ou de outra maneira
limitados em capacidade.
Embora considerados fracos,
aquela Igreja era forte na força do Senhor. Quando reconhecemos as nossas
próprias limitações e fraquezas, devemos confiar mais em Deus e depender de sua
força. Isso nos reporta às palavras de Paulo quando diz:
9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.
De boa vontade, pois, mais me gloriarei
nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.
10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou
forte (2 Co 12.9,10).
Os fiéis em Filadélfia
teriam sua vitória pela força de Jesus. Uma Igreja forte aos olhos de Deus não
é uma Igreja forte em si mesma, mas sim uma Igreja fiel, comprometida com o
Evangelho, que não nega o nome de Jesus Cristo. A força da Igreja não está
nela. A força de uma Igreja está no seu Deus Onipotente.
C
– Jesus aprecia a fidelidade da Igreja de Filadélfia
8 ... entretanto, guardaste a
minha palavra e não negaste o meu nome.
Apesar de suas limitações, a
Igreja em Filadélfia se mantinha fiel. Guardava a palavra de Jesus. Eles
defendiam o nome de Jesus e não o negaram.
Jesus empregou nesta carta a
figura da chave e agora emprega a figura da porta. Que porta é essa que Jesus
diz que ninguém pode fechar? É a porta da salvação. Jesus disse:
9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e
sairá, e achará pastagem (Jo 10.9).
6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém
vem ao Pai senão por mim (Jo 14.6).
E no sermão do monte Jesus
disse:
13 Entrai pela
porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a
perdição, e são muitos os que entram por ela),
14 porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e
são poucos os que acertam com ela (Mt 7.13-14).
Jesus está contrastando aqui
duas portas, dois caminhos. Ele está dizendo que há duas portas e ambas estão
abertas. Uma abre para um caminho largo em que caminha distraidamente uma
multidão. Este caminho termina no inferno. A segunda porta, que também está
aberta, abre para um caminho estreito, difícil, não muito povoado e esta porta
vai conduzir aos que entram por ela ao paraíso de Deus, à vida eterna. Para
entrar nesta porta estreita você tem que se curvar, não dá para levar bagagem
extra e tem que passar um de cada vez.
Jesus diz à Igreja de
Filadélfia que colocou diante dela uma porta aberta, a porta da salvação e que
Ele tem as chaves desta porta. A cidade de Filadélfia fora fundada por Atalo II
para ser uma embaixadora da cultura helênica, do idioma grego para a Ásia. Esta
cidade fora estabelecida para ser missionária da cultura grega. Jesus pega este
aspecto cultural da cidade e estabelece aquela igreja não para ser embaixadora
da cultura grega, mas embaixadora e missionária do Evangelho.
Jesus é aquele que Abre
portas de oportunidades para seus servos divulgarem a Palavra e quando Deus
abre portas de oportunidade para nós, devemos aproveitá-las e não ficarmos
acuados dentro do templo, olhando para as dificuldades e assustados por causa
das perseguições dos inimigos da Igreja.
Jesus é a porta da salvação.
Esta porta, hoje, está aberta, mas um dia esta porta vai se fechar e quando ela
estiver fechada ninguém poderá entrar por ela. Por isso Jesus disse:
24 Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que
muitos procurarão entrar e não poderão.
25 Quando
o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de
fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos
responderá: Não sei donde sois.
26 Então, direis: Comíamos e bebíamos na tua
presença, e ensinavas em nossas ruas.
27 Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois;
apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniqüidades.
28 Ali haverá choro e ranger de
dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os
profetas, mas vós, lançados fora (Lc 13.24-28).
Tais palavras nos exortam de
como podemos participar da igreja, cantar, louvar, tomar a ceia e permanecer
apenas nas exterioridades do Reino de Deus, e nunca entrar pela porta da
salvação. Hoje esta porta está aberta, mas amanhã estará fechada.
3
– A reprovação de Jesus à Igreja de Filadélfia
Não há nenhuma reprovação de
Jesus à Igreja de Filadélfia.
