Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória
pelos séculos dos séculos. Amém! (1 Tm 1.17).
INTRODUÇÃO:
Este é o nosso quarto
estudo sobre a Aliança de Deus com o homem. Vimos que Deus criou o homem e
sujeitou a ele as criaturas da terra, fazendo com ele uma Aliança, sendo que
Deus é o instituidor desta Aliança e o homem a parte pactuante, a parte que foi
infiel aos preceitos da Aliança e decaiu em pecado. Esta atitude do pactuante
poderia representar o fim da Aliança e ele poderia ter sido largado por Deus à
mercê de seu próprio destino. Mas Deus reconhece a miséria em que o homem caiu
e a confusão em que se meteu, sabendo que seu destino não seria outra coisa a
não ser a sua provável extinção.
E tocado pelo seu amor,
graça e misericórdia, Ele não abandona aquela criatura infame e renova com ele
sua Aliança. E a cada renovação a atitude do pactuante é sempre a mesma:
Desobediência e rebeldia! E a cada negligência do pactuante Deus, instituidor
da Aliança, cobre sua mais bela criação de graça e misericórdia, mas nunca o
deixando impune de forma que cada violação provoca consequências malignas ao
pactuante, até chegar à Nova Aliança, instituída pelo sangue do Cordeiro de
Deus e este venceu e derrotou àquela que nada mais é do uma intrusa na criação
de Deus, que é a morte. E um dia a criação será totalmente restaurada pela
vitória final do Cordeiro.
01 – A UNILATERALIDADE DA ALIANÇA:
Quando Adão e Eva foram criados, eles
entraram num relacionamento moral com Deus, seu Criador. Tinham a
responsabilidade de obedecê-lo, sem nenhum direito inerente a qualquer recompensa
ou bênção por tal obediência. Deus, entretanto, pelo seu grande amor,
misericórdia e graça, voluntariamente entrou em uma aliança com as suas
criaturas adicionando à Aliança uma promessa de bênção e outra de maldição. Não
se tratava de uma aliança entre partes iguais, mas de uma aliança que
descansava sobre a iniciativa de Deus e a sua autoridade divina, pela qual
instituía os termos da Aliança. À parte pactuante cabia somente obedecer ou
desobedecer aos termos da Aliança. Caso obedecesse havia a bênção e caso
desobedecesse aconteceria algo muito trágico em sua vida.
E qual foi o desenrolar
da história? O homem foi infiel e quando pecou lá no Éden a morte entrou na sua
história. Ele foi avisado quanto a isso! Aconteceu exatamente aquilo que Deus
disse que aconteceria se eles desobedecessem aos termos da Aliança. A morte foi
a penalidade do pecado, o preço do pecado, por isso que quando Jesus, o Messias
prometido, ressuscitou, Ele venceu a morte, venceu a intrusa, venceu a
penalidade imposta pelo pecado. Esta vitória será consumada na consumação dos
séculos, dia este sabido somente por Deus, quando, finalmente, todos os que
morreram ressuscitarão para nunca mais conhecerem a morte. Tudo isso estava
implícito nas palavras de Deus quando disse:
Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu
descendente. ESTE TE FERIRÁ A CABEÇA,
e tu lhe ferirás o calcanhar (Gn 3.15).
As consequências da
violação da Aliança pelo pactuante são inúmeras. Ele nasceu para ser eterno,
mas passou a conhecer a morte; ele vivia até mil anos, mas isso foi alterado
para até 120 anos em função da maldade de seu coração; Eva era para dar a luz
sem dor ou com poucas dores, mas Deus multiplicou estas dores por ela ter dado
ouvidos à serpente e comido do fruto proibido; era para o homem relacionar-se
face a face com Deus, mas ele perdeu esta relação e hoje ela acontece somente
pela fé e espiritualmente; a Terra era para ser perfeita, sem pragas, e toda
ela era pra ser uma extensão do Jardim do Éden, mas com a queda ela se tornou
maldita e até a natureza perdeu sua perfeição.
Todas estas coisas
demonstra a unilateralidade da Aliança de Deus, pois a glória da Aliança não
está em seu pactuante, mas sim em seu Instituidor. Isso faz com que a Aliança de Deus com o homem seja soberana e
unilateral, pois ela não é um contrato entre dois iguais, mas entre um Deus
Todo-Poderoso e sua criatura decaída, entre um Deus Santo e o homem pecador,
entre um Deus eterno, imortal e sua criatura mortal. Consequentemente, o homem
nada acrescenta à Aliança, ou seja, Deus é quem estabelece as condições
soberanamente, cabendo ao homem apenas de ser um recipiente das condições da
Aliança, subordinado aos termos instituídos, pois ela é soberanamente estabelecida
por Deus.
