Para Refletir

Há momentos na vida difíceis de serem suportados, em que a única vontade que sentimos é de chorar, pois parecem arruinar para sempre nossa vida. Quando um destes momentos chegar, lembre-se que ainda não chegou o fim, que a sua história ainda não acabou e que ainda há esperança. Corrie Ten Boom disse: "não há abismo tão profundo que o amor de Deus não seja ainda mais profundo". Este amor você encontra aqui, um lugar de esperança, consolo e paz, e aqui encontrará a oportunidade de conhecer a verdadeira vida, uma vida abundante com Cristo.

sábado, 27 de maio de 2023

ROMANOS: O EVANGELHO DE DEUS

Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor, por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios, de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo. A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo (Rm 1.1-7).

INTRODUÇÃO:

Através dos séculos a Igreja tem afirmado, ensinado, que Deus salva pecadores mediante a fé em Jesus Cristo. Essa é a mensagem característica do Evangelho e é a mensagem da Igreja verdadeiramente cristã. A Igreja cristã tem muitas atividades no mundo, ela faz obras sociais, ela atende a necessitados, ela se posiciona diante da cultura, ela se insere na sociedade, mas a Igreja cristã é conhecida porque dela ressoa a mensagem das boas novas do Evangelho de Deus, a qual diz:

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).

Desde o seu início a Igreja cristã vem proclamando esta verdade que é conhecida como o Evangelho de Deus, que nada mais é do que as boas notícias da parte de Deus. Mas desde o início também, a História nos mostra o quanto a Igreja cristã tem tido que lutar para preservar essa mensagem pura.

Logo no primeiro século começaram a aparecer distorções e apresentações falsas dessa mensagem. Já na época do apóstolo Paulo havia os judaizantes, que eram judeus convertidos ao cristianismo que diziam que as boas novas eram o seguinte: Você cria em Cristo para ser o seu Salvador, mas você tinha que guardar as obras da lei que Moisés havia ordenado. E pela visão dos Apóstolos isso é considerado uma distorção do Evangelho, porque o Evangelho é que Deus nos salva gratuitamente pela fé em Cristo Jesus independentemente das nossas obras.

Na mesma época apareceram os libertinos, ainda no período dos Apóstolos. Eram pessoas que diziam: O Evangelho é uma notícia boa demais. Deus nos salva pela fé em Cristo Jesus, logo não importa de que maneira eu viva, não importa o que eu faça, eu serei salvo de qualquer maneira. E aí aproveitavam a graça de Deus como uma desculpa para viver em pecado, o que é outra degeneração do Evangelho

No século segundo aparece uma outra versão do Evangelho chamado gnosticismo, que era uma tentativa de misturar a fé cristã com as categorias do pensamento helênico, da filosofia grega, das religiões de mistérios. Mais outra distorção do Evangelho exigindo que a Igreja combatesse aqueles mestres, discutissem com estes e para a glória de Deus finalmente ganhassem a batalha.

No século quatro aconteceu algo que impactou muito, que foi quando veio a institucionalização da Igreja. A Igreja, de repente, virou uma grande instituição, virou uma grande hierarquia, encabeçada por um papa infalível durante a Idade Medieval e doutrinas estranhas entraram na Igreja, tais como adoração a Maria, mediação de Maria, veneração dos santos, oração pelos mortos, a doutrina do purgatório entre outras. E mais uma vez foi dito que a salvação é pelas obras junto com a fé em Jesus Cristo.

E depois que isso foi vencido pela reforma protestante, aí vem o liberalismo teológico, com estudiosos na Alemanha, depois na Inglaterra e finalmente em toda a Europa, passando para os Estados Unidos e chegando ao Brasil, dizendo que a Bíblia está cheia de erros e que nós vivemos na Idade da Razão, que a ciência já mostrou que Deus não existe, que nós não precisamos de Deus, que a Bíblia, na verdade, é uma coleção de mitos, que a boa notícia é simplesmente que Jesus era um profeta, um ensinador de moralidade, de ética e que os seus discípulos é que inventaram todas essas histórias a respeito dele, de que Ele morreu crucificado e depois ressuscitou, coisas dessa natureza. E novamente a Igreja teve que brigar pela pureza do Evangelho.

E vencido o liberalismo teológico em parte, porque como o movimento ele já praticamente se extinguiu, a Igreja, agora, tem que enfrentar outras versões do Evangelho, que é o evangelho da prosperidade, a teologia da libertação. São igrejas que fazem o Evangelho ser simplesmente a chave que dá acesso a Deus e que este dá trabalho, dá emprego, dá saúde, dá casamento, dá prosperidade, carro do ano e etc. E tudo isso para quem o busca. Dizem que se você fizer campanha, entregar o dízimo e ofertas volumosas, se você fizer sacrifício Deus vai te libertar e você vai ter prosperidade. E mais outra vez lá vai a Igreja ter que brigar pelo Evangelho para mantê-lo puro.

