Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o
evangelho de Deus, o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos
seus profetas nas Sagradas Escrituras, com respeito a seu Filho, o qual,
segundo a carne, veio da descendência de Davi e foi designado Filho de Deus com
poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber,
Jesus Cristo, nosso Senhor, por intermédio de quem viemos a receber graça e
apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os
gentios, de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo.
A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos,
graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo (Rm 1.1-7).
INTRODUÇÃO:
Através dos séculos a Igreja tem
afirmado, ensinado, que Deus salva pecadores mediante a fé em Jesus Cristo.
Essa é a mensagem característica do Evangelho e é a mensagem da Igreja
verdadeiramente cristã. A Igreja cristã tem muitas atividades no mundo, ela faz
obras sociais, ela atende a necessitados, ela se posiciona diante da cultura,
ela se insere na sociedade, mas a Igreja cristã é conhecida porque dela ressoa
a mensagem das boas novas do Evangelho de Deus, a qual diz:
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).
Desde o seu início a Igreja cristã
vem proclamando esta verdade que é conhecida como o Evangelho de Deus, que nada
mais é do que as boas notícias da parte de Deus. Mas desde o início também, a
História nos mostra o quanto a Igreja cristã tem tido que lutar para preservar
essa mensagem pura.
Logo no primeiro século começaram a
aparecer distorções e apresentações falsas dessa mensagem. Já na época do
apóstolo Paulo havia os judaizantes, que eram judeus convertidos ao
cristianismo que diziam que as boas novas eram o seguinte: Você cria em Cristo
para ser o seu Salvador, mas você tinha que guardar as obras da lei que Moisés
havia ordenado. E pela visão dos Apóstolos isso é considerado uma distorção do
Evangelho, porque o Evangelho é que Deus nos salva gratuitamente pela fé em
Cristo Jesus independentemente das nossas obras.
Na mesma época apareceram os libertinos,
ainda no período dos Apóstolos. Eram pessoas que diziam: O Evangelho é uma
notícia boa demais. Deus nos salva pela fé em Cristo Jesus, logo não importa de
que maneira eu viva, não importa o que eu faça, eu serei salvo de qualquer
maneira. E aí aproveitavam a graça de Deus como uma desculpa para viver em
pecado, o que é outra degeneração do Evangelho
No século segundo aparece uma outra
versão do Evangelho chamado gnosticismo, que era uma tentativa de misturar a fé
cristã com as categorias do pensamento helênico, da filosofia grega, das
religiões de mistérios. Mais outra distorção do Evangelho exigindo que a Igreja
combatesse aqueles mestres, discutissem com estes e para a glória de Deus finalmente
ganhassem a batalha.
No século quatro aconteceu algo que impactou
muito, que foi quando veio a institucionalização da Igreja. A Igreja, de
repente, virou uma grande instituição, virou uma grande hierarquia, encabeçada
por um papa infalível durante a Idade Medieval e doutrinas estranhas entraram
na Igreja, tais como adoração a Maria, mediação de Maria, veneração dos santos,
oração pelos mortos, a doutrina do purgatório entre outras. E mais uma vez foi
dito que a salvação é pelas obras junto com a fé em Jesus Cristo.
E depois que isso foi vencido pela
reforma protestante, aí vem o liberalismo teológico, com estudiosos na Alemanha,
depois na Inglaterra e finalmente em toda a Europa, passando para os Estados
Unidos e chegando ao Brasil, dizendo que a Bíblia está cheia de erros e que nós
vivemos na Idade da Razão, que a ciência já mostrou que Deus não existe, que nós
não precisamos de Deus, que a Bíblia, na verdade, é uma coleção de mitos, que a
boa notícia é simplesmente que Jesus era um profeta, um ensinador de moralidade,
de ética e que os seus discípulos é que inventaram todas essas histórias a
respeito dele, de que Ele morreu crucificado e depois ressuscitou, coisas dessa
natureza. E novamente a Igreja teve que brigar pela pureza do Evangelho.
E vencido o liberalismo teológico em
parte, porque como o movimento ele já praticamente se extinguiu, a Igreja,
agora, tem que enfrentar outras versões do Evangelho, que é o evangelho da
prosperidade, a teologia da libertação. São igrejas que fazem o Evangelho ser
simplesmente a chave que dá acesso a Deus e que este dá trabalho, dá emprego,
dá saúde, dá casamento, dá prosperidade, carro do ano e etc. E tudo isso para
quem o busca. Dizem que se você fizer campanha, entregar o dízimo e ofertas
volumosas, se você fizer sacrifício Deus vai te libertar e você vai ter
prosperidade. E mais outra vez lá vai a Igreja ter que brigar pelo Evangelho
para mantê-lo puro.
Em todas as gerações a Igreja tem
sido obrigada a lutar pela fé evangélica porque há distorções o tempo todo. E
nós vivemos numa época em que existe também muitas distorções a respeito
daquilo que são as boas notícias da parte de Deus. Por isso que é importante
sempre nós voltarmos às Escrituras e fazer essa pergunta: O que é o Evangelho? Estamos
nele? Estamos no Evangelho original, puro e simples? É este o Evangelho em que
cremos?
