Para Refletir

Há momentos na vida difíceis de serem suportados, em que a única vontade que sentimos é de chorar, pois parecem arruinar para sempre nossa vida. Quando um destes momentos chegar, lembre-se que ainda não chegou o fim, que a sua história ainda não acabou e que ainda há esperança. Corrie Ten Boom disse: "não há abismo tão profundo que o amor de Deus não seja ainda mais profundo". Este amor você encontra aqui, um lugar de esperança, consolo e paz, e aqui encontrará a oportunidade de conhecer a verdadeira vida, uma vida abundante com Cristo.

sábado, 10 de junho de 2017

ESTUDO DO LIVRO DE DANIEL. LIÇÃO V: A LOUCURA DE NABUCODONOSOR: A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS NA SALVAÇÃO DE UM HOMEM

ESTUDO DO LIVRO DE DANIEL: A SOBERANIA DE DEUS NA HISTÓRIA
PARTE I: AS INTERVENÇÕES DIVINAS
LIÇÂO V: A LOUCURA DE NABUCODONOSOR: A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS NA SALVAÇÃO DE UM HOMEM
Dn 4.1-37
INTRODUÇÃO
A graça de Deus na salvação do homem. Cremos firmemente nesta verdade bíblica muita bem expressada no livro de Efésios capítulo dois. A graça de Deus é soberana e o chamado de Deus é irresistível, e a história de hoje nos mostra essa verdade de maneira muito eloquente. Ela nos mostra a manifestação extraordinária da graça de Deus para levar o soberbo rei Nabucodonosor à conversão.
Já estudamos a manifestação divina no povo de Judá, na vida de Daniel e de seus amigos, e hoje vamos ver a intervenção divina na vida e no reinado do rei Nabucodonosor. A história de hoje nos mostra que o livro de Daniel não apenas nos revela a soberania de Deus sobre os governos deste mundo, sobre todas as nações, revelando que o seu Reino domina sobre tudo e sobre todos, mas este livro também nos revela a soberania de Deus na salvação de uma pessoa. Vejamos algumas lições que esta história tem para nós:
01 – O HISTÓRICO DA MANIFESTAÇÃO DE DEUS NA VIDA DE NABUCODONOSOR
1  O rei Nabucodonosor a todos os povos, nações e homens de todas as línguas, que habitam em toda a terra: Paz vos seja multiplicada!
2  Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
3  Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas, as suas maravilhas! O seu reino é reino sempiterno, e o seu domínio, de geração em geração.
Estas palavras são de uma pessoa convertida. Daqui pra frente Nabucodonosor vai dizer o que Deus fez em sua vida para ele finalmente reconhecer que somente Deus é Soberano. E Deus já estava agindo na vida deste homem desde a muito tempo.
A) Deus Colocou Pessoas Crentes na Companhia Deste Homem
Este foi um grande privilégio deste rei. Deus colocou dentro do palácio de Nabucodonosor a Daniel e seus três amigos. Estes jovens eram crentes, fiéis, piedosos, que andavam com Deus e eram cheios da graça de Deus. Eles tinham fibra e coragem para testemunhar do Deus Soberano; e Nabucodonosor conviveu de perto com estes homens. Mas o convívio de pessoas crentes, por si só, não converte ninguém, ainda que sejam crentes excepcionais como aqueles quatro jovens. Portanto, caso alguém da sua família, ou alguém achegado a você não é convertido e mantém seu coração endurecido à graça de Deus, saiba que o convívio com gente crente, que tem o testemunho cristão, que tem exemplo cristão é o primeiro passo de Deus na salvação destas pessoas. Portanto, não deixe de testemunhar. Mas Deus faz algo a mais para alcançar Nabucodonosor:
B) Deus lhe Mostrou Que Só o Reino de Deus é Eterno
Isso aconteceu no primeiro sonho de Nabucodonosor. Deus mostrou para ele que todos os reinos deste mundo, por mais esplendorosos, ricos e opulentos são reinos vulneráveis. Ele sonhou com uma estátua cuja cabeça era de ouro, cujos troncos e braços eram de prata, cujos quadris eram de bronze, cujas pernas e pés eram de ferro e os dedos de ferro e barro. A interpretação deste sonho era que ele, Nabucodonosor, era a cabeça de ouro, que o tronco e os braços de prata representavam o império que iria suceder o seu, e logo depois viria outro império substituindo e sucedendo aquele, representado pelos quadris de bronze e, por fim, o mundo seria dominado pelo último império, representável pelas pernas de ferro. Mas na figura do sonho uma pedra não trabalhada por mãos humanas bate nesta estátua, nos seus pés de barro e toda a estátua se transforma em pó. E a ideia é que no tempo do último império um novo reino iria se levantar, um reino eterno que jamais seria destruído. E foi na época deste império que Jesus Cristo nasceu e que o Reino de Deus chegou nele e este reino, desde então, vem crescendo até que finalmente domine todo o mundo e o Senhor Jesus Cristo, depois de subjugar todos os seus inimigos de debaixo dos seus pés, entregará o Reino ao seu Deus e Pai.
