Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante
a todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé. Porque Deus, a
quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como
incessantemente faço menção de vós em todas as minhas orações, suplicando que,
nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de visitar-vos.
Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual,
para que sejais confirmados, isto é, para que, em vossa companhia,
reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha.
Porque não quero, irmãos, que ignoreis que, muitas vezes, me propus ir ter
convosco (no que tenho sido, até agora, impedido), para conseguir igualmente
entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios. Pois sou devedor
tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso,
quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em
Roma (Rm 1.8-15).
INTRODUÇÃO:
Que Deus nos conduz na compreensão da sua palavra aos
nossos corações, pois sabemos que sem a atuação dele em nós seremos apenas
ouvintes ou leitores da palavra. Que ela seja implantada profundamente em nosso
coração e produza o fruto para a vida eterna. Que esta palavra traga
transformação, renovação, iluminação, compreensão, conforto, enfim, que o Senhor
que conhece a cada coração nos dê de acordo com a necessidade de cada um. Amém!
No estudo anterior nós vimos porque o Apóstolo Paulo
escreveu essa carta. Ele estava no final da sua terceira viagem missionária,
depois de muitos anos pregando na bacia do Mediterrâneo. E ele tinha colocado
os olhos na Espanha, que era um campo onde Cristo não havia sido ainda
anunciado. Então, ele planeja chegar até a Espanha e no caminho para a Espanha
está exatamente a Igreja de Roma, que ele não a havia fundado, mas na qual
havia muitos conhecidos.
Paulo não era oficialmente conhecido na Igreja de Roma,
embora tinha amigos lá. E o plano de Paulo era terminar um projeto que ele
havia começado àquela altura, que era ir até Jerusalém, levar uma oferta que
ele tinha levantado para os cristãos pobres da Judeia e de lá de Jerusalém ele
pegaria o navio para ir para Roma, onde pretendia passar algum tempo com os
cristãos de Roma. E de lá ser enviado por eles para a Espanha, onde Paulo
pretendia pregar o Evangelho naquela região.
Só que Paulo não era conhecido oficialmente na Igreja.
E além disso, corriam boatos a respeito do apóstolo Paulo em Roma, especialmente
por conta da grande comunidade de judeus que havia na cidade. Os judeus, desde
o início, perseguiam o Apóstolo Paulo e a fama de Paulo entre a comunidade judaica
era de alguém que havia apostatado do judaísmo, abandonado a sua religião, que havia
traído a religião dos seus pais, havia negado a Moisés, que falava contra o
templo, falava contra a Lei de Deus. Diziam que Paulo obrigava os judeus a não
mais serem circuncidados e nem circuncidar aos seus filhos, que Paulo dizia que
Israel não era mais o povo de Deus.
Havia muita fofoca, muita crítica acontecendo entre os
judeus a respeito do Apóstolo Paulo e ele sabe que quando chegasse em Roma ele
haveria de enfrentar opositores devido a quantidade de judeus que havia em Roma.
E ao fato de que a Igreja de Roma era também composta por judeus, então, ele
resolve escrever essa carta que nós conhecemos como a Carta aos Romanos, a
caminho de Jerusalém, mas com os olhos voltados para Roma, onde ele explica o Evangelho
que ele prega, ele responde já algumas das críticas que ele sabe que ele vai
receber e ele aproveita para tratar de alguns assuntos pastorais que ele sabe
que a Igreja de Roma precisava, como, por exemplo, o relacionamento entre
judeus e gentios.
Ele começou a carta falando a respeito de si mesmo e
do Evangelho que ele prega, conforme nós vimos no último estudo. Ele falou que
o Evangelho que ele prega é o Evangelho de Deus, não foi ele que inventou essa
mensagem e que o Evangelho é uma promessa antiga que Deus fez através dos profetas
de Israel e que ele está cumprindo agora na Pessoa de Jesus de Nazaré. E o
Evangelho é a respeito disso, é sobre Jesus Cristo, Filho de Deus, Deus feito
homem entre nós. E esse Evangelho deve ser pregado em todo o mundo, por isso
Paulo tem interesse de ir até Roma e de lá até a Espanha.
Agora, na sequência do estudo, Paulo fala do grande
amor que ele tem pelos cristãos de Roma e fala do desejo que tem em visitá-los
e dos seus planos de estar com eles. E ao fazer isso, Paulo revela um coração
amoroso, pastoral, preocupado e nos dá acesso ao espírito daquele que é ou foi
o maior missionário de todos os tempos do cristianismo. Neste estudo vamos ver
esse amor que Paulo tinha por aquelas pessoas que ficou demonstrado no fato de
que Paulo orava constantemente por eles, e também no desejo que Paulo tinha de
ter comunhão com eles e ainda porque Paulo se sentia devedor a eles para pregar
o Evangelho.