4
– A exortação de Jesus à Igreja de Filadélfia
11 Venho sem demora. Conserva o
que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
Basicamente, a exortação de
Jesus àquela Igreja era que permanecesse fiel, mas antes Ele estimula a
perseverança dos crentes com algumas promessas.
A
– Se a Igreja permanecer fiel Jesus a exaltará acima de seus inimigos
9 Eis farei que alguns dos que
são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não
são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que
eu te amei.
Como em Esmirna, havia em
Filadélfia uma sinagoga de Satanás, uma congregação de falsos judeus. Sabemos, pelo
livro de Atos, que as primeiras perseguições à Igreja, tanto em Jerusalém como
na Ásia, foram feitas pelos judeus. A igreja em Filadélfia sofria por causa
desses falsos judeus.
Mas não é a Igreja que vai
se prostrar ante aos judeus. Não é a Igreja que vai retroceder, recuar diante
da ameaça da perseguição. Pelo contrário, Jesus diz que são aqueles que perseguem
a Igreja que virão e se prostrarão diante da Igreja e reconhecerão que a Igreja
é a amada do Senhor Jesus Cristo, o verdadeiro povo de Deus.
Apesar de serem fracos, os
discípulos em Filadélfia ficaram do lado do vencedor e por causa disso seriam
exaltados acima dos seus inimigos. Esta honra serviria de prova do amor de
Jesus para com os seus seguidores. Os falsos judeus os odiavam, mas o Senhor
Jesus os amava! Os servos fiéis e vitoriosos reinarão com Cristo sobre as
nações.
B
– Se a Igreja permanecer fiel Jesus a guardará na hora da provação
10 Porque guardaste a palavra da
minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir
sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.
Os discípulos em Filadélfia
seriam guardados num período de provação que afligiria o mundo. Pode ser uma
referência à perseguição que começou no reinado de Domiciano e que causou
terrível sofrimento e a morte de centenas de milhares de pessoas. Independente
da natureza específica desta provação, Jesus prometeu proteção (mas não isenção)
aos fiéis em Filadélfia.
Uma igreja fiel a Cristo,
Ele a guardará da tribulação. A Igreja guarda a Palavra, Cristo guarda a
Igreja. Jesus é o protetor da Igreja. Ele é um muro de fogo ao redor da Igreja.
A Igreja é o povo selado por Deus que o maligno não tem o poder de tocar.
C
– Se a Igreja permanecer fiel não perderá a sua coroa
11 Venho sem demora. Conserva o
que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
Ainda não havia terminado. Os
cristãos em Filadélfia ainda enfrentariam tentações e provações e por isso
precisavam vigiar e permanecerem fiéis até ao fim.
É claro que a coroa aqui não
é a salvação. Ninguém pode tomar a salvação. Mas aquela igreja corria o risco
de perder seu entusiasmo, sua alegria, sua motivação para fazer a obra de Deus
se não permanecesse fiel.
A vinda de Jesus traria
alívio para os servos que sofriam pelo nome dele, e castigo terrível para os
perseguidores da Igreja. Para os inimigos da Igreja este dia será um dia de
angústia. Para os cristãos que perseverarem até ao fim será um dia de alívio.
5
– A promessa de Jesus à Igreja de Filadélfia
12 Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do
meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte
do meu Deus, e o meu novo nome.
13 Quem tem ouvidos, ouça o que
o Espírito diz às igrejas.
Quais as promessas de Cristo
a esta Igreja que era considerada uma igreja fraca, de pouca força?
A
– Jesus promete somente aos vencedores
12 Ao vencedor ...
Jesus não faz promessas ao
covarde, ao que desiste, ao que não persevera. Jesus não faz promessa àquele
que pendura a chuteira, àquele que joga a toalha, àquele que se perde no meio
do caminho. Jesus não faz promessas àqueles que são sufocados pelos espinhos,
àqueles que não aprofundam suas raízes por causa das pedras. Estes tais não
terão herança no Reino de Deus.