É por esse motivo que nós estamos
iniciando hoje uma série de estudos na Carta aos Romanos. E hoje nós temos
diante de nós o prefácio e a saudação dessa carta que Paulo escreveu. No texto
básico acima o Apóstolo Paulo segue o padrão que era costumeiro naquela época
de quem escrevia uma carta, ele se apresenta, diz o seu nome, dá algumas
explicações a respeito da sua pessoa, identifica os destinatários a quem a
carta é dirigida e faz um voto que é uma espécie de desejo, de paz e bênçãos
para aqueles que ouvem.
Só que essa introdução que tem sete versículos
é maior do que o normal. Se você comparar, inclusive, com outras cartas que o Apóstolo
Paulo escreveu e que estão no Novo Testamento, ela é incomum porque ela é bem
extensa essa introdução. E aqui Paulo não somente diz o seu nome, mas ele
apresenta as suas credenciais, quem ele é e em seguida ele apresenta este Evangelho
para o qual ele foi chamado por meio de Jesus Cristo.
Paulo se dirige aos romanos, aos
crentes da cidade de Roma, dizendo para eles que eles são amados de Deus e
assim por diante. E qual a razão para isso? O motivo é que Paulo estava
planejando visitar a Igreja que estava na cidade de Roma, ele queria gastar um
tempo com eles, queria ter comunhão com eles, ser edificado por eles, ele vai
dizer isso a partir do verso oito. Só que Paulo não era conhecido da Igreja de
Roma, ele não fundou a Igreja de Roma. E ele não era conhecido pessoalmente. Certamente
a fama de Paulo já tinha chegado na cidade de Roma, mas ele não era conhecido
pessoalmente.
E Paulo sabia que tinha uns boatos a
respeito dele do tipo assim: De que ele era um mercenário, de que ele plantava
Igrejas e pregava o Evangelho para arrecadar dinheiro em fundo próprio, de que
ele tinha intenções equivocadas e que Paulo era um apóstata do judaísmo porque
Paulo pregava contra Moisés, pregava contra o Templo, contra as gloriosas
instituições da Antiga Aliança.
Paulo sabia de tudo isso e Paulo
queria que a Igreja de Roma o aceitasse como missionário, porque ele tinha
planos de pregar o Evangelho na Espanha. E se você olhar no mapa a Espanha estava
lá em cima e Roma estava exatamente no caminho. A Igreja de Roma era uma igreja
que poderia servir de base para o projeto missionário de Paulo.
Então, ele escreve essa carta com o
objetivo de se apresentar e de apresentar o Evangelho que ele prega. E ele faz
isso explicando e já antecipando aquelas objeções que algumas pessoas deveriam
levantar do tipo assim: Paulo, você tá pregando que a salvação é pela fé, mas,
então, para que que serve a Lei? Paulo, você tá dizendo que a salvação é
mediante a fé em Jesus Cristo, mas e aí? Como fica o Antigo Testamento e os
sacrifícios? Como é que fica a nação de Israel? E enfim, todas aquelas
acusações e perguntas e críticas que eram feitas é com relação a Paulo e ao
Evangelho que ele pregava e vivia. Então, a Carta aos Romanos é uma carta
missionária em que o Apóstolo Paulo expõe quem ele é, o Evangelho que ele prega,
com o objetivo de ganhar o apoio da Igreja de Roma para pregar o Evangelho na
Espanha.
É por isso que aqui nessa introdução
ele já dá um resumo da carta. Ele diz quem ele é e o objetivo ao fazer isso é
assegurar os romanos de que ele não é um mercenário. Ele diz quem ele é, ele
diz qual é o Evangelho que ele prega, qual o conteúdo desse Evangelho, de quem
ele recebeu e ele estabelece uma relação entre o Evangelho e a Antiga Aliança,
as promessas de Deus no Antigo Testamento e ele se dirige aos romanos como
sendo parte do propósito de Deus que é levar esse Evangelho não somente à nação
de Israel, mas também ao mundo todo.
O objetivo desse estudo é fazer a
exposição desses versos iniciais da Carta aos Romanos, focando naquilo que
Paulo nos ensina a respeito do Evangelho. Ao fazermos isso nós estamos voltando
à proposição original a qual é a pergunta: O que é o Evangelho? E o que é o Evangelho?
Creio que a Carta aos Romanos é o melhor lugar para a gente responder a essa
pergunta, porque Paulo escreveu exatamente para isso, para explicar aos
romanos o que é o Evangelho, este Evangelho que ele prega.
01 – O EVANGELHO É O EVANGELHO DE DEUS:
Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado
para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus...