Deus revelou para Nabucodonosor que somente o Reino de Deus é eterno, que este Reino jamais seria destruído, e ele foi levado a contemplar a ruína de sua religião e de seu império, sendo levado a confessar que Deus é o Deus dos deuses, pois depois da interpretação de Daniel ele disse: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério (Dn 2.47). Ele ficou impressionado, reconheceu que Deus existe, chegou a reconhecer que o Senhor é o maior de todos os deuses, mas ele não se converteu, mesmo conhecendo esta verdade o seu coração não foi convertido, pois logo em seguida ele esquece a sua confissão e faz uma estátua de si e ordena que todos a adorem. Portanto, é possível que um homem entenda a verdade, é possível que um homem entenda a sua limitação, é possível que um homem entenda que só Deus é Deus e mesmo assim não seja convertido. Mas Deus não desiste daquele homem:
C) Deus Lhe Mostrou Que Somente Ele Pode Libertar
Veja que depois de seu sonho e de sua interpretação ao invés deste homem se humilhar ele se exalta, porque logo depois Nabucodonosor faz uma hedionda estátua de ouro, representando ele mesmo, e ordena que todos a adorem. Ele quer ser adorado, ele quer ser Deus, ele perdeu sua convicção anterior de que Deus é o Deus dos deuses e agiu em direta contradição às verdades que recentemente confessara. As palavras de sua boca não alcançaram o seu coração. Mas ele encontra resistência nos três amigos de Daniel, que não se prostram diante da sua estátua mantendo fidelidade irrestrita ao Deus dos céus. E por causa do testemunho destes homens este rei vai ver o livramento miraculoso de Deus na fornalha ardente que o leva mais uma vez a declarar: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus (Dn 3.28).
Ele reconhece que nenhum outro deus pode libertar senão o Deus dos céus, mas mesmo sabendo que nenhum deus pode livrar como o Deus vivo ele ainda não é convertido a esse Deus, porque esse Deus é apenas o Deus dos outros e não é o Deus da sua vida. Ele sabe que Deus faz milagre, que Deus liberta que Deus faz maravilhas, mas este Deus não é o Deus do seu coração, mas é o Deus de Mesaque, Sadraque e Abede Nego e não o seu deus pessoal.
E hoje isto se repete, pois muita gente fica impressionada com Deus. A verdade de Deus as cativa e as entusiasma, ficam inquietas com o que ouvem, mas não dão lugar ao Evangelho, não dão espaço para Jesus em seus corações. Hoje, talvez, Deus é o Deus do seu marido, da sua esposa, de seus pais, de seus filhos, dos seus amigos, mas não é o seu Deus pessoal. Eles sabem que Deus livra, que Deus salva, que Deus liberta, mas eles ainda não estão comprometidos com Ele. E Deus contínua manifestando a sua graça ao rei:
D) Deus Mostra Para Nabucodonosor que Somente Ele Tem Domínio Sobre o Reino dos Homens
Mais uma vez Deus vai falar com aquele homem, mais uma vez Deus vai mostrar a Sua Soberania para ele e este será o último expediente de Deus para a conversão de Nabucodonosor. Ele tem outro sonho e desta feita o sonho que ele tem o deixa absolutamente perturbado. Deus usou este sonho para quebrar as resistências de Nabucodonosor. Deus levou esse homem à loucura para converter o seu coração endurecido. Como foi este sonho? Vamos ver o sonho, a sua interpretação e o seu cumprimento.