B
– Jesus promete vida eterna com Deus
12 Ao vencedor, fá-lo-ei coluna
no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá...
Os vencedores permanecerão
no templo para sempre. Gozarão comunhão eterna com Deus. Não é a coluna do
santuário da terra, é a coluna do santuário de Deus, um templo que jamais será
abalado, ou seja, o santuário da nova Jerusalém. Jesus está dizendo que haverá
estabilidade eterna aos vencedores.
A cidade de Filadélfia era
altamente castigada por terremotos, de tal forma que seus habitantes tinham
medo de se estabelecerem dentro da cidade e muitos moravam em tendas fora da
cidade. Para uma cidade que não tinha estabilidade e segurança, Jesus promete
que faria do vencedor colunas no santuário de Deus em que jamais seriam
abaladas.
As colunas de Filadélfia
racharam e caíram no terremoto algumas décadas antes, mas as colunas do santuário
de Deus jamais serão destruídas. Se você permanecer fiel aqui, será coluna lá,
e na nova Jerusalém não vai ter terremoto para te abalar. Aqui os terremotos
nos abalam, mas quando chegarmos na glória seremos colunas inabaláveis no
santuário de Deus.
C
– Jesus promete pertencermos a Deus para sempre
12 Ao vencedor ... gravarei também sobre ele o nome do meu Deus,
o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte
do meu Deus, e o meu novo nome.
Nomes gravados sugerem
posse. O vencedor pertence a Deus:
9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio
real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz;
10 vós, sim, que, antes, não éreis
povo, mas, agora, sois povo de Deus,
que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia (1
Pd 2.9, 10).
Você será conhecido como
povo de Deus. Ainda que o mundo diga que você não é de Deus, Deus faz questão
de selar você como povo de Deus. Isso é uma garantia de que você é herdeiro de
Deus. O vencedor pertence à cidade de Deus, a nova Jerusalém. A nova Jerusalém
é a noiva de Cristo. O vencedor faz parte da noiva, da Igreja que pertence
somente a Jesus.
Interessante observar que a
cidade de Filadélfia foi completamente destruída no ano 17 d.C. por um
terremoto. Depois de reconstruída a cidade recebe um novo nome em gratidão ao
Imperador Tibério. A cidade foi chamada de Neocesaréia, a nova cidade de César.
Jesus promete um novo nome àqueles que forem vencedores. Eles receberão o nome
de Deus, o nome da cidade de Deus e o novo nome de Jesus.
Conclusão
Qual a opinião dos homens
sobre a Igreja de Filadélfia? Tu és fraca, tens pouca força. Esta era a opinião
dos homens sobre aquela Igreja. Qual era a de Jesus? Coloco diante de ti uma
porta aberta. Vou usar a pouca força que tens para a expansão do meu Reino.
A Igreja de Filadélfia
preferiu ser pequena e fiel a ser grande e mundana. Esta mensagem é muito
importante para nós hoje porque muitas igrejas tem deixado de lado a sua
fidelidade para ter crescimento rápido, adotando um evangelho mais popular,
centrado no homem e não em Deus.
Como identificar uma igreja
boa? Seria a maior? A mais ativa? A mais conhecida? A mais rica? Certamente
Jesus julga por critérios diferentes dos nossos. Ele pode ver uma igreja pobre
ou fraca como uma congregação fiel, dedicada e perseverante. Ao invés de tentar
impressionar os homens, devemos nos dedicar ao desenvolvimento do caráter que
agrada a Deus.
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia principal: Rev. Hernandes Dias Lopes
Muito bom este texto que o Eterno continue te abençoando meu pastor,
ResponderExcluirAmém! Obrigado pela participação!
ExcluirMuito bem explicado este estudo. Maravilhoso, que o Senhor continue abençoando e dando inspiração ao senhor!
ResponderExcluirAmém! Glória a Deus!
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