Em primeiro lugar, o que Paulo nos
ensina é que o Evangelho é de Deus. E Paulo, além de citar o seu nome, ele
apresenta três credenciais e todas elas têm a ver com o fato de que o Evangelho
é de Deus.
a)
Paulo diz que é um servo de Jesus Cristo:
A palavra “servo” significa
literalmente de que ele é um escravo de Jesus Cristo. Ao usar essa expressão o
apóstolo Paulo está indicando a sua devoção a Jesus Cristo e a sua submissão a Ele.
Paulo é um escravo de Jesus Cristo e os seus leitores entenderiam isso muito
bem, pois estima-se que havia cerca de cem milhões de escravos no Império
Romano. A escravidão era uma instituição reconhecida e legalizada naquela época.
O escravo não tinha direito a nada, nem a vida, e ele dependia totalmente do
seu senhor e vivia para obedecer ao seu senhor, os romanos. Nenhum Romano nunca
se chamaria de escravo porque eles eram muito altivos, eles eram os dominadores
do mundo da época.
Mas Paulo não tem receio de se
apresentar àqueles crentes de Roma como sendo um escravo de Jesus Cristo e ao
fazer isso ele coloca Jesus Cristo como Senhor, como alguém de quem você pode
ser um servo, um escravo e dedicar afeição, obediência e submissão absoluta a Ele.
Paulo se apresenta dessa forma em primeiro lugar como escravo de Jesus Cristo.
b)
Paulo traz aqui para os seus leitores é que ele foi chamado para ser Apóstolo:
E é de propósito que ele diz isso.
Não foi ele que se constituiu um Apóstolo, mas ele foi chamado por Deus para
ser um Apóstolo. A palavra Apóstolo significa alguém que é enviado e indicava
naquela época uma espécie de delegação, uma pessoa que recebia autoridade de
outra para representá-lo nos negócios.
O termo “apóstolo” tinha sido
usado um pouco antes do Apóstolo Paulo, no mundo romano e grego, para designar
os comandantes dos navios que eram enviados de um determinado porto levando uma
carga para ser entregue em outro porto. O nome primeiro do navio era apóstolo, depois
virou do comandante do navio e finalmente virou uma espécie de preposto, alguém
que vai com autoridade de outro representar em algum negócio.
Cristo instituiu apóstolos,
pessoas que Ele chamou e deu representação de si mesmo, deu poderes especiais, missão
especial; deu uma tarefa específica. E Paulo disse que ele é um desses
Apóstolos, é uma dessas pessoas especiais que Deus levantou para serem
representantes de Cristo e levar avante os negócios de Cristo aqui nesse mundo.
Só que Paulo disse que não foi ele que se colocou Apóstolo, mas ele foi chamado
por Deus.
A origem do seu apostolado é na vontade
de Deus e ele sem dúvida está se referindo ao que aconteceu naquele dia em que
ele foi para a cidade de Damasco, como fariseu, como judeu, perseguidor do
Evangelho, com o objetivo de encontrar cristãos e os trazer presos para
Jerusalém para serem julgados e quem sabe até mortos. E no caminho de Damasco,
nessa missão que ele tinha recebido da alta liderança dos judeus, Cristo
aparece a Paulo no caminho. Cristo ressurreto aparece no seu corpo glorioso diante
de Paulo e ali ele não somente traz aquele fariseu arrogante aos seus pés, mas
também lhe dá uma missão e lhe disse: Eu te levantei para serdes a minha voz e
o meu representante em todas as nações do mundo. Naquele dia Paulo foi
convertido a Cristo e ali ele recebeu o chamado, ele foi constituído Apóstolo, chamado
por Deus para pregar o Evangelho e para lançar as bases da Igreja.
c)
Paulo diz que foi separado para o evangelho de Deus:
Paulo quer dizer que naquela
ocasião ele foi separado para pregar o Evangelho de Deus. Deus o separou ali
para pregar o seu Evangelho. Há um jogo de palavras aqui na língua grega que
não aparece no português. É que a palavra “separado” em grego tem a mesma raiz
da palavra “fariseu”. Ela tem as mesmas consoantes a mesma raiz. N nome
fariseu apareceu a cerca de 300 anos antes de Cristo durante a guerra dos Macabeus,
que foi uma revolução que os judeus fizeram porque não aceitavam a influência
de potências estrangeiras dentro da sua religião e da sua cultura. Quem liderou
esse levante foi um sacerdote chamado Macabeus, ele e toda a sua família. E
desse movimento de reação contra a influência estrangeira em Israel surgiu o
grupo dos racindins ou separados em grego. Portanto, os fariseus nasceram como
sendo um grupo religioso dentro de Israel que queriam se separar da influência
estrangeira. Eles queriam manter puros a tradição de Israel, a religião que
Moisés havia entregado. É aí que surge o termo fariseu. O fariseu era alguém
separado, ele não se misturava com as práticas pagãs, não se misturava com a
idolatria, não queria saber da cultura helênica.