02 – O SONHO: INICIATIVA DE DEUS PARA CONVERTER UM HOMEM
Observe que a iniciativa é de Deus, assim como nas manifestações anteriores. Nabucodonosor não fez nada, não moveu um só dedo para contribuir com qualquer das manifestações de Deus em sua vida. Isso nos faz lembrar o que está escrito em Efésios:
8  Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
não de obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8-9).
A) O Sonho Perturbador do Rei
4  Eu, Nabucodonosor, estava tranquilo em minha casa e feliz no meu palácio.
5  Tive um sonho, que me espantou; e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as visões da minha cabeça me turbaram.
Diz a Bíblia que este sonho perturbou o rei e ele, como da última vez, pois não aprendeu a lição, mandou chamar os magos, os interpretes e os sábios da Babilônia, mas eles não puderam dar ao rei a interpretação.
6  Por isso, expedi um decreto, pelo qual fossem introduzidos à minha presença todos os sábios da Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
7  Então, entraram os magos, os encantadores, os caldeus e os feiticeiros, e lhes contei o sonho; mas não me fizeram saber a sua interpretação.
Só então ele manda chamar a Daniel:
8  Por fim, se me apresentou Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho, dizendo:
9  Beltessazar, chefe dos magos, eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil; eis as visões do sonho que eu tive; dize-me a sua interpretação.
A Bíblia não diz por que ele não chamou logo a Daniel sabendo que da última vez ele buscou os magos e eles não puderam resolver o problema e foi Daniel quem trouxe a solução. Creio que pelo fato dele não exigir, como da primeira vez, que eles adivinhassem primeiro qual era o sonho seja o motivo, pois o rei tinha certeza que seus magos lhe dariam uma resposta. E o rei conta seu sonho a Daniel:
10  Eram assim as visões da minha cabeça quando eu estava no meu leito: eu estava olhando e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande;
11  crescia a árvore e se tornava forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e era vista até aos confins da terra.
12  A sua folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e todos os seres viventes se mantinham dela.
13  No meu sonho, quando eu estava no meu leito, vi um vigilante, um santo, que descia do céu,
14  clamando fortemente e dizendo: Derribai a árvore, cortai-lhe os ramos, derriçai-lhe as folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela e as aves, dos seus ramos.
15  Mas a cepa, com as raízes, deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo. Seja ela molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja, com os animais, a erva da terra.
16  Mude-se-lhe o coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ela sete tempos.
17  Esta sentença é por decreto dos vigilantes, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer e até ao mais humilde dos homens constitui sobre eles.
18  Isto vi eu, rei Nabucodonosor, em sonhos. Tu, pois, ó Beltessazar, dize a interpretação, porquanto todos os sábios do meu reino não me puderam fazer saber a interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.
Este sonho colocava o dedo de Deus na ferida do rei. Ele reconhece a ineficiência dos seus magos e a grandeza da sabedoria de Daniel. Acontece que como esta mensagem era de Deus e era uma mensagem que exigia mudança de vida os magos não tinham competência para transmitir esta mensagem ao rei, mas tão somente um servo de Deus transformado pelo poder de Deus. Daniel sim tinha esta autoridade, pois era servo do Deus Altíssimo e transmitiu ao rei a Palavra de Deus.
B) A Interpretação Corajosa de Daniel ao Sonho do Rei
E como a pregação da Palavra de Deus nunca é fácil, quando Daniel ouve o sonho ele se turba, porque a mensagem não era boa e entregar um recado destes ao rei não era tão simples.
19  Então, Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o turbavam. Então, lhe falou o rei e disse: Beltessazar, não te perturbe o sonho, nem a sua interpretação. Respondeu Beltessazar e disse: Senhor meu, o sonho seja contra os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos.
A mesma dificuldade que Natã teve ao confrontar Davi no seu pecado, a mesma dificuldade que João Batista teve ao confrontar Herodes, Daniel também a encontra neste momento, porque a mensagem que ele tem que entregar para o rei é grave, é seríssima e é contra ele. Em Israel, muitos profetas morreram por terem de falar mensagem semelhante. Ele começa dizendo que a árvore frondosa, que cresceu e tornou-se notória, grande, poderosa, esplêndida era o próprio rei.