Quando acontecem com Jó todas aquelas
tragédias ele não fica em silêncio, antes, ele questiona Deus, achando que Deus
não tinha o direito de fazer o que fez ou de permitir que acontecesse o que
aconteceu em sua vida. No final Deus não dá respostas aos questionamentos de
Jó, mas Ele questiona a Jó e o coloca em uma sinuca, dizendo:
Depois disto, o Senhor, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: QUEM É ESTE QUE ESCURECE OS MEUS DESÍGNIOS
COM PALAVRAS SEM CONHECIMENTO? Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu
te perguntarei, e tu me farás saber. ONDE
ESTAVAS TU, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens
entendimento. QUEM lhe pôs as
medidas, se é que o sabes? Ou QUEM
estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou QUEM lhe assentou a pedra angular,
quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos
os filhos de Deus? Ou QUEM encerrou
o mar com portas, quando irrompeu da madre; quando eu lhe pus as nuvens por
vestidura e a escuridão por fraldas? Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus
ferrolhos e portas, e disse: até aqui virás e não mais adiante, e aqui se
quebrará o orgulho das tuas ondas? ACASO,
DESDE QUE COMEÇARAM OS TEUS DIAS, deste ordem à madrugada ou fizeste a alva
saber o seu lugar, para que se apegasse às orlas da terra, e desta fossem os
perversos sacudidos? Acaso, entraste nos mananciais do mar ou percorreste o
mais profundo do abismo? Porventura, te foram reveladas as portas da morte ou
viste essas portas da região tenebrosa? Tens ideia nítida da largura da terra? DIZE-MO, SE O SABES. Onde está o
caminho para a morada da luz? E, quanto às trevas, onde é o seu lugar, para que
as conduzas aos seus limites e discirnas as veredas para a sua casa? QUEM abriu regos para o aguaceiro ou
caminho para os relâmpagos dos trovões; para que se faça chover sobre a terra,
onde não há ninguém, e no ermo, em que não há gente; para dessedentar a terra
deserta e assolada e para fazer crescer os renovos da erva? Acaso, a chuva tem
pai? Ou QUEM gera as gotas do
orvalho? De que ventre procede o gelo? E quem dá à luz a geada do céu? As águas
ficam duras como a pedra, e a superfície das profundezas se torna compacta. SABES TU as ordenanças dos céus, PODES ESTABELECER a sua influência
sobre a terra? PODES levantar a tua
voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra? Ou ORDENARÁS aos relâmpagos que saiam e te
digam: Eis-nos aqui (Jó 38.1-13, 16-20, 25-30, 33-35)?
Imagino Jó, de cabeça
baixa, olhando ao chão, ouvindo todas essas coisas. Deus deixou bem claro a sua
Soberania para Jó e o fez refletir sobre sua insignificância, de que ele era
apenas a criatura e não o criador. Tal experiência gerou em Jó uma expressão de
vida pessoal com Deus, o qual falou:
Então, respondeu Jó ao Senhor: BEM SEI QUE TUDO PODES, E NENHUM DOS TEUS
PLANOS PODE SER FRUSTRADO. EU TE CONHECIA SÓ DE OUVIR, MAS AGORA OS MEUS OLHOS
TE VEEM (Jó 42.1-2,5).
Talvez você
diga: Mas Jó era temente a Deus e por isso ele foi tocado e movido por Deus a falar
o que disse, a fazer o que fez e a ser o que foi. Mas e Ciro? Rei de um imenso
império, cruel e idólatra, mas que fora movido por Deus para libertar o povo de
Israel de seu cativeiro, devolvendo-o para sua terra natal, depois de cumprido
o tempo determinado por Deus. E Faraó do Egito? Homem idólatra que não cria em
Deus, mas isso não o impediu de estar sob o domínio de Deus, pois a Bíblia diz
que Deus endureceu seu coração para que não deixasse o povo de Israel partir
antes do acontecimento das dez pragas.
Tudo isso
significa que Deus agiu na vida desses homens mesmo contra suas próprias
vontades. Mesmo incrédulos estes homens se curvaram ante a majestade de Deus,
não para adorá-lo, mas para reconhecer que Ele reina e domina sobre todos. E
isso acontecerá com todos, inclusive àqueles que não creem, não acreditam, e
não servem a Deus, pois a Bíblia diz:
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está
acima de todo nome, PARA QUE AO NOME DE
JESUS SE DOBRE TODO JOELHO, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda
língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai (Fp
2.9-11).