E aqui Paulo faz um jogo de
palavras, porque Paulo tinha sido um fariseu e dos melhores, treinado aos pés
de Gamaliel, mas agora Paulo é um fariseu, mas um fariseu de Jesus Cristo. Ele
disse que Jesus o “separou” e esta é a mesma palavra para fariseu. Ele foi
separado, ele que tinha sido antes um separado, um separatista, defensor da Lei
de Moisés. Mas agora Deus, que lhe apareceu e o chamou para ser Apóstolo, diz: Agora
você continua sendo separado, só que para pregar o meu Evangelho, o evangelho
que eu te dou, as boas novas que procedem de mim. Então Paulo é um servo,
separado para pregar o Evangelho de Deus, aquelas boas notícias que procedem de
Deus.
O motivo desta apresentação que
Paulo faz não é para se vangloriar, mas para se defender. Ele quer dizer que
todas estas coisas têm origem em Deus, e que foi Deus quem fez dele um servo de
Jesus Cristo, foi Deus quem o chamou no caminho de Damasco para ser um Apóstolo
e foi Deus quem o separou para pregar o Evangelho. Com isso ele está dizendo que
s boatos que correm a seu respeito, de que ele é um mercenário, que ele se fez
Apóstolo, de que ele se coloca nessa posição, isso não procede. Ele está
dizendo: Vocês conhecem a minha história, eu fui um fariseu, eu fui um
perseguidor, eu era um servo das tradições do meu povo, mas Deus me transformou
completamente e Ele me estabeleceu como pregador desse evangelho.
Paulo quer, então, assegurar aos
romanos, a quem ele escreve, de que de fato ele é um servo de Jesus, separado
para pregar o Evangelho e que esse Evangelho não é uma invenção dele, mas é o Evangelho
de Deus, o mesmo Deus que o chamou, o mesmo Deus que o constituiu e o mesmo Deus
que lhe deu o Evangelho, as boas notícias. E o objetivo de Paulo é apresentar
esse evangelho na carta que ele está escrevendo, que é a carta aos romanos.
A primeira coisa que aprendemos
aqui é que o Evangelho não tem origem humana, ele é a mensagem de Deus, do Deus
que chamou e chama pessoas, que constituiu e constitui pessoas com o objetivo
de, através delas, levar essa mensagem das Boas Novas aos povos da Terra.
02
– O EVANGELHO É UMA PROMESSA ANTIGA DE DEUS:
... o qual foi por Deus, outrora,
prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras ...
Paulo está dizendo que esse Evangelho consiste na
verdade em uma promessa que Deus havia feito. Deus havia prometido alguma coisa
e que coisa foi essa que Deus prometeu? Lendo as Antigas Escrituras, começando
no livro de Gênesis, nós vemos como Deus veio fazendo promessa lá no Jardim do
Éden. No dia da queda Ele fez a promessa pela primeira vez, a promessa de a
descendência da mulher virar alguém que esmagará a cabeça da serpente.
Depois, essa promessa se repete quando Ele chama um
homem chamado Abraão e diz: Na tua descendência serão benditas todas as
famílias da terra. E depois, quando Ele dá a Lei à nação de Israel, os
descendentes de Abraão, Ele coloca dentro da Lei as leis referentes aos sacrifícios
de animais e diz que quando o Israelita pecar ele deve oferecer um animal e o
sangue deve ser derramado e eu verei aquele sangue e eu o perdoarei. Era uma
promessa que era baseado no sangue de alguém. Os profetas vieram e começaram a
anunciar as boas notícias de que um dia Deus haveria de perdoar completamente o
pecado do seu povo.
Isaías fala disso. Em Isaías 53 nós lemos de como
Isaías descreve alguém que é chamado “o servo do Senhor”, que na cruz, em
agonia e morte, está pagando, sofrendo pelos pecados do povo de Deus. E pelos sofrimentos
dele, Deus, então, perdoa completamente o seu povo. O profeta Ezequiel fala de
uma nova aliança. Deus prometeu fazer uma nova aliança e que perdoaria
completamente o pecado do seu povo e que daria o Espírito Santo. O profeta Joel
prometeu que Deus haveria de derramar o seu Espírito sobre toda a carne. Os
profetas todos falaram a respeito dessa promessa de que Deus haveria de mandar
um Salvador ao mundo.
Então, o Evangelho que Paulo prega não é uma coisa que
ele inventou. Ele não inventou nada. Ele está simplesmente anunciando que
aquilo que foi prometido Deus cumpriu em Cristo, que Jesus Cristo é o
cumprimento de todas essas antigas promessas e que, portanto, a boa notícia de
que Cristo é o Salvador está em perfeita harmonia com a Antiga Aliança, está em
perfeita harmonia com os profetas. O Evangelho é simplesmente Deus agindo,
dando sequência àquilo que Ele havia prometido no Antigo Testamento. No Velho
Testamento você tem a promessa e no Novo Testamento você tem o comprimento. É
isso que é o Evangelho.