20  A árvore que viste, que cresceu e se tornou forte, cuja altura chegou até ao céu, e que foi vista por toda a terra,
21  cuja folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos as aves do céu faziam morada,
22  és tu, ó rei, que cresceste e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu e chega até ao céu, e o teu domínio, até à extremidade da terra.
E Daniel continua na sua interpretação:
23  Quanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, que descia do céu e que dizia: Cortai a árvore e destruí-a, mas a cepa com as raízes deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; seja ela molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem sobre ela sete tempos,
24  esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto do Altíssimo, que virá contra o rei, meu senhor:
A ordem para cortar a árvore vem do céu, como um decreto do Deus Altíssimo. E Daniel passa ao rei o que Deus decretou:
25  serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
O significado é que o rei seria expulso de entre os homens para morar com os animais do campo como um bicho. Mas não seria para sempre, havia um tempo determinado:
25  serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
Quanto tempo? Não sabemos! A Bíblia não fala se eram sete dias, sete semanas, sete meses ou sete anos, fala apenas que eram sete tempos, e como o número sete na Bíblia é o número da perfeição, é o tempo suficiente para Deus realizar a sua obra na vida daquele homem, porque em tudo isso havia um propósito:
25  serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
Este era o propósito, a conversão do rei, ou seja, até que reconheça que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens. E olha a misericórdia de Deus, depois que o rei passar pela humilhação e quebrantamento, Deus mesmo vai restaurá-lo:
26  Quanto ao que foi dito, que se deixasse a cepa da árvore com as suas raízes, o teu reino tornará a ser teu, depois que tiveres conhecido que o céu domina.
Isso nos faz lembrar o Salmo 103 que diz:
O SENHOR é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno.
Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira.
10  Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades.
11  Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.
12  Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.
13  Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.
14  Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó (Sl 103.8-14).
Mesmo sendo dura a mensagem Daniel a transmite em sua íntegra. Isso nos desafia a sermos fiel na pregação do Evangelho, a não relativizar a mensagem do Evangelho, a não pregar um Evangelho brando com medo de ferir e afugentar as pessoas, a não ter receio de falar do Diabo, falar dos demônios, falar do inferno e a falar do juízo de Deus. Sejamos ousados ao transmitir o Evangelho e deixa que os resultados provenham do Espírito de Deus.
C) A Mensagem Oportuna de Daniel ao Rei
Daniel aproveita a oportunidade e dá um conselho ao rei e ele não abranda as coisas para o rei não, ele diz:
27  Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados e em tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade.
O conselho de Daniel para o rei era que o rei pudesse refletir e pensar acerca da sua situação. O bom pregador é aquele que aproveita as oportunidades. Esta foi a interpretação do sonho e o sonho se cumpriu literalmente.
D) O Cumprimento Fiel da Palavra de Deus
28  Todas estas coisas sobrevieram ao rei Nabucodonosor.
29  Ao cabo de doze meses, passeando sobre o palácio real da cidade de Babilônia,
Depois de algum tempo de ter ouvido a mensagem de Deus Nabucodonosor estava feliz e calmo passeando no palácio a despeito do solene aviso de Deus. Pode imaginar uma coisa dessas? Depois de uma palavra em que lhe fora dito que ele iria comer capim com bois, iria perder seu reino, já que ele não queria ouvir a voz de Deus o rei não leva a sério esta palavra e continua vivendo a vida gostosamente, passeando pelo seu palácio, como se nada estivesse acontecendo, como se Deus não tivesse falado nada.
30  falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?
Ele exalta-se em vez de dar glória a Deus.  Eu, meu, minha. Ele era a causa, o meio e a finalidade de tudo que acontecia no seu reino. Tudo girava em torno da realeza imperial. Ele não enxerga ninguém além dele mesmo, é alguém que se coloca no pedestal, que quer que os outros o adorem e ele mesmo adora a si mesmo. A Bíblia diz que a soberba precede a ruína. Em vez de reconhecer Deus, este homem se exalta e a autoexaltação torna o homem cego, tolo e endurecido.
31  Falava ainda o rei quando desceu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino.
32  Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
33  No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os homens e passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves.
Tudo o que Daniel falou para o rei aconteceu literalmente. Nabucodonosor, em vez de se humilhar, não atendeu a mais este alerta de Deus e por isso foi arrancado do trono, expulso de entre os homens para viver como um animal do campo pelo tempo designado por Deus.