Todos, sem nenhuma
exceção, dobrarão seus joelhos e se prostrarão perante o Senhor. Isso nos
mostra que nada nem ninguém estão fora do domínio do
instituidor da Aliança. Ele é Soberano e a sua Aliança é unilateral. É Ele quem
dita as ordens, é Ele quem determina as regras, é Ele quem sustenta na História
a Aliança e encaminha a humanidade para a grande e final vitória do Cordeiro de
Deus. Portanto, sejam o fiel ou o rebelde, sejam o crente ou o pagão, sejam o
justo ou o ímpio, todos, independentemente de sua crença, estão sob o domínio
do reinado de Deus.
E isso acontecerá independente da fé ou da vontade
de quem quer que seja, pois até mesmo àqueles que negam e blasfemam de Deus
nesta terra terão que se prostrar diante dele e reconhecer a sua Soberania,
pois Ele é a autoridade máxima da Aliança. Ninguém pode questioná-lo e nem
resistir a Ele. Soberanamente, Deus conduz a História e levará até ao fim os
termos de sua Aliança.
A aliança original entre Deus e a
humanidade foi uma aliança de obras, pois também é conhecida como o Pacto das
obras. Nesta aliança, Deus exigiu obediência perfeita e total ao seu governo.
Prometeu vida eterna com bênção pela obediência, mas ameaçou a humanidade com a
morte, caso desobedecessem a sua ordem. Todos os seres humanos, de Adão até
nós, no tempo presente, inevitavelmente são membros dessa Aliança e estão
sujeitos a ela. As pessoas podem até nega-la, recusarem-se a obedecê-la ou até
mesmo recusarem-se a reconhecer a institucionalidade de tal Aliança, mas nunca
poderão escapar dela, porque todo ser humano se acha em relacionamento de
aliança com Deus, seja como violador ou como cumpridor da Aliança, pois todos
são abrangidos por ela.
A Aliança das obras destaca a nossa
necessidade de redenção, pois nós a violamos e destaca também a nossa esperança
de redenção, pois Cristo cumpriu os seus termos por nós. Que Deus te abençoe a
entender, aceitar e a se submeter à unilateralidade da Aliança. Que nunca
venhas a questionar a autoridade de Deus, mas, antes, submeta-se à autoridade
divina, para que seja um pactuante movido pelo amor e submissão e não pela
rebeldia.
02 – A ALIANÇA E SUA BILATERALIDADE:
Deus, em sua Soberania, criou os Céus e a
Terra, criou os animais, as aves, os peixes e as plantas e criou o homem à sua
imagem e semelhança e instituiu com ele uma Aliança. Este ser, criado por Deus
à sua imagem, foi criado em um estado de pureza, mas por causa do pecado sua
natureza foi contaminada e ele perdeu seu estado original e decaiu em miséria e
perdição. Este estado degenerativo o tornou incapaz de voltar-se ao seu Criador
e relacionar-se com Ele, afastou o homem de Deus e o delimitou em seu quesito
espiritual, não conseguindo este fazer mais nada em relação a Deus. Subordinado
à Aliança, o homem quebra seu acordo com Deus, é expulso do Jardim do Éden e
separa-se de Deus. Sendo Deus o Instituidor da Aliança, considera a
incapacidade do pactuante e tem misericórdia daquela criatura decaída e elabora
um plano de redenção para ele.
Motivado pelo amor e pela sua graça Deus, ao
invés de concluir e cancelar a Aliança, dando um ponto final na existência do
homem sobre a Terra, Ele a renova e oferece uma oportunidade de retorno ao
homem através de um que, um dia, satisfaria a sua justiça e pagaria o preço do
pecado. E por que Ele renova a Aliança? Qual sua finalidade? Deus não queria
dar um fim ao relacionamento com a sua criatura. Uma das finalidades da Aliança é fazer o homem andar
com Deus e se Deus não renova a Aliança e busca o homem como uma ovelha perdida,
ele estaria para sempre perdido, pois pela sua própria natureza o homem afasta-se
completamente de Deus, sem possibilidade de retorno. Era necessário manter o
vínculo com Deus e estabelecer um relacionamento, firmar com ele um acordo e nesse acordo as partes assumem deveres e responsabilidades de
uma para com a outra, por meio de juramento.