O Alvo dessa exposição é tentar aprender com o Apóstolo
Paulo o que é ser crente, o que significa ser um crente piedoso, o que que
significa ser alguém de fato comprometido com o Evangelho. Aqui, nessa passagem,
o Apóstolo Paulo abre a janela do seu coração, descortina o seu interior e nós
podemos ver como é o coração de um homem temente a Deus, alguém completamente
comprometido com o Evangelho de Jesus. E fazendo isso a nossa expectativa é que
o Espírito Santo de Deus sonde o nosso próprio coração. E usando Paulo como
exemplo, que o Senhor governe a nossa vida, nos corrige, nos conforte e nos
encoraje a viver uma vida que sirva a Deus com tal intensidade como o apóstolo
Paulo.
01
– O AMOR DE PAULO AOS ROMANOS REVELADO EM SUAS ORAÇÕES:
a)
A gratidão de Paulo pelos cristãos de Roma:
Primeiramente, DOU GRAÇAS A MEU DEUS, mediante Jesus Cristo, NO TOCANTE A TODOS VÓS, porque, em todo o mundo, é proclamada a
vossa fé (Rm 1.8).
Primeiramente, como coisa principal, como minha
prioridade. Mesmo que Paulo não tenha fundado a Igreja de Roma e mesmo que outras
pessoas eram líderes da Igreja de Roma, Paulo agradecia a Deus porque a Igreja
de Roma era uma Igreja que crescia, era uma igreja que tinha se espalhado, cuja
fé havia se espalhado pelo mundo todo. Em parte, porque todos os caminhos
levavam a Roma. Muita gente ia a Roma, que era a capital do Império Romano e
conhecia o Evangelho através da Igreja de Roma e saía para outros lugares
levando esse Evangelho.
A obra missionária da Igreja de Roma já era conhecida,
a fé daqueles irmãos já era propagada em todo o Império Romano. E Paulo, todo
dia, agradecia dizendo mais ou menos assim: Senhor, muito obrigado pela Igreja
de Roma, dou graças porque aquela Igreja está crescendo. Deus, não fui eu que
plantei aquela Igreja, eu não sou o líder daquela Igreja, eu não estou
recebendo glória nenhuma, mas eu te agradeço, Senhor, porque meu interesse não
é que eu seja glorificado, mas que o Evangelho cresça e aquela Igreja está
crescendo. São outros pastores, são outros líderes, não fui eu que a fundei,
mas é o Evangelho crescendo e se espalhando pelo mundo todo.
Consegue perceber como Paulo agradece todo dia a Deus
por uma igreja que ele não plantou, por ovelhas que não eram suas, um trabalho
que ele não liderou, o fruto que ele não procurou. A gente mal consegue
agradecer a Deus pelo que ele está fazendo na nossa vida, muito menos se
alegrar quando outras igrejas, outros irmãos, outras pessoas estão avançando
espiritualmente e levando o Evangelho ao mundo inteiro. O coração de Paulo aqui
é o coração que nós devemos ter, o amor que nós devemos ter pelo Reino de Deus,
pela Igreja.
Há milhares e milhões de cristãos em todo lugar que creem
no Senhor Jesus como você crê e nós temos que nos alegrar com esse fato, com o
progresso do Evangelho, ainda que não seja da nossa denominação. Mas onde o
verdadeiro Evangelho está sendo ensinado nós temos que nos ajoelhar diante de
Deus e dizer: Deus eu agradeço, primeiramente, antes de mais nada, antes de
agradecer por mim, agradeço porque o teu Evangelho, a tua Igreja está crescendo
no mundo todo.
Essa é a razão pela qual a Igreja, desde o início, foi
chamada pelos teólogos de Católica e Universal. Infelizmente, a Igreja de Roma,
mais tarde, vai pegar o termo Católica para ela, mas um dos atributos da Igreja
é que ela é católica. Católica significa simplesmente que ela é do tamanho do
mundo, ela se estende pelo mundo todo, pois a fé é universal, é de todas as
raças, é de todos os povos e não somente nossa, e não somente em nós.
Então, o alegrar-se pelo avanço do Reino de Deus, pela
propagação da semente em todo mundo, isso estava no coração do Apóstolo Paulo e
mostrava como ele, de fato, amava aqueles irmãos. Os pastores deveriam
desenvolver esse espírito, mesmo diante de tanta concorrência, diante de tanta
competição. Mas um pastor, para estar alegre pelo sucesso do outro, tem que ser
um pastor muito crente para poder se alegrar com o sucesso de outros pastores. E
aqui tem um pastor alegre pelo sucesso do pastor de Roma, o Apóstolo Paulo,
dando graças a Deus por eles.
Por isso, nós deveríamos ter esse espírito entre nós,
entre nossos líderes. Paulo coloca isso como prioridade e note que ele disse
que dá graças ao seu Deus, o que revela essa intimidade, esse intenso
envolvimento pessoal com Deus. O relacionamento de Deus com Paulo não era com a
divindade distante, ele pode se referir a Deus e dizer: É o meu Deus. E essa
expressãozinha curta traz um mundo de significado, revela essa relação pessoal,
intensa do apóstolo Paulo a ponto de ele dizer que o Senhor é o meu Deus, o meu
Deus com quem eu tenho esse relacionamento.
Ele diz também que essa ação de graças é mediante
Jesus Cristo, porque é somente através de Jesus Cristo que nós podemos chamar
Deus de nosso Deus, senão Ele não é o nosso Deus, senão Ele é apenas o Deus
Criador do Universo, Juiz Universal de todos e que haverá de nos julgar pela
sua Santa Lei. Mas mediante Jesus Cristo eu posso dizer que Ele é o meu Deus,
com quem eu tenho um relacionamento pessoal, constante, diário e profundo.
O que é uma ironia é que Paulo está agradecendo porque
a fé da Igreja de Roma é proclamada em todo mundo. Se Paulo fosse escrever uma
carta aos romanos hoje, ele escreveria uma carta contra os romanos, e não aos
romanos, porque infelizmente, através da História, a Igreja de Roma, elogiada aqui,
ela se desviou dos caminhos de Deus, especialmente durante a Idade Média, e deu
origem a uma religião que se propõe cristã, mas que pouco preserva do
cristianismo original, como Paulo defende aqui nesta carta. Muito pouco essa
Igreja apresenta, hoje, deste cristianismo original, carecendo de uma reforma que
já aconteceu no século XVI e de mais outras, o que mostra que situações podem
mudar e mesmo a igreja que recebeu a carta escrita pelo Apóstolo Paulo, onde
contém, onde se encontra contido o verdadeiro Evangelho de Deus, com o tempo
ela pode apostatar e se desviar do santo caminho e da reta doutrina. Daí a
necessidade de cuidado que nós temos de sempre estarmos alertas, porque o nosso
coração é enganoso. Paulo amava aqueles irmãos, orava por eles, agradecia por
eles, intercedia por eles. Mas há mais na oração de Paulo aos Romanos:
b)
A constância de Paulo na oração pelos cristãos de Roma:
Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito,
no evangelho de seu Filho, é minha
testemunha de como incessantemente faço menção de vós (Rm 1.9).
Aqui já é demais, não é? A gente agradecer a Deus
pelas ovelhas de outro pastor já é um passo grande, mas você interceder todo
dia por elas aí tem que ser crente mesmo. Parece que Paulo orava assim: Deus eu
te agradeço pelas ovelhas do pastor fulano de tal. Eu quero pedir por cada uma
delas, que o Senhor abençoe para que elas prosperem, que elas cresçam, que
sejam livres do mal, ajuda elas nas suas necessidades.
Paulo nem conhecia esse pessoal, mas diariamente, diz
o texto, incessantemente, ele fazia menção dos crentes de Roma em suas orações.
O problema é que a maioria dos crentes nem oram, quanto mais orar desse jeito.
Este gesto mostra o amor de Paulo por essas pessoas, e mostra também o que é o
verdadeiro cristianismo, o que é um crente comprometido com o Evangelho, alguém
que vive intensamente o Evangelho, que se alegra quando ele prospera, ora pelos
outros, ora pela pelo progresso dos outros, agradece a Deus, fica feliz quando
o outros são exaltados.
Aqui, no gesto de Paulo, estamos olhando para o
coração de um verdadeiro crente, alguém completamente comprometido com a Palavra
de Deus. Olha o que ele diz aqui a respeito dessa oração: Primeiro, que ele
fazia isso constantemente. Está aí no verso nove: Incessantemente eu faço menção de
voz nas minhas orações. E ele até invoca Deus como testemunha. Isso
porque pode parecer que os Romanos iram dizer assim: Paulo, eu não acredito que
você faz isso, eu não acredito que você ora por nós, nem nos conhece.
E Paulo diz assim: Deus, a quem sirvo em meu
espírito no Evangelho de seu filho, é minha testemunha. Porque Paulo
sabia que só podia chamar como testemunha a Deus, porque só Deus conhecia a
vida de oração dele. Então, ele chama Deus como testemunha, porque parece
incrível que ele desse graças pelos Romanos e que orava por eles todo dia. Na
verdade, se você for olhar as outras cartas de Paulo, ele orava todo dia pelos
Colossenses, pelos Filipenses, e em todas essas cartas ele diz: Incessantemente
eu lembro de vocês.
Paulo era um homem de oração que amava o povo de Deus,
que tinha interesse pelo povo de Deus. Note como ele se refere a Deus: Eu
chamo Deus como testemunha, o Deus a quem eu sirvo. A palavra “servir”
aqui é de onde vem a palavra “serviço religioso”. Então, Paulo aqui está
dizendo: Esse Deus, que é o meu Deus, a quem eu sirvo, a quem eu sirvo como um
sacerdote, a quem eu ministro todo dia, a quem eu me achego para servir, para
oferecer louvores em meu coração e em minha vida, esse é o Deus a quem sirvo.
E ele disse: Eu
sirvo em espírito. Talvez ele tenha feito isso de propósito, para
contrastar com o Judaísmo e as suas exigências externas, o legalismo judaico ou
para contrastar com a religião dos Romanos e dos Gregos que era muito
ritualista. Paulo está dizendo que o serviço que ele presta ao Deus dele é um
serviço com seu espírito interior, lá de dentro, portanto, é sincero, não é
algo de fachada, não é algo dissimulado para as outras pessoas verem, mas é
algo que parte do seu coração.
Esse é o verdadeiro cristianismo, que ele vem de
dentro, e quando isso acontece você serve a Deus no espírito. E é claro que,
quando isso acontece, vai mudar a sua vida, quando o servir a Deus partir do
seu coração. É lá no coração, na alma, no espírito que está a sede das nossas
afeições religiosas, e é lá onde Deus sintoniza o nosso servir, através de
Jesus Cristo, e onde também o Espírito Santo habita. Portanto, é daqui, do
nosso interior, com o nosso coração que devemos servir a Deus. Os atos
religiosos externos, como participar de um culto, levantar para cantar, trazer
dízimos e ofertas ou participar da confissão pública, essas coisas são boas e
necessárias, mas isso não faz de você um cristão. Se tudo isso não for no seu
espírito, lá de dentro.
E Paulo acrescenta: No Evangelho de seu Filho.
Mais uma vez dizendo que isso só é possível mediante as boas notícias do Filho
de Deus, Jesus Cristo, porque sem Ele nós não teríamos como acessar a presença
de Deus. Só mesmo no Evangelho de Cristo é que nós podemos chegar ao verdadeiro
Deus e diante dele servi-lo, honra-lo, glorificá-lo, orar, interceder e nos
entregar a Ele. Não há outro caminho, não é o caminho da sua religiosidade, não
é o caminho das suas obras, não é o caminho da sua moralidade ou de qualquer
outra coisa que parta de você, mas é serviço a Deus mediante o Evangelho do Filho
dele. Não tem outro caminho para nós nos achegarmos a Deus e servi-lo a não ser
através do Evangelho.
É esse Deus que Paulo chama como testemunha e diz: Eu
sei que parece incrível o que eu estou dizendo, que eu oro por vocês todo dia,
mas o Deus a quem eu sirvo no meu espírito, no Evangelho do seu Filho, Ele é
testemunha de que todo dia, quando eu dobro o joelhos para orar eu me lembro de
vocês, eu oro e peço: Senhor abençoe aos irmãos de Roma, ajuda os irmãos de
Roma, livra-os daquele estado poderosíssimo, onde os cristãos estão sujeitos a
perseguição e onde há ameaças dos próprios judeus, onde vivem em situação
difícil no meio dos pagãos. Senhor, abençoa aqueles irmãos que estão lutando
para viver a vida cristã. Paulo orava assim e orava todo dia. Isso fazia parte
do serviço que ele oferecia a Deus. E não somente isso, vai mais, pois Paulo
continua:
c)
A submissão de Paulo à vontade de Deus:
Em todas as minhas orações, suplicando que,
nalgum tempo, pela vontade de Deus, se
me ofereça boa ocasião de visitar-vos (Rm 1.10).
Paulo sabia que Deus dominava todas as circunstâncias,
que Deus controla os fatos e a História, por isso que mesmo que ele tenha
desejo de ir a Roma, ele sabe que isso vai depender da vontade de Deus. Por
isso que, ao orar, ele diz: Deus, se for da tua vontade, quando for da tua
vontade, abre uma ocasião para que eu possa visitar aqueles irmãos. E olha que
nós estamos falando aqui de um homem de fé, de um homem que servia a Deus no
espírito, de um homem que tinha acesso à presença de Deus, de um homem
comprometido com Deus e que conhecia Deus intimamente, e ainda assim ele não se
sente tão confiante a ponto de dizer assim: Eu decreto que amanhã eu vou para
Roma, eu declaro isso. Esse homem é humilde, porque quanto mais você conhece a
Deus, menos arrogante você é, menos atrevido você vai ser. Esse pessoal
atrevido aí é porque não conhece a Deus, porque se conhecesse a Deus não ficava
dando ordem para Ele ou dizendo a Ele o que Ele tem que fazer, porque quanto
mais você conhece a Deus, mais você vai fazer aqui a vontade de Deus.
Pela vontade de Deus, se
me ofereça boa ocasião de visitar-vos. Não é outro senão Paulo
que está dizendo isso senão
Paulo. Ele se sujeita à vontade de Deus. E agora parece que uma ocasião estava
surgindo, porque no final da terceira viagem missionária, ele está de partida
para Jerusalém. E ele mais ou menos já considera que cumpriu a sua missão
naquele lugar, pois ele deve ter passado ali, naquela região, nas estimativas
de cerca de 15 anos, evangelizando a região do Mediterrâneo. Não tem mais
espaço, então, ele olha para a Espanha e diz: Eu quero ir para lá. Então, ele
vê uma oportunidade que parece que vai dar certo, que parece que Deus, agora,
vai abrir uma porta. Mal sabia Paulo que estes planos não se concretizariam.
Não faz mal a gente planejar. E
Paulo fazia planos, só que não saiu exatamente como ele queria. Ele chegou em
Jerusalém, é verdade, mas quando ele chegou lá ele foi preso. E no final ele
chegou em Roma, é verdade, dois anos depois, mas acorrentado como prisioneiro
político. E essa cidade que ele tanto amava e queria tanto ver foi o palco da
sua morte no ano 64, quando o Imperador Nero mandou cortar sua cabeça na Via
Ápia. Os planos nem sempre são como a gente quer. Não custa fazê-los e dizer:
Deus se for a tua vontade. Era da vontade de Deus que Paulo fosse a Roma, mas
não era exatamente como Paulo queria.
Aqui vemos o amor de Paulo por
esses irmãos, cuja maioria ele não conhecia, de uma igreja que ele não fundou e
com quem ele queria, de fato, ter um tempo e conhece-los. Então, dessa forma,
em primeiro lugar Paulo mostra o amor dele para com aqueles irmãos, mas Paulo
desejava ter comunhão com eles, é o que ele vai dizer nos versos seguintes.
d) O forte desejo de Paulo de visitar aos cristãos de Roma:
Em todas as minhas orações, suplicando que,
nalgum tempo, pela vontade de Deus, se
me ofereça boa ocasião de visitar-vos (Rm 1.10).
Paulo não somente dava graças por eles, não somente
orava por eles, mas Paulo dizia: Deus, um dia eu quero visitar esses irmãos, um
dia eu quero estar com eles. Então, ele não era do tipo assim estou orando por
aqueles irmãos, mas quero eles lá em Roma e eu aqui em Jerusalém. O amor de
Paulo era tão concreto e real que ele, na verdade, queria estar com aqueles
irmãos.
Isso mostra uma coisa, que você quer estar por quem
você ora. Já notou isso? Que quando você começa a orar por uma pessoa, de
repente, você tem vontade de estar com aquela pessoa. Por isso que se você quer
perdoar alguém que lhe ofendeu, que lhe magoou, ora por ela, pois se você
começar a orar por aquela pessoa, em pouco tempo você vai estar dizendo: Deus,
me dá uma oportunidade de almoçar com essa pessoa. Alguém lhe magoou? Começa a
orar por essa pessoa, pedindo que Deus a abençoe, que Deus a faça prosperar. Intercede
por ela e daqui a pouco você vai perceber dizendo: Deus, eu queria uma chance
de me encontrar com esta pessoa, de fazer amizade com ela, eu sei que ela me
ofendeu, mas agora eu comecei a orar por ela e o meu coração se abriu para ela.
Percebe a relação? Paulo começa a orar por essas
pessoas e ele, então, finalmente confessa: Na verdade, irmãos, eu estou orando
até para que Deus me dê uma boa ocasião para ir visitar vocês. Eu quero estar
com vocês, eu quero ter comunhão com vocês, esse é o meu desejo e era uma coisa
que Paulo já queria a muito tempo.
Paulo não está dizendo: Eu quero ir morar com vocês. Porque,
na verdade, o plano dele era passar um tempo com aqueles irmãos, conhecer eles,
ter comunhão com eles e de lá ir para a Espanha, para pregar o Evangelho. Ele
queria uma oportunidade de conhecer os irmãos e estar lá com eles, mas ao fazer
isso, ele diz que está suplicando, já há algum tempo, pela vontade de Deus, que
se ofereça uma boa ocasião para visita-los.
02
– O AMOR DE PAULO AOS ROMANOS REVELADO NO DESEJO DE COMUNHÃO COM OS CRISTÃOS DE
ROMA:
a)
A finalidade do desejo de Paulo em visitar aos irmãos em Roma: Comunhão mútua:
Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom
espiritual, para que sejais confirmados. Isto é, para que, em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e
minha (Rm 1.11-12).
Paulo diz que queria estar com
eles e ministrar para eles. Ou seja, Paulo queria ver os cristãos de Roma, estar
com eles e oferecer a eles aquilo que Deus lhe deu. Paulo era um mestre da Palavra
de Deus, um Apóstolo, um pregador e queria confirmar a fé daqueles irmãos que
já eram cristãos, que já aprenderam do Evangelho de Deus. Deus lhe deu dons,
Deus lhe deu habilidades, e Paulo queria usar elas para abençoar a vida daqueles
irmãos.
E logo em seguida, para que os
romanos não pensarem que Paulo era alguém que está dizendo: Olha eu vou aí
abençoar vocês, eu vou ensinar e vocês vão aprender. Mas em seguida ele diz:
Isto é, para que, em vossa
companhia, reciprocamente nos
confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha (Rm 1.12).
Ele se explica, ele já corrige
para não dar uma má impressão. Assim, ele não quer dizer: Eu quero ir aí porque
eu quero pregar para vocês, porque eu vou ensinar e vocês vão aprender. Na
verdade, ele está dizendo: Eu quero ir aí para que nós nos confortemos,
mutuamente. Primeiro, vocês observando a minha fé, observando os dons que Deus
me deu. Eu posso ministrar a palavra a vocês e eu, me sentindo encorajado com a
fé que vocês têm, me sentindo animado, disposto a continuar vendo a obra de
Deus no meio de vocês. Ou seja, Paulo não era orgulhoso. Apesar dele ter
chegado aquela estatura, ele nunca se via como tendo chegado a um ponto em que
ele não podia ser ministrado por outra pessoa. Nós nunca chegaremos a um ponto
em que nós não precisamos ser ministrados por outras pessoas, abençoados por
outras pessoas, e não existe alguém tão pobre de dons espirituais que não tem
alguma coisa para dar a outro. Sempre alguém pode se beneficiar da sua presença,
da comunhão contigo, passando um tempo com você nessa comunhão.
Paulo queria fortalecer aqueles
irmãos e ele mesmo ser fortalecido para pregar o Evangelho em todo mundo. Ele
ansiava pela comunhão dos irmãos. Difícil entender como ainda tem gente desagreijado.
Sabe o que um desagreijado? Alguém que quer servir a Deus, quer ser crente, mas
não quer ir à igreja. Paulo queria igreja. Se tem alguém que podia ser
desagreijado era Paulo, porque o relacionamento com Deus era tão Profundo, mas
ele queria ir para Roma, para ter comunhão com aqueles irmãos que ele nem
conhecia, queria participar da vida comunal com eles, ministrar e ser
ministrado, confortar e ser confortado.
Quando a gente insiste com vocês da
necessidade da igreja, não estamos fazendo isso pensando em igreja lotada,
banco cheio, oferta subindo, números. Não é este o nosso interesse. É
porque a gente sabe que você não pode ser crente se você não tiver a comunhão
dos irmãos. Você precisa da comunhão dos santos, dos irmãos. Você precisa de um
ambiente onde você pode ser edificado, ministrado, confirmado, e onde você pode
exercer seus dons espirituais. É um movimento triste esse que está acontecendo
no mundo todo chamados de desagreijados, pessoas que querem a Cristo, mas não
querem a noiva de Cristo, que é a sua Igreja.
Está muito claro aqui o forte desejo de Paulo em ter comunhão com
aqueles irmãos em Roma. Esse era o anseio de Paulo, de querer estar com os
irmãos, para essa edificação mútua, mas nem sempre as coisas saem conforme
planejamos.
b) O impedimento de Paulo
nos seus planos de visitar aos irmãos em Roma:
Porque não quero, irmãos, que ignoreis que, muitas vezes, me propus ir ter
convosco (no que tenho sido, até
agora, impedido), para conseguir igualmente entre vós algum fruto, como
também entre os outros gentios (Rm 1.13).
O plano de Paulo era visitar os cristãos da Igreja de Roma. E
nisso ele tinha planejado muitas vezes, diz aí o texto, só que ele tinha sido
impedido até então. Isso nos mostra que nem sempre o Apóstolo Paulo conseguia
as coisas do jeito que ele queria. Nem mesmo ele, homem de Deus, conseguia essa
proeza. Ele fazia planos e fazia planos para ir para Roma, mas não dava certo. Ele
vai dizer no final da carta que a razão, provavelmente, seja que ele estava
pregando e ainda tinha muito campo para evangelizar ali ao redor da Bacia do
Mediterrâneo, pois quando Paulo plantava uma igreja ele tinha que organizar
aquela igreja, tinha que promover a eleição da liderança, deixar a igreja
estruturada, somente aí que ele ia plantar outra igreja. Depois, voltava para
ver como estava os novos convertidos. Era um trabalho intenso e ele muito
queria ir para Roma, mas não dava, o trabalho, o campo missionário, exigia a
sua presença ali e ele não podia largar aqueles irmãos, embora agora ele
pensava que estava chegando a hora de visita-los. Aqui, você vê o grande
Apóstolo Paulo ansiando, desejando a companhia dos crentes para consolo,
conforto e busca do fruto espiritual, que isso seja de lição para nós. E Paulo
não queria somente ser confortado por eles.
c)
A intenção de Paulo em visitar aos irmãos em Roma: Obter frutos:
Porque não quero, irmãos, que ignoreis que,
muitas vezes, me propus ir ter convosco (no que tenho sido, até agora,
impedido), para conseguir igualmente
entre vós algum fruto, como também entre os outros gentios (Rm 1.13).
O interesse de Paulo, além da comunhão com eles, era obter algum
fruto do seu trabalho entre os romanos. E não só entre os romanos ele diz, mas
entre os outros gentios, a saber, os espanhóis, a quem Paulo pretendia pregar o
Evangelho. Ele queria isso. A vida dele era voltada para isso, ver o fruto do
Evangelho florescer entre os povos, aonde ele pudesse chegar com o evangelho,
era isso o seu plano.
03
– O AMOR DE PAULO AOS ROMANOS REVELADO EM SEU SENTIMENTO DE DEVEDOR AOS
CRISTÃOS DE ROMA:
Pois
sou devedor tanto a gregos como a
bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou
pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma (Rm 1.14-15).
Paulo revela o seu amor pelos cristãos de Roma orando por eles,
querendo ter comunhão com eles e em terceiro lugar Paulo se sentia devedor a
eles. E Paulo se sentia devedor por alguns motivos. Primeiro, porque ele foi
salvo pela graça de Deus. Ele era um fariseu arrogante, um religioso prepotente,
cego pelo legalismo da sua religião, cheio de ódio contra Cristo e contra os
seus seguidores. E um dia a graça de Deus o alcançou, sem mérito, sem favor,
sem merecimento da parte de Paulo, mera misericórdia de Deus.
Deus aparece em Cristo Jesus no caminho Damasco e o fariseu é
transformado. Então, Paulo foi salvo pela graça e quando nós somos salvos,
quando nós entendemos o amor de Deus por nós, a gente se sente devedor dos
outros, não é verdade? Se Deus me deu essa graça de perdoar os meus pecados e
me aceitar, então, eu me sinto em dívida para com as outras pessoas, para que
elas também sejam salvas, que elas também experimentam essa graça e essa
misericórdia.
Alguém já disse que evangelizar é um mendigo dizer a outro aonde é
que ele encontrou pão. Agora, imagine um mendigo, um morador de rua, passando
fome e ele descobre o lugar onde tem pão de graça. Ele vai sair gritando para
os outros amigos: Gente, eu achei pão de graça. Olha aquele lugar ali tem um
pão de primeira, de graça. Ele se sente devedor porque ele recebeu,
gratuitamente, misericordiosamente, aquilo que ele tanto precisava na vida. Ele
se sente em dívida se ele não contar para alguém, ele vai se sentir um egoísta,
ele vai se sentir culpado de que outras pessoas vão morrer sem pão quando ele
tem o pão e sabe onde encontrar.
Por isso que Paulo diz: Eu sou devedor porque a graça do Evangelho
me alcançou. Eu não posso ser outra coisa, eu não posso sentir outra coisa,
porque eu recebi o perdão dos meus pecados. Ele se sente devedor a gregos e a bárbaros. Bárbaro era como os gregos designavam
os estrangeiros, as pessoas que não eram gregas e aqueles povos cuja língua
materna não era a língua grega. Refere-se a todos os povos que não falavam o
idioma grego e não partilhavam da mesma cultura e forma de organização social e
política dos gregos.
Paulo está usando o idioma da
época, está usando uma palavra que era muito conhecida na época. Ele diz: Eu
sou devedor tanto a gregos quanto aos não gregos, aos bárbaros, estes que os
gregos menosprezam, porque para Paulo não tem diferença, pois todos pecaram e
carecem da glória de Deus. A prova disso é que em seguida ele fala: Tanto a
sábios, que são os gregos, como a ignorantes, que são os bárbaros. A humanidade
toda, porque não há um justo, não há um sequer, todos pecaram e carecem da glória
de Deus.
E só no Evangelho de Jesus Cristo
gregos e bárbaros podem encontrar a salvação. Então, Paulo diz que se sente
devedor não é a um ou a dois, mas se sente devedor a cada pessoa que mora nesse
mundo, devedor porque eles estão perdidos e ele sabia onde tem pão, sabia onde
há graça e misericórdia. Por isso que ele diz que está pronto a ir para
anunciar ao Evangelho também aos que estão em Roma.
CONCLUSÃO:
O que é que nós podemos aprender
aqui? Primeiro, a gente não cansa de se maravilhar com o poder do Evangelho. Quem
está dizendo essas coisas, quem tem esse coração amoroso, cheio de oração, de desejo
de estar com aqueles irmãos que ele nunca viu e se sente devedor a eles é aquele
Saulo de Tarso, fariseu arrogante, pretencioso, que achava que estava fazendo
um favor a Deus matando aos cristãos, perseguindo aos cristãos e os jogando na
cadeia. E o Evangelho mudou esse homem, de um fariseu endurecido, cheio de mágoa,
de ódio, é agora um homem apaixonado pelo Evangelho, que ama as pessoas, que
ora pelas pessoas, que estar com elas, quer aprender delas, quer ser edificado
por elas e se sente devedor. Ele é o grande pregador do Evangelho, mas ele se
sente devedor das pessoas, porque ele recebeu uma graça não merecida.
O evangelho faz isso. Ele muda as
pessoas, ele transforma as pessoas, ele faz com que Saulo de Tarso seja o Paulo
que escreve a Carta aos Romanos. E eu queria que você cresse nisso, cresse no
poder do Evangelho e como Deus pode mudar a vida de uma pessoa, transformar uma
pessoa, tirar o seu coração de pedra, o coração de mágoa, de ressentimento, de
raiva com Deus e com a vida e transformar numa pessoa leve, feliz, cheia de amor,
que quer abençoar outras pessoas. É isso que o Evangelho quer fazer em nós. É
isso que significa ser cristão. É ser alcançado por esse Evangelho.
Segunda coisa que nós aprendemos
aqui é o que é de fato uma vida piedosa, espiritual. O que é uma pessoa
comprometida com o Evangelho. Essa era a vida de Paulo. Não é porque ele era
Apóstolo não. Se Deus não tiver chamado ele para ser Apóstolo, mas para ser um
fazedor de tendas, ele teria esse mesmo coração de servir a Deus, buscar a Deus,
orar pelos outros, se interessar pelas pessoas, que queria ter comunhão com
elas, e quando ele pudesse abençoar com os dons que ele recebeu. Compare isso
com sua vida.
Terceira coisa que nós aprendemos
também desse texto a importância de estarmos em comunhão. Quando a gente
insiste com a igreja, vem para os cultos, participa durante a semana de um
grupo de estudo bíblico, de um grupo de discipulado, procura irmãos para ter
comunhão crescemos na fé. Mas não estamos fazendo isso. Por qual razão não sei,
porque é bíblico, é bíblico a comunhão dos santos, nós estarmos juntos, nos
ministrando uns aos outros, aprendemos uns com os outros, crescermos juntos. A Igreja
é um corpo e você faz parte de um organismo vivo. As metáforas que a Bíblia usa
para a Igreja todas elas nos dizem isso. Nós somos galhos de uma árvore, pedras
de um edifício, fazemos parte dessa coletividade.
Quarta coisa que aprendemos é a
obrigação de pregar o Evangelho. Se você foi alcançado pelo Evangelho, por que
que você não se sente devedor? Se você sabe o caminho para Deus, você não se
sente na obrigação a dizer isso para outra pessoa? Eu sei que há dificuldade
natural do temperamento. Às vezes, você não tem palavra, mas há ferramentas há
métodos a usar, meios a usar, caminhos para que você possa compartilhar sua fé.
Se você não consegue dizer a ninguém do Evangelho, você pode dizer: Eu queria
convidar você para ir na minha igreja. Você não consegue explicar o Evangelho
para alguém, mas você pode fazer um convite, você pode dizer: Olha a minha
igreja tem pregações, tem site, tem mensagens no You Tube, está aqui um Novo Testamento,
um folheto para você. Há muitas formas de você dizer onde tem pão.
Última coisa que aprendemos é de
que a gente pode fazer planos, mas a resposta final é de Deus. Paulo não tinha
a menor ideia de como é que ele ia para Roma. Ele foi, mas não foi bem como ele
estava pensando. Mas Deus, afinal, cumpriu os seus planos, porque preso em Roma
Paulo escreveu Efésios, Filipenses, Colossenses e a Carta de Filemon. Se ele tivesse
solto talvez nós estaríamos privados dessas cartas, mas lá da prisão ele
abençoou muito mais gente do que se ele tivesse seguido os planos dele. Ele
evangelizou não somente a gente, mas o mundo todo.
Não sabemos se Paulo esteve na
Espanha. Provavelmente nem foi para lá, mas ele chegou lá de outra maneira,
através dos seus escritos e das cartas da prisão, porque o nosso Deus é Soberano
e Ele reina e é a Ele que a gente quer servir. Que Deus nos ajuda para que,
diariamente, nós tenhamos um tempo para servir a esse Deus. Que Ele nos dê a graça
de buscar comunhão com os demais irmãos, que Ele nos dê a graça de testemunhar
do Cristo vivo, porque nós somos devedores a todos os homens desse Evangelho.
Luiz Lobianco
Bibliografia:
Bíblia Sagrada. Traduzida
em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil.
Sociedade Bíblica do Brasil.
Rev. Augustus
Nicodemus. Mensagem da Série Romanos: O Amor de Paulo Pelos Romanos. YouTube.
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