Veja que a prosperidade, a fama, a exaltação não é a garantia de segurança. A prosperidade não é garantia contra a adversidade. Nabucodonosor era rei de reis, um grande conquistador, um verdadeiro estadista, um guerreiro por excelência, um construtor de visão alargada, pois tinha feito da Babilônia a mais esplêndida cidade do mundo. Ele era um homem que tinha poder, riqueza e fama. Seu reino era glorioso e extenso. Apesar de toda esta pompa e glória e poder Deus o arrancou do trono, Deus o levou para o campo, Deus fez dele um bicho, um animal, e ele nada pôde fazer para evitar que isso acontecesse. E permaneceu assim até que acontecesse a sua conversão:
34  Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
A conversão de Nabucodonosor pode ser vista através de evidências: Ele glorifica a Deus: e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre. Este homem, ao olhar para cima, agora começa a glorificar a Deus. Até agora ele só olhava para baixo, para a terra. Como aquele rico insensato que construiu só para esta vida e Deus o chamou de louco. Muitos levantam os olhos tarde demais como o rico que desprezou Lázaro. Ele levantou seus olhos, mas já estava no inferno. Você tem glorificado a Deus diante de tantas oportunidades que Deus tem lhe dado? Ou você tem cometido a loucura desse homem. Este é o tempo que temos para nos curvar ante ao Deus todo poderoso. E o rei continua em seu testemunho:
35  Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
Ele confessa a soberania de Deus. O propósito de Deus foi alcançado. Agora ele entende que não há Deus além do Senhor. Não há quem pode deter a mão de Deus e lhe dizer o que fazes? Deus é soberano. Não era ele, Nabucodonosor o soberano, era Deus. E o rei também testemunha a sua restauração. Ele se volta para Deus e Deus na sua misericórdia ainda se compadece dele e restaura o seu reino.
36  Tão logo me tornou a vir o entendimento, também, para a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária grandeza.
E por fim aquele homem adora a Deus:
37  Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.
Agora ele não adora ao Deus dos outros, ele adora ao Deus da sua vida. Esta é a obra de Deus, e o que ele pode fazer para salvar um homem.
03 – A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO DO HOMEM
Esta é a principal lição dessa história e ela nos mostra alguns aspectos maravilhosos da ação de Deus na salvação do homem. E o que vemos primeiro?
A) A Dureza do Coração do Homem que Rejeita Ouvir a Voz de Deus
Não dar atenção a um alerta é muito perigoso. Nabucodonosor estava calmamente passeando pelo palácio depois de uma palavra de alerta vindo de Deus. Do mesmo modo quantas pessoas estão hoje vivendo uma calma perigosa, vivendo de uma maneira tranquila, dormindo o sono da morte, quando na verdade deveriam era estar clamando por misericórdia, deveriam mesmo era estar com o rosto em terra. Jesus começou o seu ministério dizendo: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus (Mt 3.2). Os apóstolos continuaram este ministério dizendo: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados (At 3.19). Apocalipse mostra que o juízo de Deus é iminente, está pronto para acontecer e alerta a todos a se arrependerem de seus pecados. A Igreja de Deus tem sido a voz de Deus para alertar o mundo do iminente juízo de Deus, de que o fim dos tempos está próximo, que a volta de Cristo está prestes a acontecer, mas apesar de tantos alertas tudo o que vemos é o homem andando calmamente, vivendo gostosamente a sua vida como se nada estivesse acontecendo.
O problema é que o homem está vivendo perdido em seus pecados. E mais grave ainda é que há um grande abismo debaixo de seus pés, de forma que inferno está de boca aberta abocanhando os desavisados, os despercebidos, àqueles que estão ignorando os alertas de Deus. Os demônios querem levar à perdição, junto com eles, o máximo de pessoas que eles puderem antes que o tempo deles se acabe. E diante disso o homem está calmo e tranquilo, só que prestes a cair no abismo, sem parar para imaginar o destino trágico de sua alma. Ah! Se ele pudesse perceber o perigo em que se encontra a sua alma, ele cairia com o rosto em terra e gritaria por socorro. Portanto, o tempo é de emergência e não de folia.