O estabelecimento da Aliança é unilateral, é
soberana, pois ela foi instituída pelo Todo-poderoso, Eterno, Imortal, sendo
Ele o único responsável pela sua preservação e pelas suas renovações, pois Ele
é a única parte com atributos suficientes para manter a Aliança. Mas, por um
lado ela é bilateral em sua resposta, ou seja, Deus estabelece as normas da
Aliança, mas não força o homem a aceitar os termos da Aliança e cumpri-los, nem
tampouco responde pelo homem, mas convida-o a entrar na Aliança e a andar com
Ele. É o que percebemos ao ler a forma como Deus chama o homem à sua Aliança
quando diz:
E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: DE TODA ÁRVORE DO JARDIM COMERÁS LIVREMENTE, MAS DA ÁRVORE DO
CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL NÃO COMERÁS; porque, no dia em que dela
comeres, certamente morrerás (Gn 2.16-17).
Deus deu uma ordem ao
homem e esperou dele a sua resposta. Deus deixou aquela árvore ao alcance do
homem para que este decidisse o que iria fazer. Era uma prova. E provar aos
corações é obra do Senhor até aos nossos dias, pois o sábio Salomão escreveu:
O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; MAS AOS CORAÇÕES PROVA O SENHOR (Pv 17.3).
Disse também:
Como o crisol prova a prata, e o forno, o ouro, ASSIM, O HOMEM É PROVADO PELOS LOUVORES QUE RECEBE (Pv 27.21).
Deus precisava provar a
fidelidade de Adão. Deus poderia ter feito com a árvore do conhecimento do bem
e do mal o mesmo que fizera com a árvore da vida:
Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós,
conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da
árvore da vida, e coma, e viva eternamente. O Senhor Deus, por isso, o lançou
fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulso
o homem, COLOCOU QUERUBINS AO ORIENTE DO
JARDIM DO ÉDEN E O REFULGIR DE UMA ESPADA QUE SE REVOLVIA, PARA GUARDAR O
CAMINHO DA ÁRVORE DA VIDA (Gn 3.22-24).
Deus poderia fazer a
mesma coisa e impedir o acesso do homem àquela maldita árvore, mas, fazendo
assim, a vontade e a decisão do homem jamais seria manifestada. Existia a
necessidade da revelação da vontade do homem, porque ele foi criado livre para
realizar a sua vontade. Por isso que Deus estabelece uma norma e espera do
homem a sua resposta. Este mesmo conceito nós encontramos nas renovações da
Aliança. Com Moisés, Deus diz:
Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? NÃO É QUE TEMAS O SENHOR, TEU DEUS, E ANDES
EM TODOS OS SEUS CAMINHOS, E O AMES, E SIRVAS AO SENHOR, TEU DEUS, DE TODO O
TEU CORAÇÃO E DE TODA A TUA ALMA, PARA GUARDARES OS MANDAMENTOS DO SENHOR E OS SEUS
ESTATUTOS QUE HOJE TE ORDENO, PARA O TEU BEM (Dt 10.12-13)?
O chamado de Deus é um
convite ao homem. E o retorno do
homem ao relacionamento com seu Criador depende da resposta dele à Aliança. Ou
ele resolve obedecer aos termos da Aliança e se submete a ela, ou resolve se
rebelar contra ela, não se submetendo à autoridade divina. Ou ele recebe as
bênçãos da Aliança quando cumpre seus preceitos, ou ele recebe as maldições da
Aliança quando desobedece aos seus princípios.
Não há meio termo, não há um aviso final para
aderir à Aliança, a oportunidade para isso é nesta vida, enquanto estamos
vivos, porque depois da morte vêm apenas as consequências de nossas escolhas.
Por isso que temos que dar hoje a resposta a esta Aliança, ao chamado de Deus.
Quando Deus chamou a Abraão a sua resposta foi sair imediatamente do meio de
seus parentes e partir para uma terra estranha, conforme Deus solicitou; quando
Deus chamou a Noé a sua resposta foi construir a arca e quando Deus estabeleceu
a Lei sob a liderança de Moisés a resposta do povo foi aceitar as condições da
Aliança, pois a Bíblia diz:
Veio,
pois, Moisés e referiu ao povo todas as palavras do SENHOR e todos os
estatutos; então, TODO O POVO RESPONDEU
A UMA VOZ E DISSE: TUDO O QUE FALOU O SENHOR FAREMOS (Ex 24.3).
Eles concordaram, mas não cumpriram, e sabemos
das consequências desta desobediência: Nenhum deles entrou na terra prometida a
não ser dois deles que se destacaram pela obediência. Neste mesmo sentido Deus
estabelece a Nova Aliança. Ao firmá-la Jesus falou:
E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo:
Isto é o meu corpo oferecido por vós; FAZEI
ISTO EM MEMÓRIA DE MIM (Lc 22.19).