Em todas as gerações a Igreja tem sido obrigada a lutar pela fé evangélica porque há distorções o tempo todo. E nós vivemos numa época em que existe também muitas distorções a respeito daquilo que são as boas notícias da parte de Deus. Por isso que é importante sempre nós voltarmos às Escrituras e fazer essa pergunta: O que é o Evangelho? Estamos nele? Estamos no Evangelho original, puro e simples? É este o Evangelho em que cremos?

É por esse motivo que nós estamos iniciando hoje uma série de estudos na Carta aos Romanos. E hoje nós temos diante de nós o prefácio e a saudação dessa carta que Paulo escreveu. No texto básico acima o Apóstolo Paulo segue o padrão que era costumeiro naquela época de quem escrevia uma carta, ele se apresenta, diz o seu nome, dá algumas explicações a respeito da sua pessoa, identifica os destinatários a quem a carta é dirigida e faz um voto que é uma espécie de desejo, de paz e bênçãos para aqueles que ouvem.

Só que essa introdução que tem sete versículos é maior do que o normal. Se você comparar, inclusive, com outras cartas que o Apóstolo Paulo escreveu e que estão no Novo Testamento, ela é incomum porque ela é bem extensa essa introdução. E aqui Paulo não somente diz o seu nome, mas ele apresenta as suas credenciais, quem ele é e em seguida ele apresenta este Evangelho para o qual ele foi chamado por meio de Jesus Cristo.

Paulo se dirige aos romanos, aos crentes da cidade de Roma, dizendo para eles que eles são amados de Deus e assim por diante. E qual a razão para isso? O motivo é que Paulo estava planejando visitar a Igreja que estava na cidade de Roma, ele queria gastar um tempo com eles, queria ter comunhão com eles, ser edificado por eles, ele vai dizer isso a partir do verso oito. Só que Paulo não era conhecido da Igreja de Roma, ele não fundou a Igreja de Roma. E ele não era conhecido pessoalmente. Certamente a fama de Paulo já tinha chegado na cidade de Roma, mas ele não era conhecido pessoalmente.

E Paulo sabia que tinha uns boatos a respeito dele do tipo assim: De que ele era um mercenário, de que ele plantava Igrejas e pregava o Evangelho para arrecadar dinheiro em fundo próprio, de que ele tinha intenções equivocadas e que Paulo era um apóstata do judaísmo porque Paulo pregava contra Moisés, pregava contra o Templo, contra as gloriosas instituições da Antiga Aliança.

Paulo sabia de tudo isso e Paulo queria que a Igreja de Roma o aceitasse como missionário, porque ele tinha planos de pregar o Evangelho na Espanha. E se você olhar no mapa a Espanha estava lá em cima e Roma estava exatamente no caminho. A Igreja de Roma era uma igreja que poderia servir de base para o projeto missionário de Paulo.

Então, ele escreve essa carta com o objetivo de se apresentar e de apresentar o Evangelho que ele prega. E ele faz isso explicando e já antecipando aquelas objeções que algumas pessoas deveriam levantar do tipo assim: Paulo, você tá pregando que a salvação é pela fé, mas, então, para que que serve a Lei? Paulo, você tá dizendo que a salvação é mediante a fé em Jesus Cristo, mas e aí? Como fica o Antigo Testamento e os sacrifícios? Como é que fica a nação de Israel? E enfim, todas aquelas acusações e perguntas e críticas que eram feitas é com relação a Paulo e ao Evangelho que ele pregava e vivia. Então, a Carta aos Romanos é uma carta missionária em que o Apóstolo Paulo expõe quem ele é, o Evangelho que ele prega, com o objetivo de ganhar o apoio da Igreja de Roma para pregar o Evangelho na Espanha.

É por isso que aqui nessa introdução ele já dá um resumo da carta. Ele diz quem ele é e o objetivo ao fazer isso é assegurar os romanos de que ele não é um mercenário. Ele diz quem ele é, ele diz qual é o Evangelho que ele prega, qual o conteúdo desse Evangelho, de quem ele recebeu e ele estabelece uma relação entre o Evangelho e a Antiga Aliança, as promessas de Deus no Antigo Testamento e ele se dirige aos romanos como sendo parte do propósito de Deus que é levar esse Evangelho não somente à nação de Israel, mas também ao mundo todo.

O objetivo desse estudo é fazer a exposição desses versos iniciais da Carta aos Romanos, focando naquilo que Paulo nos ensina a respeito do Evangelho. Ao fazermos isso nós estamos voltando à proposição original a qual é a pergunta: O que é o Evangelho? E o que é o Evangelho? Creio que a Carta aos Romanos é o melhor lugar para a gente responder a essa pergunta, porque Paulo escreveu exatamente para isso, para explicar aos romanos o que é o Evangelho, este Evangelho que ele prega.