Deus deu um tempo para Nabucodonosor se arrepender. A palavra era uma palavra séria, solene para ele, mas ele não mudou o rumo de sua vida, não mudou o curso de sua vida. Aquele homem continuou endurecido, rebelde, soberbo e não se curvou diante da Palavra de Deus. Depois de um ano que o rei escuta a Daniel e não se arrepende Deus envia o juízo e tudo o que Deus falou aconteceu na vida daquele homem. Da mesma maneira, durante séculos, Deus tem alertado a humanidade e ela tem desprezado o alerta de Deus. A Bíblia diz que Deus está velando à porta do pecador para lhe abrir os olhos. Jesus falou: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo (Ap 3.20). Mas o homem tem fechado a porta de seu coração para Jesus e de repente chegará sobre ele o juízo de Deus e o homem não terá escapatória.
B) O Quebrantamento do Homem Impenitente
É o que pode acontecer quando o homem endurece o seu coração diante de Deus. E como Deus opera este quebrantamento no homem? Não é exaltando-o, mas o humilhando. É assim que Deus quebranta as pessoas. E este processo de quebrantamento do homem vem do céu; é intervenção divina. Por isso é Deus quem quebra o orgulhoso e é Deus quem fere o soberbo. E sabe por quê? Porque quando o homem não escuta a voz da graça, ouve a voz do juízo de Deus. Quem não escuta a misericórdia divina vai ter que confrontar a ira divina. Sempre que o homem não escutar a voz da graça ele vai escutar a trombeta do juízo. Deus abriu para o homem a porta da misericórdia e do arrependimento, se ele não quiser entrar por ela Deus o empurra para o corredor do juízo. Foi o que aconteceu com Nabucodonosor.
E olha que este quebrantamento pode ser repentino, porque a paciência de Deus tem limite. O cálice da ira de Deus se enche. Chega um ponto que Deus diz: Basta! Portanto louco é aquele que zomba do pecado, porque horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Por isso cuidado, porque o homem que muitas vezes endurece a sua cerviz será quebrado repentinamente. Foi isso que Deus fez com Nabucodonosor.
E este quebrantamento é terrível. O rei ficou louco. Deus o fez descer ao fundo do poço, colocando nele uma doença, uma enfermidade em que ele perdeu a razão, ele perdeu o equilíbrio emocional e o equilíbrio mental. Deus tirou o seu entendimento. Ninguém pôde ajudá-lo, mesmo ele sendo o homem mais rico e mais poderoso da terra. Nem a sua riqueza pôde livra-lo e evitar aquele desastre, nem um médico da Babilônia pôde curar a sua doença, ninguém pôde tirá-lo desse poço fundo em que ele caiu. Nada pôde deter a mão de Deus de exercer o juízo sobre ele.
Quem reluta em se prostrar vai ser quebrantado ou vai perecer eternamente. Não há meio termo, não há outra possibilidade, quem resiste e endurece só tem dois caminhos: Ou vai ser quebrantado ou vai perecer eternamente. Deus pode tornar qualquer pessoa louca. Quem sabe como Deus reagirá à sua constante rejeição, a despeito das constantes advertências. Deus pode quebrar você sem que haja cura. Deus não despreza o coração quebrantado. Erga seus olhos ao céu enquanto é tempo. O tempo de Deus é agora. É melhor ser quebrado por Deus agora do que perecer eternamente no inferno. Reconheça hoje a soberania de Deus na sua vida e volte-se para o Senhor!
C) A Conversão do Homem Quebrantado
Deus é tão bom e maravilhoso que mesmo quando Ele exerce o seu juízo Ele se lembra da misericórdia. Porque o propósito de Deus em agir assim na vida de uma pessoa não é para destruir, mas sim abrir os olhos dessa pessoa e o levar à conversão. Por isso Deus, às vezes, pode levar você ao fundo do poço para que você abra os olhos e veja que Deus é Deus, para que você se renda aos seus pés e reconheça que somente Ele é digno de ser adorado.