Paulo vê o Antigo Testamento como sendo o registro santo
dessa promessa. Por isso que é um erro muito grande para nós desprezarmos o
Antigo Testamento. Nós gostamos muito dos Evangelhos, especialmente do
Evangelho de João, que nos fala de amor e coisas bonitas. Lemos a história de
Jesus nos Evangelhos, as cartas de Paulo, a sublimidade de Efésios, a majestade
de Apocalipse e por aí vai. Não queremos saber muito do Antigo Testamento e
quando gostamos é dos Salmos, e alguns especialmente do 23. Mas as Sagradas Escrituras
são o registro dessas promessas e elas foram dadas por inspiração divina, elas
nos mostram como Deus, desde o começo, desde o início, lá no Jardim do Éden, Ele
vem dizendo que iria mandar um Salvador.
Nós não podemos entender o Novo Testamento sem termos
o Velho Testamento, mas para entendermos o Velho nós também precisamos do Novo.
Os dois estão juntos, eles se completam. A Bíblia toda é o Evangelho e ele não
é uma novidade inventada por homens, mas é a continuação da história da
Redenção. Deus cumprindo, Deus agindo em mais uma etapa no seu propósito de
salvar a humanidade.
03
– O EVANGELHO GIRA EM TORNO DE UMA PESSOA:
... com respeito a seu Filho, o qual,
segundo a carne, veio da descendência de Davi ...
O Evangelho é a boa notícia a respeito de uma Pessoa. O
Evangelho não é sobre prosperidade material, o Evangelho não é sobre receber
bênçãos, o Evangelho não é sobre moralidade, o Evangelho não é sobre ética, o
Evangelho é a respeito de uma Pessoa, a respeito de seu Filho Jesus Cristo, o
qual é o centro do Evangelho e, portanto, Ele deve ser o centro da pregação da
Igreja. De tudo aquilo que nós somos e fazemos com respeito ao seu Filho, a
promessa de Deus era com respeito a Ele, de que Deus haveria de mandar alguém
para ser o Salvador.
a)
Esta Pessoa viria da descendência de Davi:
... o qual, segundo a carne, veio da
descendência de Davi ...
Paulo, aqui, fala de Jesus em termos de sua humanidade
e de sua divindade. Ele diz aqui que o Filho de Deus é aquele que haveria de
vir ao mundo e que Ele, segundo a carne, veio da descendência de Davi. Segundo
a carne quer dizer segundo a natureza humana e aqui é uma referência ao fato de
que no tempo apontado por Deus, aquela promessa se materializou quando o Filho
de Deus se tornou um de nós. Ele nasceu da Virgem Maria, concebido pelo poder
do Espírito Santo. Ele se tornou segundo a carne, Ele se tornou um de nós, Ele
assumiu a carne humana, os ossos humanos, o sangue humano, Ele assumiu uma
verdadeira natureza humana.
Mais do que isso, Ele, quando nasceu, nasceu como
descendente do Rei Davi, que foi aquele rei de Israel a quem Deus ratificou a
promessa, dizendo que da tua descendência virá alguém que se sentará no trono
do meu povo para todo o sempre. Era mais uma promessa. Então, quando Cristo
nasce, Ele nasce descendente de Davi, da linhagem de Davi, com direito ao trono
de Israel, com direito ao trono do Universo. Vemos aí mais uma vez no Novo
Testamento Deus cumprindo a promessa feita no Antigo Testamento.
O Filho de Deus, a respeito de quem o Evangelho gira,
se tornou carne, se fez um de nós e Ele nasceu cumprindo todas as promessas, Ele
nasce da descendência de Davi, mas Ele era mais do que um judeu de linhagem
real, Ele era mais do que um judeu com pretensões ao trono. Ele, na verdade,
era o Filho de Deus, mais do que filho de Davi, Ele era o Filho de Deus.
b)
Esta Pessoa foi designada, com poder, Filho de Deus:
... e foi designado Filho de Deus com
poder ...
Depois de ter falado sobre a perfeita humanidade do Filho
de Deus, Paulo, agora, fala a respeito da sua divindade, dizendo que Ele, Jesus
Cristo, foi designado com poder Filho de Deus. Com poder, ou seja, houve alguma
coisa que aconteceu, algumas coisas aconteceram que designaram, demonstraram,
confirmaram e deixaram claro para todo mundo que aquele judeu, descendente de
Davi, era mais do que um homem como um de nós, mas Ele era o próprio Deus e
Paulo menciona duas coisas aqui:
B1)
Primeiro, que Jesus foi designado Filho de Deus com poder segundo o Espírito de
Santidade:
... e foi designado Filho de Deus com
poder, segundo o espírito de ...
Tem duas possibilidades de interpretar essa frase. Primeiro
é uma referência ao Espírito Santo, mas seria uma construção estranha, porque
Paulo quer falar do Espírito Santo aqui. É a única vez na Bíblia que aparece
essa expressão “Espírito de Santidade” com referência ao Espírito Santo. A
outra é que pode se referir ao fato de que Cristo, durante a sua vida aqui como
homem, Ele nunca cometeu pecado. Ele foi Santo em todo o seu procedimento e só
há um ser que consegue ser santo em todo o seu procedimento que é Deus. Então,
foi demonstrado que Ele é o Filho de Deus por causa do Espírito de Santidade
que havia nele e pelo qual Ele nunca pecou, ao contrário de toda a raça humana.