01 – O EVANGELHO É O EVANGELHO DE DEUS:

Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus...

Em primeiro lugar, o que Paulo nos ensina é que o Evangelho é de Deus. E Paulo, além de citar o seu nome, ele apresenta três credenciais e todas elas têm a ver com o fato de que o Evangelho é de Deus.

a) Paulo diz que é um servo de Jesus Cristo:

A palavra “servo” significa literalmente de que ele é um escravo de Jesus Cristo. Ao usar essa expressão o apóstolo Paulo está indicando a sua devoção a Jesus Cristo e a sua submissão a Ele. Paulo é um escravo de Jesus Cristo e os seus leitores entenderiam isso muito bem, pois estima-se que havia cerca de cem milhões de escravos no Império Romano. A escravidão era uma instituição reconhecida e legalizada naquela época. O escravo não tinha direito a nada, nem a vida, e ele dependia totalmente do seu senhor e vivia para obedecer ao seu senhor, os romanos. Nenhum Romano nunca se chamaria de escravo porque eles eram muito altivos, eles eram os dominadores do mundo da época.

Mas Paulo não tem receio de se apresentar àqueles crentes de Roma como sendo um escravo de Jesus Cristo e ao fazer isso ele coloca Jesus Cristo como Senhor, como alguém de quem você pode ser um servo, um escravo e dedicar afeição, obediência e submissão absoluta a Ele. Paulo se apresenta dessa forma em primeiro lugar como escravo de Jesus Cristo.

b) Paulo traz aqui para os seus leitores é que ele foi chamado para ser Apóstolo:

E é de propósito que ele diz isso. Não foi ele que se constituiu um Apóstolo, mas ele foi chamado por Deus para ser um Apóstolo. A palavra Apóstolo significa alguém que é enviado e indicava naquela época uma espécie de delegação, uma pessoa que recebia autoridade de outra para representá-lo nos negócios.

O termo “apóstolo” tinha sido usado um pouco antes do Apóstolo Paulo, no mundo romano e grego, para designar os comandantes dos navios que eram enviados de um determinado porto levando uma carga para ser entregue em outro porto. O nome primeiro do navio era apóstolo, depois virou do comandante do navio e finalmente virou uma espécie de preposto, alguém que vai com autoridade de outro representar em algum negócio.

Cristo instituiu apóstolos, pessoas que Ele chamou e deu representação de si mesmo, deu poderes especiais, missão especial; deu uma tarefa específica. E Paulo disse que ele é um desses Apóstolos, é uma dessas pessoas especiais que Deus levantou para serem representantes de Cristo e levar avante os negócios de Cristo aqui nesse mundo. Só que Paulo disse que não foi ele que se colocou Apóstolo, mas ele foi chamado por Deus.

A origem do seu apostolado é na vontade de Deus e ele sem dúvida está se referindo ao que aconteceu naquele dia em que ele foi para a cidade de Damasco, como fariseu, como judeu, perseguidor do Evangelho, com o objetivo de encontrar cristãos e os trazer presos para Jerusalém para serem julgados e quem sabe até mortos. E no caminho de Damasco, nessa missão que ele tinha recebido da alta liderança dos judeus, Cristo aparece a Paulo no caminho. Cristo ressurreto aparece no seu corpo glorioso diante de Paulo e ali ele não somente traz aquele fariseu arrogante aos seus pés, mas também lhe dá uma missão e lhe disse: Eu te levantei para serdes a minha voz e o meu representante em todas as nações do mundo. Naquele dia Paulo foi convertido a Cristo e ali ele recebeu o chamado, ele foi constituído Apóstolo, chamado por Deus para pregar o Evangelho e para lançar as bases da Igreja.

c) Paulo diz que foi separado para o evangelho de Deus:

Paulo quer dizer que naquela ocasião ele foi separado para pregar o Evangelho de Deus. Deus o separou ali para pregar o seu Evangelho. Há um jogo de palavras aqui na língua grega que não aparece no português. É que a palavra “separado” em grego tem a mesma raiz da palavra “fariseu”. Ela tem as mesmas consoantes a mesma raiz. N nome fariseu apareceu a cerca de 300 anos antes de Cristo durante a guerra dos Macabeus, que foi uma revolução que os judeus fizeram porque não aceitavam a influência de potências estrangeiras dentro da sua religião e da sua cultura. Quem liderou esse levante foi um sacerdote chamado Macabeus, ele e toda a sua família. E desse movimento de reação contra a influência estrangeira em Israel surgiu o grupo dos racindins ou separados em grego. Portanto, os fariseus nasceram como sendo um grupo religioso dentro de Israel que queriam se separar da influência estrangeira. Eles queriam manter puros a tradição de Israel, a religião que Moisés havia entregado. É aí que surge o termo fariseu. O fariseu era alguém separado, ele não se misturava com as práticas pagãs, não se misturava com a idolatria, não queria saber da cultura helênica.