Deus se manifestou esplendidamente por três vezes na vida de Nabucodonosor. Por último Deus deu um tempo para ele se arrepender senão seu juízo viria contra a sua vida e o tiraria da sua zona de conforto. Ele não ouviu a Deus, veio o juízo e este homem foi jogado junto com os animais. Depois de um tempo, Nabucodonosor levanta os olhos e finalmente vê a Deus que restaura sua saúde e sua vida. Veja que Deus o mandou comer capim para não o mandar para o inferno. Essa é a eleição da graça, que leva o homem ao fundo do poço e depois o tira de lá. E o Deus que fere é o Deus que cura, o Deus que humilha também é o Deus que exalta. Até então Nabucodonosor dizia que Deus era o Deus que liberta, mas não se referia a Ele como o seu Deus, e sim o Deus dos outros, até que Deus o converte e o salva e Deus passa a ser o Deus de sua vida.
Percebeu como Deus salva? Primeiro o homem precisa ser confrontado com o seu pecado, ele precisa saber que está perdido, ele precisa reconhecer sua indignidade, ele precisa ser humilhado para finalmente ser quebrantado, porque no céu só entra pessoa quebrantada. Nabucodonosor tocava trombeta para si mesmo. Gostava de viver sob as luzes da ribalta. Aplaudia a sua própria glória. Adorava e exaltava a si mesmo. Deus, então, o humilhou, jogou-o no pó, mandou-o para o pasto comer grama, tirou suas roupas palacianas, molhou o seu corpo com o orvalho do céu e suas unhas esmaltadas viraram cascos. Esta é a graça soberana de Deus. Sabe por quê? Porque não é com todo mundo que Deus age assim. Com Belsazar Deus o destruiu no meio de sua prática do pecado, Deus tirou a vida dele sem dar a ele mais chance de se arrepender. Do mesmo modo Deus fez com Herodes quando ele estava acolhendo os aplausos do povo como se fosse um Deus e morreu comido de vermes.
Algumas pessoas chegam até a reconhecer as virtudes de Deus, mas nunca se rendem aos seus pés, nunca se curvam diante dele. Mas cuidado, porque Deus pode ir até às últimas consequências se o plano dele é salvar você, Deus vai ao fundo do poço com você, mas Ele não desiste de você, Ele não abre mão de você. Por isso, se Deus tem um plano na sua vida você pode tentar fugir, pode tentar fechar seu coração, pode tentar fechar seus olhos, pode tentar driblar Deus, pode tentar escapulir de Deus, mas Deus vai às últimas consequências sem desistir de você, até que você se dobre.
D) A Paciência Generosa de Deus
Deus não derrama o seu juízo antes de chamar ao arrependimento. Deus deu doze meses para Nabucodonosor se arrepender. Depois de um ano que o rei escuta a Daniel e não se arrepende Deus executa o seu juízo. A palavra era uma palavra séria, solene para ele, mas ele não mudou o rumo de sua vida, não mudou o curso de sua vida, ele continuou impenitente, endurecido, rebelde, soberbo e ele não se curvou diante da Palavra de Deus.
 Assim que Jesus foi elevado aos céus, as pessoas imaginavam que a sua volta se daria ainda naquela geração. Aos poucos, com os ensinos dos apóstolos, foi se percebendo que a volta de Cristo se daria em um futuro ainda distante. Desde então a Igreja tem esperado ansiosamente pela volta de Cristo. E porque ela não ocorreu ainda? Pedro, falando sobre isso, nos responde: Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento (2 Pd 3.9). Jesus não voltou ainda pela paciência e pela generosidade de Deus que não deseja a perdição de nenhum de seus filhos.
Deus está esperando que todos os que nasceram ou hão de nascer sejam salvos? Não! Deus está aguardando a salvação de seus filhos! E quem são eles? São todos aqueles que ouvem a pregação do Evangelho e aceitam a Jesus Cristo como seu único Salvador. A Bíblia diz: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome (Jo 1.12). São por estes que Jesus intercedeu em sua oração sacerdotal quando falou: É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus (Jo 17.9). Jesus estava intercedendo porque estava partindo e deixando suas ovelhas no meio de lobos: Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti... (Jo 17.11). Mas a vontade de Jesus era de não se separar de suas ovelhas: Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste... (Jo 17.24). Mas era necessário Ele partir e abrir o tempo da graça para a pregação do Evangelho. Por isso que a pregação do Evangelho em todo o mundo é a última profecia a ser cumprida: E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mt 24.14).