B2)
Segundo, que Jesus foi designado Filho de Deus pela ressurreição dos mortos:
... e foi designado Filho de Deus ...
pela ressurreição dos mortos ...
Mas tem uma segunda coisa que designa e que mostra que
Jesus era o Filho de Deus. Paulo diz aqui que é pela ressurreição dos mortos. Ao
ressurgir dos mortos ao terceiro dia, depois de se oferecer como sacrifício pelos
pecados do seu povo, Jesus foi poderosamente designado como Filho de Deus. Se Ele
tivesse ficado morto depois da crucificação pelos Romanos, Ele seria
considerado até hoje como simplesmente mais um revoltoso judeu como Teudas, como
um tal de Judas, que foram revolucionários que apareceram antes de Jesus e que
lideraram o povo. Só Teudas levou mais de 400 homens numa revolução armada contra
Roma. Os romanos mataram Teudas e o movimento acabou. Depois apareceu um tal de
Judas no tempo do recenseamento, aquele em que José e Maria participaram, que
também levantou as multidões e muita gente o seguiu. Os romanos mataram esse
tal de Judas e o movimento acabou também.
E Jesus, aos olhos daquele pessoal, parecia ser mais
um líder revolucionário. Se Ele tivesse ficado morto na sepultura, Ele estaria
na galeria junto com Teudas, Judas e outros revolucionários judeus, cujos
movimentos não deram em nada. Mas quando Ele ressurge dos mortos ao terceiro
dia, então, Ele é designado Filho de Deus. É confirmado, demonstrado de que Ele
é o Filho de Deus e que Ele é diferente de todos os outros. E Paulo ainda
acrescenta, ele diz que Jesus foi designado filho de Deus com poder, ao
ressurgir dos mortos no terceiro dia, Filho de Deus sobre quem é o Evangelho e
que Ele sobe aos Céus e se senta no Trono da Majestade. E aí Jesus pôde dizer
aos discípulos que toda a autoridade lhe foi dada, no Céu e na Terra, portanto,
ide e pregai o Evangelho a toda criatura.
O Evangelho é a respeito de uma Pessoa, o Evangelho
gira em torno da Pessoa de Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus,
ressurreto de entre os mortos, entronizado à direita de Deus e que tem todo
poder no Céu e na Terra.
c)
A identificação da Pessoa: Jesus Cristo:
... a saber, Jesus Cristo, nosso
Senhor, por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do
seu nome ...
E Paulo finalmente diz quem é este Filho de Deus, a
saber, Jesus Cristo. Ele identifica agora a Pessoa em torno do qual gira o
Evangelho: Jesus Cristo. Ele é o cumprimento de todas as promessas, Ele é o
centro do Evangelho, Ele é a razão das boas novas, e aí Paulo acrescenta: Jesus
Cristo nosso Senhor de quem eu sou escravo, de quem eu sou servo. Ele é o
Senhor de tudo e de todos.
Essa é A terceira coisa que Paulo
nos diz neste texto. A primeira que o Evangelho é de Deus, a segunda que o Evangelho
foi prometido, é uma promessa que Deus fez no Antigo Testamento e que está
sendo cumprida hoje, terceira que o Evangelho é sobre uma Pessoa, o Filho de
Deus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
04
– O EVANGELHO DEVE SER OBEDECIDO E CRIDO POR TODOS:
... para a obediência por fé, entre
todos os gentios, de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus
Cristo. A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes
santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo ...
Os gentios eram aqueles que não
eram judeus, eram os não judeus. O mundo, naquela época, era dividido em duas
raças. Havia os judeus, que se considerava o povo escolhido de Deus e quem não
fosse judeu era gentio ou era dos povos. Paulo diz que Cristo, quando lhe
apareceu, esse Cristo que ressurgiu dos mortos, lhe constituiu Apóstolo para
obediência do seu nome, por fé entre os gentios.
Essa foi a missão que Paulo
recebeu. Esse é o apostolado de Paulo. Cristo o encarregou de ir a todas as
nações e anunciar as boas notícias, as que Deus já cumpriu a promessa, que o
Salvador já veio e que pela fé, nele, as pessoas são perdoadas e recebem a
remissão de seus pecados. Que não só os judeus, mas todas as nações, as mais
distantes, precisam ouvir essa boa notícia, porque não há salvação e nenhum
outro não há nenhum outro caminho a não ser Jesus Cristo.
E Paulo disse que foi por meio
dele que ele recebeu esse apostolado, para obediência da fé. Note,
cuidadosamente, a expressão “a obediência por fé”, porque fé, e nós vamos aprender
isso aqui na Carta aos Romanos, não é você somente acreditar no que eu estou
dizendo a você, que Jesus é o Filho de Deus, que Ele é o cumprimento das
promessas, que Ele é a realização dos planos de Deus. Mas fé é obedecer a esse
Cristo, é obedecer ao que Ele diz, é se sujeitar ao seu Senhorio.