E aqui Paulo faz um jogo de palavras, porque Paulo tinha sido um fariseu e dos melhores, treinado aos pés de Gamaliel, mas agora Paulo é um fariseu, mas um fariseu de Jesus Cristo. Ele disse que Jesus o “separou” e esta é a mesma palavra para fariseu. Ele foi separado, ele que tinha sido antes um separado, um separatista, defensor da Lei de Moisés. Mas agora Deus, que lhe apareceu e o chamou para ser Apóstolo, diz: Agora você continua sendo separado, só que para pregar o meu Evangelho, o evangelho que eu te dou, as boas novas que procedem de mim. Então Paulo é um servo, separado para pregar o Evangelho de Deus, aquelas boas notícias que procedem de Deus.

O motivo desta apresentação que Paulo faz não é para se vangloriar, mas para se defender. Ele quer dizer que todas estas coisas têm origem em Deus, e que foi Deus quem fez dele um servo de Jesus Cristo, foi Deus quem o chamou no caminho de Damasco para ser um Apóstolo e foi Deus quem o separou para pregar o Evangelho. Com isso ele está dizendo que s boatos que correm a seu respeito, de que ele é um mercenário, que ele se fez Apóstolo, de que ele se coloca nessa posição, isso não procede. Ele está dizendo: Vocês conhecem a minha história, eu fui um fariseu, eu fui um perseguidor, eu era um servo das tradições do meu povo, mas Deus me transformou completamente e Ele me estabeleceu como pregador desse evangelho.

Paulo quer, então, assegurar aos romanos, a quem ele escreve, de que de fato ele é um servo de Jesus, separado para pregar o Evangelho e que esse Evangelho não é uma invenção dele, mas é o Evangelho de Deus, o mesmo Deus que o chamou, o mesmo Deus que o constituiu e o mesmo Deus que lhe deu o Evangelho, as boas notícias. E o objetivo de Paulo é apresentar esse evangelho na carta que ele está escrevendo, que é a carta aos romanos.

A primeira coisa que aprendemos aqui é que o Evangelho não tem origem humana, ele é a mensagem de Deus, do Deus que chamou e chama pessoas, que constituiu e constitui pessoas com o objetivo de, através delas, levar essa mensagem das Boas Novas aos povos da Terra.

02 – O EVANGELHO É UMA PROMESSA ANTIGA DE DEUS:

... o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras ...

Paulo está dizendo que esse Evangelho consiste na verdade em uma promessa que Deus havia feito. Deus havia prometido alguma coisa e que coisa foi essa que Deus prometeu? Lendo as Antigas Escrituras, começando no livro de Gênesis, nós vemos como Deus veio fazendo promessa lá no Jardim do Éden. No dia da queda Ele fez a promessa pela primeira vez, a promessa de a descendência da mulher virar alguém que esmagará a cabeça da serpente.

Depois, essa promessa se repete quando Ele chama um homem chamado Abraão e diz: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra. E depois, quando Ele dá a Lei à nação de Israel, os descendentes de Abraão, Ele coloca dentro da Lei as leis referentes aos sacrifícios de animais e diz que quando o Israelita pecar ele deve oferecer um animal e o sangue deve ser derramado e eu verei aquele sangue e eu o perdoarei. Era uma promessa que era baseado no sangue de alguém. Os profetas vieram e começaram a anunciar as boas notícias de que um dia Deus haveria de perdoar completamente o pecado do seu povo.

Isaías fala disso. Em Isaías 53 nós lemos de como Isaías descreve alguém que é chamado “o servo do Senhor”, que na cruz, em agonia e morte, está pagando, sofrendo pelos pecados do povo de Deus. E pelos sofrimentos dele, Deus, então, perdoa completamente o seu povo. O profeta Ezequiel fala de uma nova aliança. Deus prometeu fazer uma nova aliança e que perdoaria completamente o pecado do seu povo e que daria o Espírito Santo. O profeta Joel prometeu que Deus haveria de derramar o seu Espírito sobre toda a carne. Os profetas todos falaram a respeito dessa promessa de que Deus haveria de mandar um Salvador ao mundo.

Então, o Evangelho que Paulo prega não é uma coisa que ele inventou. Ele não inventou nada. Ele está simplesmente anunciando que aquilo que foi prometido Deus cumpriu em Cristo, que Jesus Cristo é o cumprimento de todas essas antigas promessas e que, portanto, a boa notícia de que Cristo é o Salvador está em perfeita harmonia com a Antiga Aliança, está em perfeita harmonia com os profetas. O Evangelho é simplesmente Deus agindo, dando sequência àquilo que Ele havia prometido no Antigo Testamento. No Velho Testamento você tem a promessa e no Novo Testamento você tem o comprimento. É isso que é o Evangelho.