O convite estava lançado
e esperava do homem uma resposta. Movido pelo Espírito Santo alguns mantêm vivo
àquele memorial e realiza aquela cerimônia constantemente. E a realização deste
memorial pelo homem dependeria do caminho que ele decide trilhar, pois Jesus
disse:
Entrai pela porta estreita (LARGA
É A PORTA, E ESPAÇOSO, O CAMINHO QUE CONDUZ PARA A PERDIÇÃO, e são muitos
os que entram por ela), porque ESTREITA
É A PORTA, E APERTADO, O CAMINHO QUE CONDUZ PARA A VIDA, e são poucos os
que acertam com ela (Mt 7.13-14).
Mais uma vez temos diante
de nós um convite. E da mesma forma que havia duas árvores para que o homem
decidisse qual delas queria comer, há para o homem dois caminhos para que ele
decida qual deles quer trilhar. O exercício da fé sempre é um convite. Os
Apóstolos sempre diziam àqueles que ouviam o Evangelho:
CRÊ
NO SENHOR JESUS e serás salvo
(At 16.31).
Lançavam o convite e
aguardavam a resposta. E esta foi a ordem de Jesus. Ele disse:
E, à medida que seguirdes, PREGAI
QUE ESTÁ PRÓXIMO O REINO DOS CÉUS (Mt 10.7).
E o que eles deveriam
fazer? Aguardar a resposta:
Ao entrardes na casa, saudai-a; se, COM EFEITO, A CASA FOR DIGNA, VENHA SOBRE ELA A VOSSA PAZ; se,
porém, não o for, torne para vós outros a vossa paz (Mt 10.12-13).
Se a resposta fosse
positiva haveria paz e salvação. Contudo, havia a possibilidade de outra
resposta sem ser a positiva:
SE ALGUÉM NÃO VOS RECEBER, NEM
OUVIR AS VOSSAS PALAVRAS, ao
sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade
vos digo que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que
para aquela cidade (Mt 10.14-15).
E se a resposta fosse
negativa tudo que restava era o julgamento final. E o que nós temos no
julgamento final? Primeiramente, uma separação das pessoas:
Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele,
então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em
sua presença, E ELE SEPARARÁ UNS DOS
OUTROS, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à
sua direita, mas os cabritos, à esquerda (Mt 25.31-33).
Ou seja, Ele separa os
que responderam positivamente ao seu chamado daqueles que responderam
negativamente. E para cada grupo Jesus dará uma resposta. A resposta de Jesus
àqueles que responderam positivamente ao convite do Evangelho foi:
Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: VINDE, BENDITOS DE MEU PAI! ENTRAI NA POSSE DO REINO QUE VOS ESTÁ
PREPARADO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO (Mt 25.34).
Enquanto que a resposta
àqueles que responderam negativamente foi:
Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: APARTAI-VOS DE MIM, MALDITOS, PARA O FOGO
ETERNO, PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS (Mt 25.41).
A resposta recebida foi de acordo com as
decisões tomadas.
CONCLUSÃO:
Na Aliança, além da
unilateralidade de Deus, existe a bilateralidade do homem, porque diante dele
está dois caminhos a seguir e uma decisão a ser tomada. E existe um tempo
determinado para esta decisão, pois a Bíblia diz:
E, assim como AOS HOMENS ESTÁ
ORDENADO MORREREM UMA SÓ VEZ, vindo, depois disto, o juízo (Hb 9.27).
O tempo é nesta vida. A
decisão precisa ser tomada enquanto você ainda está vivo. Que o Espírito Santo fale ao seu coração e te
conduza a obediência aos preceitos da Aliança, porque se for esta a sua
resposta terás um verdadeiro relacionamento com Deus e acontecerá em sua vida a
realidade do propósito da vinda de Jesus, que é:
EU
VIM PARA QUE TENHAM VIDA e a
tenham em abundância (Jo 10.10).
Toma hoje a decisão de caminhar pelo caminho
estreito. Ele é o mais difícil, você será taxado de fanático, considerado um
antiquado, tentarão você com ofertas para aproveitar a vida nesta terra, mas
persistindo firme terás um tesouro no Céu e curtirá a eternidade em um paraíso.
Pense nisso!
Luiz Lobianco
Bibliografia:
Bíblia Sagrada.
Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no
Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.
Revista Palavra
Viva: O Pacto da Graça. Editora Cultura Cristã.
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