É o que está acontecendo hoje. Os filhos de Deus estão pregando o Evangelho a todos, pois não sabemos quem são os escolhidos de Deus, para que estes, ao ouvirem a voz do Evangelho, se arrependam dos seus pecados e se convertam a Cristo. É por isso que alguém lhe aborda na rua para lhe entregar um folheto, é por isso que alguém lhe faz uma visita e lê a Bíblia, é por isso que alguém lhe convida para ir à igreja, para que ouças a voz do Evangelho e te tornes indesculpável caso não aceite a salvação de Deus. E é justamente isso que Jesus quis dizer quando falou: Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão (Mt 10.26-28). Entendeu a paciência de Deus? Porque quando Jesus Cristo voltar a pregação do Evangelho cessará.
Deus nunca derrama o seu juízo antes de chamar ao arrependimento. Ninguém, no inferno, poderá dizer que está lá porque nunca ouviu a pregação do Evangelho. Noé pregou durante 120 anos. Sodoma teve o testemunho de Ló. Jerusalém, antes de ser levada cativa, ouviu o brado dos profetas que a convocou ao arrependimento. E Deus tem falado ao mundo através do Evangelho. Não sei como você tem reagido quando ouve o Evangelho, se você tem resistido à voz de Deus, se você tem adiado sua decisão, se tem deixado para depois a entrega incondicional de sua vida a Jesus, mas Deus não quer que você pereça e Ele tem lhe dado muitas oportunidades. Deus está dando para você, hoje, mais uma chance, mais uma oportunidade, e assim como a porta da Arca um dia se trancou e ninguém mais pode entrar, assim também a oportunidade da graça cessará e não haverá mais oportunidade de arrependimento e de salvação. Pense nisso com muita seriedade, porque esta é uma mensagem muito solene para você!
CONCLUSÃO
Esta história nos leva a nunca desistir da conversão de qualquer pessoa. Aquele que arruinou Jerusalém, que destruiu o templo, que carregou os vasos sagrados do templo, que esmagou a cidade, que levou cativo o povo, que adorava deuses falsos e era cheio de orgulho foi convertido. Não há coração tão duro que Deus não possa quebrantar e converter. Nabucodonosor era o homem mais poderoso do mundo e se esse homem foi convertido, podemos crer que não há conversão impossível para Deus. Portanto, todos podem se converter. Por isso, creia na conversão do ateu, do agnóstico, do cínico, do apático, do blasfemo, do feiticeiro, do idólatra, do viciado, da prostituta, do homossexual, do drogado, do assassino, do presidiário, do político, do universitário, do patrão, do cônjuge, do filho, dos pais. Creia! Evangelize! O Deus que salva está no Trono. Isso deve nos levar a ter mais ousadia na evangelização, porque para Deus não há impossíveis.
Também nos ensina que a razão porque alguém ainda não se converteu é porque ainda não está suficientemente quebrantado. O que falta para você se humilhar diante de Deus, para se dobrar aos pés do Deus todo poderoso? Você é muito orgulhoso para se prostrar? Acha-se muito importante ou bom demais para se humilhar? Cuidado! Deus pode ir às últimas consequências para te quebrantar. O grande perseguidor da igreja, Saulo de Tarso, só é convertido quando Jesus o joga no chão e ele, cego, humildemente se volta para Jesus quebrantado. Jesus não veio chamar justos, mas pecadores. Não veio curar os que se julgam sãos, mas os que reconhecem que são doentes e carentes.
Esta história é um alerta para a nossa geração, a geração do prazer, a geração que não quer pensar no destino da alma, a geração que tapa os ouvidos à voz de Deus. Muitos estão como Nabucodonosor, que diante da iminência do perigo está passeando e curtindo a vida, fechando os ouvidos às advertências de Deus. Que Deus te abençoe a abrir-lhe os olhos para entender a gravidade desta situação, do que é um homem viver calmamente enquanto ele está em perigo de morte. Dê toda a sua atenção ao alerta de Deus, não endureça o seu coração, não rejeite o convite de Deus, não faça parte do caminho do homem impenitente, porque o caminho que ele segue é caminho de morte, e assim ele segue para o inferno e lá terminará toda a sua alegria e os seus risos se transformarão em lágrimas. Que Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia principal:
Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.

Rev. Hernandes Dias Lopes: Estudos sobre o livro de Daniel

Nenhum comentário:

Postar um comentário