Paulo vê o Antigo Testamento como sendo o registro santo dessa promessa. Por isso que é um erro muito grande para nós desprezarmos o Antigo Testamento. Nós gostamos muito dos Evangelhos, especialmente do Evangelho de João, que nos fala de amor e coisas bonitas. Lemos a história de Jesus nos Evangelhos, as cartas de Paulo, a sublimidade de Efésios, a majestade de Apocalipse e por aí vai. Não queremos saber muito do Antigo Testamento e quando gostamos é dos Salmos, e alguns especialmente do 23. Mas as Sagradas Escrituras são o registro dessas promessas e elas foram dadas por inspiração divina, elas nos mostram como Deus, desde o começo, desde o início, lá no Jardim do Éden, Ele vem dizendo que iria mandar um Salvador.

Nós não podemos entender o Novo Testamento sem termos o Velho Testamento, mas para entendermos o Velho nós também precisamos do Novo. Os dois estão juntos, eles se completam. A Bíblia toda é o Evangelho e ele não é uma novidade inventada por homens, mas é a continuação da história da Redenção. Deus cumprindo, Deus agindo em mais uma etapa no seu propósito de salvar a humanidade.

03 – O EVANGELHO GIRA EM TORNO DE UMA PESSOA:

... com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi ...

O Evangelho é a boa notícia a respeito de uma Pessoa. O Evangelho não é sobre prosperidade material, o Evangelho não é sobre receber bênçãos, o Evangelho não é sobre moralidade, o Evangelho não é sobre ética, o Evangelho é a respeito de uma Pessoa, a respeito de seu Filho Jesus Cristo, o qual é o centro do Evangelho e, portanto, Ele deve ser o centro da pregação da Igreja. De tudo aquilo que nós somos e fazemos com respeito ao seu Filho, a promessa de Deus era com respeito a Ele, de que Deus haveria de mandar alguém para ser o Salvador.

a) Esta Pessoa viria da descendência de Davi:

... o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi ...

Paulo, aqui, fala de Jesus em termos de sua humanidade e de sua divindade. Ele diz aqui que o Filho de Deus é aquele que haveria de vir ao mundo e que Ele, segundo a carne, veio da descendência de Davi. Segundo a carne quer dizer segundo a natureza humana e aqui é uma referência ao fato de que no tempo apontado por Deus, aquela promessa se materializou quando o Filho de Deus se tornou um de nós. Ele nasceu da Virgem Maria, concebido pelo poder do Espírito Santo. Ele se tornou segundo a carne, Ele se tornou um de nós, Ele assumiu a carne humana, os ossos humanos, o sangue humano, Ele assumiu uma verdadeira natureza humana.

Mais do que isso, Ele, quando nasceu, nasceu como descendente do Rei Davi, que foi aquele rei de Israel a quem Deus ratificou a promessa, dizendo que da tua descendência virá alguém que se sentará no trono do meu povo para todo o sempre. Era mais uma promessa. Então, quando Cristo nasce, Ele nasce descendente de Davi, da linhagem de Davi, com direito ao trono de Israel, com direito ao trono do Universo. Vemos aí mais uma vez no Novo Testamento Deus cumprindo a promessa feita no Antigo Testamento.

O Filho de Deus, a respeito de quem o Evangelho gira, se tornou carne, se fez um de nós e Ele nasceu cumprindo todas as promessas, Ele nasce da descendência de Davi, mas Ele era mais do que um judeu de linhagem real, Ele era mais do que um judeu com pretensões ao trono. Ele, na verdade, era o Filho de Deus, mais do que filho de Davi, Ele era o Filho de Deus.

b) Esta Pessoa foi designada, com poder, Filho de Deus:

... e foi designado Filho de Deus com poder ...

Depois de ter falado sobre a perfeita humanidade do Filho de Deus, Paulo, agora, fala a respeito da sua divindade, dizendo que Ele, Jesus Cristo, foi designado com poder Filho de Deus. Com poder, ou seja, houve alguma coisa que aconteceu, algumas coisas aconteceram que designaram, demonstraram, confirmaram e deixaram claro para todo mundo que aquele judeu, descendente de Davi, era mais do que um homem como um de nós, mas Ele era o próprio Deus e Paulo menciona duas coisas aqui:

B1) Primeiro, que Jesus foi designado Filho de Deus com poder segundo o Espírito de Santidade:

... e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de ...

Tem duas possibilidades de interpretar essa frase. Primeiro é uma referência ao Espírito Santo, mas seria uma construção estranha, porque Paulo quer falar do Espírito Santo aqui. É a única vez na Bíblia que aparece essa expressão “Espírito de Santidade” com referência ao Espírito Santo. A outra é que pode se referir ao fato de que Cristo, durante a sua vida aqui como homem, Ele nunca cometeu pecado. Ele foi Santo em todo o seu procedimento e só há um ser que consegue ser santo em todo o seu procedimento que é Deus. Então, foi demonstrado que Ele é o Filho de Deus por causa do Espírito de Santidade que havia nele e pelo qual Ele nunca pecou, ao contrário de toda a raça humana.

B2) Segundo, que Jesus foi designado Filho de Deus pela ressurreição dos mortos:

... e foi designado Filho de Deus ... pela ressurreição dos mortos ...

Mas tem uma segunda coisa que designa e que mostra que Jesus era o Filho de Deus. Paulo diz aqui que é pela ressurreição dos mortos. Ao ressurgir dos mortos ao terceiro dia, depois de se oferecer como sacrifício pelos pecados do seu povo, Jesus foi poderosamente designado como Filho de Deus. Se Ele tivesse ficado morto depois da crucificação pelos Romanos, Ele seria considerado até hoje como simplesmente mais um revoltoso judeu como Teudas, como um tal de Judas, que foram revolucionários que apareceram antes de Jesus e que lideraram o povo. Só Teudas levou mais de 400 homens numa revolução armada contra Roma. Os romanos mataram Teudas e o movimento acabou. Depois apareceu um tal de Judas no tempo do recenseamento, aquele em que José e Maria participaram, que também levantou as multidões e muita gente o seguiu. Os romanos mataram esse tal de Judas e o movimento acabou também.

E Jesus, aos olhos daquele pessoal, parecia ser mais um líder revolucionário. Se Ele tivesse ficado morto na sepultura, Ele estaria na galeria junto com Teudas, Judas e outros revolucionários judeus, cujos movimentos não deram em nada. Mas quando Ele ressurge dos mortos ao terceiro dia, então, Ele é designado Filho de Deus. É confirmado, demonstrado de que Ele é o Filho de Deus e que Ele é diferente de todos os outros. E Paulo ainda acrescenta, ele diz que Jesus foi designado filho de Deus com poder, ao ressurgir dos mortos no terceiro dia, Filho de Deus sobre quem é o Evangelho e que Ele sobe aos Céus e se senta no Trono da Majestade. E aí Jesus pôde dizer aos discípulos que toda a autoridade lhe foi dada, no Céu e na Terra, portanto, ide e pregai o Evangelho a toda criatura.

O Evangelho é a respeito de uma Pessoa, o Evangelho gira em torno da Pessoa de Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, ressurreto de entre os mortos, entronizado à direita de Deus e que tem todo poder no Céu e na Terra.

c) A identificação da Pessoa: Jesus Cristo:

... a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor, por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome ...

E Paulo finalmente diz quem é este Filho de Deus, a saber, Jesus Cristo. Ele identifica agora a Pessoa em torno do qual gira o Evangelho: Jesus Cristo. Ele é o cumprimento de todas as promessas, Ele é o centro do Evangelho, Ele é a razão das boas novas, e aí Paulo acrescenta: Jesus Cristo nosso Senhor de quem eu sou escravo, de quem eu sou servo. Ele é o Senhor de tudo e de todos.

Essa é A terceira coisa que Paulo nos diz neste texto. A primeira que o Evangelho é de Deus, a segunda que o Evangelho foi prometido, é uma promessa que Deus fez no Antigo Testamento e que está sendo cumprida hoje, terceira que o Evangelho é sobre uma Pessoa, o Filho de Deus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus.

04 – O EVANGELHO DEVE SER OBEDECIDO E CRIDO POR TODOS:

... para a obediência por fé, entre todos os gentios, de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo. A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo ...

Os gentios eram aqueles que não eram judeus, eram os não judeus. O mundo, naquela época, era dividido em duas raças. Havia os judeus, que se considerava o povo escolhido de Deus e quem não fosse judeu era gentio ou era dos povos. Paulo diz que Cristo, quando lhe apareceu, esse Cristo que ressurgiu dos mortos, lhe constituiu Apóstolo para obediência do seu nome, por fé entre os gentios.

Essa foi a missão que Paulo recebeu. Esse é o apostolado de Paulo. Cristo o encarregou de ir a todas as nações e anunciar as boas notícias, as que Deus já cumpriu a promessa, que o Salvador já veio e que pela fé, nele, as pessoas são perdoadas e recebem a remissão de seus pecados. Que não só os judeus, mas todas as nações, as mais distantes, precisam ouvir essa boa notícia, porque não há salvação e nenhum outro não há nenhum outro caminho a não ser Jesus Cristo.