Portanto, fé não é simplesmente um
sentimento intelectual, uma concordância que nós temos para com essas verdades.
Mas é uma inclinação da nossa vontade, é um compromisso da nossa vontade, do
nosso querer com a pessoa em que nós dizemos crer. Por isso que Paulo disse que
a missão dele é pregar a obediência da fé ou a obediência que procede da fé em
Cristo Jesus e dizer às pessoas que creiam em Jesus Cristo e andam nos caminhos
dele. Isso era o que ele tinha que anunciar a todas as nações, essa era a
missão que ele recebeu e esse é o desejo de Deus, que por amor a Cristo as
nações ouçam a boa notícia do Evangelho.
05
– É PELO EVANGELHO QUE DEUS NOS CHAMA PARA SUA GLÓRIA:
..., chamados para serdes de Jesus Cristo ...
E Paulo finalmente se dirige aos
destinatários da carta. Ele introduz os destinatários dizendo que vós sois chamados
para serdes de Jesus Cristo. Ele tinha dito que a missão dele era pregar o
Evangelho aos gentios, entre os quais estão aqueles moradores de Roma, que já
tinha sido chamados por Deus.
O Chamado de Deus aqui deve ser
interpretado como o chamado de Paulo, de quando
Deus apareceu ao Apóstolo Paulo no caminho de Damasco. Não foi assim do tipo
Jesus apareceu, Paulo parou e Jesus disse: Oi, bom dia! Eu sou Jesus Cristo. E
Paulo responde: Ah! Muito prazer! E Jesus diz: Eu queria lhe convidar para que
você seja crente. E Paulo responde: Não quero! Não foi assim: Você tem o
direito de escolher, você tem livre arbítrio, escolha se você quer ou não ser
meu servo. Não foi assim que Cristo fez com o Paulo. Quando Paulo diz aqui que
os romanos foram chamados para ser de Jesus Cristo, ele não está se referindo a
um convite de Deus do tipo assim: Olha, eu estou convidando você para ser de
Jesus, você quer? A decisão é sua. Se fosse assim você sabe quantas pessoas
seriam crentes? Zero!
O chamado aqui é uma compulsão de Deus no coração
do pecador. Ele é um chamado irresistível. Deus atrai o pecador, inclina a sua
vontade, abre o seu entendimento e o atrai com laços de amor no poder do
Espírito Santo. Se não fosse isso você não era crente, você não estaria lendo
estas palavras. Eles, os crentes romanos, foram chamados por Deus. O Evangelho
tem a origem em Deus, a salvação tem origem em Deus, é Deus quem chama e nós
vamos e nós obedecemos.
06 –
DEUS AMA AOS SEUS COM UM AMOR ESPECIAL:
A todos os amados de Deus, que estais em Roma ...
Deus amou o mundo, é verdade, mas Ele ama os seus
com um amor especial, o amor que chama, amor irresistível, amor redentor e
salvador. O amor de Deus pela humanidade é o que a gente chama da graça comum.
Deus ama todas as suas criaturas, mas estes que Ele chama, Ele ama com um amor
especial, com amor redentor, que levou Cristo a morrer por eles na cruz. São amados de Deus. Nós
não somos amados de Deus na mesma forma que Deus ama o mundo, mas nós somos
amados de Deus no sentido de que Ele nos amou e nos chamou, irresistivelmente,
pelo Evangelho, para sermos dele. É esse amor redentor de Deus que nos separa
do mundo, somos objeto desse amor e desse chamado específico que Paulo repete
aí no final.
07
– SOMOS CHAMADOS PARA SERMOS SANTOS:
... chamados para serdes santos ...
Chamados para serdes Santos. Paulo
diz isso logo para evitar qualquer coisa do tipo: Então, Deus me elegeu, Deus
me predestinou e Deus me chamou irresistivelmente. Ele me ama de uma forma
especial, então isso quer dizer que eu posso viver de qualquer maneira. Não,
você foi chamado para ser o quê? Santo! O Evangelho nos chama para sermos santos,
na obediência por fé. Lembra da fé verdadeira? A fé que obedece? E o chamado é
para ser santo, não é para viver de qualquer maneira.
A boa notícia é essa, que Deus
cumpriu as promessas na pessoa de Jesus Cristo e agora está, pela pregação da Palavra,
chamando o seu povo, constituindo uma nova raça, a sua família, um povo para o
seu louvor. E que privilégio fazer parte desse povo.
08
– O REFORÇO DA DIVINDADE DE CRISTO NA SAUDAÇÃO FINAL:
... graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo ...
