ESTUDO
DO LIVRO DE DANIEL: A SOBERANIA DE DEUS NA HISTÓRIA
PARTE
I: AS INTERVENÇÕES DIVINAS
LIÇÂO
V: A LOUCURA DE NABUCODONOSOR: A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS NA SALVAÇÃO DE
UM HOMEM
Dn 4.1-37
INTRODUÇÃO
A
graça de Deus na salvação do homem. Cremos firmemente nesta verdade bíblica
muita bem expressada no livro de Efésios capítulo dois. A graça de Deus é
soberana e o chamado de Deus é irresistível, e a história de hoje nos mostra
essa verdade de maneira muito eloquente. Ela nos mostra a manifestação extraordinária
da graça de Deus para levar o soberbo rei Nabucodonosor à conversão.
Já
estudamos a manifestação divina no povo de Judá, na vida de Daniel e de seus
amigos, e hoje vamos ver a intervenção divina na vida e no reinado do rei
Nabucodonosor. A história de hoje nos mostra que o livro de Daniel não apenas
nos revela a soberania de Deus sobre os governos deste mundo, sobre todas as
nações, revelando que o seu Reino domina sobre tudo e sobre todos, mas este
livro também nos revela a soberania de Deus na salvação de uma pessoa. Vejamos
algumas lições que esta história tem para nós:
01 – O HISTÓRICO DA
MANIFESTAÇÃO DE DEUS NA VIDA DE NABUCODONOSOR
1 O
rei Nabucodonosor a todos os povos, nações e homens de todas as línguas, que
habitam em toda a terra: Paz vos seja multiplicada!
2
Pareceu-me bem fazer conhecidos os
sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
3 Quão
grandes são os seus sinais, e quão poderosas, as suas maravilhas! O seu reino é
reino sempiterno, e o seu domínio, de geração em geração.
Estas
palavras são de uma pessoa convertida. Daqui pra frente Nabucodonosor vai dizer
o que Deus fez em sua vida para ele finalmente reconhecer que somente Deus é
Soberano. E Deus já estava agindo na vida deste homem desde a muito tempo.
A) Deus Colocou Pessoas Crentes na Companhia
Deste Homem
Este
foi um grande privilégio deste rei. Deus colocou dentro do palácio de
Nabucodonosor a Daniel e seus três amigos. Estes jovens eram crentes, fiéis,
piedosos, que andavam com Deus e eram cheios da graça de Deus. Eles tinham
fibra e coragem para testemunhar do Deus Soberano; e Nabucodonosor conviveu de
perto com estes homens. Mas o convívio de pessoas crentes, por si só, não
converte ninguém, ainda que sejam crentes excepcionais como aqueles quatro jovens.
Portanto, caso alguém da sua família, ou alguém achegado a você não é
convertido e mantém seu coração endurecido à graça de Deus, saiba que o
convívio com gente crente, que tem o testemunho cristão, que tem exemplo
cristão é o primeiro passo de Deus na salvação destas pessoas. Portanto, não
deixe de testemunhar. Mas Deus faz algo a mais para alcançar Nabucodonosor:
B) Deus lhe Mostrou Que Só o
Reino de Deus é Eterno
Isso
aconteceu no primeiro sonho de Nabucodonosor. Deus mostrou para ele que todos
os reinos deste mundo, por mais esplendorosos, ricos e opulentos são reinos
vulneráveis. Ele sonhou com uma estátua cuja cabeça era de ouro, cujos troncos
e braços eram de prata, cujos quadris eram de bronze, cujas pernas e pés eram
de ferro e os dedos de ferro e barro. A interpretação deste sonho era que ele,
Nabucodonosor, era a cabeça de ouro, que o tronco e os braços de prata representavam
o império que iria suceder o seu, e logo depois viria outro império
substituindo e sucedendo aquele, representado pelos quadris de bronze e, por
fim, o mundo seria dominado pelo último império, representável pelas pernas de
ferro. Mas na figura do sonho uma pedra não trabalhada por mãos humanas bate
nesta estátua, nos seus pés de barro e toda a estátua se transforma em pó. E a
ideia é que no tempo do último império um novo reino iria se levantar, um reino
eterno que jamais seria destruído. E foi na época deste império que Jesus
Cristo nasceu e que o Reino de Deus chegou nele e este reino, desde então, vem
crescendo até que finalmente domine todo o mundo e o Senhor Jesus Cristo,
depois de subjugar todos os seus inimigos de debaixo dos seus pés, entregará o Reino
ao seu Deus e Pai.
Deus
revelou para Nabucodonosor que somente o Reino de Deus é eterno, que este Reino
jamais seria destruído, e ele foi levado a contemplar a ruína de sua religião e
de seu império, sendo levado a confessar que Deus é o Deus dos deuses, pois
depois da interpretação de Daniel ele disse: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o
revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério (Dn 2.47). Ele
ficou impressionado, reconheceu que Deus existe, chegou a reconhecer que o
Senhor é o maior de todos os deuses, mas ele não se converteu, mesmo conhecendo
esta verdade o seu coração não foi convertido, pois logo em seguida ele esquece
a sua confissão e faz uma estátua de si e ordena que todos a adorem. Portanto,
é possível que um homem entenda a verdade, é possível que um homem entenda a
sua limitação, é possível que um homem entenda que só Deus é Deus e mesmo assim
não seja convertido. Mas Deus não desiste daquele homem:
C) Deus Lhe Mostrou Que Somente Ele Pode
Libertar
Veja
que depois de seu sonho e de sua interpretação ao invés deste homem se humilhar
ele se exalta, porque logo depois Nabucodonosor faz uma hedionda estátua de
ouro, representando ele mesmo, e ordena que todos a adorem. Ele quer ser
adorado, ele quer ser Deus, ele perdeu sua convicção anterior de que Deus é o
Deus dos deuses e agiu em direta contradição às verdades que recentemente
confessara. As palavras de sua boca não alcançaram o seu coração. Mas ele
encontra resistência nos três amigos de Daniel, que não se prostram diante da
sua estátua mantendo fidelidade irrestrita ao Deus dos céus. E por causa do
testemunho destes homens este rei vai ver o livramento miraculoso de Deus na
fornalha ardente que o leva mais uma vez a declarar: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu
anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a
palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a
qualquer outro deus, senão ao seu Deus (Dn 3.28).
Ele
reconhece que nenhum outro deus pode libertar senão o Deus dos céus, mas mesmo
sabendo que nenhum deus pode livrar como o Deus vivo ele ainda não é convertido
a esse Deus, porque esse Deus é apenas o Deus dos outros e não é o Deus da sua
vida. Ele sabe que Deus faz milagre, que Deus liberta que Deus faz maravilhas,
mas este Deus não é o Deus do seu coração, mas é o Deus de Mesaque, Sadraque e
Abede Nego e não o seu deus pessoal.
E
hoje isto se repete, pois muita gente fica impressionada com Deus. A verdade de
Deus as cativa e as entusiasma, ficam inquietas com o que ouvem, mas não dão
lugar ao Evangelho, não dão espaço para Jesus em seus corações. Hoje, talvez,
Deus é o Deus do seu marido, da sua esposa, de seus pais, de seus filhos, dos
seus amigos, mas não é o seu Deus pessoal. Eles sabem que Deus livra, que Deus salva,
que Deus liberta, mas eles ainda não estão comprometidos com Ele. E Deus
contínua manifestando a sua graça ao rei:
D)
Deus Mostra Para Nabucodonosor que Somente Ele Tem Domínio Sobre o Reino dos Homens
Mais
uma vez Deus vai falar com aquele homem, mais uma vez Deus vai mostrar a Sua
Soberania para ele e este será o último expediente de Deus para a conversão de
Nabucodonosor. Ele tem outro sonho e desta feita o sonho que ele tem o deixa
absolutamente perturbado. Deus usou este sonho para quebrar as resistências de
Nabucodonosor. Deus levou esse homem à loucura para converter o seu coração
endurecido. Como foi este sonho? Vamos ver o sonho, a sua interpretação e o seu
cumprimento.
02 –
O SONHO: INICIATIVA DE DEUS PARA CONVERTER UM HOMEM
Observe que a iniciativa é de
Deus, assim como nas manifestações anteriores. Nabucodonosor não fez nada, não
moveu um só dedo para contribuir com qualquer das manifestações de Deus em sua
vida. Isso nos faz lembrar o que está escrito em Efésios:
8
Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós;
é dom de Deus;
9 não de obras, para que ninguém se
glorie (Ef 2.8-9).
A) O Sonho Perturbador do Rei
4 Eu,
Nabucodonosor, estava tranquilo em minha casa e feliz no meu palácio.
5 Tive
um sonho, que me espantou; e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as visões
da minha cabeça me turbaram.
Diz
a Bíblia que este sonho perturbou o rei e ele, como da última vez, pois não
aprendeu a lição, mandou chamar os magos, os interpretes e os sábios da
Babilônia, mas eles não puderam dar ao rei a interpretação.
6 Por
isso, expedi um decreto, pelo qual fossem introduzidos à minha presença todos
os sábios da Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.
7
Então, entraram os magos, os encantadores, os caldeus e os feiticeiros,
e lhes contei o sonho; mas não me fizeram saber a sua interpretação.
Só
então ele manda chamar a Daniel:
8 Por
fim, se me apresentou Daniel, cujo nome é Beltessazar, segundo o nome do meu
deus, e no qual há o espírito dos deuses santos; e eu lhe contei o sonho,
dizendo:
9
Beltessazar, chefe dos magos, eu sei que há em ti o espírito dos deuses
santos, e nenhum mistério te é difícil; eis as visões do sonho que eu tive;
dize-me a sua interpretação.
A
Bíblia não diz por que ele não chamou logo a Daniel sabendo que da última vez
ele buscou os magos e eles não puderam resolver o problema e foi Daniel quem
trouxe a solução. Creio que pelo fato dele não exigir, como da primeira vez,
que eles adivinhassem primeiro qual era o sonho seja o motivo, pois o rei tinha
certeza que seus magos lhe dariam uma resposta. E o rei conta seu sonho a
Daniel:
10
Eram assim as visões da minha cabeça quando eu estava no meu leito: eu
estava olhando e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande;
11
crescia a árvore e se tornava forte, de maneira que a sua altura chegava
até ao céu; e era vista até aos confins da terra.
12 A
sua folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e havia nela sustento para
todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam
morada nos seus ramos, e todos os seres viventes se mantinham dela.
13 No
meu sonho, quando eu estava no meu leito, vi um vigilante, um santo, que descia
do céu,
14
clamando fortemente e dizendo: Derribai a árvore, cortai-lhe os ramos,
derriçai-lhe as folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de
debaixo dela e as aves, dos seus ramos.
15 Mas
a cepa, com as raízes, deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze,
na erva do campo. Seja ela molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja, com
os animais, a erva da terra.
16
Mude-se-lhe o coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe
seja dado coração de animal; e passem sobre ela sete tempos.
17
Esta sentença é por decreto dos vigilantes, e esta ordem, por mandado
dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre
o reino dos homens; e o dá a quem quer e até ao mais humilde dos homens
constitui sobre eles.
18
Isto vi eu, rei Nabucodonosor, em sonhos. Tu, pois, ó Beltessazar, dize
a interpretação, porquanto todos os sábios do meu reino não me puderam fazer
saber a interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses
santos.
Este
sonho colocava o dedo de Deus na ferida do rei. Ele reconhece a ineficiência
dos seus magos e a grandeza da sabedoria de Daniel. Acontece que como esta
mensagem era de Deus e era uma mensagem que exigia mudança de vida os magos não
tinham competência para transmitir esta mensagem ao rei, mas tão somente um
servo de Deus transformado pelo poder de Deus. Daniel sim tinha esta autoridade,
pois era servo do Deus Altíssimo e transmitiu ao rei a Palavra de Deus.
B) A Interpretação Corajosa
de Daniel ao Sonho do Rei
E
como a pregação da Palavra de Deus nunca é fácil, quando Daniel ouve o sonho
ele se turba, porque a mensagem não era boa e entregar um recado destes ao rei não
era tão simples.
19
Então, Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o turbavam.
Então, lhe falou o rei e disse: Beltessazar, não te perturbe o sonho, nem a sua
interpretação. Respondeu Beltessazar e disse: Senhor meu, o sonho seja contra
os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos.
A
mesma dificuldade que Natã teve ao confrontar Davi no seu pecado, a mesma
dificuldade que João Batista teve ao confrontar Herodes, Daniel também a
encontra neste momento, porque a mensagem que ele tem que entregar para o rei é
grave, é seríssima e é contra ele. Em Israel, muitos profetas morreram por
terem de falar mensagem semelhante. Ele começa dizendo que a árvore frondosa, que
cresceu e tornou-se notória, grande, poderosa, esplêndida era o próprio rei.
20 A árvore que viste, que cresceu e se
tornou forte, cuja altura chegou até ao céu, e que foi vista por toda a terra,
21
cuja folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e em que para todos
havia sustento, debaixo da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos
ramos as aves do céu faziam morada,
22 és tu, ó rei, que cresceste e vieste a ser
forte; a tua grandeza cresceu e chega até ao céu, e o teu domínio, até à
extremidade da terra.
E
Daniel continua na sua interpretação:
23
Quanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, que descia do céu e que
dizia: Cortai a árvore e destruí-a, mas a cepa com as raízes deixai na terra,
atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; seja ela molhada do
orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem
sobre ela sete tempos,
24
esta é a interpretação, ó rei, e este
é o decreto do Altíssimo, que virá contra o rei, meu senhor:
A
ordem para cortar a árvore vem do céu, como um decreto do Deus Altíssimo. E
Daniel passa ao rei o que Deus decretou:
25 serás expulso de entre os homens, e a tua
morada será com os animais do campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e
serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti,
até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a
quem quer.
O
significado é que o rei seria expulso de entre os homens para morar com os
animais do campo como um bicho. Mas não seria para sempre, havia um tempo
determinado:
25
serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do
campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do
céu; e passar-se-ão sete tempos por cima
de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos
homens e o dá a quem quer.
Quanto
tempo? Não sabemos! A Bíblia não fala se eram sete dias, sete semanas, sete
meses ou sete anos, fala apenas que eram sete tempos, e como o número sete na
Bíblia é o número da perfeição, é o tempo suficiente para Deus realizar a sua
obra na vida daquele homem, porque em tudo isso havia um propósito:
25
serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do
campo, e dar-te-ão a comer ervas como aos bois, e serás molhado do orvalho do
céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens
e o dá a quem quer.
Este
era o propósito, a conversão do rei, ou seja, até que reconheça que o Altíssimo
tem domínio sobre o reino dos homens. E olha a misericórdia de Deus, depois que
o rei passar pela humilhação e quebrantamento, Deus mesmo vai restaurá-lo:
26
Quanto ao que foi dito, que se deixasse a cepa da árvore com as suas
raízes, o teu reino tornará a ser teu,
depois que tiveres conhecido que o céu domina.
Isso
nos faz lembrar o Salmo 103 que diz:
8 O SENHOR é misericordioso e compassivo;
longânimo e assaz benigno.
9 Não repreende perpetuamente, nem conserva
para sempre a sua ira.
10 Não nos trata segundo os nossos pecados,
nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades.
11
Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua
misericórdia para com os que o temem.
12
Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.
13 Como um pai se compadece de seus filhos,
assim o SENHOR se compadece dos que o temem.
14
Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó (Sl 103.8-14).
Mesmo
sendo dura a mensagem Daniel a transmite em sua íntegra. Isso nos desafia a
sermos fiel na pregação do Evangelho, a não relativizar a mensagem do
Evangelho, a não pregar um Evangelho brando com medo de ferir e afugentar as
pessoas, a não ter receio de falar do Diabo, falar dos demônios, falar do
inferno e a falar do juízo de Deus. Sejamos ousados ao transmitir o Evangelho e
deixa que os resultados provenham do Espírito de Deus.
C) A Mensagem Oportuna de
Daniel ao Rei
Daniel
aproveita a oportunidade e dá um conselho ao rei e ele não abranda as coisas
para o rei não, ele diz:
27
Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados e em tuas iniquidades,
usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade.
O
conselho de Daniel para o rei era que o rei pudesse refletir e pensar acerca da
sua situação. O bom pregador é aquele que aproveita as oportunidades. Esta foi
a interpretação do sonho e o sonho se cumpriu literalmente.
D) O Cumprimento Fiel da Palavra de Deus
28
Todas estas coisas sobrevieram ao rei Nabucodonosor.
29 Ao
cabo de doze meses, passeando sobre o palácio real da cidade de Babilônia,
Depois
de algum tempo de ter ouvido a mensagem de Deus Nabucodonosor estava feliz e
calmo passeando no palácio a despeito do solene aviso de Deus. Pode imaginar
uma coisa dessas? Depois de uma palavra em que lhe fora dito que ele iria comer
capim com bois, iria perder seu reino, já que ele não queria ouvir a voz de
Deus o rei não leva a sério esta palavra e continua vivendo a vida
gostosamente, passeando pelo seu palácio, como se nada estivesse acontecendo,
como se Deus não tivesse falado nada.
30
falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?
Ele
exalta-se em vez de dar glória a Deus.
Eu, meu, minha. Ele era a causa, o meio e a finalidade de tudo que
acontecia no seu reino. Tudo girava em torno da realeza imperial. Ele não
enxerga ninguém além dele mesmo, é alguém que se coloca no pedestal, que quer
que os outros o adorem e ele mesmo adora a si mesmo. A Bíblia diz que a soberba
precede a ruína. Em vez de reconhecer Deus, este homem se exalta e a
autoexaltação torna o homem cego, tolo e endurecido.
31 Falava ainda o rei quando desceu uma
voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino.
32
Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do
campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por
cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens
e o dá a quem quer.
33 No mesmo instante, se cumpriu a palavra
sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os homens e passou a comer erva
como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe
cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves.
Tudo
o que Daniel falou para o rei aconteceu literalmente. Nabucodonosor, em vez de
se humilhar, não atendeu a mais este alerta de Deus e por isso foi arrancado do
trono, expulso de entre os homens para viver como um animal do campo pelo tempo
designado por Deus.
Veja
que a prosperidade, a fama, a exaltação não é a garantia de segurança. A
prosperidade não é garantia contra a adversidade. Nabucodonosor era rei de
reis, um grande conquistador, um verdadeiro estadista, um guerreiro por
excelência, um construtor de visão alargada, pois tinha feito da Babilônia a
mais esplêndida cidade do mundo. Ele era um homem que tinha poder, riqueza e
fama. Seu reino era glorioso e extenso. Apesar de toda esta pompa e glória e
poder Deus o arrancou do trono, Deus o levou para o campo, Deus fez dele um
bicho, um animal, e ele nada pôde fazer para evitar que isso acontecesse. E
permaneceu assim até que acontecesse a sua conversão:
34 Mas ao fim daqueles dias, eu,
Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e
eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo
domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.
A
conversão de Nabucodonosor pode ser vista através de evidências: Ele glorifica
a Deus: e eu bendisse o Altíssimo, e
louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre. Este homem, ao olhar para
cima, agora começa a glorificar a Deus. Até agora ele só olhava para baixo,
para a terra. Como aquele rico insensato que construiu só para esta vida e Deus
o chamou de louco. Muitos levantam os olhos tarde demais como o rico que
desprezou Lázaro. Ele levantou seus olhos, mas já estava no inferno. Você tem
glorificado a Deus diante de tantas oportunidades que Deus tem lhe dado? Ou você
tem cometido a loucura desse homem. Este é o tempo que temos para nos curvar
ante ao Deus todo poderoso. E o rei continua em seu testemunho:
35
Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a
sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há
quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
Ele
confessa a soberania de Deus. O propósito de Deus foi alcançado. Agora ele
entende que não há Deus além do Senhor. Não há quem pode deter a mão de Deus e
lhe dizer o que fazes? Deus é soberano. Não era ele, Nabucodonosor o soberano,
era Deus. E o rei também testemunha a sua restauração. Ele se volta para Deus e
Deus na sua misericórdia ainda se compadece dele e restaura o seu reino.
36 Tão
logo me tornou a vir o entendimento, também, para a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha majestade e o meu
resplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; fui
restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária grandeza.
E
por fim aquele homem adora a Deus:
37
Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu,
porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode
humilhar aos que andam na soberba.
Agora
ele não adora ao Deus dos outros, ele adora ao Deus da sua vida. Esta é a obra
de Deus, e o que ele pode fazer para salvar um homem.
03 – A SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO DO
HOMEM
Esta
é a principal lição dessa história e ela nos mostra alguns aspectos
maravilhosos da ação de Deus na salvação do homem. E o que vemos primeiro?
A)
A Dureza do Coração do Homem que Rejeita Ouvir a Voz de Deus
Não
dar atenção a um alerta é muito perigoso. Nabucodonosor estava calmamente
passeando pelo palácio depois de uma palavra de alerta vindo de Deus. Do mesmo
modo quantas pessoas estão hoje vivendo uma calma perigosa, vivendo de uma
maneira tranquila, dormindo o sono da morte, quando na verdade deveriam era
estar clamando por misericórdia, deveriam mesmo era estar com o rosto em terra.
Jesus começou o seu ministério dizendo: Arrependei-vos,
porque está próximo o reino dos céus (Mt 3.2). Os apóstolos continuaram
este ministério dizendo: Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados (At 3.19).
Apocalipse mostra que o juízo de Deus é iminente, está pronto para acontecer e
alerta a todos a se arrependerem de seus pecados. A Igreja de Deus tem sido a
voz de Deus para alertar o mundo do iminente juízo de Deus, de que o fim dos
tempos está próximo, que a volta de Cristo está prestes a acontecer, mas apesar
de tantos alertas tudo o que vemos é o homem andando calmamente, vivendo
gostosamente a sua vida como se nada estivesse acontecendo.
O
problema é que o homem está vivendo perdido em seus pecados. E mais grave ainda
é que há um grande abismo debaixo de seus pés, de forma que inferno está de
boca aberta abocanhando os desavisados, os despercebidos, àqueles que estão
ignorando os alertas de Deus. Os demônios querem levar à perdição, junto com
eles, o máximo de pessoas que eles puderem antes que o tempo deles se acabe. E
diante disso o homem está calmo e tranquilo, só que prestes a cair no abismo,
sem parar para imaginar o destino trágico de sua alma. Ah! Se ele pudesse
perceber o perigo em que se encontra a sua alma, ele cairia com o rosto em terra
e gritaria por socorro. Portanto, o tempo é de emergência e não de folia.
Deus
deu um tempo para Nabucodonosor se arrepender. A palavra era uma palavra séria,
solene para ele, mas ele não mudou o rumo de sua vida, não mudou o curso de sua
vida. Aquele homem continuou endurecido, rebelde, soberbo e não se curvou
diante da Palavra de Deus. Depois de um ano que o rei escuta a Daniel e não se
arrepende Deus envia o juízo e tudo o que Deus falou aconteceu na vida daquele
homem. Da mesma maneira, durante séculos, Deus tem alertado a humanidade e ela
tem desprezado o alerta de Deus. A Bíblia diz que Deus está velando à porta do
pecador para lhe abrir os olhos. Jesus falou: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a
porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo (Ap 3.20). Mas
o homem tem fechado a porta de seu coração para Jesus e de repente chegará
sobre ele o juízo de Deus e o homem não terá escapatória.
B) O
Quebrantamento do Homem Impenitente
É
o que pode acontecer quando o homem endurece o seu coração diante de Deus. E
como Deus opera este quebrantamento no homem? Não é exaltando-o, mas o
humilhando. É assim que Deus quebranta as pessoas. E este processo de
quebrantamento do homem vem do céu; é intervenção divina. Por isso é Deus quem
quebra o orgulhoso e é Deus quem fere o soberbo. E sabe por quê? Porque quando
o homem não escuta a voz da graça, ouve a voz do juízo de Deus. Quem não escuta
a misericórdia divina vai ter que confrontar a ira divina. Sempre que o homem não
escutar a voz da graça ele vai escutar a trombeta do juízo. Deus abriu para o
homem a porta da misericórdia e do arrependimento, se ele não quiser entrar por
ela Deus o empurra para o corredor do juízo. Foi o que aconteceu com
Nabucodonosor.
E
olha que este quebrantamento pode ser repentino, porque a paciência de Deus tem
limite. O cálice da ira de Deus se enche. Chega um ponto que Deus diz: Basta!
Portanto louco é aquele que zomba do pecado, porque horrível coisa é cair nas
mãos do Deus vivo. Por isso cuidado, porque o homem que muitas vezes endurece a
sua cerviz será quebrado repentinamente. Foi isso que Deus fez com
Nabucodonosor.
E
este quebrantamento é terrível. O rei ficou louco. Deus o fez descer ao fundo
do poço, colocando nele uma doença, uma enfermidade em que ele perdeu a razão,
ele perdeu o equilíbrio emocional e o equilíbrio mental. Deus tirou o seu
entendimento. Ninguém pôde ajudá-lo, mesmo ele sendo o homem mais rico e mais
poderoso da terra. Nem a sua riqueza pôde livra-lo e evitar aquele desastre,
nem um médico da Babilônia pôde curar a sua doença, ninguém pôde tirá-lo desse
poço fundo em que ele caiu. Nada pôde deter a mão de Deus de exercer o juízo
sobre ele.
Quem
reluta em se prostrar vai ser quebrantado ou vai perecer eternamente. Não há meio
termo, não há outra possibilidade, quem resiste e endurece só tem dois caminhos:
Ou vai ser quebrantado ou vai perecer eternamente. Deus pode tornar qualquer
pessoa louca. Quem sabe como Deus reagirá à sua constante rejeição, a despeito
das constantes advertências. Deus pode quebrar você sem que haja cura. Deus não
despreza o coração quebrantado. Erga seus olhos ao céu enquanto é tempo. O
tempo de Deus é agora. É melhor ser quebrado por Deus agora do que perecer
eternamente no inferno. Reconheça hoje a soberania de Deus na sua vida e
volte-se para o Senhor!
C)
A Conversão do Homem Quebrantado
Deus
é tão bom e maravilhoso que mesmo quando Ele exerce o seu juízo Ele se lembra
da misericórdia. Porque o propósito de Deus em agir assim na vida de uma pessoa
não é para destruir, mas sim abrir os olhos dessa pessoa e o levar à conversão.
Por isso Deus, às vezes, pode levar você ao fundo do poço para que você abra os
olhos e veja que Deus é Deus, para que você se renda aos seus pés e reconheça
que somente Ele é digno de ser adorado.
Deus
se manifestou esplendidamente por três vezes na vida de Nabucodonosor. Por
último Deus deu um tempo para ele se arrepender senão seu juízo viria contra a
sua vida e o tiraria da sua zona de conforto. Ele não ouviu a Deus, veio o
juízo e este homem foi jogado junto com os animais. Depois de um tempo, Nabucodonosor
levanta os olhos e finalmente vê a Deus que restaura sua saúde e sua vida. Veja
que Deus o mandou comer capim para não o mandar para o inferno. Essa é a
eleição da graça, que leva o homem ao fundo do poço e depois o tira de lá. E o
Deus que fere é o Deus que cura, o Deus que humilha também é o Deus que exalta.
Até então Nabucodonosor dizia que Deus era o Deus que liberta, mas não se
referia a Ele como o seu Deus, e sim o Deus dos outros, até que Deus o converte
e o salva e Deus passa a ser o Deus de sua vida.
Percebeu
como Deus salva? Primeiro o homem precisa ser confrontado com o seu pecado, ele
precisa saber que está perdido, ele precisa reconhecer sua indignidade, ele
precisa ser humilhado para finalmente ser quebrantado, porque no céu só entra
pessoa quebrantada. Nabucodonosor tocava trombeta para si mesmo. Gostava de
viver sob as luzes da ribalta. Aplaudia a sua própria glória. Adorava e
exaltava a si mesmo. Deus, então, o humilhou, jogou-o no pó, mandou-o para o
pasto comer grama, tirou suas roupas palacianas, molhou o seu corpo com o
orvalho do céu e suas unhas esmaltadas viraram cascos. Esta é a graça soberana
de Deus. Sabe por quê? Porque não é com todo mundo que Deus age assim. Com
Belsazar Deus o destruiu no meio de sua prática do pecado, Deus tirou a vida
dele sem dar a ele mais chance de se arrepender. Do mesmo modo Deus fez com
Herodes quando ele estava acolhendo os aplausos do povo como se fosse um Deus e
morreu comido de vermes.
Algumas
pessoas chegam até a reconhecer as virtudes de Deus, mas nunca se rendem aos
seus pés, nunca se curvam diante dele. Mas cuidado, porque Deus pode ir até às
últimas consequências se o plano dele é salvar você, Deus vai ao fundo do poço
com você, mas Ele não desiste de você, Ele não abre mão de você. Por isso, se
Deus tem um plano na sua vida você pode tentar fugir, pode tentar fechar seu
coração, pode tentar fechar seus olhos, pode tentar driblar Deus, pode tentar
escapulir de Deus, mas Deus vai às últimas consequências sem desistir de você,
até que você se dobre.
D) A Paciência Generosa de Deus
Deus
não derrama o seu juízo antes de chamar ao arrependimento. Deus deu doze meses
para Nabucodonosor se arrepender. Depois de um ano que o rei escuta a Daniel e
não se arrepende Deus executa o seu juízo. A palavra era uma palavra séria,
solene para ele, mas ele não mudou o rumo de sua vida, não mudou o curso de sua
vida, ele continuou impenitente, endurecido, rebelde, soberbo e ele não se
curvou diante da Palavra de Deus.
Assim que Jesus foi elevado aos céus, as
pessoas imaginavam que a sua volta se daria ainda naquela geração. Aos poucos,
com os ensinos dos apóstolos, foi se percebendo que a volta de Cristo se daria
em um futuro ainda distante. Desde então a Igreja tem esperado ansiosamente
pela volta de Cristo. E porque ela não ocorreu ainda? Pedro, falando sobre
isso, nos responde: Não retarda o Senhor
a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo
para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao
arrependimento (2 Pd 3.9). Jesus não voltou ainda pela paciência e pela
generosidade de Deus que não deseja a perdição de nenhum de seus filhos.
Deus
está esperando que todos os que nasceram ou hão de nascer sejam salvos? Não!
Deus está aguardando a salvação de seus filhos! E quem são eles? São todos
aqueles que ouvem a pregação do Evangelho e aceitam a Jesus Cristo como seu
único Salvador. A Bíblia diz: Mas, a
todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, aos que crêem no seu nome (Jo 1.12). São por estes que Jesus
intercedeu em sua oração sacerdotal quando falou: É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me
deste, porque são teus (Jo 17.9). Jesus estava intercedendo porque estava
partindo e deixando suas ovelhas no meio de lobos: Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou
para junto de ti... (Jo 17.11). Mas a vontade de Jesus era de não se
separar de suas ovelhas: Pai, a minha
vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste... (Jo
17.24). Mas era necessário Ele partir e abrir o tempo da graça para a pregação
do Evangelho. Por isso que a pregação do Evangelho em todo o mundo é a última
profecia a ser cumprida: E será pregado
este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim (Mt 24.14).
É
o que está acontecendo hoje. Os filhos de Deus estão pregando o Evangelho a
todos, pois não sabemos quem são os escolhidos de Deus, para que estes, ao
ouvirem a voz do Evangelho, se arrependam dos seus pecados e se convertam a
Cristo. É por isso que alguém lhe aborda na rua para lhe entregar um folheto, é
por isso que alguém lhe faz uma visita e lê a Bíblia, é por isso que alguém lhe
convida para ir à igreja, para que ouças a voz do Evangelho e te tornes
indesculpável caso não aceite a salvação de Deus. E é justamente isso que Jesus
quis dizer quando falou: Mas vós não
credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha
voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais
perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão (Mt 10.26-28). Entendeu a
paciência de Deus? Porque quando Jesus Cristo voltar a pregação do Evangelho
cessará.
Deus
nunca derrama o seu juízo antes de chamar ao arrependimento. Ninguém, no
inferno, poderá dizer que está lá porque nunca ouviu a pregação do Evangelho.
Noé pregou durante 120 anos. Sodoma teve o testemunho de Ló. Jerusalém, antes
de ser levada cativa, ouviu o brado dos profetas que a convocou ao
arrependimento. E Deus tem falado ao mundo através do Evangelho. Não sei como
você tem reagido quando ouve o Evangelho, se você tem resistido à voz de Deus,
se você tem adiado sua decisão, se tem deixado para depois a entrega
incondicional de sua vida a Jesus, mas Deus não quer que você pereça e Ele tem
lhe dado muitas oportunidades. Deus está dando para você, hoje, mais uma
chance, mais uma oportunidade, e assim como a porta da Arca um dia se trancou e
ninguém mais pode entrar, assim também a oportunidade da graça cessará e não
haverá mais oportunidade de arrependimento e de salvação. Pense nisso com muita
seriedade, porque esta é uma mensagem muito solene para você!
CONCLUSÃO
Esta
história nos leva a nunca desistir da conversão de qualquer pessoa. Aquele que
arruinou Jerusalém, que destruiu o templo, que carregou os vasos sagrados do
templo, que esmagou a cidade, que levou cativo o povo, que adorava deuses
falsos e era cheio de orgulho foi convertido. Não há coração tão duro que Deus
não possa quebrantar e converter. Nabucodonosor era o homem mais poderoso do
mundo e se esse homem foi convertido, podemos crer que não há conversão
impossível para Deus. Portanto, todos podem se converter. Por isso, creia na
conversão do ateu, do agnóstico, do cínico, do apático, do blasfemo, do
feiticeiro, do idólatra, do viciado, da prostituta, do homossexual, do drogado,
do assassino, do presidiário, do político, do universitário, do patrão, do
cônjuge, do filho, dos pais. Creia! Evangelize! O Deus que salva está no Trono.
Isso deve nos levar a ter mais ousadia na evangelização, porque para Deus não
há impossíveis.
Também
nos ensina que a razão porque alguém ainda não se converteu é porque ainda não
está suficientemente quebrantado. O que falta para você se humilhar diante de
Deus, para se dobrar aos pés do Deus todo poderoso? Você é muito orgulhoso para
se prostrar? Acha-se muito importante ou bom demais para se humilhar? Cuidado!
Deus pode ir às últimas consequências para te quebrantar. O grande perseguidor
da igreja, Saulo de Tarso, só é convertido quando Jesus o joga no chão e ele,
cego, humildemente se volta para Jesus quebrantado. Jesus não veio chamar
justos, mas pecadores. Não veio curar os que se julgam sãos, mas os que
reconhecem que são doentes e carentes.
Esta
história é um alerta para a nossa geração, a geração do prazer, a geração que
não quer pensar no destino da alma, a geração que tapa os ouvidos à voz de
Deus. Muitos estão como Nabucodonosor, que diante da iminência do perigo está
passeando e curtindo a vida, fechando os ouvidos às advertências de Deus. Que
Deus te abençoe a abrir-lhe os olhos para entender a gravidade desta situação,
do que é um homem viver calmamente enquanto ele está em perigo de morte. Dê
toda a sua atenção ao alerta de Deus, não endureça o seu coração, não rejeite o
convite de Deus, não faça parte do caminho do homem impenitente, porque o
caminho que ele segue é caminho de morte, e assim ele segue para o inferno e lá
terminará toda a sua alegria e os seus risos se transformarão em lágrimas. Que
Deus te abençoe! Amém!
Luiz Lobianco
luizlobianco@hotmail.com
Bibliografia
principal:
Bíblia
Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e
Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.
Rev. Hernandes Dias Lopes: Estudos sobre o livro de Daniel
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