E Paulo disse que foi por meio dele que ele recebeu esse apostolado, para obediência da fé. Note, cuidadosamente, a expressão “a obediência por fé”, porque fé, e nós vamos aprender isso aqui na Carta aos Romanos, não é você somente acreditar no que eu estou dizendo a você, que Jesus é o Filho de Deus, que Ele é o cumprimento das promessas, que Ele é a realização dos planos de Deus. Mas fé é obedecer a esse Cristo, é obedecer ao que Ele diz, é se sujeitar ao seu Senhorio.

Portanto, fé não é simplesmente um sentimento intelectual, uma concordância que nós temos para com essas verdades. Mas é uma inclinação da nossa vontade, é um compromisso da nossa vontade, do nosso querer com a pessoa em que nós dizemos crer. Por isso que Paulo disse que a missão dele é pregar a obediência da fé ou a obediência que procede da fé em Cristo Jesus e dizer às pessoas que creiam em Jesus Cristo e andam nos caminhos dele. Isso era o que ele tinha que anunciar a todas as nações, essa era a missão que ele recebeu e esse é o desejo de Deus, que por amor a Cristo as nações ouçam a boa notícia do Evangelho.

05 – É PELO EVANGELHO QUE DEUS NOS CHAMA PARA SUA GLÓRIA:

..., chamados para serdes de Jesus Cristo ...

E Paulo finalmente se dirige aos destinatários da carta. Ele introduz os destinatários dizendo que vós sois chamados para serdes de Jesus Cristo. Ele tinha dito que a missão dele era pregar o Evangelho aos gentios, entre os quais estão aqueles moradores de Roma, que já tinha sido chamados por Deus.

O Chamado de Deus aqui deve ser interpretado como o chamado de Paulo, de quando Deus apareceu ao Apóstolo Paulo no caminho de Damasco. Não foi assim do tipo Jesus apareceu, Paulo parou e Jesus disse: Oi, bom dia! Eu sou Jesus Cristo. E Paulo responde: Ah! Muito prazer! E Jesus diz: Eu queria lhe convidar para que você seja crente. E Paulo responde: Não quero! Não foi assim: Você tem o direito de escolher, você tem livre arbítrio, escolha se você quer ou não ser meu servo. Não foi assim que Cristo fez com o Paulo. Quando Paulo diz aqui que os romanos foram chamados para ser de Jesus Cristo, ele não está se referindo a um convite de Deus do tipo assim: Olha, eu estou convidando você para ser de Jesus, você quer? A decisão é sua. Se fosse assim você sabe quantas pessoas seriam crentes? Zero!

O chamado aqui é uma compulsão de Deus no coração do pecador. Ele é um chamado irresistível. Deus atrai o pecador, inclina a sua vontade, abre o seu entendimento e o atrai com laços de amor no poder do Espírito Santo. Se não fosse isso você não era crente, você não estaria lendo estas palavras. Eles, os crentes romanos, foram chamados por Deus. O Evangelho tem a origem em Deus, a salvação tem origem em Deus, é Deus quem chama e nós vamos e nós obedecemos.

06 – DEUS AMA AOS SEUS COM UM AMOR ESPECIAL:

A todos os amados de Deus, que estais em Roma ...

Deus amou o mundo, é verdade, mas Ele ama os seus com um amor especial, o amor que chama, amor irresistível, amor redentor e salvador. O amor de Deus pela humanidade é o que a gente chama da graça comum. Deus ama todas as suas criaturas, mas estes que Ele chama, Ele ama com um amor especial, com amor redentor, que levou Cristo a morrer por eles na cruz. São amados de Deus. Nós não somos amados de Deus na mesma forma que Deus ama o mundo, mas nós somos amados de Deus no sentido de que Ele nos amou e nos chamou, irresistivelmente, pelo Evangelho, para sermos dele. É esse amor redentor de Deus que nos separa do mundo, somos objeto desse amor e desse chamado específico que Paulo repete aí no final.

07 – SOMOS CHAMADOS PARA SERMOS SANTOS:

... chamados para serdes santos ...

Chamados para serdes Santos. Paulo diz isso logo para evitar qualquer coisa do tipo: Então, Deus me elegeu, Deus me predestinou e Deus me chamou irresistivelmente. Ele me ama de uma forma especial, então isso quer dizer que eu posso viver de qualquer maneira. Não, você foi chamado para ser o quê? Santo! O Evangelho nos chama para sermos santos, na obediência por fé. Lembra da fé verdadeira? A fé que obedece? E o chamado é para ser santo, não é para viver de qualquer maneira.

A boa notícia é essa, que Deus cumpriu as promessas na pessoa de Jesus Cristo e agora está, pela pregação da Palavra, chamando o seu povo, constituindo uma nova raça, a sua família, um povo para o seu louvor. E que privilégio fazer parte desse povo.

08 – O REFORÇO DA DIVINDADE DE CRISTO NA SAUDAÇÃO FINAL:

... graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo ...

E Paulo termina dizendo: Graça a voz dos outros e paz da parte de Deus nosso pai e do Senhor Jesus Cristo. Ao colocar Jesus ao lado de Deus como sendo originador da Graça e da paz, Paulo está falando da divindade de Cristo. Graça e paz vem do Pai e do Filho, com isso ele quer dizer: Jesus Cristo é Deus. Ele é o Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade. Adoremos ao Senhor nosso Deus.

CONCLUSÃO:

A indagação inicial foi a respeito do Evangelho. Durante a sua história, a igreja sempre teve que lutar para preservação do Evangelho. E o que Paulo nos ensina que a respeito desse Evangelho?

Primeiro, que o Evangelho são boas notícias que procedem de Deus. Essa mensagem não tem origem no coração humano, a mente humana não poderia conceber tal plano, mas tem origem no próprio Criador e Senhor de todas as coisas.

Segundo, que o Evangelho foi antecipado há muito tempo atrás através dos escritos de Israel, através dos profetas que Deus levantou e que registraram as promessas que Deus havia feito. Portanto, não é nenhuma invenção dos cristãos e está em perfeita harmonia com aquilo que vem desde a antiguidade.

Terceira coisa que nós aprendemos é que Deus levantou pessoas, a quem chamou de Apóstolos, mediante Jesus Cristo, para ser os anunciadores dessa mensagem, da mesma forma como ele levantou os profetas para escrever as promessas. E nós não temos mais profetas como Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, que foram aqueles que registraram as promessas. Deus levantou os apóstolos para registrar o cumprimento e é por isso que nós não temos mais apóstolos, como os doze e Paulo. Não temos mais porque eles foram chamados exatamente para registrar o cumprimento das promessas pelos profetas.

Hoje, nós estamos edificados sobre o fundamento dos Profetas e dos Apóstolos, que é a Sagrada Escrituras. Nós não precisamos de apóstolos, precisamos de pastores e mestres para nos ensinar aquilo que os Profetas e Apóstolos registraram da parte de Deus.

Quarta coisa que o Evangelho é sobre Jesus Cristo. Vamos parar de seguir falso profeta, gente que fica falando de outro evangelho e raramente fala da Pessoa de Cristo, da sua obra na cruz, da sua morte, da sua ressurreição e o povo vai atrás, porque o faço profeta lança isca, você faz isso e você faz aquilo outro, faz campanha, faz promessa, faz propósito e eu vou encher você de bênçãos. Isso não é o Evangelho.

Não estou dizendo que Deus não pode abençoar você, mas estou dizendo se você está em uma igreja evangélica, ou se você é crente porque veio atrás da benção, você está sendo enganado por um falso profeta, está enganando o seu próprio coração. O Evangelho é a respeito de uma pessoa, aquele que é o cumprimento das promessas de Deus de que Ele mandaria um Salvador para nos livrar dos nossos pecados e nos dar a vida eterna. Se você crê nisso você será salvo dos seus pecados e herdará a vida eterna, senão você vai viver nesse mundo enganado por um falso profeta, vai morrer nos seus pecados pelos quais você vai responder diante de Deus no dia do juízo e viver no sofrimento eterno no inferno. O inferno está cheio de gente que um dia creu em um falso evangelho. O verdadeiro Evangelho é esse aqui, ensinado pelo Apóstolo Paulo, ensinado pelos profetas no Antigo Testamento, pelos Apóstolos no Novo Testamento e ele é o nosso fundamento.

Talvez, você tenha ouvido um falso evangelho até ao dia de hoje, mas eu queria que você examinasse o que você tenha ouvido à luz da palavra de Deus. Talvez, você professe e crê nesse Evangelho, mas esse Evangelho é um chamado para ser santo. A fé sem obras é morta, a fé no Evangelho produz obediência e o nosso chamado é um chamado para santidade. Você não pode professar que é um servo de Jesus Cristo se você vive desobedecendo ao seu Senhor, quebrando a sua Lei, ofendendo a Ele com suas práticas religiosas.

O Evangelho é poderoso não somente para nos perdoar, mas também para nos transformar. E eu queria que você cresse nisso. O Evangelho é o poder de Deus para salvar todo aquele que crê. Talvez, você está aqui carregado de culpa pelos seus pecados. Eis a boa notícia: Deus já mandou alguém para tirar sua culpa, pagar a sua culpa, remir os seus pecados, alguém em quem você pode ter a vida eterna, em quem você pode ter graça e paz. Este alguém é Jesus Cristo, Filho de Deus, descendente de Davi, ressurreto dos mortos e que tem todo poder no Céu e na Terra. Que Ele te abençoe a crer assim! Amém!

Luiz Lobianco

luizlobianco@hotmail.com

Bibliografia:

Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.

Rev. Augustus Nicodemus. Mensagem da Série Romanos: O Evangelho de Deus.

 

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