E Paulo termina dizendo: Graça a
voz dos outros e paz da parte de Deus nosso pai e do Senhor Jesus Cristo. Ao
colocar Jesus ao lado de Deus como sendo originador da Graça e da paz, Paulo está
falando da divindade de Cristo. Graça e paz vem do Pai e do Filho, com isso ele
quer dizer: Jesus Cristo é Deus. Ele é o Filho de Deus, a segunda pessoa da
Trindade. Adoremos ao Senhor nosso Deus.
CONCLUSÃO:
A indagação inicial foi a respeito
do Evangelho. Durante a sua história, a igreja sempre teve que lutar para
preservação do Evangelho. E o que Paulo nos ensina que a respeito desse Evangelho?
Primeiro, que o Evangelho são boas
notícias que procedem de Deus. Essa mensagem não tem origem no coração humano,
a mente humana não poderia conceber tal plano, mas tem origem no próprio
Criador e Senhor de todas as coisas.
Segundo, que o Evangelho foi antecipado
há muito tempo atrás através dos escritos de Israel, através dos profetas que
Deus levantou e que registraram as promessas que Deus havia feito. Portanto,
não é nenhuma invenção dos cristãos e está em perfeita harmonia com aquilo que
vem desde a antiguidade.
Terceira coisa que nós aprendemos
é que Deus levantou pessoas, a quem chamou de Apóstolos, mediante Jesus Cristo,
para ser os anunciadores dessa mensagem, da mesma forma como ele levantou os
profetas para escrever as promessas. E nós não temos mais profetas como Isaías,
Jeremias, Ezequiel, Daniel, que foram aqueles que registraram as promessas. Deus
levantou os apóstolos para registrar o cumprimento e é por isso que nós não
temos mais apóstolos, como os doze e Paulo. Não temos mais porque eles foram
chamados exatamente para registrar o cumprimento das promessas pelos profetas.
Hoje, nós estamos edificados sobre
o fundamento dos Profetas e dos Apóstolos, que é a Sagrada Escrituras. Nós não
precisamos de apóstolos, precisamos de pastores e mestres para nos ensinar
aquilo que os Profetas e Apóstolos registraram da parte de Deus.
Quarta coisa que o Evangelho é
sobre Jesus Cristo. Vamos parar de seguir falso profeta, gente que fica falando
de outro evangelho e raramente fala da Pessoa de Cristo, da sua obra na cruz,
da sua morte, da sua ressurreição e o povo vai atrás, porque o faço profeta
lança isca, você faz isso e você faz aquilo outro, faz campanha, faz promessa,
faz propósito e eu vou encher você de bênçãos. Isso não é o Evangelho.
Não estou dizendo que Deus não
pode abençoar você, mas estou dizendo se você está em uma igreja evangélica, ou
se você é crente porque veio atrás da benção, você está sendo enganado por um
falso profeta, está enganando o seu próprio coração. O Evangelho é a respeito
de uma pessoa, aquele que é o cumprimento das promessas de Deus de que Ele
mandaria um Salvador para nos livrar dos nossos pecados e nos dar a vida eterna.
Se você crê nisso você será salvo dos seus pecados e herdará a
vida eterna, senão você vai viver nesse mundo enganado por um falso profeta,
vai morrer nos seus pecados pelos quais você vai responder diante de Deus no
dia do juízo e viver no sofrimento eterno no inferno. O inferno está cheio de
gente que um dia creu em um falso evangelho. O verdadeiro Evangelho é esse aqui,
ensinado pelo Apóstolo Paulo, ensinado pelos profetas no Antigo Testamento,
pelos Apóstolos no Novo Testamento e ele é o nosso fundamento.
Talvez, você tenha ouvido um falso evangelho até ao
dia de hoje, mas eu queria que você examinasse o que você tenha ouvido à luz da
palavra de Deus. Talvez, você professe e crê nesse Evangelho, mas esse
Evangelho é um chamado para ser santo. A fé sem obras é morta, a fé no Evangelho
produz obediência e o nosso chamado é um chamado para santidade. Você não pode
professar que é um servo de Jesus Cristo se você vive desobedecendo ao seu Senhor,
quebrando a sua Lei, ofendendo a Ele com suas práticas religiosas.
O Evangelho é poderoso não somente para nos perdoar,
mas também para nos transformar. E eu queria que você cresse nisso. O Evangelho
é o poder de Deus para salvar todo aquele que crê. Talvez, você está aqui carregado
de culpa pelos seus pecados. Eis a boa notícia: Deus já mandou alguém para
tirar sua culpa, pagar a sua culpa, remir os seus pecados, alguém em quem você
pode ter a vida eterna, em quem você pode ter graça e paz. Este alguém é Jesus
Cristo, Filho de Deus, descendente de Davi, ressurreto dos mortos e que
tem todo poder no Céu e na Terra. Que Ele te abençoe a crer assim! Amém!
Luiz Lobianco
Bibliografia:
Bíblia Sagrada. Traduzida
em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil.
Sociedade Bíblica do Brasil.
Rev. Augustus
Nicodemus. Mensagem da Série Romanos: O Evangelho de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário